sexta-feira, novembro 11, 2022
Cash, then value, then growth
quarta-feira, novembro 09, 2022
Tudo vai depender do tal jogo de forças (parte III)
"For starters, the political environment of the last half decade or so has shifted rapidly. Part Trump, part COVID and supply chain SNAFUs and part post-Russian invasion of Ukraine, the time is ripe to bring more of the production and manufacturing of US-destined goods back to the US. There are natural advantages to operating in the US as well--thanks to shale, Americans have some of the lowest-cost energy in the world. And thanks to the US' millennial baby-boom, we have a large cohort of relatively young people to lead consumption for decades to come."
Recordar os dois postais - Tudo vai depender do tal jogo de forças (parte II)
Trecho retirado de "Trade and Reshoring in the USA"
terça-feira, novembro 08, 2022
"think again of your biology as economic"
Vervaeke has done it again!!!
Episódio 30 - - Awakening from the Meaning Crisis - Relevance Realization Meets Dynamical Systems Theory
"… what I want to argue is: there's no essential design on fitted ness.Some things are fitted in this sense precisely because they are big, some because they are small, some because they are hard, some because they are soft, some because they're long-lived, some because they are short-lived, some because they proliferate greatly, others because they take care of a few young, some are fast, some are slow, some are singular cellular, some are multicellular. [Moi ici: Isto é sobre Mongo!!! Uma paisagem competitiva super enrugada. Cada vez me convenço mais que o modelo económico do século XX foi um fenómeno passageiro. BTW, os despedimentos em curso em organiações como a Meta fazem-me recordar o que escrevi sobre as plataformas e o "não é winner-take-all"]Like nothing. Nothing because the answer for that of course is deep and profound because the environment is so complex and differentiated and dynamically changing that niches, ways in which you can fit into the environment in order to right promote your survival autopoietic, are varied and changing. See, this is Darwin's insight, there is no essence to design, and there is no essence to fitted ness. If you try and come up with a theory of how organisms have their design, I'm using this in quotation marks, in terms of trying to determine or derive it from the essence of design you are doomed because it doesn't exist.Darwin realizes; he didn't need such a theory. He needed a theory about how what's relevant, in this biological sense, but a theory about how an organism is fitted. How it is constantly being designed, and redefined by a dynamic process. See, fitted ness is always redefining itself, reconstituting itself, it is something that is constantly within a process of self-organization because there is no essence, and there is no final design on fitted ness. [Moi ici: Isto é voltar ao meu Verão de 2007 e à leitura de Beinhocker - "So who was the winner? What was the best strategy in the end?"] Fitted ness has to constantly be redesigning itself in a self-organizing fashion so it can constantly pick up on the way a in which the world is constantly varying and dynamically changing. [Moi ici: Se mais empresas percebessem isto ... se mais empresas percebessem a mensagem da Red Queen - Tem de se correr para ficar no mesmo sítio!!! Se mais empresas percebessem que a sobrevivência não é mandatória e que há que trabalhar para merecer um futuro. Um futuro que será necessariamente diferente do presente. Um futuro que sorrirá a quem melhor se preparou para ele. Se mais empresas percebessem que têm de correr como o Legolas da imagem acima, porque é mesmo isto que acontece, mesmo quando o "mar parece calmo"]There is no essence to fitted ness, but I don't need a theory of fitness all I need is a theory of how fitted ness is constantly being realized in a self-organizing fashion. That's exactly what the theory of evolution is."
"think again of your biology as economic. This is again part of Darwin's great insight. Now you know, don't be confused. Here, when a lot of times when people hear economic they hear financial economy, but that's not what an economy is, an economy is a self-organization, a self-organizing system that is constantly dealing with the distribution of goods and services."
segunda-feira, novembro 07, 2022
Auditorias - Para reflexão
"Despite decades of efforts and numerous initiatives to improve labor practices in apparel supply chains, worker rights violations continue to be rampant in low-cost countries. Increasing pressure from advocacy groups, financial analysts, and the media to address such incidents has led Western brands, NGOs, and third-party certification bodies to develop a plethora of diverse auditing programs that vary in terms of goals, scope, and commitment.However, the potpourri of assessments (certifications, third-party audits, brand audits, and self-assessment audits) remain ineffective, and in fact conditions in many factories appear to be getting worse since the pandemic began. Audits and assessments are difficult for factory owners to navigate and have contributed to the high levels of audit fatigue seen throughout the industry. In our interviews with factory owners, we discovered that Tier 1 facilities dedicate extensive resources and personnel to ensure that they pass the variety of audits they are subject to throughout the year. But somehow, these audits are not curtailing many of the fundamental human rights violations in extended apparel supply networks."
domingo, novembro 06, 2022
Acerca do evolução do desemprego
"Ainda de acordo com o instituto oficial, os indicadores prospetivos de curto prazo (próximos três meses) relativos ao emprego no setor privado estão todos em declínio acentuado.A maioria dos mais de quatro mil empresários e gestores de topo ouvidos pelo INE indicam que estão a cortar a fundo nos planos de emprego até janeiro, pelo menos. Pode ser contratar menos, não contratar, despedir ou não renovar contratos.No caso da indústria e da construção essas perspetivas caíram para o nível mais baixo desde o pior momento da pandemia (final de 2020, início de 2021).O INE faz estes inquéritos de confiança a cerca de 4300 empresários: 1000 são empresários ou gestores da indústria transformadora, 600 da construção e obras públicas, 1100 do comércio, 1400 dos serviços.Outro indicador fundamental que não está a melhorar é o do investimento industrial. Quase 78% dos gestores abordados dizem que vai ficar igual ao que está ou pior."
sábado, novembro 05, 2022
A morte das empresas a dois níveis
O que quero dizer com "deixem as empresas morrer"?
Vejo o tema em dois níveis, ou duas perspectivas diferentes:
- a perspectiva da empresa individual; e
- a perspectiva da sociedade.
Assim, enquanto como cidadão defendo que a sociedade deve deixar as empresas morrerem, como consultor trabalho para apoiar as empresas individuais a darem a volta quando estão em más circunstâncias. Ou a melhorarem o que já está bem, mas tem de melhorar porque amanhã as partes interessadas (clientes, trabalhadores e o sócio-estado) vão querer mais. Até porque se as empresas de mais baixa produtividade morrerem todas hoje não há empreendedores suficientes para pôrem a render os recursos entretanto libertados. Recordar Não são elas que precisam de Portugal, Portugal é que precisa delas.
E algumas, não todas, das empresas com baixa produtividade, quando encaram de forma sistemática o desafio do aumento da produtividade para sobreviver, descobrem dentro de si recursos adormecidos, desprezados, inúteis, que se tornam preciosos para uma vida 2.0 onde as regras do jogo mudam e a empresa pode começar a viver, mais do que sobreviver. Como, por exemplo, aconteceu com o calçado quando mudou de modelo de negócio e de cliente-alvo e passou a vender sapatos que se vendem na loja a 300€ e não a 30€.
Fornece apoio técnico ...
De ontem cito:
““O Estado não oferece qualquer contrapartida financeira, mas fornece apoio técnico às empresas participantes(através de um serviço especializado em assessorar as empresas nesta mudança),"
E recordo:
sexta-feira, novembro 04, 2022
E estamos entregues a isto...
Ainda na sequência do tema 4 dias e produtividade.
Ainda a propósito da produtividade e da semana de 4 dias foi pedagógico ler o texto de Maria Lurdes Rodrigues no JN de ontem, “Quatro dias por semana”. Pedagógico porque ilustra como é Portugal. Um país de palpites, de fezadas, de querer copiar o que os outros fazem porque sim.
O meu barbeiro, o comandante L, cobra-me 8 euros por um corte de cabelo. Como esteve em Londres no mês passado aproveitou, por curiosidade para ver os preços do corte de cabelo em Londres. Julgo que me referiu um valor próximo do equivalente a 30 euros. Será que um barbeiro londrino é mais produtivo que um barbeiro gaiense em número de cabeças trabalhadas por hora? Nope! Então, como justificar a diferença? Aprendi com Erik Reinert, a boleia dos outros sectores. Como ele escreveu, um motorista de autocarro sai de Luanda e vai trabalhar como motorista de autocarro em Copenhaga e passa a ganhar 5 ou 6 vezes mais a fazer praticamente a mesma coisa. Ou um cavador de Lahore que vem para Almeirim, deve ganhar 8 ou 9 vezes mais.
A festa que Lurdes Rodrigues propõe encontra-se justificada em:
“Nos países da OCDE, os trabalhadores portugueses são dos que mais horas trabalham por ano, enquanto holandeses, alemães, dinamarqueses e franceses dos que usufruem de horários mais reduzidos. Há certamente, em Portugal, problemas de produtividade relacionados com a qualificação dos trabalhadores e a organização do trabalho, ou défices de competência empresarial e de gestão que explicam piores resultados com mais trabalho. Porém, horários de trabalho prolongados são parte do problema, não da solução. Menos horas de trabalho tornariam possível a promoção de políticas efetivas de aprendizagem ao longo da vida, [Moi ici: Lurdes Rodrigues quer obrigar as pessoas a usar o que será o seu futuro tempo livre, o seu tempo, para o usarem em formação? Lurdes Rodrigues acha que o trabalhador comum considera a frequência de formação uma festa? Lurdes Rodrigues acha que a baixa produtividade pode ser colmatada com mais formação dos trabalhadores? E se a baixa produtividade não resulta da maior ou menor contribuição dos trabalhadores, mas das decisões dos gestores, ou sobretudo da capacidade dos gestores?] proporcionando condições para que jovens e adultos com mais baixas qualificações completassem ou atualizassem as suas competências. Com os horários de trabalho atuais, mesmo com cursos pós-laborais, é muito difícil o sucesso alargado daquelas políticas. [Moi ici: Aí vem a fezada!!! Se diminuirmos o tempo de trabalho, os desmotivados operários conseguirão produzir 20, ou até mesmo mais, 30% de unidades e, assim, mais do que compensador as horas com um aumento da produtividade. Uma verdadeira festa!!!] Talvez tenha chegado a hora de contrariar mais um mito e demonstrar que é possível aumentar a produtividade diminuindo o tempo de trabalho e aumentando salários.”
Entretanto, no Expresso online apanho mais uma pérola, “Governo apresenta semana de 4 dias: vem sem corte de salário e com redução de horas semanais. Será voluntária e reversível”:
““O Estado não oferece qualquer contrapartida financeira, mas fornece apoio técnico às empresas participantes(através de um serviço especializado em assessorar as empresas nesta mudança), [Moi ici: Eheheheh! Isto cheira-me a negócios ao estilo Stayaway. Que empresa(s) vai/ão fornecer tal tipo de serviço? |Onde adquiriram know-how? Como o validaram? Que experiencia têm?] com o foco na alteração dos processos internos e na resolução dos problemas que naturalmente surgem com uma mudança organizacional deste âmbito”, lê-se no texto da proposta, ponto único do CPCS de quarta-feira.”
Não acreditam em Lurdes Rodrigues e na sua fezada? Reparem como com 4 dias é possível aumentar a produtividade da Herdmar.
Não acreditam em Lurdes Rodrigues e nos seus palpites? Reparem como com 4 dias os trabalhadores desperdiçariam menos tempo a fumar e a tomar café.
E estamos entregues a isto...
Até dá vontade de copiar os meus conhecidos, conspiracionistas, e adivinhar em tudo isto uma conspiração do governo para acelerar a morte de empresas existentes e libertar recursos para uma nova economia.
quinta-feira, novembro 03, 2022
4 dias e produtividade
Ontem colocaram-me esta questão via Whatsapp:
"Bom Dia Carlos, tenho observado sobre o que é dito sobre a semana de 4 dias, que a produtividade se mantém. Se a produtividade se apenas se mantém com menos horas de trabalho, o resultado final é a diminuição de faturação ou a menor criação de riqueza? A produtividade terá que aumentar para tudo ficar igual? será?"
Primeiro, recuo a 2019 e a 2009 com Aquilo que qualquer gestor de pessoas numa empresa que trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana sabe.
Qual o output de uma organização, um produto físico ou um serviço intangível?
Se o output é um produto físico menos horas de trabalho é menos quantidade produzida, logo a produtividade baixa. Dizer que a produtividade aumenta porque as pessoas ficam mais motivadas, porque têm mais tempo livre, é o mesmo que dizer que a produtividade pode ser baixa porque as pessoas são preguiçosas. A produtividade que interessa é independente da maior ou menor motivação das pessoas, depende do valor do produto.
Se o output é um serviço intangível, penso que devemos considerar duas possibilidades:
- serviço de baixo valor acrescentado;
- serviço criativo de alto valor acrescentado.
quarta-feira, novembro 02, 2022
Usar o passado para avançar para o futuro
"O repovoamento e o revigoramento do interior começa quando a ideia de copiar o litoral é substituída por um sentimento de individualidade que leva a apostar naquilo em que pode fazer a diferença, naquilo que pode ser a sua essência."
Algures, num outro postal que não consigo localizar, escrevi que as localidades do interior deveriam olhar para o seu passado para encontrar o que poderia ser a base para o seu futuro. ... Já o consegui localizar, é de Outubro de 2012 - A riqueza da terra.
Recordei isto tudo ao começar a ler "To See the Way Forward, Look Back":"using the purpose to inspire strategies, policies, and operational decisions that remain true to your company’s essence while positioning it for future success....To use the past as a pathway to the future, leaders must first excavate the company’s early history, arriving at a deep understanding of how and why it came to be. ... that excavation can include various subprocesses, such as discovering key elements of the past, assessing or interpreting it in the new context of the present, and reclaiming it as “authentic” for use by the company. The goal is to grasp the very essence, or “soul,” of the organization as best one can—not just the founding ideals, ambitions, and purpose that animated stakeholders, but also the values that informed that early thinking and the principles or heuristics that drove day-to-day decision-making."
Depois, o acaso no Twitter levou-me a "Stuck in a 'Dead-End' Job? Consider Steve Jobs's Advice on Connecting the Dots by Looking Backward". O propósito do texto é outro, mas o título ajusta-se à mensagem inicial.
terça-feira, novembro 01, 2022
Again, deixem as empresas morrer!
Domingo passado publicamos aqui - E noção?
Falta de mão de obra, baixa produtividade, empresas que precisam de apoio para pagar o salário mínimo ...
Entretanto:
"O próximo ano adivinha-se difícil. De acordo com as previsões da Allianz Trade, que foram divulgadas esta quinta-feira, as insolvências deverão subir cerca de 20% em Portugal, por efeito do agravamento das pressões inflacionistas, bem como devido à crise energética e às perturbações nas cadeias de abastecimento.
“Este ano, o crescimento do número de insolvências entre as empresas portuguesas deverá ser de cerca de 2%. Contudo, o cenário deverá alterar-se de forma muito significativa em 2023: a Allianz Trade estima uma subida de 20% das insolvências”, projeta a seguradora, numa nota divulgada esta manhã.
...
Entre os vários países europeus, os analistas da Allianz Trade antecipam que a economia francesa vai enfrentar uma subida de 46% das insolvências neste ano e de 29% no próximo ano. Já a Alemanha deverá assistir a uma subida de 5% das insolvências em 2022 e uma expansão de 17% em 2023."
Deixem as empresas morrer! Deixem os recursos serem encaminhados naturalmente para quem é mais produtivo.
Trechos retirados de "Insolvências devem subir 20% em 2023 por causa da crise energética e cadeias de abastecimento"
segunda-feira, outubro 31, 2022
Oficialmente ...
No tempo de Passos Coelho ... lembram-se da sexta-feira 7 de Setembro de 2012? Sei a data por causa de Crédito fácil e barato. Nesse dia o primeiro ministro de então disse, olhos nos olhos, o que pretendia fazer sobre a TSU. Era mais transparente e claro, era o mundo dos orçamentos pré-cativações.
No tempo de Passos Coelho como primeiro ministro eu criticava os orgãos de comunicação social por se focarem no sofrimento das pessoas e não darem uma luz de esperança sobre o que poderia ser o futuro.
Hoje, vejo Passos Coelho como um caseiro que aplicou a receita da troika, mas que ele próprio não a entendia. Por isso, a sua incapacidade para um discurso de esperança sobre o futuro. A sua grande virtude foi dizer não aos "funcionários" do BES dentro do governo.
Assim, Setembro de 2013 chegou como uma surpresa para quase todos - E falta um mês para Agosto de 2013!!! e E Agosto de 2013 chegou. BTW, (Vítimas são presas).
Ontem, ao ouvir o telejornal da noite da TVI dei comigo a pensar que tinha regressado ao tempo da troika, por causa do tempo dedicado ao sofrimento das pessoas. Ainda pensei, mas esta não é a TV do Sérgio, o amigo do Centeno sempre ao serviço de Costa?
Por que é que as TVs começam a dedicar cada vez mais tempo ao sofrimento das pessoas?
O primeiro ministro António Costa já nos disse que estamos em crise? Não, afinal segundo a "cartilha dos padres" ao serviço do partifdo do governo estamos a crescer mais do que o resto da Europa.
Se não há discurso sobre a crise, não há discurso de esperança sobre como sair da crise.
Isto tudo é estranho, do meu lado da vedação, no meu trabalho continuo a interagir com empresas exportadoras que têm algum receio do futuro, mas que estão bem, mas que estão muito bem. Suspeitam, receiam um futuro mais cinzento com a recessão nos mercados externos, sobretudo Alemanha.
E as empresas do sector não-transaccionável? Como vai ser?
Oficialmente não há crise, mas na vida real ...
Extraordinário!!!
Então a inflação apareceu out of thin air!!!
Christine Lagarde: "Inflation has just, pretty much, come about from nowhere."
— André Azevedo Alves (@AzevedoAlves) October 30, 2022
A interlocutora ideal para António Costa.
Ou como a UE se arrisca mesmo a ir pelo cano abaixo.🇪🇺🎪pic.twitter.com/K27CIucbdd
domingo, outubro 30, 2022
E noção?
Ele há coisas ...
Esta semana seguia num táxi para uma empresa onde costumo ir semanalmente e o motorista, pessoa com quem já fiz várias viagens, contava-me que um edifício em ruínas que me tinha chamado a atenção era uma antiga vacaria. Depois na empresa após o almoço, durante o café, contavam-me que onde estava situada aquela empresa altamente produtiva tinha existido uma outra vacaria. Na minha mente, pensei no ganho de produtividade daqueles metros quadrados ...
Entretanto, ontem, um pouco atónito, dei de caras com este artigo, "Soberania alimentar nacional está comprometida, alertam produtores de lacticínios":
"O presidente da ANIL deixou ainda uma nota sobre a importância deste e doutros sectores para a revitalização e fixação de população no interior. [Moi ici: Ponham as coisas em perspectiva, um sector conhecido por estar sempre a chorar por falta de rentabilidade vem dizer que é um sector relevante para fixar pessoas no interior. Brincamos? E que salários é que essas pessoas vão ganhar?] “Com o devido respeito pelas novas tendências de trabalho geradas pela pandemia e potenciadas pela evolução das tecnologias de comunicação, não é com os nómadas digitais que vamos assistir à inversão dos fluxos populacionais para o litoral”, disse.
"É sim, com a criação de condições para a sustentabilidade da produção e geração de valor em setores como este dos lacticínios", afirmou em defesa da importância da fileira láctea num pais que quer fixar populações em zonas agrárias e no interior, reduzir o fluxo migratório para o litoral, desenvolver áreas geográficas não urbanas." [Moi ici: No artigo, pela enésima vez um representante do sector apela aos apoios do estado - "e apelando ao Estado para a adoção de medidas orçamentais" - porque o sector não gera riqueza para remunerar os participantes. E o mesmo representante acha que o sector pode ser atraente para os trabalhadores]
E noção? Recordo os empresários têxteis... É verdade, não é impunemente que se diz mal
Recordar a Herdmar e A brutal realidade de uma foto.
Recordar Erik Reinert e Para reflexão de onde sublinho:
"a nation - just as a person - still cannot break such vicious circles without changing professions." [Moi ici: Talvez por isto as mais de 60 pessoas empregadas que responderam a um anúncio de emprego em Falta mão de obra? (parte II)]
Recordar The "flying geese" model, ou deixem as empresas morrer!!! onde Reinert nos conta como uma cidade de sapateiros, St. Louis, pagou os jogos olímpicos e uma feira mundial em 1904.
sábado, outubro 29, 2022
Até que ponto?
"Key to understanding how a commercial operation functions is to understand the drivers of value, and the drivers of cost, in some depth and to understand them together. Being lean and curbing costs is often described as essential in supply chains, but this is too narrow a focus. Yes, cost reduction and improvements to efficiency and productivity are important and necessary, but only when conducted as part of understanding of the impact on the full value chain, otherwise they can be counter-productive. In extreme cases, they can even become a self-defeating compulsion, especially where incentives are not aligned with what the company needs to do to meet consumers' and retailers' needs."
Isto foi crítico para o sucesso da maioria da economia exportadora portuguesa nos últimos 15 anos. O preço mais baixo não é tudo, não é o único critério. Num mundo com cada vez mais incerteza, resultante do contexto externo (política, tecnologia, economia, social), mas também do contexto interno (mais variedade, mais feedback, mais customização) a logística da resposta, da reposição, da criação tem um valor que o cálculo de custos não incorpora pelo lado positivo.
Foi isto que nos permitiu ser competitivos sem ser produtivos, foi isto que me embalou e enganou nestes anos todos.
Agora que o modelo estava a dar sinais de exaustão, desde 2018 mais ou menos, não pelo fim da importância da logística da resposta porque a incerteza continua a crescer, mas pelo alargamento da produção de proximidade noutras paragens mais próximas dos centros de consumo, veio o Covid primeiro, Taiwan como espelho da Ucrânia depois, e agora o império a revelar-se numa série de cenários potenciais perigosos, dar uma nova vida ao modelo da competitividade sem produtividade.
Até que ponto esse modelo se compadece com taxas de inflação elevadas?
Até que ponto esse modelo se conjuga com uma demografia envelhecida e uma emigração em crescendo?
Trecho inicial retirado de "Deliver What You Promise" de Bali Padda.
sexta-feira, outubro 28, 2022
"Lives of quiet desperation" (parte III)
"Venda da Efacec à DST caiu e o Governo está a preparar a reestruturação da empresa"
Mateus 7, 16:20.
É nisto que dá ser governado por falsos profetas.
Podem ter conversa, podem ter fanfarra, podem ter o apoio da comunicação social e do comentariado, mas quando chega a hora da verdade... os contribuintes incham e ninguém se retrata, ao menos podiam retratar-se, mas não, seguem para mais uma vitória eleitoral qualquer.
quinta-feira, outubro 27, 2022
We're not in Kansas anymore
"BASF has said it will have to downsize “permanently” in Europe, with high energy costs making the region increasingly uncompetitive."
Quantos projectos novos não vão avançar? Quantos projectos vão falhar? Que projectos novos vão-se tornar atraentes? Por exemplo, há um mundo em explosão acelerada relativamente ao fotovoltaico.
Entretanto, o modelo económico português vai-se revelando na sua capacidade de gerar resultados:
"Mais de 40% dos seniores portugueses dá dinheiro aos filhos todos os meses" e "De acordo com a Population Survey da ONU, em 2100 seremos 6,6 milhões; de acordo com as projeções de um estudo de Vollset e outros, seremos apenas c. 4,5 milhões." [Moi ici: Bom para o ambiente!!!]
Acham que 80 mil em 2021 é fora do comum?
80.000 portugueses migraram o ano passado e a culpa é do:
— Tony de Direita (@MorTony13) October 26, 2022
Passos Coelho, claro! pic.twitter.com/eniiRRDLO9
É preciso ter memória "Emigração estabilizou em 2019: saíram 80 mil do país" e vejam 2018 também.
Trecho retirado de "BASF to downsize 'permanently' in Europe"
quarta-feira, outubro 26, 2022
Por que é importante ter uma estratégia.
"Willingness to pay (WTP): The maximum amount a customer is willing to pay for a company's goods or services
Price: The actual price of the goods or services
Cost: The cost of the raw materials required to produce the goods or services
Willingness to sell (WTS): The lowest amount suppliers are willing to receive for raw materials, or the minimum employees are willing to earn for their work
The difference between each component represents the value created for each stakeholder. A business strategy seeks to widen these gaps, increasing the value created by the firm’s endeavors."
Relacionar com Larreché:
WTP versus Originação de valor.Trecho retirado de "What Is Business Strategy & Why Is It Important?"
terça-feira, outubro 25, 2022
Acerca das mudanças
Tapar o sol com uma peneira.
Tratar os sintomas em vez de ir às causas.
Pregar uns valores e princípios e praticar o oposto.
Enganar as pessoas.
Não preparar as pessoas para aquilo que para elas vai ser uma surpresa.
Apresentar uma dança da chuva qualquer para enganar papalvos.
Alguns conselhos, "Don't just Tell Employees Organizational Changes Are Coming - Explain Why":
"Inspire people by presenting a compelling vision for the future. During times of uncertainty, people experiencing change want a clear view of the path ahead. It’s important to share what you know – including what’s changing, when, and how. But for most change initiatives, it is also helpful to start with a narrative or story that clearly articulates the “big picture” – why change is important and how it will positively affect the organization long-term. This should serve as the foundation for how you communicate about the change moving forward.
...
Keep employees informed by providing regular communications. Change communications is never a one-and-done event; keeping employees informed is something that you will have to do throughout every step of the change process. Studies have found that continual communication is a leading factor in a transformation’s success. When thinking about how to communicate, keep the following in mind:
Be clear and consistent: All of your communications should tie back to the narrative that you developed, reiterating the case for change and presenting a compelling future vision.
You will not have all the answers:
...
Don’t forget to articulate “What’s in it for me?”:"
Payback time is coming ...
Nunca serei capaz de agradecer o suficiente aos ex-parceiros da geringonça por terem dado a maioria absoluta ao partido no poder.