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sexta-feira, março 04, 2011

Mt 25, 1-13

"not all Eurozone periphery countries have seen resurgent export growth, with Greece seeing a further sharp fall in new export sales. Australia and China were the only other countries to see a drop in exports, although the lower end of the table was dominated by emerging and Asian countries."
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Trecho e gráfico retirado daqui.
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Abrir parêntesis.
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O homem que disse que havia vida para além do défice, agora, vem dizer-nos, agora descobriu que "Portugal está em apuros!"
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Respirar fundo e contar até 10.
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Fechar parêntesis.
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Há quem só se aperceba do que é que aconteceu quando já é tarde demais, quando os tapetes e biombos são incapazes de esconder por mais tempo a realidade.
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Quem está atento às circunstâncias e viaja de olhos abertos e com os restantes sentidos em estado de alerta (isto fez-me recordar Chesterton e a diferença entre a escultura gótica cristã, com santos e mártires de olhos bem abertos e esbugalhados para o mundo, e a escultura asiática de budas de olhos fechados e compenetrados no seu interior), procura sinais de mudança, investiga pistas frescas e ténues. Enquanto a maioria ainda está entretida a explorar (exploitation de March) a situação actual, os mais atentos enviam batedores para explorarem (exploration de March) o que pode vir aí.
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Volto ao gráfico lá em cima...
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E se este é mais um sinal da viragem da maré da globalização? 
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Tenho passado a semana a matutar neste artigo de jornal. E se somar o que me contam os empresários do calçado e do têxtil, com o que leio nos jornais e na net... conseguem imaginar as consequências disso para as PMEs deste país?
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Os que se atrasam e só se apercebem das coisas quando ela lhes bate à porta estão sempre impreparados, correm sempre com as calças na mão, seja atrás do prejuízo, seja atrás de uma oportunidade para aproveitar uma maré que sobe... Mas os que percebem que a maré mudou, preparam-se com antecedência e podem escolher a onda que vão cavalgar.
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Voltando mais uma vez ao gráfico... uma pequena percentagem de um volume enorme é... um número enorme.
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Os 1% de alunos chineses mais inteligentes são mais do que todos os alunos da UE juntos...
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Estai preparados...

quinta-feira, março 03, 2011

Aproveitar a oportunidade

A propósito deste postal "Hit Them When They’re Shifting Gears: the Role of Timing in Giant Killing", de Stephen Denny, neste tempo de mudança... como é que as PMEs podem aproveitar melhor a oportunidade que lhes chega à fábrica nos dias que correm, com o retorno dos clientes da Ásia, com a alteração de hábitos de compra, com...

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Fazer o by-pass ao país

Nos últimos dias tenho apontado aqui no blogue algumas notas que sublinhei no livro "How Companies Win" de Rick Kash e David Calhoun e que estão em total sintonia com o que aqui defendo há anos sobre a importância de escolher os clientes-alvo e focar toda a organização no serviço a esses clientes.
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Actualmente ando a ler outro livro recente que vai na mesma onda "Islands of Profit in a Sea of Red Ink" de Jonathan Byrnes. Ontem mesmo sublinhei este trecho:
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"Everyone knows that if you are not best at something, someone better will beat you. So why does this happen to so many companies?
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Many managers are so reluctant to let go of any business opportunity, they cannot make the choices necessary to create a focused strategy. They cannot say no.
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Instead, they dissipate their go-to-market resources (resources used to engage a company's customers, including a company's sales force, advertising, promotion, and supply chain integration) across too broad a customer/product/service base, and fail to achieve meaningful traction in any one area. Because the incoming business stream is so diverse, they cannot focus their operations and supply chain to achieve the major gains in productivity and accelerated sales that come from aligning sales and operations.
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It all comes back to the core reasons for strategy: focus and alignment.
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Companies that fall into the trap of trying to be everything to everyone almost by definition cannot be best at something. This leads to a vicious cycle."
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Como a figura 12 daqui ilustra:
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"Uma empresa que em simultâneo, procure trabalhar com clientes que valorizam acima de tudo o preço baixo e, com clientes que privilegiam o serviço, o produto à medida, estará em desvantagem com um concorrente dedicado a uma única proposta de valor"
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A primeira vez que neste blogue se utilizou o marcador "Clientes-alvo".
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Na quinta-feira da semana passada tive uma reunião numa empresa de calçado. A conversa com o empresário decorreu na sala de amostras onde estavam expostos os modelos para a colecção do Inverno do próximo ano.
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Quando o empresário chegou à sala, apontei para um modelo em particular e perguntei por quanto é que estaria à venda numa montra.
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O empresário disse-me que o modelo, como todos os outros, não era para vender em Portugal, era para exportar e talvez chegasse à montra com um preço a rondar os 90€.
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Por que é que mais de 95% da produção de calçado português é para exportação?
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Porque o sector especializou-se, concentrou-se em trabalhar para um tipo de clientes-alvo que não tem massa crítica em Portugal. Tentar vender modelos de 90€ em quantidades interessantes no mercado português não é rentável...
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Escrevo tudo isto motivado por estes dois artigos sobre as palavras de Carlos Tavares, presidente da CMVM.
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"Carlos Tavares diz que empresas portuguesas perderam quota no mercado interno":
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""Mais do que pôr a tónica nas exportações temos que ser fortes no mercado interno. Se não conseguirmos competir aqui dificilmente vamos competir noutros mercados", afirmou Carlos Tavares.
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"As empresas portuguesas têm perdido quota no seu próprio mercado. Sem resolver esses problemas, dificilmente podem ter sucesso nos mercados externos", acrescentou o presidente da CMVM."
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Esta abordagem é nova... qual o CV de Carlos Tavares? Qual a sua experiência de vida? O que o habilita a mandar estes bitaites sobre o que as PMEs exportadoras devem ou não fazer?
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Aquilo que permite a estas PMEs serem suficientemente competitivas na exportação é, muitas vezes o que as impede de ser competitivas no mercado interno. Os consumidores do mercado interno têm um poder de compra muito diferente dos que consomem nos mercados externos. Por isso, escrevo e falo tantas vezes nas empresas que fazem by-pass ao país.
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Depois, no mesmo artigo, Carlos Tavares afirma:
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"Para Carlos Tavares, as "empresas portuguesas não têm tempo para crescer passo a passo. Precisam de crescer rapidamente"."
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"O economista disse ainda que no mercado aberto em que concorrem grandes empresas, ser pequeno não é positivo: "neste caso 'small' não é 'beautiful'"."
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Num outro artigo "Carlos Tavares: «Empresas não se prepararam a tempo»" afirma:
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"A afectar a competitividade, segundo o presidente da CMVM, está a dimensão das empresas e a concorrência: «Neste caso, o small não é beautiful. Temos muito carinho pelas pequenas e micro empresas, mas no sector dos bens transaccionáveis são precisas empresas com dimensão, fortes, para primeiro ganhar o mercado interno e depois os mercados internacionais»."
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Lamento mas julgo que Carlos Tavares está mas é interessado em conseguir que mais PMEs entrem no mercado bolsista, não esquecer o que diz Hermann Simon sobre isso, as mittelstand não estão na bolsa, são campeões anónimos, mantêm, por isso, a paciência estratégica para apostar no longo prazo.
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As empresas portuguesas, ao contrário do que diz Carlos Tavares, ainda encalhado nos modelos mentais que aprendeu como uma tabuada quando frequentava os bancos da universidade, não precisam de escala, precisam é de flexibilidade, precisam de rapidez, precisam é de criatividade. E procurar servir bem, em simultâneo o mercado nacional e o mercado externo pode ser desaconselhável se isso obrigar a apresentar diferentes propostas de valor.
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"são precisas empresas com dimensão, fortes, para primeiro ganhar o mercado interno e depois os mercados internacionais" arrisco afirmar que esta frase só é marginalmente verdadeira se a proposta de valor for a do preço mais baixo. No calçado, no têxtil, no mobiliário, na maquinaria, na farmacêutica, na... a dimensão não é crítica, por que no negócio do preço puro e duro não temos hipóteses.
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BTW, o que está a acontecer ao mega-gigante Walmart é sintomático da chegada de Mongo, a arte é mais valiosa do que a massa.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Um exemplo a seguir

Não é impunemente que se diz mal

Na semana passada num encontro com empresários, depois de ter passado vários acetatos com recortes das posições da ATP ao longo dos últimos anos, onde sistematicamente dizem mal da vida do sector e discorrem contra os chineses e os paquistaneses, apresentei esta pergunta:
Por que é que um "outsider", que só ouve os dirigentes associativos do sector têxtil defenderem o passado e invectivarem os asiáticos, há-de apostar em investir o seu futuro no sector têxtil?
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Assim, não admira que a consequência natural seja esta "Exportadora não cresce por falta de especialistas":
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"faltam especialistas, faltam formadores competentes e falta quem queira trabalhar no têxtil. Com tanta ausência de recursos, não há novos mercados a explorar, apenas uma tentativa: "Crescer dentro dos nossos clientes"."

sábado, fevereiro 12, 2011

Não basta produzir - é preciso criar valor

É um mantra neste blogue. Algo que políticos, sindicalistas e muitos empresários anda não perceberam.
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Num mundo com excesso de oferta e escassez de procura:
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"Today, every company is in the same business: the outcomes business. The great challenge of the twenty-first century isn't deciding which flavor of meaningless, industrial age stuff to produce. It is learning to make stuff that's not meaningless stuff in the first place. It is learning how to make a lasting, tangible difference to well-being because that is the only foundation  for the creation of authentic economic value.
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Constructive capitalists are discovering that twenty-first-century businesses don't produce goods, they produce betters: bundles of products and services that make people, communities, society, the natural world, or future generations economically better by ensuring they achieve positive, tangible outcomes."
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Não basta apostar no corpóreo, é preciso apostar no "algo mais":
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"What's the best way to make the competition irrelevant? It's a question that has obsessed generation after generation of strategists, pundits, and gurus. Is it new business models, new market space, harder hardball, or better knowledge? The answer is: none of the above. It's Brian Fitzpatrick's concise summary of Google's great insight: "Disrupt yourself before someone else comes along and does it."
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Call it the resilience principle: disrupt yourself instead of protecting yourself. If you can, you might just gain the power to evolve thicker value faster - making the competition, still protecting the same old thin value, seem feeble and paltry by comparison.
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A radical institutional innovation - a philosophy. Most companies have a competitive strategy, but few have philosophies. What's the difference? Night and day. Competitive strategies say, "Here's how we'll get people to buy our stuff, no matter what." A philosophy says, "Here's how we'll make stuff people want to buy, no matter what." Compatitive strategy is about war on the competition through war on competition itself: its goal is limiting free and fair exchange by blocking, deterring, and smashing rivals. But when a company has a philosophy, the tables are turned on war. Companies that have philosophies no longer make war on competition.
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Philosophy is concerned with discovering "first principles" - the fundamental laws that explain the world around us. So it is with organizational philosophies; theyare concerned with discovering, articulating, and living  the first principles of value creation. They are fundamental laws that explain how we won't merely prevent others from creating thick value, but instead how we will create, refine, and hone thick value. When an organization specifies how it won't block free and fair exchange, the doors of evolution open, and the result is resilience."
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Trechos retirados de "The New Capitalist Manifesto" de Umair Haque.
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Paulo Vaz, director geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) perdeu tanto tempo nos últimos anos a lutar contra as importações europeias de produtos chineses e paquistaneses e... que não viu a mudança, que não aproveitou a oportunidade. Tão concentrado em defender o passado que foi surpreendido pelo presente. A 10/10/10 escrevi sobre o erro da ATP ao desprezar "Qual é o recurso mais escasso?", a 2 de Janeiro sobre o erro de se agarrar como uma lapa a defender o passado em "Ainda podia ser melhor" e sobre a importância de investigar para perceber os acontecimentos e... fazer batota aproveitando a onda.
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Se estivessem atentos ao presente (tão sensemaking) perceberiam isto, por exemplo "Por categorias, as exportações de produtos têxteis registaram um crescimento de dois dígitos, já que subiram 12,1 por cento. As exportações de produtos acabados (vestuário e artigos para o lar, entre outros) registaram um crescimento de 4,5 por cento.

Assinalável é a evolução das exportações de tecidos especiais e tufados, que cresceram 29 por cento, e das fibras sintéticas ou artificias descontínuas, que aumentaram 23 por cento. Os tecidos impregnados, revestidos ou estratificados e os artigos de uso técnico subiram 18 por cento." e relacionariam com isto "Têxteis do lar portugueses apostam nos “produtos topo de gama” na China"

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Pergunta ingénua do dia (parte VII)

Continuado daqui.
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"Exportações da indústria têxtil cresceram 6,4 por cento"
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"De acordo com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a indústria nacional está a exportar com maior valor acrescentado. Segundo dados do Eurostat, mesmo nos produtos tradicionalmente considerados mais “básicos”, como, por exemplo, a t-shirt de algodão, houve um crescimento superior a 40 por cento no preço médio por quilo exportado."
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Algo que julgo estar em sintonia com o que tenho escrito nesta série.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

As lapas ou os colas - cucos

"Exportações de vinho aumentaram 17% em 2010"
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"PS escolhe “crescimento das exportações” para abrir debate quinzenal com Sócrates"
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Impressionante o esforço que nos últimos anos o governo tem feito para dificultar a vida às PMEs exportadoras, agora, qual cuco-bombeiro-pirómano, chega para ficar na fotografia e arrebatar a taça que pertence a outros... então, a Aerosoles? E a Qimonda? E a Nanium? E o choque quesado-tecnológico? E a exportação de betão?

Pergunta ingénua do dia (parte VI)

Continuado daqui.
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Basta rever as fontes que tenho citado nesta série para perceber que algo está a mudar, que faz todo o sentido estudar o fenómeno em curso para "fazer batota" e aproveitar as correntes e marés como "passageiro clandestino"
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E o que fazem as associações empresariais?
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"Exportações: Indústria de moldes reclama mais diplomacia económica para divulgar capacidade nacional" estes textos são tão deprimentes... em vez de agarrarem o seu futuro com as suas próprias mãos, em vez de enfrentarem o touro olhos nos olhos, em vez de terem o locus de controlo no interior... refugiam-se no papá-estado, escondem-se atrás do estado, têm o locus de controlo no exterior... preferem lidar com um mafioso que lhes cobra a pretensa protecção, que não funciona, a um preço de agiota.
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Em vez de uma associação que apoie a reflexão interna das empresas, que aposte na caracterização dos clientes-alvo, na definição do posicionamento, na formulação de uma proposta de valor, temos associações que preferem pedir ao papá-estado-mafioso que faça o trabalho que compete ao sector. Basta lembrar aquela afirmação de Sócrates em 2005 "Espanha! Espanha! Espanha!"
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Outro exemplo de quem está a viver à custa do papá-estado e que, por isso, está sobredimensionado:
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"Patrões desapontados com o Governo por adiantar pouco sobre reabilitação urbana"
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Razão tem Helena Garrido "Mais Estado, em Vila da Feira":
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"O Congresso das Exportações que ontem decorreu em Santa Maria da Feira foi recheado de declarações que ilustram bem o estado de condicionamento industrial em que o País vive e a irracionalidade a que chegou a actividade económica e financeira. Quando muitos querem menos Estado, em Santa Maria da Feira pediu-se mais Estado.

O Estado promete ajudas, os bancos querem fundos especiais para financiar as pequenas e médias empresas e as empresas querem dinheiro mas também regimes de excepção para os seus projectos.
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Os outros, os empreendedores, aqueles que tentam ser aquilo que todos pedem e criticam não existir, aqueles que querem começar a construir um pequeno negócio, têm de cumprir a via sacra das mil e uma regras em departamentos, institutos e direcções-gerais várias.

Quando num Congresso das Exportações aquilo que soa mais alto é o pedido de mais dinheiro e protecção do Estado, ficamos tristemente esclarecidos sobre a vitalidade e independência das empresas que, em Portugal, têm voz no espaço público. É por isso, também, que não há novas gerações de grandes empresários.

Hoje temos barreiras para iniciar um negócio construídas com múltiplas e irracionais regras, regrinhas e regulamentos que criam dificuldades para venderem facilidades nas suas mais diversas formas. O tão criticado condicionamento industrial do Estado Novo não faria melhor."
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Como escreveram Valikangas e Hamel, a hierarquia é boa a gerir a aplicação de recursos, a hierarquia é má a alocar recursos. O estado, com as suas regras, regrinhas, normas e ... cada vez mais dificulta o acesso de quem quer empreender aos clientes no mercado.
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Continua.

Pergunta ingénua do dia (parte V)

Continuado daqui.
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Mais umas peças para o puzzle que a CIP devia estar a montar.
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"What's Next When Offshoring Isn't so Cheap?"
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"Over the last decade, offshore manufacturing seemed like a no-brainer. Cheap, plentiful labor was readily available in developing countries like China, India, Mexico, and Eastern Europe. Falling trade barriers, inexpensive energy, and low transport charges further strengthened the case for making products overseas. In this golden period, even an ill-conceived, poorly executed strategy could deliver big savings.
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But suddenly, the case for outsourcing isn’t so clear. Recent headlines trumpet the skyrocketing wages at Foxconn and Honda factories in China. These and other factors like quality concerns, the weakening U.S. dollar, rising fuel costs, and the risks inherent in longer supply chains have many companies rethinking their sourcing strategies.
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Is it time to retrench?"
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E também "Global Sourcing in the Postdownturn Era" onde se pode ler:
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"companies are rethinking their LCC-based sourcing strategies because of other challenges as well, such as quality concerns, product recalls, growing labor costs, volatile commodity prices, and the inherent risks of longer supply chains. Recent headlines seem to suggest a shifting landscape and a migration back to “near shore” countries such as Mexico for the United States and Eastern Europe for the European Union."
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Continua.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Ide, ide (parte II)

Ide, ide (parte I).
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Exportai, exportai... trocai os vossos produtos por dinheiro.
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Quando regressardes com as vossas bolsas a tilintar cheias de moedas, nós teremos o prazer de vos aliviar desse peso.
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"Governo pede determinação nas exportações, empresas apoios".

Pergunta ingénua do dia (parte IV)

Continuado daqui.
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Mais um artigo a chamar a atenção para a revolução sorrateira, silenciosa, que está a mudar as cadeias logísticas e pode permitir uma certa re-industrialização do Ocidente.
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"Outcome-Driven Supply Chains" de Steven A. Melnyk, Edward W. Davis, Robert E. Spekman e Joseph Sandor:
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"WHEN PROPERLY DESIGNED and operated, the traditional supply chain has offered customers three primary benefits — reduced cost, faster delivery and improved quality. But managers are increasingly recognizing that these advantages, while necessary, are not always sufficient in the modern business world. A new paradigm is emerging of a more sophisticated supply chain — one that also serves as a vehicle for developing and sustaining competitive advantage under a variety of performance objectives.
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In academic terms, we could say that while the old supply chain was strategically decoupled and price driven, the new supply chain is strategically coupled and value driven. More simply put, the supply chain should be designed and managed to deliver specific outcomes. ... We believe that supply chains should provide one or more of six basic outcomes: “cost,” responsiveness, security, sustainability, resilience and innovation."
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O artigo chama a atenção para o facto das cadeias de fornecimento tradicionais, com a ênfase na conformidade, prazo e custo já não serem suficientes para fazer a diferença.
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Por exemplo, a cadeia de fornecimento de um produto na fase madura não deve necessariamente ser a mesma para o mesmo produto na fase inicial de lançamento.
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A CIP não podia pôr os seus associados a reflectir sobre como aproveitar, sobre como apostar nesta revolução?

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Pergunta ingénua do dia (parte III)

Continuado daqui.
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O Pedro Soares teve a amabilidade de me enviar um relatório do BCG intitulado "The Coming Infrastructure Crisis - Is Your Supply Chain Ready?" (peca apenas por se basear sobretudo em projecções lineares do passado projectadas no futuro)
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Alguns títulos de capítulos:

  • "Container Port Capacity Is Not Keeping Up with Long-Term Demand
  • Land Transport Networks Are Becoming Saturated
  • Airports and Airways Are Also Under Pressure"
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"The bottom line is that logistics costs will increase significantly - and companies must rethink and redesign their supply chains or become victims. ... Managers obsessed with fuel costs should also factor in congestion costs, which not only increase the time it takes to move goods but also drive up all operating costs per ton handled.
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The most significant recent change to the supply chains of many companies took place in the 1980s and 1990s, as companies began sourcing from China and other Asian countries. These changes caused supply chains to be more geographically dispersed and complicated as companies sought to achieve the lowest landed-product costs through a combination of low-cost sourcing and world-scale manufacturing facilities. In the pursuit of lower costs, however, many companies saddled themselves with long and sometimes unreliable supply chains that were far harder to manage.
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As infrastructure demand outstrips capacity, companies that built their supply chains over the last 40 years and that ship their goods by some combination of sea, land (rail and road), and air will be profoundly affected.
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(Moi ici: Como lidar com esta situação? Uma das opções propostas pelo BCG é a redução da variabilidade)
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"Generally speaking, the longer your supply chain, the greater is the risk of variability
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Consider sourcing some products closer to home. ... In a growing number of situations, this "near" sourcing results in lower costs at the point of sale. Other companies are moving away from high-volume, world-scale plants that make just a few broadly distributed products, and instead are building smaller plants that make a wider range of products for local markets. Increases in unit production costs are often more than offset by lower logistics costs, faster replenishment cycles, and fewer stockouts and overstocks."
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E o presidente da CIP continua a pensar no porto de Sines!!!
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Quando devia estar a fomentar estudos internos sobre como é que as empresas portuguesas podem aproveitar esta revolução na logística.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

terça-feira, janeiro 25, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte IX)

Mais factores abióticos a modificar a paisagem competitiva enrugada onde operam as PMEs.
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"Salário mínimo em província chinesa vai aumentar 18,6%":
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"A província chinesa de Guangdong, a principal exportadora da "maior fábrica do mundo", vai aumentar o salário mínimo em 18,6%, depois de uma subida de 20 por cento em maio de 2010, anunciou o governo local."

Não passem ao lado disto

Ontem, o comentador anti-comuna, no blogue Blasfémias, deixou este comentário.
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Através dele fui alertado para estes dados:

  • Este relatório publicado ontem pelo Eurostat onde se encontra esta pérola "In November 2010 compared with November 2009, new orders for intermediate goods rose by 23.3% in the euro area and by 22.8% in the EU27. Capital goods increased by 22.0% and 20.2% respectively. Durable consumer goods grew by 6.0% in the euro area and by 9.3% in the EU27. Non-durable consumer goods increased by 5.3% and 3.0% respectively.
    Total manufacturing working on orders rose in all Member States for which data are available. The highest increases were registered in Estonia (+59.2%), Lithuania (+56.9%) and Portugal (+51.4%), and the lowest in Denmark (+1.0%), Greece (+6.5%) and Poland (+8.5%)." (Moi ici: Percebem a enormidade disto?)

  • Este relatório publicado pelo INE onde se encontra esta pérola "Em Novembro, o valor das encomendas recebidas pelas empresas industriais com origem no mercado externo aumentou 43,3% em termos homólogos (19,2% no mês precedente).
    Todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram em Novembro variações positivas mais elevadas comparativamente às observadas em Outubro. Os agrupamentos de Bens Intermédios e de Bens de Investimento deram os contributos mais relevantes para a variação do índice agregado, 31,8 p.p. e 9,1 p.p., respectivamente, resultantes de aumentos de 73,8% e de 26,7% em termos homólogos (30,7% e 12,8% no mês anterior). A variação do agrupamento de Bens de Consumo fixou-se em 10,7%, taxa superior em 3,6 p.p. à observada em Outubro." (Moi ici: Percebem a enormidade disto?)
Se não fosse o peso do cuco Estado e do sector dos bens não transaccionáveis... isto era comportamento de tigre... e os media passam ao lado disto!!!

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VIII)

A revista The McKinsey Quarterly publicou o artigo "Building the supply chain of the future" de onde sublinho:
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"Growth in developing countries contributes to volatility in global currency markets and to protectionist sentiment in the developed world, for example. What’s more, different growth rates across various emerging markets mean that rising labor costs can quickly change the relative attractiveness of manufacturing locations. This past summer in China, for example, labor disputes—and a spate of worker suicides—contributed to overnight wage increases of 20 percent or more in some Chinese cities. Bangladesh, Cambodia, and Vietnam experienced similar wage-related strikes and walkouts. Finally, as companies in developing markets increasingly become credible suppliers, deciding which low-cost market to source from becomes more difficult.
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Rising complexity (Moi ici: IMO o maior aliado da indústria europeia)
Manufacturing and supply chain planners must also deal with rising complexity. For many companies, this need means working harder to meet their customers’ increasingly diverse requirements. Mobile-phone makers, for example, introduced 900 more varieties of handsets in 2009 than they did in 2000. Proliferation also affects mature product categories: the number of variants in baked goods, beverages, cereal, and confectionery, for instance, all rose more than 25 percent a year between 2004 and 2006, and the number of SKUs4 at some large North American grocers exceeded 100,000 in 2009.
...
In such a world, the idea that companies can optimize their supply chains once—and for all circumstances and customers—is a fantasy. Recognizing this, a few forward-looking companies are preparing in two ways. First, they are splintering their traditional monolithic supply chains into smaller and more flexible ones." Moi ici: Qual o posicionamento que a sua organização ocupa? Como pode aproveitar estes fenómenos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada?)

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VII)

Para não cair em saco roto:
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"E&Y withdraws China NPL report":
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"The real cost of Chinese NPLs"
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A acrescentar à nossa lista de factores abióticos que estão/vão alterar a paisagem competitiva enrugada.

sábado, janeiro 22, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VI)

Mais sintomas da alteração dos factores abióticos onde operam as nossas PMEs, ainda que muitas delas nem se apercebam disso:
  • "China Rural Incomes Rising Most Since '84 Show Lure for Job-Seeking Obama" ("China’s retail sales grew at a 19.1 percent annual pace in December, partly boosted by inflation, yesterday’s report showed. For the full year, the increase was 18.4 percent. ... China’s vehicle sales rose 32 percent to 18.1 million in 2010, keeping the auto market ahead of the U.S. for the second year running. Sales are expected to grow about 15 percent this year, ... Hu, who traveled yesterday to Chicago to talk with business executives, said that China is focusing on domestic demand and consumer spending as its economy evolves.)"
  • "Shanghai plans to raise minimum wage by 10 pct in '11"