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sexta-feira, outubro 04, 2019

Esperemos que o próximo governo tenha maioria absoluta

O texto que se segue foi integralmente escrito em 28 de Novembro de 2018. Antes disto, "Para reflexão séria - recordar a fragilização", disto "Another Way EVs Will Cost Us" e disto ""Portugal parece uma ilha de estabilidade, mas há uma sensação incómoda". Bloomberg diz que legislativas são teste à economia". É saudável que quem gera fragilidades com políticas fragilistas, depois fique para limpar a borrada.
"O socialista diz que lhe custa “a crer que no espaço de três a quatro meses a empresa possa passar de uma situação estável para uma rutura quase total”."
Ler este trecho em "BE questiona Governo sobre despedimentos na fábrica DURA Automotive da Guarda", depois de no mesmo dia ter lido:
Depois de no último mês ter publicado tweets como:
Tudo se começa a conjugar para um 2020 interessante.


Esperemos que o próximo governo tenha maioria absoluta, 2020 vai necessitar de austeridade a sério e será importante ter uma maioria a suportar um governo que vai ter de subir impostos, que vai ter de cortar regalias na função pública.


terça-feira, julho 24, 2007

O negócio, e os clientes-alvo dos políticos

Na última página do jornal Público de hoje, do artigo de opinião de Rui Tavares "O fim da quadratura do círculo (I)" ficou-me a ressoar na cabeça a frase "fazer um discurso para o povo das fábricas que fecham e outro para os empresários dinâmicos que de vez em quando fecham as fábricas."

Duas reflexões:

Primeira:
Se, como consultor, trabalhasse para um político, teria de o ajudar a concentrar o seu discurso, as suas acções e promessas num único propósito, ganhar eleições. O negócio dos políticos é ganhar eleições!

Para ganhar eleições, o político tem deconcentrar o seu discurso, acções, visibilidade, promessas nos clientes-alvo: os eleitores que poderão votar nele.

Quantos votos representam "o povo das fábricas" e os "empresários"?
Quem quer ganhar eleições não fala para esta gente a sério, porque sabe que são um segmento marginal, em termos numéricos.

O que é aterrador, é que para ganhar eleições, nos tempos que correm, é preciso, ou basta, seduzir reformados, funcionários públicos e quem vive à custa de contratos e rendas fornecidas pelo estado. Numericamente é suficiente!

Segunda:
Quem são "os empresários empresários dinâmicos que de vez em quando fecham as fábricas."?

Se descontarmos os gestores das multinacionais, que primeiro fecharam em França e na Alemanha, para abrir em Portugal, e que agora fecham para abrir na Bulgária, ou na Estónia... quantos empresários fecham de livre vontade a sua empresa? Quantos optam pelo encerramento como a medida mais fácil, como a primeira medida?

Até parece que o encerramento das empresas não é uma actividade dolorosa também, para os empresários!!!

Nas pequenas cidades deste país, o encerramento de uma empresa, mesmo podendo ser racionalmente a decisão correcta, é o último recurso... o falatório, a vergonha, o fracasso ainda é um factor importante a ter em conta.