Mostrar mensagens com a etiqueta politica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta politica. Mostrar todas as mensagens

domingo, setembro 28, 2025

Para um nicho dentro de um nicho

𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐢𝐭𝐲 𝐩𝐨𝐥𝐢𝐜𝐲 𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐚𝐛𝐥𝐲 𝐟𝐚𝐢𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐲𝐨𝐮 (𝐞𝐯𝐞𝐧 𝐢𝐟 𝐲𝐨𝐮’𝐫𝐞 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐢𝐟𝐢𝐞𝐝)

Here’s a hard truth: Over 90% of companies have quality policies that don’t even comply with ISO 9001:2015 requirements, yet they’re still certified.

Why? Because most policies are just clichés slapped on a wall to check a box. They sound like this:

“We will consistently provide products and services that meet or exceed the requirements and expectations of our customers.”

They don’t guide decisions, inspire teams, or drive strategy. They’re decoration, not direction.  This course is NOT for everyone.


If you’re happy with a bare-minimum quality policy that “ticks the ISO box,” this isn’t for you.
But if you’re ready to create a policy that actually works for your organization, read on.

Introducing: 𝐅𝐫𝐨𝐦 𝐖𝐨𝐫𝐝𝐬 𝐭𝐨 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐭𝐞𝐠𝐲 - 𝐂𝐫𝐞𝐚𝐭𝐞 𝐚 𝐏𝐨𝐥𝐢𝐜𝐲 𝐓𝐡𝐚𝐭 𝐃𝐫𝐢𝐯𝐞𝐬 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐎𝐫𝐠𝐚𝐧𝐢𝐳𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐅𝐨𝐫𝐰𝐚𝐫𝐝

This course is for the 10% who want more than compliance. It's a step-by-step system to build a quality policy that:
👉 Guides real decisions with clarity, not buzzwords
👉 Connects deeply with what your customers truly value
👉 Pinpoints the capabilities your company must dominate to win
👉 Follows ISO 9001:2015 intent, a strategic compass for alignment, focus, and growth

By the end, you'll have a quality policy that doesn't just sit on a wall full of platitudes; it drives your organization forward.

What you get:
✅ Self-paced online course
✅ Practical templates and real-world case studies
✅ Direct feedback to perfect your policy
✅ A proven framework to align strategy, teams, and customers

𝐖𝐡𝐲 𝐍𝐨𝐰? A weak quality policy is costing you alignment, focus, and growth every day. Don’t settle for a policy that’s just “good enough” for certification.

𝐄𝐧𝐫𝐨𝐥𝐥 𝐍𝐨𝐰 - Limited spots for feedback sessions! 

Is your quality policy a decoration or a direction? Drop a comment, I’d love to hear!

domingo, agosto 03, 2025

Melhorar o retorno da certificação ISO 9001 (parte VII)


Sou um grande fã do podcast "The rest is history" com Tom Holland e Dominic Sandbrook. Aqui estou como eles, começam uma série com a ideia de fazer 5 episódios, mas depois acabam por fazer 7 ou 8 por que as conversas são como as cerejas. Pensava que esta etapa se fazia em meio postal e se calhar vai precisar de 3!!!

Tribos e famílias são diferentes das empresas. Tribos e famílias focam-se no seu interior — reforçam laços, protegem os seus membros, e sobrevivem para si mesmas. As empresas, pelo contrário, existem para servir o exterior. A sua razão de ser está fora de portas — nos clientes que escolhem servir e no valor que conseguem co-criar para eles.

Quando não se é claro sobre quem são os clientes-alvo corre-se o risco de estar a trabalhar para um fantasma estatístico, o cliente médio ... que não existe:


Quando não se é claro sobre quem são os clientes-alvo corre-se o risco de os ver como um substantivo colectivo vago, como a "miudagem" no recreio. É preciso olhar os clientes olhos nos olhos. OLHOS NOS OLHOS!
"you must think of your customer or potential customer in the singular - as one living and breathing person. That person you can get to konow, and you can develop a close relationship with him or her.
Knowing your customer - fully understanding his or her needs, preferences, and prejudices - is vital to creating a robust and effective growth strategy for your business. Quite simply, you'll have a much better chance of selling your product or service to someone you know and understand.
...
When you get well beyond the customer's demographics, you'll understand her or his habits, needs, and goals. Then and only then, you can define your target customer in human terms and determine how best to grow your business with him or her.
...
I've found it quite helpful to form a mental picture of the customer I'm trying to sell to, wheter or not I can actually sit across the table from the person.
...
I always look (metaphorically) into my customer's eyes and formulate virtual questions."

É preciso evitar o que Seth Godin chama tratar os clientes como as baleias "saboreiam" o plancton

A clareza sobre quem se pretende servir e com que proposta de valor é essencial. Clientes não são todos iguais — nem sequer vagamente parecidos. Alguns querem o símbolo de prestígio e exclusividade de um Rolex (Parte VI). Outros querem a fiabilidade acessível de um Casio. Tentar agradar a ambos com o mesmo sistema de gestão da qualidade é o caminho certo para não agradar verdadeiramente a nenhum.

Hoje, o contexto é ainda mais exigente. Já não basta servir bem um cliente. A criação de valor é cada vez mais uma construção colectiva, uma orquestra em que colaboram fornecedores, distribuidores, parceiros logísticos, reguladores, financiadores, e até concorrentes. Chamar a isto cadeia de valor é já insuficiente. É uma rede de valor, onde as relações são cada vez menos lineares e cada vez mais interdependentes. É um verdadeiro ecossistema.

Estamos em pleno passo 2, ou seja, "Inocular orientação estratégica através da política", reparem como para trabalhar a cláusula 5.2 da ISO 9001 temos de olhar para as cláusulas 4.1, 4.2, 5.1.2, 9.1.2, tudo em interacção.

Por isso, quando quero ajudar uma empresa a formular uma política da qualidade com verdadeira orientação estratégica, faço perguntas simples, mas que raramente têm respostas consensuais e claras. E é aí que começa o trabalho:

As perguntas que usamos para inocular estratégia na política da qualidade:
  • Quem somos e o que fazemos? (Identidade e missão operacional — deve ser mais do que um slogan genérico, deve dar resposta à primeira parte da cláusula 5.2.1 a) "is appropriate to the purpose and context of the organization and supports its strategic direction;". Temos de passar no "teste do corrector")
  • Quem servimos? (Quem são os clientes-alvo. Não todos os que aparecem, mas os que escolhemos servir. Nunca esquecer quais são as encomendas mais importantes.)
  • O que procuram e valorizam esses clientes? (Qual é a proposta de valor? Velocidade? Prestígio? Baixo custo? Personalização? Simplicidade? Consistência? Eu tenho dificuldades aqui porque o verdadeiramente difícil é ter foco. Facilmente caímos no erro de seleccionar 9 ou 10 ou 12 "features", o difícil é focar em 3 ou 4)
  • Quem nos ajuda a servir? (Que partes interessadas precisamos que colaborem connosco para maximizarmos o valor a co-criar no ecossistema em favor dos clientes-alvo? E por que quererão colaborar connosco? Estamos a falar de fornecedores, técnicos, parceiros, etc.)
  • Quem nos limita ou pode restringir o serviço? (Que entidades reguladoras, que restrições contratuais, limitações técnicas ou legais. Podemos transformar a limitação ou restrição em algo a nosso favor, ou em favor do nosso ecossistema?)
  • Em que temos de ser mesmo bons para cumprir essa promessa de valor e assegurar essa colaboração? (Estas são as nossas prioridades de desempenho, os nossos critérios de sucesso. Servem de matéria-prima para dar resposta à cláusula 5.2.1 b) "provides a framework for setting quality objectives;"
Estas perguntas não substituem a política da qualidade — mas estruturam-na. Dão-lhe propósito. Evitam que seja apenas mais uma afirmação genérica sobre “cumprir requisitos” e “melhorar continuamente”, como milhares de exemplos disponíveis no Google. 


A política não serve para impressionar auditores; serve para alinhar a organização em torno de um foco comum e de uma proposta de valor concreta.

Vou dar um exemplo de aplicação das perguntas. Há dias no LinkedIn vi que a Jofebar está à procura de alguém para gerir o sistema da qualidade. Não conheço a Jofebar, nunca conversei com quem tenha trabalhado na empresa, mas com base em artigos de jornal tenho escrito sobre ela:
Com base nestes postais e na informação no seu site, vou aplicar as minhas perguntas para escrever uma política da qualidade. Para não abusar demasiado vou usar um outro nome, vou-lhe chamar Vitrumo.
Na Vitrumo, desenvolvemos e fabricamos sistemas de caixilharia e janelas minimalistas com elevada exigência técnica e estética. A nossa identidade está ancorada na capacidade de transformar conceitos arquitectónicos ambiciosos em soluções construtivas fiáveis, belas e precisas.

Servimos principalmente arquitectos e clientes exigentes no segmento da construção premium internacional. Estes valorizam a sofisticação técnica, a liberdade criativa e a fiabilidade na execução — e é esse o desafio que orienta o nosso sistema de gestão da qualidade.

Trabalhamos em estreita colaboração com fornecedores especializados, equipas de montagem, parceiros de engenharia e agentes reguladores, e valorizamos especialmente o contributo dos arquitectos enquanto motores de inovação estética e funcional.

Para garantir a confiança de todas as partes interessadas relevantes e cumprir a promessa que fazemos aos nossos clientes, comprometemo-nos a:
  • Dominar os materiais, as tecnologias e os processos com rigor e flexibilidade, assegurando que cada projecto é tratado como único.
  • Desenvolver soluções inovadoras que respeitam os requisitos normativos e técnicos, sem comprometer a liberdade artística dos projectistas. 
  • Montar cada sistema com a mesma atenção ao detalhe com que foi concebido. 
  • Melhorar continuamente o nosso sistema de gestão da qualidade como ferramenta para alinhar os nossos métodos com a nossa visão estratégica: sermos líderes em sofisticada personalização técnica.
Esta política é o espelho do nosso compromisso com a qualidade — não como fim burocrático, mas como expressão coerente da forma como escolhemos competir.

Olhemos agora para a cláusula 5.2.1 da ISO 9001:2015. Damos resposta a todos os requisitos? 

Penso que sim. Reconheço, no entanto, que um auditor menos flexível talvez gostasse de tornar mais explicíto o compromisso "c) includes a commitment to satisfy applicable requirements;." Pediria para incluirmos mais uma alínea a dizer: "Comprometemo-nos a satisfazer os requisitos aplicáveis, incluindo os legais, regulamentares e contratuais."

Acham mesmo que em termos práticos há diferença entre isso e "Desenvolver soluções inovadoras que respeitam os requisitos normativos e técnicos, sem comprometer a liberdade artística dos projectistas. "?

Agora pensem no papel desta política da qualidade para alinhar, para:
  • orientar os trabalhadores nas decisões a tomar no dia-a-dia;
  • explicitar aos decisores quais as prioridades a seguir.
Na parte VIII avançamos para a etapa 3 "Estabelecer verdadeiros objectivos" 

No capítulo 11 do meu livro "Balanced Scorecard - Concentrar uma organização no que é essencial" escrevo:

Ou será que a etapa 3 é "Modelar a empresa como um verdadeiro conjunto de processos interactuantes"?


A parte VIII sairá apenas após o dia 15 de Agosto e esclarecerá que rumo seguir.

quinta-feira, janeiro 09, 2020

ISO 9001 - Video V - A useful quality policy and objectives, not mumbo-jumbo (part II)

Part I.

I recalled the template I use for writing an organization's quality policy when reading this excerpt:
“This is not about what we do, it’s about who we are,” ... “When you know who you are, then all of the decisions you have to make become a lot easier. When decisions are easier to make, things get better faster. Nothing clarifies like clarity.”(1)
This another one too:
“the more time I spend with market-making innovators and high-performing companies, the more I appreciate that leaders also have to “talk the walk.” They must be able to explain, in language that is unique to their field and compelling to their colleagues and customers, why what they do matters and how they expect to win”(1)
BTW, about that " I appreciate that leaders ... explain, in language that is unique to their field and compelling to their colleagues and customers, why what they do matters and how they expect to win" consider:
"Leaders who connect employees with end users motivate higher performance, measured in terms of revenue as well as supervisors’ ratings. Research shows that when leaders are the sole source of inspiring messages, employees often question whether the messages are true. End users, in contrast, are seen as credible sources who can deliver convincing testimonials of their experiences with a company’s offerings.
.
Customers, clients, patients, and others who benefit from a company’s products and services motivate employees by serving as tangible proof of the impact of their work, expressing appreciation for their contributions, and eliciting empathy, which helps employees develop a deeper understanding of customers’ needs.
.
Leaders can “outsource inspiration” to end users (both past and present) by collecting their stories, inviting them to the organization, introducing them to employees, and recognizing employees who make a difference in customers’ lives.
...
A growing body of research shows that end users—customers, clients, patients, and others who benefit from a company’s products and services—are surprisingly effective in motivating people to work harder, smarter, and more productively."(2)
Excerpts from “Simply Brilliant: How Great Organizations Do Ordinary Things in Extraordinary Ways”(1) from  William C. Taylor and "How Customers Can Rally Your Troops"(2)

terça-feira, junho 21, 2011

Um exemplo a seguir

Devidamente autorizado pela empresa, aqui vai um excelente exemplo sobre como divulgar internamente as prioridades estratégicas:
Quais as 4 mensagens principais para dentro?

  • Ouvir
  • Aprender
  • Persistência
  • Equipa
Uma imagem vale mais do que mil palavras!!!
.
Uns posters A2 em vez de um "manual". 

sábado, novembro 29, 2008

O que é 'estratégia' ?

Muita gente usa a palavra 'estratégia' como mais uma palavra de entre o arsenal que todos os dias servem para comunicar com os outros.
.
Por vezes, o uso repetido de uma palavra acaba por destruir, ou desvanecer o seu significado original. Contudo, como o uso dessa palavra continua chegamos a um ponto em que ela é usada, em que a percebemos(?)... até que alguém nos pergunte o seu significado.
.
Uma palavra sobre a qual se escreve e escreve, e se volta a escrever é 'estratégia'. Muita gente procura responder à pergunta: De que falamos quando falamos de estratégia?
.
IMHO dois autores destacam-se nesta tarefa de mergulhar no significado profundo da palavra estratégia: Michael Porter e Henry Mintzberg.
.
Porter, entre outros escritos sobre o tema, escreveu o clássico "What is strategy?" publicado pela Harvard Business Review em Setembro de 1996.
.
Mintzberg, entre outros escritos sobre o tema, escreveu o clássico "Five Ps for Strategy" publicado pela California Management Review, no Outono de 1987. Concentremo-nos no artigo de Mintzberg:
.
Estratégia é um plano: uma espécie de plano de acção deliberado, um guia, linhas de orientação para lidar com uma situação.
.
Um plano é também, ou pode ser também, um enredo, uma artimanha, um truque (ploy em inglês).
.
Uma vez definida, uma vez formulada, a execução de uma estratégia traduz-se num fluxo de acções e comportamentos que desenham um padrão. Estratégia é também um padrão de acções, de comportamentos, de mensagens... padrão é também uma norma, uma referência, uma bitola, uma coerência.
.
Estratégia é também posição, ou melhor, posicionamento. Onde queremos (e podemos) estar, onde queremos actuar, algo que resulta do jogo de interacções de uma organização em particular com o meio ambiente que a rodeia.
.
Estratégia é também perspectiva - não é só a escolha de um posicionamento, é também uma forma intrínseca de ver e de perceber o mundo. Assim, estratégia é para uma organização aquilo que a personalidade é para uma pessoa. Como uma organização é composta por várias pessoas, perspectiva significa comunhão de interpretações, alinhamento de vontades e atenções, sintonia de energias... cultura da organização
.
Quando falamos do governo de países, e não da liderança de organizações empresariais, a palavra estratégia é substitída pela palavra política, mas tudo o resto se aplica. Ter uma política passa por: plano; artimanha; padrão; coerência; posicioamento; perspectiva; comunhão; alinhamento e sintonia.
.
Assim, o que dizer... ou melhor, o que quer dizer este notícia do DN de hoje:
.
"Preço dos carros aumenta 2,5% em 2009" assinada por Rudolfo Rebelo e de onde extraí:
.
"Os preços dos carros novos vão aumentar 2,5% em Janeiro de 2009, como resultado do aumento da carga fiscal em 14,1% que resultada da proposta do Orçamento do Estado para 2009 ontem aprovada no Parlamento."
...
"Ainda assim, as alterações, ontem aprovadas com os votos da maioria socialista, significam uma revisão em baixa da carga fiscal em relação às propostas apresentadas pelo Governo, a 15 de Outubro."
.
Quando comparo o seu conteúdo com as movimentações, reuniões e afirmações recentes do ministro da Economia (por exemplo esta: "“Vou ouvi-los”, garantiu Manuel Pinho, dizendo que depois de ouvir as empresas de componentes e os construtores automóveis “vamos estudar todos os apoios”." num artigo do Jornal de Negócios do passado dia 21 assinado por Alexandra Machado)... pergunto:
.
Qual é o plano do ministro, ou do governo para o sector automóvel?
Qual é a artimanha (ploy) do ministro, ou do governo para o sector automóvel?
Qual é o padrão coerente de acções do ministro, ou do governo para o sector automóvel?
Qual é o posicionamento do ministro, ou do governo para o sector automóvel?
Qual é a perspectiva, a personalidade, a comunhão de interpretações, o alinhamento e sintonia do ministro, ou do governo para o sector automóvel?
.
Qual é a política? Qual é a estratégia?
.
Quando se diz uma coisa e se faz outra... gera-se o maior veneno organizacional: o cinismo. O cinismo é maior agente de corrosão organizacional que conheço... mói, mói, mói.

terça-feira, julho 24, 2007

O negócio, e os clientes-alvo dos políticos

Na última página do jornal Público de hoje, do artigo de opinião de Rui Tavares "O fim da quadratura do círculo (I)" ficou-me a ressoar na cabeça a frase "fazer um discurso para o povo das fábricas que fecham e outro para os empresários dinâmicos que de vez em quando fecham as fábricas."

Duas reflexões:

Primeira:
Se, como consultor, trabalhasse para um político, teria de o ajudar a concentrar o seu discurso, as suas acções e promessas num único propósito, ganhar eleições. O negócio dos políticos é ganhar eleições!

Para ganhar eleições, o político tem deconcentrar o seu discurso, acções, visibilidade, promessas nos clientes-alvo: os eleitores que poderão votar nele.

Quantos votos representam "o povo das fábricas" e os "empresários"?
Quem quer ganhar eleições não fala para esta gente a sério, porque sabe que são um segmento marginal, em termos numéricos.

O que é aterrador, é que para ganhar eleições, nos tempos que correm, é preciso, ou basta, seduzir reformados, funcionários públicos e quem vive à custa de contratos e rendas fornecidas pelo estado. Numericamente é suficiente!

Segunda:
Quem são "os empresários empresários dinâmicos que de vez em quando fecham as fábricas."?

Se descontarmos os gestores das multinacionais, que primeiro fecharam em França e na Alemanha, para abrir em Portugal, e que agora fecham para abrir na Bulgária, ou na Estónia... quantos empresários fecham de livre vontade a sua empresa? Quantos optam pelo encerramento como a medida mais fácil, como a primeira medida?

Até parece que o encerramento das empresas não é uma actividade dolorosa também, para os empresários!!!

Nas pequenas cidades deste país, o encerramento de uma empresa, mesmo podendo ser racionalmente a decisão correcta, é o último recurso... o falatório, a vergonha, o fracasso ainda é um factor importante a ter em conta.