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quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Vantagem é uma classificação subjectiva

Ontem, ocorreu-me uma relação que julgo que merece ser sublinhada outra vez. Por um lado, a mensagem do livro "David & Goliath" de Malcolm Gladwell.
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Mensagem que referi em "Acerca das desvantagens" e a que acrescento:
"what is learned out of necessity is inevitably more powerful than the learning that comes easily."
E:
"These are David's opportunities: the occasions in which difficulties, paradoxically, turn out to be desirable. The lesson of the trickster tales is the third desired difficulty: the unexpected freedom that comes from having nothing to lose. The trickster [Moi ici: Interessante o uso desta palavra. Recordar como usamos a palavra batota e batoteiro] gets to break the rules." 
Como se refere no postal acima mencionado:
"What do we mean when we call something a disadvantage? Conventional wisdom holds that a disadvantage is something that ought to be avoided - that it is in a setback or a difficulty that leaves you worse off than you would be otherwise. But that is not always the case." 
Aquilo que para uns é visto como uma desvantagem, pode ser trabalhado por outros como uma vantagem. Agora, recordo estes postais "Do concreto para o abstracto e não o contrário" e ""analisamos os meios que temos e imaginamos futuros possíveis" (parte II)" e mesmo o recente ""analogia para muitas PME"".
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Uma PME olha para o que tem, e o que tem pode ser visto e classificado por outros como desvantagem, mas a PME sabe que algo daquilo que tem tem de ser uma vantagem, tem de ser encarado como uma vantagem, tem de ser transformado numa vantagem. Vantagem ou desvantagem é uma classificação subjectiva feita à posteriori.

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Local

"“In today’s world, if you think about fresh and what it means to us, I can tell you over the last three years fresh has grown probably three times what the center store has grown,”
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The focus on fresh is a bridge to the company’s efforts to improve its offerings perceived as local.
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(Local) is no longer a trend,” Mr. Donnelly said. “Local is here. Local is actually essential … Local means community, and community to our customer is important.
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“So, when we think about local, and we think about how many different fields or growing fields we’ll actually have, in produce alone we probably have close to 300 local suppliers that we work with. And that’s outside of some co-ops that we work with that actually have local growers also.”
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The retailer’s efforts to improve the freshness of its offerings extend beyond the meat and produce.
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At the heart of the retailer’s efforts is a focus on customization,
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In a mass customization world it’s incredibly important that you know and understand your customers,”"
Uma pena que que muitos produtores e muitos retalhistas não façam batota com esta tendência. Desde os produtores de maçã de Moimenta da Beira que não tiram partido da sua região como marca de origem até aos Intermarché do interior que têm legumes produzidos na zona.


Trechos retirados de "Fresh and local a focus for Kroger"

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Não está na altura de organizar as ideias?

"Companies that are great at both strategy and execution don’t follow the prevailing practices of their industries.
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First, these companies commit to an identity. They avoid getting trapped on a growth treadmill, chasing multiple market opportunities where they have no right to win. Instead, they are clear-minded about what they do best, developing a solid value proposition and building distinctive capabilities that will last for the long term.[Moi ici: Recordar "Focalização, focalização, focalização"]
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Second, many managers assume they should adopt the best practices of their industry and treat external benchmarking as the established path to success. But the companies we studied believe otherwise. They translate the strategic into the everyday. They design and build their own bespoke capabilities that set them apart from other companies. Then they bring those capabilities to scale in their own distinctive ways.[Moi ici: Como proponho às PME, não existem boas práticas "Não existem boas-práticas!!!" e "Não faz sentido, para uma PME, procurar "ser o melhor""]
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resist disruptive reorganizations and instead put their culture to work. They tap the power of the ingrained thinking and behavior that already exists below the surface in their company, using culture, not structure, to drive change.[Moi ici: Podem ser empresas grandes mas seguem o que proponho às PME, recordar "Do concreto para o abstracto e não o contrário" e comparar com "They tap the power of the ingrained thinking and behavior that already exists below the surface in their company,"]
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Fourth, a conventional company might try to reduce costs across the board by going lean everywhere. But the companies we studied cut costs to grow stronger. They marshal their resources strategically, doubling down on the few capabilities that matter most and pruning back everything else.[Moi ici: Recordar a parte III desta série "Como descobri que não é suficiente optimizar os processos-chave" (Parte I, parte II e parte III)]
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Finally, these companies are not trying to simply become agile. They don’t respond to external change as rapidly as possible. Instead, they shape their future by creating the change they want to see. [Moi ici: Parece difícil para uma PME enveredar pelo que Storbacka e Nenonen chamam de ser market driver em vez de market driven, ou de "scripting markets" recordar as 3 proposições de "Acerca da definição do mercado" e "Scripting markets". No entanto, recordar este caso de sucesso aqui]
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they are focused on the fundamental questions about a company’s strategy, such as: Who do we want to be? What is our chosen value proposition? And they’re just as focused on fundamental questions of execution: What can we do amazingly well that no one else can? What other capabilities do we need to develop? How will we blueprint, build, and scale those capabilities — and put them to use?"
Quantos modelos de negócio tem a funcionar em simultâneo na sua empresa?
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As ginásticas dos últimos anos levaram a sua empresa a jogar em vários tabuleiros em simultâneo? Produz o que parece ser o mesmo tipo de produto quando na realidade produz para diferentes tipos de clientes com exigências e valores diferentes? Expõe os seus produtos em diferentes canais? Os argumentos comerciais que funcionam para um grupo de clientes não resultam com outros grupos? Uns clientes preferem uma relação transaccional e valorizam o preço, enquanto outros pedem-lhe para co-construir soluções?
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Não está na altura de organizar as ideias, alinhar negócios e fazer batota com o resultado da reflexão e transformação?
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Será que podemos ser parceiros na co-construção dessa transformação?
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Porquê nós?

Trechos retirados de "5 Ways to Close the Strategy-to-Execution Gap"

terça-feira, dezembro 22, 2015

Continua a achar que a sua PME não precisa de uma pitada de concorrência imperfeita?

UAU!
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Agora, até as escolas de gestão aprendem o que promovemos no nosso trabalho e aqui no blogue, a concorrência imperfeita!!!
"Load up a business school’s website or flick through its marketing brochure and you will find pages of text spattered with keywords designed to attract the eye of a discerning MBA candidate. Networks, business practices, students, research, learning and campuses are all “global”—a 21st century shibboleth for business education.
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But does a word retain its meaning if everyone uses it? What was once distinctive becomes ordinary, and besides, argues Vincent Mangematin of the Grenoble Ecole de Management in France, being global may not necessarily be good anymore. “Everyone says they want to be a global business school,” says Mr Mangematin. “It’s highly homogenised.” The word “global” has become more meaningless the more often it is used. Even an MBA student in his first week of classes knows this case study: when a field of business schools all sound the same, and all offer similar services, the only way they can compete is on price.
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at a time when everyone is globalising, business schools should narrow their focus in order to thrive.
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The professor draws a comparison with the wine industry. For a time, there was a race to produce palatable but plain wines that appealed to consumers across the globe. Brand names, rather than specific terroirs, were what shoppers based their purchases on—and price drove buying decisions. Some winemakers rebelled against a race to the bottom, focusing on what differentiated their product, rather than making it the same as what else was available. They found success as a premium product, and attracted discerning customers. Business schools should follow suit, he reasons.
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Still, it will take a brave business school dean to step away from the crowd and go out on one’s own, highlighting the things that make a school unique, rather than what is reassuringly familiar. [Moi ici: Recordar "Lidar com a incerteza (parte I)] Unilateral disarmament rarely happens, and even more rarely works. “It will be scary, for sure,”"
 Se até as escolas de gestão, e toda a gente sabe como o mundo da academia é conservador, já acordaram para a concorrência imperfeita, continua a achar que a sua PME não precisa de uma pitada de concorrência imperfeita? Continua a achar que a sua PME não precisa de um pouco de batota?
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Talvez possamos ajudar, afinal já andamos por esse campeonato há mais de 10 anos. Contacte-nos.
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Trechos retirados de "Why some business schools are deciding to "deglobalise""

sábado, novembro 14, 2015

Para reflexão

A merecer reflexão profunda por parte dos intervenientes no ecossistema. Por um lado, "Retail Stocks Rocked Amid Broad Market Downturn, Was Wal-Mart The Canary In The Coal Mine?":
"The luxury retailer was hit particularly hard but shopping destinations of all stripes have struggled this earnings season."
Por outro, "Moda de massas a preços de luxo":
"Nos últimos anos, os preços praticados no segmento chamado “fast fashion” têm aumentado de forma descarada. Quando os casacos de caxemira e os vestidos de couro apareceram nas lojas frequentadas pelo comum dos mortais, Cartner-Morley assumiu que se tratavam de produtos de quase adorno para as montras das lojas, produzidos em quantidades reduzidas, com o objetivo de elevar as marcas do quotidiano a algo desejável e, portanto, convencer os clientes a gastar. «Eu não sabia que as pessoas compravam, efetivamente, este material. Bem, claramente, estava errada», sustenta.
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Atualmente, a moda disponibilizada pelas cadeias de retalho dirigidas às massas é, por vezes, tão desejável como as peças desfiladas nas passerelles mundiais. A evolução da tecnologia de tecidos tem permitido eliminar a maior parte dos materiais de pouca qualidade. E, ao invés de um segmento repleto de ideias copiadas, as marcas destinadas ao mercado de massas têm, agora, a capacidade de atrair talentos de design e os estúdios de design são capazes de produzir coleções que são tão convincentes como as peças desenvolvidas pelas marcas de luxo."

sexta-feira, novembro 06, 2015

Acerca da evolução do retalho

Recordar "Acerca da batota" para enquadrar esta notícia "Amazon is opening its first physical bookstore today".
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Estou a pensar em juntar:
  • batota;
  • Mongo;
  • interacção;
  • desenho de experiências
Interessante quando tantos retalhistas tradicionais desistem por causa do online, ver o rei do online apostar no offline.
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Qual é a diferença, qual é a vantagem de uma loja offline? Não pode ser o preço!
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Então, tem de se recorrer à batota para a perceber e ampliar e ao online para a amplificar.
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BTW, "The Future of Retail: ‘In-Store Mode’ and In-Aisle Payments":
"Put another way, the winners of the next era of local retail will be those that run towards in-store shopping apps, not away from them."

domingo, setembro 20, 2015

Batoteiros

Duas histórias num texto, "Um produtor invulgar nas mãos de uma galerista".
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Primeiro, a história de um produtor que opta pelo que aconselho a tantas e tantas PME:
Seguir o caminho menos percorrido!
Não trabalhar para o BIG HIT, não perseguir o espaço que todos os tubarões querem ocupar, o que nos impele para uma guerra de preços que nos atira para o fundo.
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Segundo, para um apaixonado pela batota no retalho é um gosto encontrar "bright spots", faróis que fazem a diferença entre o generalizado não-profissionalismo:
"Em certo sentido, a Wines 9297 é uma garrafeira que funciona como uma galeria de arte ou uma editora. Helena e Alberto aconselham os seus produtores e explicam muito bem aos clientes a riqueza diferenciada que têm nas prateleiras, com vinhos genuínos e adequados a todos os públicos. Só tenho pena de não ter uma garrafeira destas no meu bairro."

segunda-feira, setembro 07, 2015

Falha nos alicerces


A minha mãe, se ler este texto, "Taking it personally", vai sorrir.
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Todos nós já tivemos esta experiência de encontrar uma loja sem batota.
"I visited a shop that only sells children's books."
Neste caso é ainda mais grave, uma loja que se assume como membro de uma tribo, uma loja que não é generalista.
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E  Seth Godin vai à raiz do problema. A causa, a responsabilidade, nunca é do funcionário, é da gerência que não se importa, que não é exigente, que não está interessada na criação de magia.
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E não há nenhum apoio, subsídio, providência cautelar, proteccionismo que resolva esta falha nos alicerces.

quinta-feira, agosto 20, 2015

Acerca da batota

Associar a "The permanent rules":
"Rules are rarely universal constants, received wisdom, never unchanging. We're frequently told that an invented rule is permanent and that it is the way that things will always be. Only to discover that the rule wasn't nearly as permanent as people expected."
E recordar a figura:

segunda-feira, julho 06, 2015

E começar pelos resultados?

A batota é um tema clássico neste blogue.
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A batota é o tema de "A Three-Step Guide to the Ultimate Customer Experience".
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O autor, pessoa que muito estimo, propõe esta sequência:
  • 1. What if everything went exactly right?
  • 2. What does it take to make it work out that way?
  • 3. What are the road blocks?
No final da primeira leitura acabei a pensar na inversão da ordem... tal como prefiro o CAPD em vez do PDCA. Uma loja não começa do zero, já existe, já está aberta e, constata que as contas não vão bem.
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A loja de hoje é uma plataforma que existe para servir que tipo de clientes, em que contextos da sua vida?
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Em vez de começar pelo planeamento, como se se começasse com uma folha em branco, talvez faça sentido começar pelo que corre mal e começar a remover os obstáculos. Ou seja, começar pela análise do desempenho actual.

sábado, junho 13, 2015

Para reflexão sobre a batota

"The freestanding retailer sells both discount brands like Maybelline and prestige department store lines such as Clinique, side by side, in an open-sell environment.
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It’s also creating a destination for all things beauty with in-store salons. Offering a service in addition to merchandise is just what retailers need to be doing these days: It’s about creating experiences for shoppers to woo them into stores in an era when they can buy most anything online."


Trechos retirados de "Why Ulta's Winning In Retail's Increasingly Crowded Beauty Sector"

quinta-feira, maio 28, 2015

Depois, a culpa é da crise

Lojas onde não se faz batota, onde não se cultiva a experiência, onde não se pratica a interacção criativa com os clientes, culpam a troika, o poder de compra, o IVA, os centros comerciais, os trabalhadores, o governo, a oposição.
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Entretanto, certamente cometendo alguma qualquer inconstitucionalidade, os consumidores vão mudando de canal, vão mudando de prateleira, "Porque É Relaxante Portugueses Compram Cada Vez Mais Na Internet".

quarta-feira, maio 27, 2015

Para usar na batota

"Indeed, family-business branding builds trust: Seventy-six percent of companies surveyed report that they refer to themselves as a family business in their  marketing materials to establish a strong identity, differentiate, and build trust with customers and employees.
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family businesses are, overall, the most trusted of any business type worldwide, with the exception of the Asia-Pacific region."

Trechos retirados de "Study: Customers Really Do Trust Family Businesses More"

domingo, maio 17, 2015

Desculpas

A ida ao baú de tesourinhos deprimentes chamou-me a atenção para outro recorte, desta feita do Público, um artigo de meia-página com o título "Revolução no comércio de Braga levou ao fecho de 700 lojas em três anos"
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Maldita troika, maldito governo, maldito MoU, maldito IVA... Oh, wait!
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O artigo é de 17 de Outubro de 2006!!!!

sábado, março 28, 2015

"The right price is rarely the lowest price"

"Many retailers make the mistake of making their prices the biggest point of differentiation.
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Retailers need to treat their businesses like the treasures that they are. Incredible products, customer service, and prices can help shape brand value. However, impressions about your prices aren’t half as everlasting as your brand experience.
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The right price is rarely the lowest price. If that were the case, online retailers’ profit margins would simply cease to exist. Staying competitive goes beyond pricing,
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Tailor the customer experience
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If competing solely by having the lowest price is a bad idea, how should you compete? Justify a premium by adding value. Improve the customer experience on your site to attract shoppers not because you have low prices, but because you are a reputable seller.
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There’s so much more to having the “right price” than just having the lowest one available. Sure, it will increase sales, but you may not make any money."
Chamem-lhe batota!

Trechos retirados de "The lowest price doesn’t mean the price is right"

terça-feira, março 24, 2015

A superioridade do modelo Zara

Em linha com o que escrevemos aqui há anos sobre a batota da proximidade, o poder da interacção, a co-criação, a rapidez e flexibilidade, este artigo, "The Zara Gap – And Retail Denial",  sobre a superioridade do modelo económico da Zara e a dificuldade de mentes presas ao passado mudarem, apesar dos números.
"The pressure to buy at lowest cost and to focus on Free On Board prices (ignoring costs of markdowns and lost sales) reflects outdated industry culture. Speed-to-market is a merchant and financial mindset, requiring cultural commitment in order to be competitive in U.S. and international retailing. The “Zara Gap” explains the magnitude of opportunity for those who are able to merchandise in shorter and shorter cycles.
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Hausman documents through financial analysis that supply flexibility (or postponement) in retail can achieve the following:
  • Increase profits by as much as 28 percent
  • Increase market capitalization by as much as 43 percent
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In an era of seismic technological change, the consumer and financial imperative is a rapidly transformed and collaborative supply chain. While many retailers excel at low cost sourcing and warehouse-to-store distribution, the unexploited management area to master is product speed, cost and flexibility across the enterprise supply network. How will industry culture transform itself? As Pogo instructs, “We have seen the enemy and he is us.”"

Recordar "A Stitch in Time (parte II)" e este texto.

terça-feira, março 17, 2015

O impacte de um pouco de organização e disciplina

Há um ano estávamos aqui, um projecto numa micro-empresa, apenas três pessoas, em que o grande objectivo era o de subir as margens do negócio.
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O projecto terminou recentemente com um crescimento de cerca de 12% no preço médio praticado, o que, para quem conhece o Evangelho do Valor, representa um impacte relevante nos resultados. No entanto, acredito que este crescimento é apenas o começo de uma evolução mais interessante.
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A empresa compra matéria-prima, contrata a transformação numa fábrica e vende aos seus clientes o produto transformado, que será matéria-prima para dois ou três sectores de actividade. Lembro-me de, durante uma das primeiras conversas que tivemos, o telefone do sócio com a vertente comercial ter tocado duas vezes com perguntas por parte de agentes, prescritores poderosos no ecossistema da procura:
- Então, quando é que vêm cá apresentar a vossa colecção.
- Para a semana, ainda estamos a acabar umas coisas - foi a resposta.
Claro que o tema da conversa mudou logo.
- Potenciais clientes estão a ligar a perguntar pela vossa colecção? E vocês não a têm pronta?! Sacrilégio!!!
Logo se combinou fazer um macro-processo com a lista de actividades a desenvolver para criar uma colecção. Depois, equacionou-se qual a melhor altura para lançar a colecção, conjugando-a com eventos internacionais que ditam o ritmo dos clientes na Europa, apesar da empresa não os frequentar.
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Criou-se um cronograma numa folha A3 e espetou-se num quadro bem em frente do sócio comercial, para que este não o esquecesse.
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Uma parceria feita pela empresa permitiu-lhe arranjar protótipos trabalhados com os materiais da colecção para melhor demonstrar o potencial dos materiais.
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No mês passado a empresa, começou a apresentar a sua colecção e .... está a ser um sucesso!
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Em vez de um player acossado a correr com as calças na mão, a tentar remediar o prejuízo de não ter lançado a colecção a tempo, chega mais cedo, ganha encomendas e já não tem de ser o atrasado que baixa preços para conseguir ganhar a encomenda de um contratipo da matéria-prima que outros apresentaram. Sim, aqueles 12% foram obtidos ainda antes deste efeito da colecção.
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Confesso que não esperava que os sócios respeitassem o cronograma, pensava que iriam antes arranjar milhares de desculpas plausíveis para racionalizarem o incumprimento, mas não. Não só o cumpriram como já pensam na afixação do cronograma para a próxima época.
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Um efeito colateral desta mudança foi o pipeline das encomendas. Com o anterior método de trabalho, a previsão de encomendas era muito curta e a pressão sobre a fábrica que faz a transformação enorme. Agora, é possível receber encomendas para entrega daqui a um, dois ou três meses.
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O impacte de um pouco de organização interna e de disciplina para cumprir um cronograma está a fazer milagres!

domingo, fevereiro 08, 2015

A boa velha batota

Num país populoso como a China, os números são de um outro campeonato:
"“It’s dying,” says Wang, shaking his head as he looks out at abandoned stores and torn promotional posters in what was once the busiest market in the Zhongguancun district, known as China’s silicon valley. “There are more sales staff than customers around here. Everyone buys online now.”
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The online revolution promises to boost productivity and could create 46 million new jobs in China by 2025, many of them higher-skilled, according to a report by New York-based McKinsey & Co. in July. The losers will be as many as 31 million traditional roles, the equivalent of the entire employed population in Britain."
Altura para?
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Repensar a experiência de loja... a boa velha batota!!!
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Trechos retirados de "Chinese Retailers Play Poker in Empty Malls as Shoppers Go Online"

quarta-feira, dezembro 17, 2014

Acerca da evolução dos consultores de compra no retalho

Nestes tempos de ascensão do retalho online, algumas formas de batota que ajudam os consultores de compra, em lojas físicas, a fazerem a diferença:
"A decision validator – reducing the perceived risk of purchases by assuring buyers they’ve made a good decision.
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A choice navigator – improving customers’ decisions among many options.
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A needs identifier – helping customers uncover unfelt or latent needs.
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A community builder – connecting customers to each other and to the brand.
...
An insights collector – gleaning customer insights for the company. As many B2B companies will attest, a sales force can be a valuable customer research tool."
Trechos retirados de "What Retail Sales Associates Still Do Better than Websites"

domingo, dezembro 14, 2014

Sem clientes... só nos resta o socialismo

Leiam, por favor, "Teatro para evitar que mais uma loja centenária da Baixa se transforme num hotel".
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Já leram? O que ficaram a pensar?
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Primeiro veio a simpatia com a luta da loja, depois, aquelas frases:
"“Os hotéis são bem-vindos, mas tem de haver aqui um equilíbrio entre a memória da Baixa e o seu património, e as coisas novas que vão aparecendo“.
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“Fashion, gourmet, vintage. Tudo palavras estrangeiras, por acaso. Depois os turistas vêm visitar o quê? Não se podem fechar estas lojas para fazer lojas vintage. Isto é o verdadeiro vintage!”, disse Scalisi.
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A defesa da Drogaria é um símbolo de um objetivo maior: evitar que Lisboa se torne uma cidade “desumanizada, onde a história e a vida das pessoas vale tão pouco face ao lucro do turismo massificado e da especulação imobiliária”."
Apesar de tentar todos os dias fugir à doença burguesa, ao socialismo, reconheço que têm algum fundo de verdade, embora não creia em leis para estabelecer a fronteira.
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Adiante! Não está a aparecer mais nada? Leiam outra vez, por favor:
"O espaço centenário já foi a Antiga Casa Alvarez. Em 1964, nascia ali a S. Pereira Leão pela mão de três sócios. O negócio, onde se faziam perfumes, aromas e essências, comemorou este ano meio século. É também há 50 anos que Fernanda Silva trabalha ali...
Os herdeiros têm deixado isto estar aberto, ao nosso cuidado, embora não esteja a dar muito lucro porque o negócio está todo mau. Mas as minhas colegas ainda precisam de mais alguns anos para a reforma e eles têm deixado isto aberto”, contou ao Observador Fernanda Silva, funcionária gerente da drogaria, cujos proprietários são os filhos dos primeiros donos, já falecidos.
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as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar. Há seis meses, os sócios receberam uma carta que dava conta do novo projeto do proprietário do edifício: ceder o prédio a um novo hotel.
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Questionado sobre a possibilidade de a drogaria poder continuar no mesmo local, o proprietário do edifício disse apenas nunca ter chegado “a pensar nisso”, acrescentando que os sócios não tentaram continuar ali." 
Veio-me agora à mente a metáfora de Joaquim Aguiar sobre a geração de funcionários nos partidos políticos...
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O que é que eu retiro?
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Sócios fundam empresa.
Sócios morrem.
Herdeiros dos sócios não querem saber do negócio e, como muitos patrões fazem por este país, em vez de agirem racionalmente, como maximizadores de lucro, deixam o lado humano ganhar. Assim, colocaram a funcionária mais antiga como gerente.
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Os herdeiros não querem saber do negócio, a gerente vai-se reformar, tem o dela garantido. Quem é que defende os clientes da loja? Se ninguém pensa o negócio, como podem ter clientes? Se não têm clientes, a câmara pode comprar o espaço e a marca e criar um museu vivo para ludibriar turista.
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Agora aquele:
"as três funcionárias e os três sócios aguardam por uma solução que teima em não chegar."
Ganha outra conotação.
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Se estes negócios não têm alma, não têm quem tenha paixão por eles, então, não há batota. Como podem ter clientes? Sem clientes... só nos resta o socialismo para extorquir impostagem aos saxões, para manter museus vivos que só os turistas visitam para tirar fotografias.