sábado, novembro 28, 2015

Um sistema de gestão que começa no negócio

Eis um exemplo de aplicação dos primeiros passos da metodologia que preconizo em "Abordagem baseada no risco (RBT): ISO 9001:2015" para implementar a abordagem baseada no risco segundo a ISO 9001:2015 numa empresa.
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Passo 1 - Qual o propósito da empresa, qual é o seu negócio?
"líder na produção de soluções de janelas panorâmicas"
Visitando o sítio da empresa na internet encontro este trecho precioso:
"É nossa missão ser uma Ferramenta de Trabalho dos Arquitectos"
A tendência para muitos é ficar simplesmente pela resposta básica do tipo: fabricamos janelas, ponto. Isso é pouco, muito pouco.
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Passo 2 - Qual a sua orientação estratégica? Como é que a empresa se diferencia?
"“não é o preço que diferencia o seu produto dos concorrentes, já foi, mas agora conseguimos apresentar preços médios a nível europeu, o que diferencia é que temos grandes soluções e com valor estético, com performances ao nível dos melhores do mundo”.
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Por outro lado, “e muito importante, temos uma empresa com disponibilidade para os mais diversos desafios têcnicos que nos são colocados por grandes arquitetos, como Siza Vieira ou Souto Moura, entre outros”." 
Passo 3 - Quais são os objectivos da empresa?
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Aqui perguntaria, com base no texto:

  • que objectivos de inovação são relevantes?
  • que objectivos para divulgar e construir marca junto dos gabinetes de arquitectura que interessam nos mercados que interessam?
  • que objectivos de vendas, em que tipos de produtos e em que geografias?
  • que objectivos de desempenho produtivo?
  • que objectivos de margens?
Esses seriam os objectivos do sistema de gestão, não treta pueril mas directo ao que interessa para o negócio.

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Passos 4 e 5 - Em que contexto se move a empresa?
Alguns factores externos passam por:
"As tendências arquitectónicas têm vindo a mudar, especialmente no que diz respeito a envidraçados, cada vez de maiores dimensões e a exigirem tecnologia de ponta para responder não só aos desafios dos arquitetos como às exigências de quem adquire as casas."
Alguns factores internos passam pelo que os levou a investir para poder crescer e racionalizar. Acrescentaria ainda o que têm de aprender e especializar-se para conjugar tecnologia com vidro e caixilharia... uma espécie do nosso querido aqui no blogue "é meter código nisso"
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Passo 6 - Quem são as partes interessadas relevantes?
Já se respondeu a isto de certa forma. Está-se mesmo a ver o desenho do ecossistema da procura simplificado:

Passo 7 - Quais são os requisitos relevantes das partes interessadas relevantes?
Vamos especular:

  • Empreiteiros - querem prazo cumprido e janelas entregues conformes e apoio na instalação e formação de quem as vai operar. Devem também querer garantias de serviço dentro de um prazo de garantia.
  • Arquitectos - querem uma ferramenta, querem um aliado que os ajude a libertar a sua criatividade das restrições da engenharia e dos materiais. Um arquitecto é um artista, quer ficar bem visto perante quem lhe paga o projecto, e quer impressionar os seus pares.
  • Dono de obra - quer prazos cumpridos, custos dentro do orçamentado e um extra de magia.
  • Utilizadores dos espaços - fiabilidade, desempenho e resposta rápida em caso de problema.
  • Fontes de inovação - parceiro que aprecie as inovações e saiba criar aplicações práticas que as disseminem e democratizem.
A brincar a brincar o esqueleto dos sete primeiros passos ficaram feitos.
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Agora compare com o que vê por aí nos sistemas da qualidade?
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Como se ligam ao negócio? 
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Eheheh será que se chegam a ligar ao negócio, ou nunca chegam a passar de um apêndice que se mantêm porque a isso se é obrigado?
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Não faz mais sentido ter um sistema de gestão que começa no negócio, na orientação estratégica, na missão e faz também o resto?
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Será que podemos ajudar?
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