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sábado, abril 20, 2013

Curiosidade do dia

Depois de ler "Deputados do PS admitem perdão de dívida e reestruturação com perdas para os credores", convém fazer um boneco:
"DíG" a reestruturação da dívida grega fez com que os bancos cipriotas ("BaC"), que tinham comprado muita dívida grega tivessem de perder muito dinheiro. Essas compras tinham sido feitas com base no capital depositado pelos clientes dos bancos cipriotas. Logo, os depositantes ("DeC") ficaram sem parte do dinheiro.
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Agora, imaginem que a dívida do Estado português é reestruturada como estas crianças pretendem.
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Que parte da dívida do Estado português está na mão de bancos nacionais? Há esta fonte, por exemplo, "Bancos nacionais detêm 32,5 mil milhões em dívida pública"
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Estão a imaginar o impacte de uma reestruturação da dívida nos clientes dos bancos portugueses?
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As associações de apoio aos emigrantes portugueses deviam fazer circular estas notícias e explicar as consequências, talvez os emigrantes pensassem duas vezes e não enviassem o seu dinheiro para este país. Um país onde os aprendizes de feiticeiro não fazem ideia das consequências do que dizem. Claro, pertencem ao mesmo clube destes outros “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos”.
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E se os jornalistas pensassem um pouco mais à frente podiam perguntar-lhes coisas como:
"Recomendam pois que os portugueses retirem as suas poupanças dos bancos?"
BTW, o que diriam os deputados-criança deste racional "Schäuble: Resgate ao Chipre deve ser modelo para o futuro". Aposto que os deputados-criança ainda não perceberam como é que os bancos cipriotas ficaram sem dinheiro.
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BTW, e além dos bancos, quanta dívida está na mão do fundo da Segurança Social portuguesa?


terça-feira, dezembro 20, 2011

À atenção dos jogadores de bilhar amador

O jogador de bilhar amador é como eu a jogar bilhar. Estou tão preocupado com a próxima jogada que não sou capaz de jogar agora pensando já na jogada seguinte, como faz um profissional.
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Esta manhã na Antena 1 já ouvi alguém ler uma reflexão deste tipo:
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Há que pensar se é correcto pagar juros elevados em vez de usar o dinheiro para alimentar os pobres. 
Admitamos que se deixa de pagar os juros... haverá mais dinheiro para alimentar os pobres?
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Ou seja, quais são as consequências das nossas jogadas actuais no futuro?
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Sim, eu sei que pensar no futuro a médio-prazo é pouco português ...
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Convinha que quem defende o proteccionismo perceba esta realidade "Emerging economies will import more than the rich world in 2012"

sábado, novembro 12, 2011

Está tudo ligado numa gigantesca rede de vasos comunicantes

O mundo é demasiado complicado para se pensar linearmente. O mundo é uma rede de vasos comunicantes, o mundo é uma rede de relações de causa-efeito a perder de vista.
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Os jogadores de bilhar amador só vêem a próxima jogada, não percebem que está tudo ligado:
A leitura deste artigo "China Credit Squeeze Prompts Suicides" pôs-me a pensar nos efeitos da evolução económica no mundo Ocidental nos últimos 10 anos. Agora, já sentimos o efeito do ricochete na própria China e as oportunidades que se abrem no Ocidente.
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terça-feira, outubro 11, 2011

Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador! (parte III)

Depois da parte II.
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Mais um exemplo de incoerência...
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"O primeiro-ministro garante que o Governo está a preparar um conjunto de intervenções para promover o crescimento da economia. Esta manhã, durante uma visita à fábrica da Toyota em Ovar, Pedro Passos Coelho foi confrontado com um panorama negro no sector automóvel."
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Stay out! Please! Don't mess with the economy!
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Não lhe explicam o significado dos números do INE?
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(Trecho retirado daqui)

quinta-feira, setembro 22, 2011

Jornalismo português: Duuuuuuuuh!

"Desistência do TGV implica a perda de 382 milhões de euros em fundos comunitários"
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Os mesmos jornalistas que fazem este choradinho, são os mesmos que hoje mesmo, pedem contas aos irresponsáveis que mandaram fazer SCUTs a torto e a direito que agora nos custam cerca de 400 milhões por ano.
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São assim tão tapados que não conseguem ver as consequências de construir um buraco financeiro futuro só para aproveitar dinheiros da UE?
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Cúmulo do bilhar amador!!!

domingo, julho 17, 2011

Imprimam bentos (parte IV)

Ontem à noite li mais um capítulo de "The Upside: How to Turn Your Greates Threat Into Your Biggest Growth Opportunity" de Adrian Slywotzky e Karl Weber.
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O 2º capítulo chama-se "Why Do Customers Surprise Us? que começa por uma caracterização interessante da actuação dos clientes.
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"Perhaps the most insidious strategic risk we face is decimation of our customer base by shifts in behavior, preferences, and demographics.These shifts may happen gradually or literally overnight. Either way, they can destroy our business design.
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Customers are people - unpredictable, irrational, emotional, curious, and highly prone to change. Customers can't keep still. They resegment themselves from product buyers to value buyers to price buyers and then back again. Their priorities change from quality to price to solutions to brand. They get richer. They get poorer. They get excited by and attracted to different styles, different offerings, different ways to buy. They get better informed. They get more demanding. They decide to shop at different places; they start buying shirts through catalogs, jewelry from a TV network, vacations online. They want bigger cars. Then smaller. Then really bigger. Then really fuel-efficient. They pledge allegiance to product brands. Then store brands. Then no brands. They want carbohydrates, then they don't.
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Every time customer priorities shift, your business design is at risk. Your value proposition gets a little fuzzier, a little out of focus. You lose a little business from a few customers; they decide to peel away once in a while and buy a couple of items from another suplier..."
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Como é que os economistas, como é que os académicos, como é que os políticos reagem a estas flutuações no interesse dos clientes?
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Gritam um conjunto: Imprimam bentos!
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Ou seja, a única forma de lidar com todas estas vicissitudes impostas pela mudança de humor dos clientes é...
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Baixar o preço!
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Sair do euro e imprimir uma nova moeda chamada bento. Baixar o valor do euro...
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Até na medicina os antibióticos de largo espectro são cada vez mais menos aconselhados...
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Esta gente foi educada e decorou umas sebentas num tempo em que havia dinossauros na Terra. Hoje o mercado mudou, os clientes, os concorrentes, as regras mudaram e eles continuam a repetir respostas decoradas... um pouco como o meu tio João, com 85 anos, é capaz de regressar à sua meninice e começar a "cantar" os nomes das serras portuguesas do Minho até aos cinco mil e tal metros do Pico do Ramelau em Timor.
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Num mundo a caminho de Mongo continuam a querer usar as ferramentas do tempo das economias fechadas.
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Comparo-os ao Lord Cornwallis que só segue as regras da guerra by the book, regras que facilitam a vida aos grandes (movimentos lineares previsíveis de Lanchester) e que são derrotados sem apelo nem agravo por pequenos grupos da Al-qaeda liderados por vários Benjamin Martin que fazem uso da rapidez, da flexibilidade, da atenção, do pormenor.
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É o que temos...
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""Gostaria que o Euro fosse mais fraco para que os países fossem mais competitivos""
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Não sei se sabem mas no comércio extra-comunitário a nossa balança costuma ser assim:
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"No período de Março a Maio de 2011, as exportações aumentaram 15,3% e as importações 29,1%, face ao mesmo período do ano anterior.
Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, verifica-se que as exportações aumentaram 12,1% e as importações 14,2%, em comparação com igual período do ano anterior. O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um superavit de 100,3 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 104,7%, enquanto nos resultados globais (incluindo os Combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 1 752,1 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 60,7%."
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Ou seja...
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Pois, imprimam bentos... amadores a jogar bilhar
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ADENDA: Nem de propósito "Why Is The World Run By Bean Counters?" ou "You Are Not an Equation"

sábado, julho 16, 2011

Imprimam bentos! (parte I)

Não acredito no Grande Planeador, seja ele português ou chinês.
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Interessante, no entanto, perceber as boas-intenções do governo chinês
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"Credit squeeze drives change at China’s SMEs":
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"Rather than facing a widespread credit squeeze, the SME sector is undergoing a painful process of restructuring. Capital is being funnelled towards high-tech and green energy-related companies at the expense of traditional low-end manufacturers.
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In Wenzhou, China’s SME heartland, many of the shoe and clothing factories are indeed struggling.
“During the financial crisis, there were no orders. Now, there are orders but no one dares to fulfil them because it is impossible to get credit from banks,”
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Mr Zhou says at least 20 per cent of Wenzhou’s SMEs – there are 360,000 in the city – have already cut back operations or closed their doors this year. State media have carried reports of cash-strapped SMEs borrowing from underground lenders at annualised rates of 60 per cent.
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Instead, interviews with local factory managers, investors and bankers reveal a city in the midst of fundamental change in what it produces, with the government prodding companies to make more sophisticated products as rising wages undermine the low-cost model of manufacturing. (Moi ici:Imprimam bentos! É mais fácil imprimir bentos do que fuçar por uma alternativa) A lack of financing, they say, is a symptom and not a cause of the troubles facing traditional industries.
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“The government is trying to bring about change and is supporting high-tech sectors. We are no longer the kind of company it wants,” says a manager at a factory owned by Yibaini Shoes, a small maker of cheap women’s shoes, where workers’ salaries have tripled in the past five years."
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Trechos retirados daqui.
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BTW,
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"“There are lots of people who can no longer make money off shoes, and so they’re taking their money out of the industry to invest in property. The money comes in so much more quickly,” she said." (Moi ici: You are going to be sorry... os portugueses não são nem mais burros nem diferentes dos outros, reagem aos estímulos com mentalidade de jogador de bilhar amador)

domingo, julho 10, 2011

Não é armadilhar, é educar

Neste postal "Dores de crescimento" escrevi:
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"Há situações em que, objectivamente, o sucesso de uma empresa não depende da capacidade de satisfazer os clientes-alvo. Talvez exagere, mas em alguns casos acho que os clientes-alvo até preferiam não comprar a essa empresa.
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Quando olhamos para a cadeia da procura:


devemos perguntar: Quem é que tem mais poder na cadeia? Quem é que manda?"
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Por que é que um cliente terá de, contrariado, adquirir um produto ou serviço a um fornecedor?
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Já pensei, e se calhar até já defendi aqui no blogue, que se trata de uma armadilha. OK, pode ser visto com uma armadilha mas é muito mais profundo do que uma armadilha.
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Muitas empresas, tal como as pessoas, não olham em frente, olham para o chão, são más jogadoras de bilhar amador, só conseguem ver a próxima jogada, não têm a capacidade de ter a experiência fora do corpo e ver o panorama global das cadeias da procura onde estão inseridas. Não têm capacidade de planeamento, não têm capacidade de visualização.
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Algumas empresas conseguem abstrair-se da  turbulência do dia-a-dia, da urgência do imediato, e do engodo da satisfação do cliente tout-court (Henry Ford também dizia que se fizesse o que os clientes pediam ainda hoje estaria a fabricar carroças para serem puxadas por cavalos), e conseguem apreciar a cadeia da procura em toda a sua extensão. Ao fazê-lo interrogam-se:
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Quem faz parte desta longa cadeia de serviço?
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O que motiva cada um dos intervenientes?
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Por que é que esta cadeia de serviço existe? E esta é a questão fundamental! Por que é que esta cadeia de serviço existe? Por causa da procura! 
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A serve B. B por sua vez serve C. C por sua vez serve D. E assim por diante até que pára!
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Quando pára encontramos um cliente-final ou um consumidor. A cadeia de serviço existe para satisfazer a procura desse elo final.
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Uma empresa inteligente sabe que não basta produzir. Produzir é o mais fácil. Difícil é vender.
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Uma empresa inteligente sabe que os clientes não são todos iguais, sabe que diferentes tipos de clientes procuram e valorizam diferentes experiências de uso.
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Uma empresa inteligente sabe que não pode ter a veleidade de ser tudo para todos e que tem de seleccionar os seus clientes-alvo.
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Uma empresa inteligente não olha só para quem imediatamente lhe compra, olha para toda a cadeia da procura e sobretudo para quem a justifica, para o elo final. Sem elo final tudo o resto não faz sentido.
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Uma empresa inteligente selecciona o o tipo de elo-final a quem quer servir. Depois, como referi aqui, trata a cadeia da procura como um artista trata uma tela, como um artista trata um palco, como um artista trata um bloco de mármore.
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Uma empresa que não é inteligente o que quer é vender aos seus clientes... o mundo muda, oportunidades e ameaças avizinham-se e... a empresa que não é inteligente, que não tem capacidade de abstracção, passa ao lado das oportunidades e amaldiçoa a sua sorte quando embate violentamente contra uma ameaça após outra.
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Uma empresa que é inteligente e que resolveu, algures na cadeia da procura, servir um determinado tipo de elo-final, tem a obrigação, não é de armadilhar, mas de educar os seus clientes a melhor servirem os seus, deles, clientes. Uma empresa inteligente tem de ter uma atitude paternalista para com os seus clientes quando estes são elementos intermédios de uma cadeia da procura e não têm pensamento estratégico.
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Continua.

domingo, junho 19, 2011

Políticas de Estado de protecção nacionalista são perigosas

Não existem diferenças étnicas de maior entre o Norte do país e os mouros do Sul, também não existem diferenças de língua e de religião.
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No entanto, sinto uma simpatia crescente pela ideia radical da independência do Norte do país.
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No Norte ainda não se perdeu de todo o espírito empreendedor, e é triste ver a riqueza criada com tanto esforço ser sorvida e drenada pelo Sul que cada vez mais vejo com um país de funcionários públicos.
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As empresas que criam emprego a Norte, as PMEs, estão cada vez mais dedicadas à exportação, ou suportam empresas que se dedicam à exportação, dado que o mercado interno vai a caminho de um "Inverno nuclear".
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Se o Norte eventualmente se tornasse independente não creio que tivesse os problemas catalães, porque se tem especializado a produzir aquilo que o país não pode consumir, por falta de poder de compra. Atentem nos números:
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Comparar os números no excelente artigo de Ghemawatt "The ties that bind Catalonia" (também aqui) com a conversa de um amador a jogar bilhar:
Esta conversa é a mesma que motiva estas ideias que apelido de "o TGV-do-CDS":
Num mundo interligado, políticas de Estado de protecção nacionalista são perigosas e podem trazer sérias repercussões para o vazio bolso dos contribuintes.
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Estar contra políticas de Estado de protecção nacionalista não impede que cada um à medida das suas possibilidades faça, no acto de compra, as opções que entender. Por exemplo, na última vez que fui ao Pingo Doce tive de escolher entre:
  • maçã Gala do Brasil;
  • maçã Fuji de França; e
  • maçã Golden de Portugal.
Confesso que nem comparei preços, valorizei sobretudo a crença de que as mais saborosas seriam as portuguesas porque poderiam ter sido colhidas mais tarde.
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BTW, o Pingo Doce deixou de fazer referência, no caso das maçãs portuguesas, à zona de onde provêm. Ninguém me tira da ideia que é para retirar poder negocial aos produtores. Produtores que leiam coisas destas "Branding in the post-internet era" ficam com mais poder.

terça-feira, junho 14, 2011

Amor à primeira vista (parte III)

Continuado daqui.
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Ainda recentemente neste postal recordamos:
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"A pervasive finding in recent research using longitudinal establishment level data is that idiosyncratic factors dominate the distribution of output, employment, investment, and productivity growth rates across establishments."
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É algo em que acreditamos e que está de acordo com a nossa experiência de contacto e trabalho com as empresas.
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Neste artigo "Mental Models, Decision Rules, and Performance Heterogeneity" de Michael Shayne Gary e Robert E. Wood, publicado no número de Junho de 2011 da revista Strategic Management Journal, encontramos um conjunto de conclusões sintonizados com estas ideias que aqui defendemos há muito tempo.

"Our results provide empirical evidence for the links between mental models and performance outcomes and help explain why some managers and not others adopt strategies that are ultimately associated with competitive success. We found substantial variation in the accuracy of decision makers’ mental models and in performance. While it is certainly true that perfect mental models are not necessary to reach high performance outcomes our findings show that decision makers with more accurate mental models of the causal relationships in the business environment achieve higher performance outcomes.
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Our findings also help address an important challenge facing the strategy field about whether more accurate mental models enable managers ex ante to identify and interpret signals from their business environment that lead to superior strategic choices and performance outcomes. In our experimental study, variation in mental model accuracy is a key source of performance heterogeneity.
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Our findings also show that managers do not need accurate mental models of the entire business environment. Accurate mental models about the key principles of the business environment lead to superior decision rules and performance outcomes.
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The benefits of partial knowledge about the key principles far outweigh the benefits of other partial knowledge. Our findings are also consistent with prior research showing that experts with richer cognitive representations of the deep structure of problems outperform novices who typically focus on superficial features of problems. An important implication is that managers do not need to develop perfect and complete mental models of complex business environments, but should instead focus on identifying and understanding the key principles. (Moi ici: Claro que existe um outro lado... quando o mundo muda, se continuarmos a acreditar nos nossos modelos mentais... ficamos presos a fórmulas que deixaram de funcionar)
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Additionally, we find that decision rules stabilize rapidly, which explains why performance plateaus far below the potential achievable level. Rapid stabilization of decision rules is consistent with psychology research on complex problem solving that shows actors learning a new task or solving a novel complex problem quickly automate decision and action rules once they reach functional, satisficing levels of performance. (Moi ici: Daí a importância da liberdade económica para empreender e desalojar incumbentes cristalizados em práticas tornadas obsoletas, ou com um nível de desempenho longe do óptimo) Our results are also consistent with research that finds managers typically interpret information to reinforce their current mental model rather than challenge and update their beliefs.
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We did not find evidence that more accurate mental models were more important in the higher complexity decision environment.
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Perhaps in truly simple competitive environments—with smooth payoff landscapes—mental model accuracy may be less important for achieving high performance outcomes. There may also be a level of complexity that overwhelms managers’ capacity to either accurately infer causal relationships in the business environment or apply their mental models to make effective strategic choices."
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Onde é que já viram bonecos como este retirado do artigo?

    quarta-feira, junho 08, 2011

    Amor à primeira vista (parte II)

    Continuar aqui.
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    "Understanding why some firms and not others adopt strategies ultimately associated with competitive success is of central importance to strategy scholars. In addressing one aspect of this issue, research examining the role of managerial cognition has shown that managerial mental models are a critical determinant of strategic choices." (Moi ici: Partilho desta corrente. O meu contacto com as empresas, com os empresários e com os gestores, reforçou em mim, ao longo dos anos, a crença de que o fundamental para explicar a variabilidade, a distribuição de produtividades das empresas dentro de um sector de actividade, está nos modelos mentais de quem comanda ou gere)
    ...
    "Managerial mental models are simplified knowledge structures or cognitive representations about how the business environment works. There is substantial evidence that mental models influence decision making through managers' efforts to match strategic choices to their understanding of the business environment." (Moi ici: O "perigo" que isto representa num mundo carregado de amadores a jogar bilhar... ou vantagem para quem percebe de relações de causa-efeito... bom para batoteiros!!!)
    ...
    "An alternative possibility is that complexity, uncertainty, and change in business environments overwhelm managers' capacity to take advantage of any richer understanding about the situation. Under such circumstances, competitive advantage would be driven by initial conditions, random environmental shocks, and lucky managerial responses rather than the result of accurate mental models underpinning managerial foresight or strategic insights.
    ...
    We also investigate the impact of partial knowledge - in contrast to accurate mental models of the complete business environment - on performance outcomes. Recent simulation-based research suggests that even partial knowledge of the business environment may dramatically improve performance." (Moi ici: A coisa promete)
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    Trechos retirados de "Mental Models, Decision Rules, and Performance Heterogeneity" de Michael Shayne Gary e Robert E. Wood, publicado no número de Junho de 2011 da revista Strategic Management Journal.
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    Continua.

    quarta-feira, março 23, 2011

    Jogadores de bilhar amador há-os em todo o lado (parte III)

    Em Agosto de 2007, numa viagem pelas estradas secundárias espanholas de Salamanca a Barcelona, fiquei parvo com a quantidade, com a extensão das plantações de girassol, presumo que para produção de bio-combustível.
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    Recordei-me desse cenário por causa deste artigo "Biofuel policy is causing starvation, says Nestlé boss":
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    "Soaring food inflation is the result of "immoral" policies in the US which divert crops for use in the production of biofuels instead of food, according to the chairman of one of the world's largest food companies.
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    "Today, 35 per cent of US corn goes into biofuel," the Nestlé chairman told an audience at the Council on Foreign Relations (CFR) in New York yesterday. "From an environmental point of view this is a nonsense, but more so when we are running out of food in the rest of the world.

    "It is absolutely immoral to push hundreds of millions of people into hunger and into extreme poverty because of such a policy, so I think – I insist – no food for fuel."

    Corn prices almost doubled in the year to February, though they have fallen from their peak in the pastfew weeks. Anger at rising food prices contributed to protests across the Middle East, and rising commodities costs were among the factors pushing UK inflation to 4.4 per cent in February, according to figures out yesterday"
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    É um factor importante certamente, mas não é único. 
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    Há o aumento do consumo na Ásia e a transferência de dinheiro de activos financeiros para commodities.

    segunda-feira, fevereiro 28, 2011

    Arroja tem razão: A cultura deolindeira

    A cultura deolindeira.
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    A cultura da queixa.
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    A cultura do locus de controlo no exterior.
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    A cultura do "fixed mindset".
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    É a cultura típica da associação política, universitária, patronal e sindical portuguesa.
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    Mais um exemplo "Comerciantes queixam-se de quebras de vendas entre 30 a 40%":
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    "«As grandes distribuidoras praticam baixas de preços todo o ano, obrigando as micro e as pequenas empresas a uma guerra de preços insustentável. Não há regras nesta país», lamentou." (Moi ici: Não sabem o que é estratégia? Não sabem onde podem fazer a diferença? Não sabem aproveitar o que têm? Acham que o preço é a única variável? Ao menos leiam Sun Tzu: máximas simples de apanhar e trazer no bolso, como por exemplo "Não combater no terreno que dá vantagem ao exército inimigo!)
    ...
    "No Porto, houve uma quebra de 40 mil postos de trabalho entre o último trimestre de 2009 e o mesmo período de 2010, disse."  (Moi ici: Gente que enfrenta o touro olhos nos olhos, primeiro reconhece que a economia portuguesa não pode sustentar a economia de bens não-transaccionáveis ao nível a que ela chegou. Depois, começa a preparar a sua própria mudança, porque sabe que os que melhor cativarem os clientes vão sobreviver e prosperar. Os deolindeiros clamam pelo papá-Estado, essa entidade mafiosa, para os proteger e, como jogadores amadores de bilhar, nem percebem qual a consequência dessa protecção. Nem sonham que a situação actual é, também, fruto de décadas de favores de protecção prestados a muitos "chefes de famílias")