quinta-feira, maio 26, 2016

Dia do Cliente 2016 – Do Sonho à Ação (SAMSYS)


Na próxima terça-feira, 31 de Maio estarei no auditório da Exponor para participar no "Dia do Cliente 2016 – Do Sonho à Ação", mais uma realização da Samsys. A participação é gratuita mas de inscrição obrigatória aqui.
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Já que vou estar lá lembrei-me: interessados em conversar sobre o Balanced Scorecard, ou sobre estratégia, ou sobre Mongo? Por que não tomar nota do meu número de telefone e contactar-me lá para conversarmos durante o intervalo?
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Recordar a minha participação em 2013.

Desemprego, legislação laboral e o anónimo da província

Quem sou eu? Um mero anónimo engenheiro da província com formação de base em química e quase 30 anos de experiência de contacto em primeira mão com a realidade económica portuguesa (mais de 20 anos como consultor).
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Quando leio artigos como este "Réformes du marché du travail au Portugal : les derniers seront-ils les premiers?", fico a pensar, qual a granularidade com que os investigadores olham para a realidade?
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Eu sei que o desemprego em Portugal está alto, muito acima da média da UE, basta olhar para os marcadores deste postal. No entanto, a pergunta que me assalta é: até que ponto poderia ser diferente? Até que ponto a legislação laboral poderia ter ajudado a não inflacionar o valor?
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De onde vem o desemprego que existe actualmente? Qual o peso da legislação laboral?
"La faiblesse du modèle productif portugais a entrainé, dès les années 2000, un ralentissement de la croissance et une hausse du taux de chômage. De 4,2 % en 2000, le taux de chômage a plus que doublé en 2007 (8,5 %), et a atteint un pic de 17,4 % au premier trimestre 2013.
Phénomènes indéniablement corrélés, on assiste à la même période à des destructions massives d’emplois, touchant principalement les secteurs de la construction, de l’industrie, de l’administration publique et des activités de commerce et de réparation. [Moi ici: Pena que o texto misture tudo e não ponha uma ordem cronológica nesta destruição. Pena que o texto não identifique grandes vectores que estiveram por trás desta destruição e a sua evolução ao longo do tempo. Recordo este postal sobre o imobiliário e o desemprego. Pena que o texto não chame a atenção para a transformação na indústria portuguesa, recordar este postal ""Por que é que calçado e têxtil têm tido desempenhos tão diferentes?" O número que aparece é do calçado, fábricas mais pequenas com produtos mais caros, (recordar aquela fábrica que não conseguia sobreviver a vender produtos a 20€ e passou a ter sucesso a vender produtos a 230€), mas o mesmo fenómeno se passou no ITV, no mobiliário, em todo o lado] La dégradation du marché de l’emploi a touché les jeunes en priorité : de 21,4 % en 2007, le taux de chômage des jeunes passe à 34,7 % en 2014. Triste singularité du modèle portugais, le diplôme n’y a pas le rôle protecteur qu’il peut avoir dans la majorité des pays européens : en 2008, 26,9 % des jeunes diplômés sont au chômage, contre 16,2 % des non diplômés."[Moi ici: Este número também considero importante porque revela, IMHO, a existência de fortes barreiras à criação de novas empresas, por exemplo, por causa da protecção dos incumbentes]
Recordando esta série ""despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão" (parte V)" (sobretudo a parte I), quando um choque obriga a mudar de paradigma estratégico, a maioria das empresas tem de encolher. Recordar o que começou a acontecer à construção civil em 2001 e à obra pública em 2011. Recordar o choque chinês no país que era a "china da Europa" antes de haver China e que dizimou a indústria transaccionável. Recordar o choque da troika nos serviços do mercado não transaccionável.
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Uma outra legislação laboral teria minorado o desemprego mas em pouca extensão, acredito eu. O país tinha de passar por esta fase. IMHO o ponto para o futuro é, como criar condições para que se reduzam as barreiras à entrada de novas empresas, sobretudo PME.
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Recordar esta reflexão de 2011 confirmada pelo famoso relatório sobre o desemprego em 2012 e pelo Banco de Portugal em 2016.
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Claro que ainda falta outro choque, adiado por enquanto pela CRP, o emagrecimento da Administração Pública. Basta ver o que aconteceu com os agrupamentos de escolas, quantos funcionários foram dispensados com a concentração de tarefas de back-office?

Estratégia e iteração (parte II)

Parte I.
"Before going any further I want to dispel the myth that focusing on strategy management is only for companies and organizations of a certain type and size. It’s just not true. If you are working towards producing some sort of result, outcome, or impact you have to have (1) an idea of what needs to be in place, and what you must focus on, to produce your desired result (i.e. your business model) and (2) a roadmap that’s been thoughtfully designed to get you there (i.e. your strategic plan). These are the non-negotiable keys to success for every organization (regardless of size or maturity level).
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Strategy management is the process that ensures that your organization is always doing the right things and producing the desired results. Essentially – strategy management guides your organization on a path to success!
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You see, in today’s dynamic and changeable business environment, the nature of strategy, and strategy management, has completely changed. Disruption is everywhere and strategy isn’t about implementing a task list any more. To ensure business success and organizational sustainability, strategy management absolutely must be focused on continually testing and refining your hypothesis about what your organization does, how it needs to work to produce results, and the nature of the results and outcomes you produce, and the impacts you enable.
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Strategy has become a constant cycle of testing and refining your business model leveraging feedback from both inside and outside your organization."
Trechos retirados de "Strategy Management Should Be a Core Competency for Every Organization"

BTW, estratégia é pensamento materializado em acções. Se a estratégia muda ... as acções têm de se alterar. E o documento de Centeno? Por que continuam com acções que decorrem dele quando o mundo mudou?

Portanto, cheira-me a futurologia da treta

A propósito de "If robots are the future of work, where do humans fit in?" algumas notas:
"you take the best and brightest 200 human beings on the planet, you scan their brains and you get robots that to all intents and purposes are indivisible from the humans on which they are based, except a thousand times faster and better.
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These Ems, being superior at everything and having no material needs that couldn’t be satisfied virtually, will undercut humans in the labour market, and render us totally unnecessary."
Enquanto lia isto fiquei um pouco incrédulo com a crença algo absurda, IMHO, na importância do QI para ter sucesso. Juro que me recordei logo da LTCM e dos seus 4 prémios Nobel da Economia. Fundada em 1994 estoirou em 1997.

Depois, ainda me lembrei daquele conflito que ficou gravado para sempre na minha mente  MacGyver vs Sandy.
"We need to rethink our view of jobs and leisure – and quickly, if we are to avoid becoming obsolete"
Oh!
Ó!
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Como isto se enquadra com a minha visão de Mongo!!!
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Basta recuar a este postal desta semana "Mongo em grande". Como é que estes autores escrevem artigos com falhas básicas como esta? É mais combate político actual do que preocupação genuína com o futuro!!!
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Não somos nós que vamos ficar obsoletos em Mongo. Em Mongo, o que vai ficar obsoleto é essa criação do século XX: o emprego, o "job".
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Em Mongo, a democratização da produção levará a um estado em que cada um terá as máquinas que permitirão a sua produção pessoal, ou a sua produção a uma escala artesanal baseada na vantagem competitiva da arte.
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Portanto, cheira-me a futurologia da treta.

quarta-feira, maio 25, 2016

Curiosidade do dia

Esta tarde no Facebook louvaram o lado positivo deste postal, "Um exemplo do Evangelho do Valor".
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Este blogue esforça-se por revelar o lado positivo do Portugal anónimo que fuça e se transforma, até porque sempre evitei o registo gerador de cortisol.
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No entanto, não posso deixar de sentir algum humilde paralelismo com o condutor deste comboio. É preciso que todos se preparem para o embate porque ele vem aí:


BTW, cuidado com o alinhamento dos media e dos dependentes do Estado e o seu esforço de branqueamento da realidade:

Um exemplo do Evangelho do Valor

Esta semana o caderno de Economia do Expresso traz uma artigo que me enche as medidas, "Um produtor que arrisca dizer não":
"Um produtor que tem 47% do volume de vendas concentrado num rótulo e vende esse vinho na totalidade pode descontinuar a marca? Os irmãos Serrano Mira. da Herdade das Servas, em Estremoz. decidiram que sim. Por isso, assumem o risco de descontinuar a produção da marca de entrada de gama em nome da "qualidade acrescida" da oferta, fiéis à estratégia de fazer todo o seu vinho com uvas próprias.
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A vindima de 2015, marcada por uma quebra de produção e um aumento da qualidade de uvas e vinhos, ajudou a tomar esta decisão. A reconversão de 70 dos 300 hectares de vinhas próprias. que só estarão a produzir dentro de alguns anos, também.
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Chegaram a estar na grande distribuição, mas em 2007 saíram, para se focarem no canal Horeca (restauração e hotelaria), com uma política de proximidade dos clientes e uma rede nacional de pequenos distribuidores.
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acredita que a tendência é ver a moderna distribuição a tentar pressionar o preço e quem segue uma política diferente a tentar comprar outros vinhos, o que o leva a não misturar marcas nos dois canais.
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A decisão de descontinuar a gama mais baixa, que estava a crescer 40% ao ano, surge numa altura em que a empresa não era capaz de responder à procura e decidiu assumir uma nova visão, apostando em produtos com mais valor e na criação de margem de manobra para reforçar a presença internacional, numa lógica de consolidação. recusando a dispersão por mais mercados. Perde à partida 47% do negócio em volume e 27% em valor. Admite vender menos umas 300 ou 400 mil garrafas este ano, mas acredita poder manter a facturação.
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na época das vindimas, estão prontos a receber enoturistas, outra vertente no negócio desta quinta"
Um exemplo prático da aplicação do Evangelho do Valor.
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Aquele último sublinhado é todo um tratado. Comparar uma empresa que aposta na eficiência a todo o gás e uma empresa que faz o mesmo que estes irmãos:

  • menos 300/400 mil garrafas este ano
  • menos horas de funcionamento da linha de engarrafamento - menos horas de trabalho, menos custos de energia, menos risco, menos ... e igual facturação.
A eficácia é muito mais rentável.

BTW, sublinho também a postura relativamente à distribuição grande. Em vez de "ladrar" e continuar a jogar o seu jogo, foram consequentes e deixaram esse campeonato.

Cuidado com o sucesso

"although the alignments are very different, each is necessary for the successful execution of a particular strategy. When competition is based on efficiency and cost, the winner will most often be the organization that is most successful at reducing variance and promoting incremental innovation. When the market is changing rapidly, the  alignment needed to succeed is one that is best able to experiment and adapt quickly."
Recordar:

"the alignment that promotes success for one strategy may be toxic for another. And here is the rub: the alignment that makes a mature organization successful can kill an emerging business. And in the same way, the alignment that makes an emerging business work can make a mature business inefficient. On top of that, a firm’s strategy isn’t timeless. ... the alignment that has made an organization successful at one point may put it at risk in another. Great companies—those with a proud tradition—are potentially the most vulnerable to what we have labeled the success syndrome"
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Trechos retirados de "Lead and disrupt : how to solve the innovator’s dilemma" de Charles A. O’Reilly III e Michael L. Tushman

Dinheiro em cima da mesa

A propósito de deixar dinheiro em cima da mesa, "Your New Hit Product Might Be Underpriced":
"The odds are stacked against new products or services. Between 65% and 75% miss their revenue or profit goals, depending on whose research you look at.
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But one innovation pitfall is particularly insidious because it doesn’t involve an outright failure; in fact, these product launches actually do well in the marketplace. But they don’t do nearly as well as they could, leaving big revenue and profit on the table.
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We term these product launches “minivations” and they are the result of product developers who don’t realize just how much value their offerings would provide to customers. They then grossly underestimate how much customers would be willing to pay for them and charge prices far below what they could have charged."
Conhecendo o Evangelho do Valor ... podem imaginar o quanto dinheiro fica em cima da mesa!

Estratégia e iteração

Estratégia é o caminho que se faz quando se viaja para o futuro desejado.
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Quando se faz o caminho, o mundo pode mudar, a nossa percepção sobre o mundo pode mudar, adquirimos novas competências que nos podem abrir perspectivas que antes ignorávamos ou não sonhávamos poder abraçar. E mesmo que nada mudasse no contexto, quem nos garante que nós acertámos à primeira?
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Humildade. Confiamos na estratégia que desenhamos mas não cegamente, sempre com uma precaução, just in case.
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Por tudo isto, faz todo o sentido esta ideia da iteração estratégica. A iteração n é baseada, parte da iteração n-1. A iteração n é nova, é diferente, mas não descarta a totalidade do passado.




terça-feira, maio 24, 2016

Curiosidade do dia

Até na construção se pode meter código "Two 24-Year-Old Women Raise $1.7M For Tech To Streamline Construction Projects"

Acerca das plataformas


Mongo em grande

Há anos que escrevo sobre Mongo e a democratização da produção. Há anos que desconfio das empresas grandes de consultoria que falam da impressão 3D e escondem dos seus clientes, as empresas grandes, o que pode acontecer em termos de produção pessoal e produção das empresas mais pequenas. Por isso, em 2013 escrevi "Ponto de vista".
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Na última semana tenho lido uma série de informação sobre o tema:

Acerca do desemprego

Julgo que foi na passada quinta-feira que ouvi Nicolau Santos na Antena 1 a explicar que a descida do desemprego em 2014/2015 tinha sido uma mistificação engendrada pelo anterior governo. Segundo Nicolau Santos toda a gente sabe que o desemprego em Portugal só baixa se a economia crescer em torno dos 2%. (BTW, a primeira vez que ouvi esta lei económica ser enunciada foi talvez há mais de 10 anos. Na altura quem a enunciou foi Camilo Lourenço, e o número que ouvi então foi de 3%).
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Baseado nesta suposta lei, como o PIB em 2015 "só" cresceu 1,5%, Nicolau Santos explicou aos ouvintes que o desemprego tinha baixado por causa das maquinações dos estágios proporcionados pelo IEFP. Como tenho referido aqui no blogue, alguma coisa aconteceu ao desemprego medido pelo IEFP a partir de Julho de 2015. Não consigo deixar de pensar que Nicolau Santos disse o que disse para defender o governo actual.
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Por isso, qual não foi o meu sorriso ao ler os últimos números do desemprego publicados pelo IEFP. Finalmente uma quebra mensal de jeito: -2,1%.
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No entanto, como a quebra foi menor que a quebra mensal homóloga, a variação do desemprego em termos homólogos continua a aproximar-se de 0% (curva a azul na figura abaixo)

Algumas notas interessantes do boletim do IEFP:
"A evolução, comparativamente a abril de 2015, mostra a descida do desemprego nos homens (-3,7%) e nas mulheres (-0,1%).
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Quanto ao grupo etário, os jovens apresentam um acréscimo de +1,6% e os adultos apresentam uma descida de -2,3% do desemprego.
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Nos níveis de escolaridade, na comparação homóloga verifica-se que o decréscimo percentual mais acentuado foi assinalado no 1º ciclo do ensino básico (-8,8%). Os detentores do ensino secundário e do ensino superior registaram subidas no desemprego, +2,6% e +0,4% respetivamente.
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Relativamente a abril de 2015, o grupo “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego, -10,3%.
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O desemprego evolui da seguinte forma nos três sectores de atividade económica face ao mês homólogo de 2015: +9,1% no sector primário, -9,7% no secundário e -0,3% no terciário."
Apesar de tudo parece que continua o regresso à indústria, o que explicará os números dos homens, dos jovens  e do sector secundário.

BTW, não acredito na validade daquela lei enunciada por Nicolau Santos. Talvez ela fizesse algum sentido no século XX quando o crescimento do emprego estava ligado a outro tipo de vantagens competitivas. Quando a Autoeuropa ou a Galp cresce, o PIB cresce mas o emprego directo pouco mexe. Quando uma PME cresce, ou nasce, os números do PIB podem não mexer mas o emprego cresce.

Recomendações

E volto a "Your Whole Company Needs to Be Distinctive, Not Just Your Product" para chamar a atenção para:
"Our recommendations include:
  • Be skeptical of benchmarking. Don’t be drawn into practices that are not right for your company, even if they’re common throughout your industry.

segunda-feira, maio 23, 2016

Curiosidade do dia

Na semana passada ouvi uma crítica de um deputada da situação contra o anterior governo por causa de nada ter feito no sector do turismo nos últimos anos.
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Se calhar tem razão. Se calhar foi por isso que tantos incumbentes protestaram:

Por isso, como não sorrir quando este erro de casting diz estas coisas "Descida do IVA vai ter um impacto "muito grande" no turismo".
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Recordar:

Hangout NPE

Mais um hangout NPE, desta feita sobre o impacte do T-TIP no sector da metalurgia e metalomecânica e a importância do pensamento estratégico nas PME.

A verdadeira diferenciação

Quando escrevo sobre Mongo e sobre o seu impacte nos gigantes deste mundo (por exemplo aqui, aqui e aqui) penso na continua explosão de tribos cada vez cientes da sua identidade e teimosas nas suas escolhas assimétricas. Por isso, acredito pouco no sucesso de médio-prazo das marcas compradas pelos gigantes para tirarem partido dessa boleia para o crescimento orgânico.
"A company that can show it is different from other companies, in a way that is relevant to customers, gains a major competitive advantage.
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we are also regularly reminded of the lack of true differentiation in most mainstream global companies — and of the opportunities they are thus squandering.
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The problem starts with the way many business people think about differentiation. To them, the unit of differentiation is an individual product, service or brand. That’s what customers see, after all, relative to what the competition can provide.
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But differentiation needs to be sustainable; it shouldn’t live or die with individual offerings. The heart of differentiation therefore is your company’s ability to develop and promote distinctive products, services, and branded experiences on a consistent basis. It’s not the output that sets you apart, but the way that everything you do supports the product and gives it context. With truly differentiated companies, much of the distinction goes beyond the product itself.
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Your differentiation challenge is to set apart your company as a whole, instead of staking your future on one or two isolated products. This requires you to build distinctive capabilities – to learn to do a few things really well, that few, if any, other companies can do.
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starting in the early 2000s, the advantages of scale were mostly eliminated, in large part because of globalization, deregulation, and the rise of digital technology. [Moi ici: A tríade ainda não percebeu isto e continua a crer no Deus Único da escala como sinónimo de vantagem competitiva] It became easier and easier for small enterprises to gain customer reach and awareness (along with working capital). Large companies found themselves competing against a much larger group of rivals, and a more global group, than ever before.
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Moreover, when you differentiate by product, you risk incoherencebecause different products may require different capabilities, and that can pull your company in too many directions at once.
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The most effective companies don’t rely on distinctive products, services or brand for differentiation; instead, they focus on creating an enterprise so distinctive that it can create many products, services and brands, each more compelling than the next."

Trechos retirados de "Your Whole Company Needs to Be Distinctive, Not Just Your Product"

Reflexões

Guardei este texto de Fevereiro último, que o Aranha me enviou, e só agora o voltei a reler "Onofre: “Se não temos cuidado vamos tornar-nos o outlet da Europa”", há qualquer coisa de estranho nele.
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Não se pode confundir cópia da marca com cópia de um modelo. Cópia da marca é crime, cópia de modelo não creio que seja crime.
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Se há marcas de luxo que querem seguir o caminho da Gucci e abastardar a sua estirpe... problema delas.
"“Hoje, qualquer pessoa pode abrir um site e vender os mesmos produtos a qualquer preço. O que pode ser muito prejudicial para quem quer impor uma marca”"
Será mesmo assim? E como começa o artigo?
"Luís Onofre acaba de abrir a sua loja online." 
Não chega a etiqueta! É preciso ser inovador, é preciso inovar no produto e também nos intangíveis que o acompanham e dão poder a uma marca.
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Talvez seja de equacionar os ritmos de criação e de produção, talvez faça sentido acelerar a criação/produção e ter mais épocas.
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Uma última nota... uma marca deve definir o seu caminho, definir os seus clientes-alvo e andar para a frente sem perder muito tempo com o que fazem os concorrentes.

Qual o cenário da sua empresa?

Comecemos por esta figura:
Uma empresa coloca um serviço no mercado.
Esse serviço tem um valor percebido pelo cliente, parte desse valor percebido é consumido pelos custos e a parte restante é o valor criado.
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Vejamos o que acontece ao valor criado:
Uma parte do valor criado é capturada pelo produtor e a outra capturada pelo cliente. A parte capturada pelo produtor é tanto maior quanto maior for a diferenciação que conseguir.
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Imaginemos agora que a empresa não inova na relação com o cliente, permite que ofertas concorrentes parecidas apareçam sem as contrariar com inovação.
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O que acontece?
O valor percebido baixa (ainda me lembro de ter 6 anos e ver publicidade na TV acerca da grande novidade e inovação que eram as canetas BIC laranja e cristal e agora estão na base da pirâmide)
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Enquanto baixa o valor percebido, a empresa está virada para dentro e concentra-se na redução dos custos. Ao mesmo tempo que o valor criado baixa, a empresa tem de deixar o cliente capturar quantidades cada vez maiores de valor.
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As empresas nestas circunstâncias seguem a cartilha do século XX:

  • aposta em economias de escala;
  • aposta na eficiência;
  • aposta no denominador.
Imaginemos agora que a empresa inova na relação com o cliente, aposta em acrescentar intangíveis ao serviço, continua a inovar no serviço e a diferenciar a marca.
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O cenário agora é este:
O valor percebido aumenta, os custos aumentam mas o valor criado aumenta mais. Assim, a parte do valor capturada pela empresa continua a crescer em função da diferenciação baseada na inovação e marca.
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Qual é o campeonato da sua empresa?



domingo, maio 22, 2016

Curiosidade do dia

A propósito desta "Curiosidade do dia" este material interessante para reflexão "How the “Maximize Shareholder Value” Myth Weakens Companies and Economic Systems".
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E, para mim, admirador da relação entre a biologia e a economia, este trecho:
"so something is wrong with the simple idea that best business practices evolve by between-firm selection. That “something” is multilevel selection, which is well known to evolutionary biologists and needs to become better known among economists and the business community.
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Multilevel selection theory is based on the fact that competition can take place at all levels of a multi-tier hierarchy of units—not only among firms, but also among individuals and subunits within firms. [Moi ici: Recordar o exemplo das fábricas que trabalhavam para as sapatarias de rua] The practices that evolve (culturally in addition to genetically) by lower-level selection are often cancerous for the welfare of the higher-level unit. By the same token, if selection did operate exclusively at the level of firms, then the outcome would often be cancerous for the multi-firm economy. When it comes to the cancerous effects of lower-level selection, there is no invisible hand to save the day."
Fornece pistas para investigação futura.