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quarta-feira, junho 15, 2016

Portanto, cheira-me a futurologia da treta (parte II)

Parte I.
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Textos deste tipo "Why AI will break capitalism." cheiram-me a um novo estilo de marxismo. Volto a sublinhar a crença ingénua destes artigos na inteligência como o factor fundamental nos negócios, na economia. TRETA!!! E treta da grande:
"Putting aside the ethics for a second, AI is essentially a new form of inter-species slavery. Instead of relying on our fellow species, we’re creating automated, non-human slaves. AI are just cattle versions of intelligence (once is created/bred for meat, the other for intelligence).
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Rather than capital now being a source of ownership and minor wealth generation, it can now be a source of exponential wealth creation — simply because AI continuously evolves and builds upon itself. It’s unique because it isn’t a static capital item.
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AI isn’t just a static piece of IP. It’s capable of building entirely new monopolies, businesses and ‘things’ all by itself.
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What’s more likely is that when we create AI that is break point for capitalism. Any variable to success can be bought and sold, and that means for those who have wealth, they can buy success instead of creating it. It’s a shift in the ‘fairness’ of capitalism, and the reward for someone putting in effort. When capital can beat humans on thinking, it’s hard to create a marketplace that doesn’t resemble feudalism (albeit minus the harsh living conditions)."
Recordo o insucesso dos 4 prémio Nobel referidos na parte I.
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Até parece que a evolução na Terra criou uma espécie de Vulcanos. Duh!
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Por que é que não somos todos Spocks? Porque não basta a lógica e o QI para ter sucesso neste mundo, também é preciso experimentar e ter sorte.
The world can only be grasped by action, not by contemplation.”
Gente que acredita que a Sandy vence o MacGyver. Gente que não percebe que com a concorrência imperfeita e sem marxianismo a estória é outra:
"MacGyver: Well, old Sandy sure has a mind of her own, doesn't she?
Jill: Yes, but she thinks like me. So I should be able to think it through and find her pattern, logically and rationally.
MacGyver: Without the emotion, right?
Jill: That's what gives her the edge. People and emotion can't get in her way.
MacGyver: Well, I say we trust our instincts—go with our gut. You can't program that. That's our edge."
Gente que acredita num mundo pré-determinado e que só está à espera de suficiente capacidade computacional para poder ser dominado. Ingenuidade perigosa.
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Prefiro acreditar na arte, na ingenuidade e na sorte.
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Prefiro acreditar em Mongo sem exércitos puros, racionais e uniformizados. Prefiro acreditar em tribos, em individualidade, em DIY, em p2p.

sexta-feira, maio 27, 2016

Plataformas em todo o lado

Via @CelioRod cheguei a "Hunting for the Insurance Industry’s Own Airbnb". Mais exemplo do momentum que está a ser criado pela plataformas e que varrerá o mundo transformando-o e eliminando a herança do século XX.
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Quando eu era muito miúdo na aldeia do meu pai havia o "Acordo das vacas". Os homens faziam entre eles uma espécie de seguro para que se uma das suas vacas morresse os outros contribuíam com uma parte para que não perdesse tudo. Imaginem, sem intervenção do Estadinho!!!
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Por isso, depois do trabalho sujo feito por plataformas suportadas por poderosos business-angels, o trabalho de combater o status-quo incumbente, ficará aberta a porta para as plataformas cooperativas.
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Voltando ao texto:
"The principle behind many of these startups is the same: peer-to-peer insurance in which groups of customers pool premiums. Claims are initially paid from this pooled money, and traditional reinsurers act as a backstop if payouts exceed the pooled amount. Any money left in the pot at the end of the year is returned to customers in the form of cash back or discounts. Customers are incentivized not to make frivolous claims, while the companies get nothing from denying claims. Ideally, everyone wins.
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The Berlin startup currently offers home, private liability and legal expenses insurance in Germany. But the company has bigger goals. “We have an international ambition and a model that can be applied in any market. Our first expansion target for 2016 will be Australia,” says co-founder Tim Kunde.
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It's entirely possible that, once consumers understand the concept, the appetite for this kind of “peer-to-peer insurance” could eventually be as large as Kunde envisions. “So far, more than 80 percent of users received some of their insurance fees back. In the property insurance line, the average cash back was 33 percent of the paid insurance fees,” says Kunde. From the customer's perspective, what’s not to like?"
Já oiço as seguradoras de braço dado com a Antral a gritar contra esta inovação.

quinta-feira, maio 26, 2016

Portanto, cheira-me a futurologia da treta

A propósito de "If robots are the future of work, where do humans fit in?" algumas notas:
"you take the best and brightest 200 human beings on the planet, you scan their brains and you get robots that to all intents and purposes are indivisible from the humans on which they are based, except a thousand times faster and better.
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These Ems, being superior at everything and having no material needs that couldn’t be satisfied virtually, will undercut humans in the labour market, and render us totally unnecessary."
Enquanto lia isto fiquei um pouco incrédulo com a crença algo absurda, IMHO, na importância do QI para ter sucesso. Juro que me recordei logo da LTCM e dos seus 4 prémios Nobel da Economia. Fundada em 1994 estoirou em 1997.

Depois, ainda me lembrei daquele conflito que ficou gravado para sempre na minha mente  MacGyver vs Sandy.
"We need to rethink our view of jobs and leisure – and quickly, if we are to avoid becoming obsolete"
Oh!
Ó!
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Como isto se enquadra com a minha visão de Mongo!!!
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Basta recuar a este postal desta semana "Mongo em grande". Como é que estes autores escrevem artigos com falhas básicas como esta? É mais combate político actual do que preocupação genuína com o futuro!!!
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Não somos nós que vamos ficar obsoletos em Mongo. Em Mongo, o que vai ficar obsoleto é essa criação do século XX: o emprego, o "job".
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Em Mongo, a democratização da produção levará a um estado em que cada um terá as máquinas que permitirão a sua produção pessoal, ou a sua produção a uma escala artesanal baseada na vantagem competitiva da arte.
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Portanto, cheira-me a futurologia da treta.