sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Curiosidade do dia

A propósito de quem duvida do estado da nossa balança comercial, a propósito de "Aprenda a duvidar dos media (parte XIII)".


Reflexão com base em artigo de jornal

A deformação profissional é tão forte... ao ler "Michelle Obama oferece porcelana de Oiã" primeiro fui atraído pela figura, uma espécie de diagrama de forças de Porter:

Como é que isto ainda é usado?
Em plena viagem para Mongo e ainda se fazem estas análises tão típicas do Normalistão?
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No entanto, a figura leva-me a suspeitar da existência de alguma indefinição estratégica... a partir dela escrevi:

E quando mergulho no texto reforço esta sensação:
  • primeiro a referência aos artigos técnicos;
  • depois, a referência à Casa Branca;
  • depois, a referência aos museus;
  • depois, a referência aos retalhistas e armazenistas
  • depois, a referência ao poder de compra e hábitos de consumo 
E para rematar:

Qual o significado de "quanto mais mercados tivermos melhor"?
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Se for quanto mais geografias, concordo. Se for quanto mais prateleiras para chegar ao mesmo tipo de clientes-alvo, concordo. 
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Se for mais variedade de tipos de clientes ... há-de chegar a altura em que gerará ineficiências comerciais e fabris.
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Para já, o meu conselho é: fujam de "a referência ao poder de compra e hábitos de consumo" mudem de campeonato e, separem as águas, se é que ainda não estão separadas, entre B2B e B2B2C.



Outro exemplo de Mongo

Um tweet levou-me a este texto "Newcastle's Tyneside Cinema where audiences just keep growing and growing" sobre o Tyneside Cinema, um cinema independente a operar na cidade de Newcastle em Inglaterra.
"“Some 80% of our revenue is now through trading so our dependence on public funding is way down.
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“This is our next big project. More than 880 people made donations to this project (the Cafe Bar) and we anticipate a similar response next time.”
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At the Tyneside they can be quirky in the way multiplexes can’t. “Take the example of It’s a Wonderful Life,” says Mark. “It has become a phenomenon here. We put it on sale in September and I think we sold 80% of everything before the first of 26 screenings. Six thousand people came to see it and a lot of them were young.[Moi ici: Excelente exemplo de como se pode criar um ritual. Todos os anos o mesmo filme abre a época do Natal. Os comentários falam da atmosfera criada. Ir ao cinema ver uma novidade versus ir ao cinema pelo contexto, pela atmosfera, pela experiência]
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“We’ve set ourselves a target of 200,000 tickets sold a year but we used to battle our way to 90,000.
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In 2008 we took a decision to make 80% of our programming specialised and 20% of it mainstream.[Moi ici: Trabalhar para uma ou mais tribos]
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The mainstream films bring in new audiences. [Moi ici: Lembrei-me logo da mineração dos ginásios low-cost] Some of them earn us a lot of money but not all. But we know when people come inside this building they see what a really good place it is to come and see films.”"

Inovação versus incumbação

"A colleague recently minted a new word by accident — incumbation”. It won’t catch on but its fleeting appearance made me wonder what such a term, if it existed, might define: the opposite of innovation.
As grimy layers of admin accrete on the original bright ideals of their founders, incumbent companies become prone to inertia and what Gary Hamel, the management thinker, has called “bureausclerosis”. Such complacency is bad. But some of the methods that established companies use to protect themselves are worse.
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Recumbent incumbents are almost always doomed. The good news is that technology and transparency have already cut away at the distribution and information monopolies that used to shelter large, lazy companies. The bad news is that survivors will continue to use foul means as well as fair to protect themselves. Their misguided attempts at self-preservation can hobble the advance of more original, more innovative competitors."
Como não recordar "Abraçar a mudança" ou "Engaging emergence".
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Como não recordar o tempo perdido, a largura de banda da atenção ocupada com tantos recursos desviados para defender o passado nos têxteis:



Trechos retirados de "Incumbents, dark arts and the opposite of innovation"

Aprenda a duvidar dos media (parte XIII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XI e parte XII.
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Que terá agora Medina Carreira a dizer sobre isto?

 "Portugal fecha 2015 com excedente externo superior a 3.000 milhões de euros"

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Curiosidade do dia

"A produtividade é o aspecto sempre omisso na luta entre activistas sociais e reformadores financeiros. Portugal, para atingir o bem-estar social, além de contas sãs também precisa de poupança, esforço, criatividade, empreendedorismo, inovação, eficiência, dinamismo, dedicação. Afinal, aquilo que tem faltado ao país é precisamente o único ponto em que os dois lados concordam: crescimento económico. E tem faltado porque a esquerda anda empenhada em distribuir benesses que ainda não estão produzidas e a direita arruína projectos produtivos com impostos necessários ao equilíbrio orçamental. Tem faltado porque a esquerda afunda as finanças do país, públicas e privadas, na sua busca de justiça social, e a direita desmotiva os agentes económicos com a ânsia de as equilibrar."

Trechos retirados de "A Tragédia"

Inversão e sensebreaking

Em "Reversal of Strategic Change" (de Saku Mantere, Henry Schildt e John Sillince, publicado por Academy of Management Journal 2012, Vol. 55, No. 1, 172–196), um tema interessante - de certa forma relacionado com a situação política em Portugal - quando se decide enveredar por uma estratégia e, depois, por vicissitudes da vida real, é-se obrigado a rejeitar essa estratégia e voltar à versão inicial, entretanto vilipendiada para legitimar a estratégia que ia ser implementada.
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Os autores apresentam esta figura:
Para propor uma mudança de estratégia é preciso quebrar a sua legitimidade (organizational sensebreaking), o vazio criado é preenchido por uma nova narrativa de posibilidades (sensegiving):
"The use of organizational sensebreaking creates “toxic strategy” as it undermines strategies by attaching negative meaning to them. This undermines the possibility of reversing a change later. Sensebreaking residuals limit the possibility of reconciling past and present interpretations, as new strategies have to avoid being associated with previous ones that still carry negative meanings. Previous strategies become “no-go zones” where their future sensegiving is concerned. In contrast, sensegiving residuals cause ambiguity, as organization members have to reconcile multiple desirable strategies, past and present.
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Sensebreaking does not only inhibit a reversal through its residual effect. Sensebreaking is also a risk when used in the reversal itself. Recollections of positive sensegiving may be remarkably fresh in reversal cases. The use of sensebreaking to induce change reversal can contradict sensegiving residuals."
Como não pensar no Syriza no poder antes e depois do OXI.
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Como não pensar nas cortinas de fumo lançadas (nacionalização do NB, por exemplo), para esconder o que está por trás destas coisas "Moody’s elogia aprovação do OE: “Elimina risco de eleições antecipadas”".
"Organizational sensebreaking resonates with the story of Hernán Cortés, a Spanish conquistador who burned his troop’s boats after landing in Mexico to prevent his men from staging a mutiny and escaping. Although his contemporary countrymen celebrated Cortés as a hero, his actions could also be characterized as a reckless gambit. Ethical considerations aside, the practitioner literature uses such stories to suggest that “sometimes we only move forward when there are no other options”"

Táxis e advogados, a mesma luta?

Se um consultor pode prestar apoio pro bono, em função da sua consciência e do contexto, por que é que um advogado não pode fazer o mesmo, por que tem de se regulamentar estas coisas "Advogados indignados por receberem 25 euros por hora"?
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Estão atentos a isto "Após protesto “espontâneo”, taxistas ameaçam com novas lutas contra Uber"?
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Então, preparem-se para isto "Joshua Browder's Bot for parking tickets"!
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Os Bruce Jenner da advocacia vão ter cada vez mais problemas perante os salami slicers, humanos ou não.
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Táxis e advogados, a mesma luta?
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Espero que o Direito não afunile o seu futuro ao encarniçar-se na defesa do passado.

Estratégia é ... (parte II)

Parte I.
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Outro exemplo de: estratégia é escolher e estratégia é renunciar.
"Trinity Mirror is going against the grain and launching a new print newspaperone that doesn’t have a website to go with it.
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Instead of a website, the paper, which will sell for 50p (56 cents), will have a social media presence. It won’t be publishing articles directly to social platforms with tools like Facebook’s Instant Articles,
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Instead, the Facebook and Twitter channels will be used to cultivate communities, in which readers will be encouraged to post feedback and views on the themes and stories printed in the paper and, in doing so, help shape future content ideas for the print editions."
Estratégia é tomar este tipo de decisões.
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Trechos retirados daqui.

Aprenda a duvidar dos media (parte XII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte X e parte XI.
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E um Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra falar sem olhar para os números?



Ainda na mesma entrevista ao semanário Sol de 14 de Janeiro de 2011 podia ler-se:
"José Reis defende igualmente um incentivo à aposta nos bens transaccionáveis, através “de incentivos diretos às empresas, da subsidiação ou da discriminação fiscal, algo que deveria ser admitido na União Económica e Monetária."
O que dirá este cientista acerca da sua receita versus os resultados?
Podem dizer:
-Ah! Na altura não disse nada!

Peço desculpa, na altura disse que o senhor estava errado.
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E se o senhor professor estudasse os números e não falasse de cor, teria visto que entre 2005 e 2010 as exportações portuguesas eram as terceiras que mais tinham crescido, atrás da Alemanha e Holanda e à frente da Irlanda, por exemplo.

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Curiosidade do dia

"Ocupar o lugar do poder não é o mesmo que exercer o poder. Para governar, é preciso conhecer o campo de possibilidades e a dotação de recursos, ter um projecto e identificar o alvo, a finalidade, que se quer atingir.
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Quem escolhe um campo de possibilidades imaginário, só para não ter de reconhecer que o campo de possibilidades real não lhe permite realizar as propostas que anuncia, não governa."
Trecho retirado de "O caminho do fim"

Plataformas, Mongo, emprego e confiança nas marcas

Para ir complementando a evolução da economia baseada nas plataformas, referida recentemente em "Escrito nas estrelas" e em "Acerca do pós-Uber ou não, uma aposta" mais alguns artigos:

  • The Platform Economy Has Arrived [Moi ici: Não acredito na versão do autor, antes creio que no longo prazo as plataformas cooperativas vão sair vencedoras];
  • Platform Capitalism or Platform Cooperativism [Moi ici: Longe de ser "esquerdalho", ou okupa, ou syrizico, acredito e desejo que no longo prazo a economia das plataformas terá uma maioria de plataformas cooperativas];
  • Smooth operators [Moi ici: Reparar na forma como termina o texto
"Earnings from Uber and the like are strongly correlated with negative shocks to incomes from other sources (capital platforms are used much more consistently). That suggests people use apps to smooth bumps in their earnings, which are frequent: more than half of JPM’s customers have seen their incomes swing by at least 30% in a month. Volatility in pay is largely responsible. Perhaps conventional jobs are not so great after all."
Ou seja, está em curso este jogo de vasos comunicantes:
A redução de empregos clássicos criados com o advento do Normalistão e que criaram a necessidade da escola do século XX, a ser complementada pelo crescimento dos empregos associados ao Estranhistão e às plataformas.
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BTW, em "Acerca do pós-Uber ou não, uma aposta" escrevi:
"A alternativa à Uber é fugir do preço, apostar na conveniência, na interacção e na confiança, muita confiança. E reforçar a ideia, a mensagem de que ao recorrer a uma plataforma cooperativa está a lidar com pessoas e o dinheiro é distribuído naquela comunidade e não centralizado num gigante"
Há dias, o Paulo Peres chamou-me a atenção para esta apresentação:
O Paulo referia-se à minha crítica à ideia de Itamar Simonson sobre o declínio das marcas.
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Itamar no livro defende que isto que se segue está ultrapassado:
Eu não concordo, e expliquei em "Leu aqui há vários anos":
"Itamar Simondson e Emanuel Rosen não me convencem, não creio que o problema seja das marcas por serem marcas, o problema está no que o marcador "hollowing" conta, marcas que para chegarem ao maior número possível de pessoas se tornaram tão ocas, tão vazias, tão medianas que já só vivem da fama de outros tempos."
A apresentação que o Paulo identificou, para suportar a tese de Simonson, mostra estes slides:


O engraçado é que eu usaria os mesmos slides para suportar a minha tese. O que é que impede os restaurantes independentes, ou as plataformas cooperativas, de crescer?
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O desconhecimento e a falta de confiança.
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Com sistemas de avaliação pelos clientes, a barreira da falta de referência, logo, falta de confiança desaparece. E marcas independentes, próximas das tribos, dirigidas a tribos, têm vantagens sobre as marcas de mass-market que herdámos do Normalistão.

Estratégia é ...

Estratégia é renunciar!
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Nunca esquecer:
"the most important orders are the ones to which a company says 'no'."
Assim, eu que tenho tanta dupla precaução face a Sergio Marchionne (aqui e aqui) fiquei agradevelmente surpreendido quando em "Mais "jipes burgueses" no Salão de Genebra. Da Ferrari, "só se matarem" o CEO" li:
"A Ferrari – saída em Janeiro do grupo Fiat Chrysler, onde está a Maserati – que nunca adoptou um diesel (ao contrário da Maserati), também exclui iniciar-se nos SUV. Pelo menos assim o disse o CEO do construtor, há dias, quando questionado pelos jornalistas sobre um potencial SUV: "Só se me matarem primeiro", afirmou Sergio Marchionne."
Nunca esquecer, quando não renunciamos, diluímos a marca.

Ainda acerca do desemprego

Ontem, chamei a atenção para o facto de há seis meses consecutivos o desemprego medido pelo IEFP estar a crescer:
"Há seis meses consecutivos que o desemprego medido pelo IEFP está a subir. A última vez que tivemos 6 meses consecutivos com o desemprego a subir foi em 2013."
 Haverá alguma relação com isto (1):
"Em janeiro, o número de empresas insolventes em Portugal cresceu 15,8% face ao mesmo mês de 2015, confirmando a tendência de crescimento sentida desde junho do ano passado.
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No indicador de insolvências, a nota foi de crescimento em janeiro de 2016, mês em que se registaram 689 empresas insolventes em Portugal, numa subida de 15,8% face ao mesmo mês de 2015."
E com isto (2):
"A constituição de novas empresas caiu 10,1% em Janeiro, enquanto o número de empresas insolventes aumentou 15,8%, face ao mesmo mês de 2015, mantendo a tendência iniciada em Junho do ano passado, segundo a IGNIOS." 
(1) - Trechos retirados de "Insolvências de Empresas em Portugal | janeiro de 2016"
(2) - Trecho retirado de "Janeiro trouxe menos novas empresas e mais insolvências"

BTW, nesta altura em que a restauração vai ser privilegiada com a redução do seu IVA (3):
"Também a constituição de empresas mostrou uma performance menos animadora no início do ano, com 4077 empresas criadas em janeiro, ou seja, menos 10,1% do que no mesmo mês de 2015. Em termos setoriais, o único aumento relevante em termos homólogos foi na área do alojamento e restauração."
(3) - Trecho retirado de "2016 começa com menos criação de empresas e mais falências"

BTW II, mais gente a querer contribuir para o tão desejado regresso do FMI a Portugal:

Estas coincidências cheiram-me sempre a orquestrações de um puppet-maker com uma playlist interesseira. No mesmo dia, em três jornais diferentes, o mesmo choradinho: o Estado tem de nos arranjar trabalho!

Aprenda a duvidar dos media (parte XI)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IX e parte X.
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Como é que se distingue um economista de direita de um economista de esquerda?
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Como ambos foram formatados na crença no Homo economicus só conhecem a competição pelo preço. Assim:

  • um economista de direita acredita que a competitividade externa é recuperada baixando os salários nominais e revoltando os trabalhadores;
  • um economista de esquerda acredita que a competitividade externa é recuperada manipulando a taxa de câmbio e enganando os trabalhadores com a ilusão monetária.
Mais um exemplo de economista de direita ... Pedro Arroja:

Pois, comparemos com a realidade:
E, no entanto:

É claro que agora, 9 anos depois, é fácil vir dizer que mais este economista estava errado. No entanto, aqui, este anónimo da província, ao vivo e a cores punha o pescoço no cepo e defendia que eles, de esquerda ou de direita, estavam errados. Por exemplo aqui.

terça-feira, fevereiro 23, 2016

Curiosidade do dia

Poderoso:



Desafio aceite

Na passada sexta-feira, enquanto subia o Marão, liguei o ipad para ver se tinha correio. Fui agradavelmente surpreendido por este desafio:
"Gostaria de lhe transmitir uma ideia de uma formanda que frequentou o seu curso sobre a introdução à Norma 9001:2015 (e que gostou muito da formação) [Moi ici: Foi deste workshop]
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- a proposta da [...] era fazer um curso mais "avançado" em que se explicasse mais em pormenor e detalhe a referida norma."
Que outra resposta poderia dar a este desafio que não um SIM?
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Assim, brevemente, teremos aqui mais uma promoção a um novo workshop, dois dias em semanas diferentes, a ter lugar em Março, desta feita sobre o uso da ISO 9001:2015. A ideia que estou a gizar passará por traduzir o e-book recente "ISO 9001: 2015 sem consultores: Uma abordagem diferente" numa viagem em que se parte da realidade de uma empresa, primeiro, e só depois se recorre à ISO 9001.

Pricing man (parte IX)

"Success Factors for Luxury Goods Price Strategies.
As we have done with the other price-positioning concepts, here are my recommendations for pricing luxury goods:
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1. Luxury goods must always deliver the highest level of performance: This applies across all dimensions, including materials, product quality , service, communication, and distribution .
2. The prestige effect is a big driver: In addition to the dimensions above, luxury products need to convey and confer a very high level of prestige.
3. Price contributes to the prestige effect and serves as a quality indicator: A
higher price does not usually come at the expense of volume . In fact, sometimes
the opposite is the case.
4. Volume and market share must remain within strict limits: Observing volume and market share limits - especially if limited editions have been promised - is a must in the luxury goods market. Companies have to resist the temptation to go for a “bigger” volume or market share, no matter how attractive this may seem in the short term.[Moi ici: Recordar Gucci e LVMH]
5. Strictly avoid discounts, special offers, and similar actions: They will tarnish a product, brand , or company’s image (if not destroy it) and will diminish the products’ residual value.
6. Top talent is essential: Every employee must meet the highest standards and perform on a high level. This applies to the entire value chain , from design and production down to the appearance of salespeople.
7. Having control of the value chain is advantageous: Luxury goods companies should strive to control the value chain, including distribution , to the greatest degree possible.
8. The primary factor in price setting is the customers’ willingness to pay :
Willingness to pay is decisive, while variable costs play a relatively smaller role"
Trechos retirados de "Confessions of the Pricing Man: How Price Affects Everything" de Hermann Simon.

Acerca do desemprego. Como os vários "Camõeses" nos media controlam as percepções

Como temos um governo da cor dos jornalistas, temos a divulgação dos números do desemprego controlada. 

Lembram-se desta argumentação "Se subir o desemprego, ainda desce"?
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Interessava aos jornais tornar a situação negra, afinal era o governo de Passos
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Agora que o governo é de Costa, interessa aos jornais maquilhar a situação e torná-la mais rosa. Assim o título do jornal i "Desemprego. Número de inscritos baixa em janeiro". Número de inscritos? E o desemprego?
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O anónimo da província continua agora, tal como em 2013 a olhar com cuidado para a evolução mensal do desemprego. Não mudo de indicador consoante que é oposição e quem é situação. Espero não ter de escrever um futuro postal intitulado "Se baixar o desemprego, ainda sobe".

Olhando para a figura acima, não parece estranho o título do jornal i? O gráfico é sobre a evolução do número de desempregados inscritos no IEFP-
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A curva com o número de desempregados inscritos está a subir e o melhor que o jornal i arranja para salientar é... o número de inscritos está a descer.
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Há seis meses consecutivos que o desemprego medido pelo IEFP está a subir. A última vez que tivemos 6 meses consecutivos com o desemprego a subir foi em 2013.
A azul a evolução homóloga, a castanho a evolução das diferenças mensais.
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O que é que se estará a passar na economia, isso é que é o mais importante, que se traduz neste sintoma?

Aprenda a duvidar dos media (parte X)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIIparte IX e parte X.
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Ás vezes escrevo aqui no blogue sobre a corte lesboeta, sobre a plêiade de comentadores que falam de tudo com uma certeza que arrepia, sem saírem do condomínio lesboeta. Querem mandar no mundo, querem impor regras mas pouco ou nada conhecem da vida real.
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Mais um exemplo lídimo dessa corte na pessoa do comentador Carvalho da Silva: 
O que é que ele terá a dizer do crescimento das exportações portuguesas quando comparadas com as alemãs?

O que é que ele terá a dizer dos recordes de exportações: do têxtil e vestuário; do calçado; do mobiliário; da metalomecânica e metalurgia; do agro-alimentar; da cerâmica; ...

Todas as personagens desta série estavam erradas e, neste logue, este anónimo da província na altura disse que estavam erradas. Não por causa do primeiro ministro ser Passos Coelho, reparem em 2010 o primeiro ministro era José Sócrates.
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O próximo convidado será ...