quarta-feira, março 16, 2016

Curiosidade do dia

"Nunca haverá soluções justas e sustentadas construídas no imaginário e na ilusão, onde todos sejam inocentes e ninguém seja culpado, ou onde se escolhe um para expiar as culpas de todos. O que esteve mal? Décadas de culpados mascarados de inocentes, onde, porque ninguém confessou, ninguém teve de se arrepender. É por isso que todos estão presos numa rotunda onde não encontram saída."
Trecho retirado de "Os culpados inocentes"

O activismo político é tramado

Quando li "Capoulas Santos lamenta que se adie o financiamento para reduzir produção de leite" desconfiei que faltava contar alguma coisa.
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Bastou uma pesquisa rápida para a encontrar. Ler, por exemplo, "EU farm chief questions own milk scheme":
"The EU commission will now let dairy trade organisations create voluntary agreements to limit production.
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But it is difficult to see how a voluntary scheme will solve the problem.
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Imagine EU country A has a scheme under which its farmers limit milk production. How do you stop producers in country B from flooding the market of country A with cheap milk, EUobserver asked Hogan.
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“You can't,” he told this website and a handful of other journalists on Monday evening."
Portanto, conversa de biombos e copos mentruais para ninguém ficar mal na foto. Solução: empurrar com a barriga.
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Posso combinar com o meu vizinho. Reduzo a produção, vendo-lhe algumas das minhas vacas, recebo o subsídio e, depois, volto a comprá-las.
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O activismo político é tramado.

"a human touch becomes more important than ever"

Porque acredito em Mongo, a minha posição tem sempre sido de alguma cautela acerca do Big Data, há muitos anos que apelo ao olhar olhos nos olhos e a ter cuidado com os fantasmas estatísticos:


Muita da conversa de "Achieving Hyper-Segmentation To Reach Personalization At Scale" é demasiado técnica para mim. No entanto:
"With the rising adoption of machine learning and automation, a human touch becomes more important than ever. Companies that have figured out how to utilize data to create deeper personalization are not only improving the overall customer experience by talking in a language customers appreciate; they’re also winning more deals and generating more revenue dollars.
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[Moi ici: Depois, o artigo começa a dar uma receita para optimizar o Big Data] Prioritize Segments And Personalize Outreach
Both prioritization and personalization are key when it comes to your hyper-segmentation strategy. Rather than creating a few rigid personas or a large list based on broad firmographic characteristics, hyper-segmentation allows you to use all of your customer data to pinpoint specific marketing problems you can solve for smaller customer groups, aka a “segment of one.” [Moi ici: Oh, wait! Com segmentos de um para que preciso de Big Data? Esta é a vantagem das PME!!!]
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With a highly segmented profile, you can speak to each prospect as an individual [Moi ici: Deve haver algo aqui que me escapa. Ignorância minha certamente, como é que gigantes conseguem lidar com segmentos de um?]"
Um outro artigo, ainda mais interessante e sobre o mesmo tema "Here’s How An Old Pair of Sneakers Saved Lego":
"As accurate as big data can be while connecting millions of data points to generate correlations, it is often compromised whenever humans act like, well, humans. As big data continues helping us cut corners and automate our lives, humans in turn will evolve simultaneously to address and pivot around the changes technology creates. Big data and small data are partners in a dance, a shared quest for balance - and information.
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In our small data lies the greatest evidence of who we are and what we desire, even if, as Lego executives found out more than a decade ago, it’s a pair of old Adidas sneakers with worn-down heels."

Tit for tat

A falta de paciência estratégica e a disponibilidade de dinheiro para fazer deslocalizações nunca permitiu que a economia manufactureira americana desse o salto que a alemã ou a portuguesa deram. Por isso, o reshoring que vemos acontecer na América está muitas vezes manchado por este pecado original da focalização paranóica no custo:

Assim, não admira que este sentimento esteja na moda "On Trade, Angry Voters Have a Point". Claro que a multidão gosta de pensar na próxima jogada e esquece que isso tem consequências, retaliações, nas jogadas seguintes.

Estarreja, um exemplo

A propósito desta notícia "Fundição de metais leves para a indústria automóvel negoceia instalação em Estarreja" e da foto nela presente do Eco Parque em Estarreja:

Há dias fiz uma caminha matinal e resolvi actualizar a foto:
A amarelo unidades construídas no último ano ou em fase final de construção. A verde áreas desmatadas recentemente e a azul o espaço onde a obra da Eurocast cresce a olhos vistos.
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Estranho, há esta notícia de 23 de Fevereiro "Assembleia Municipal de Estarreja reúne na sexta-feira, 26 de fevereiro", ver ponto 3.3. No entanto, no dia 2 de Fevereiro tirei esta foto da obra:

Voltemos ao ponto deste postal. O dinamismo do investimento industrial em Estarreja... e todos os dias, TODOS, recebo informações em primeira-mão de exemplos de regresso do mundo 1.
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Pena que o esforço e sacrifício dos últimos anos esteja a ser desbaratado num festival de orgia despesista outra vez.



terça-feira, março 15, 2016

Curiosidade do dia

Um exemplo paradigmático do que se passa com quem lida com a política do país.
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Ontem lia-se "Copos menstruais com IVA reduzido":
"O PS e o BE viabilizaram uma proposta do PAN para que os copos menstruais tenham a taxa de de IVA de 6%."
Entretanto, hoje pode ler-se "Copos menstruais: Parlamento aprova medida que já existia":
"Deputados deram luz verde a uma alteração que já se verificava desde 2011. Os copos são vendidos com o IVA a 6%."
A treta elevada à categoria de arte.
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Como não recordar o advogado que na TV, sobre o caso Camarate, avançava com explicação que implicava a validade da alquimia medieval.
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Como não imaginar a quantidade de legislação discutida e aprovada com este nível de treta.

Mais sintomas do regresso do mundo 1

O regresso do mundo 1, mais sintomas:




"a focus on profitability"

Às vezes, em projectos de reflexão estratégica, sinto uma forte concentração da equipa no crescimento da facturação.
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Chamo sempre a atenção para o topo do mapa da estratégia, a perspectiva financeira tem duas vertentes: facturar mais e mais produtividade. E que facturar mais em detrimento de uma menor produtividade é um tiro no pé. Assim, como não sublinhar este trecho:
"We find that a focus on profitability, rather than revenue growth or value creation, offers a surer path to enduring exceptional performance across all three measures.
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our research shows that growth tends to be more volatile than profitability overall, this suggests that steady growth in absolute terms is unlikely to result in long-run exceptional growth"
Trecho retirado de "Exceptional performance a nonrenewable resource"

Admirável mundo novo

Dois exemplos a juntar à colecção do "É meter código nisso!"
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São eles:

"Many of the exhibits sound too strange and too poetic to be real, and yet they are. We are shown robotic bees from the Harvard School of Engineering and Applied Sciences, health-monitoring 'smart collars' for cows and building bricks grown from living fungus. A scientist has recorded the mating calls of insects, in order to lure further insects to their deaths with 'sonic pesticide'."
"A prototype shoe using new energy technology can generate enough power to charge a dead phone, via a USB port on the side of the sneaker. It can also run electronics embedded in the shoe itself, like a Wi-Fi hotspot or a tracker that could be used to located someone in lost in rubble after an earthquake.

A tracking device could be used for children or someone with a medical condition. Because the sole touches someone's foot, it can also monitor vital signs and send alerts if something is wrong. A firefighter might use the tracking device in their boots. Tracking could also be useful for someone who just needs better directions inside a GPS dead spot; the tracking function works both with and without GPS.
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In a disaster, the shoe could help first responders find victims. "In the first five to six hours the chances of survival are the highest, then they very rapidly drop," says Krupenkin. "So finding people is very difficult, and if someone is wearing a shoe like that, then the signal from the shoe would point operators to where he is." The shoe could also indicate which victims are still alive, so rescuers reach them first.
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"There are many more applications," he says. "We're designing the system so the electronics module is replaceable by the user, so if you want a new function, you can pull the existing module out of the shoe and plug in the new one.""

"Merely begin"

Um texto curto e simples de Seth Godin:
"You've permitted magical to walk on by. Not to mention good enough, amazing and wonderful.
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Waiting for the thing that cannot be improved (and cannot be criticized) keeps us from beginning.
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Merely begin."
O que o desespero muitas vez obriga a fazer é este "begin".
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O que a queda na zona de desconforto obriga a fazer é este "begin"
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Muitas vezes o "begin" começa com o tal "brincar".
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Muitas vezes o "begin" leva a uma co-evolução entre as capacidades da organização e as oportunidades no exterior.
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Por isso, junto a minha voz "Merely begin".

Trecho retirado de "While waiting for perfect"

segunda-feira, março 14, 2016

Curiosidade do dia

E em 2015 ainda deve ter sido mais elevado.

Aprenda a duvidar dos media (parte XXVII)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIVparte XVparte XVIparte XVIIparte XVIIIparte XIXparte XXparte XXIparte XXIIparte XXIII, parte XXIV, parte XXV e parte XXVI.
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O regresso à ribalta desta personagem "“Acho que não existe um plano B”" faz-me recuar a 2008 e a "Outro arrepio... e revolta.":

Gente que ocupa lugares de poder e que entra em pânico facilmente ... um perigo.
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Recomendo a leitura de Laurence Gonzales e o seu fabuloso livro "Deep Survival". Em especial, logo no princípio, o que ele escreve sobre as pessoas "cool". Pessoas cool são as que não "tripam" e perdem a cabeça quando as coisas aquecem.

A grande prioridade

A nossa linguagem, o nosso conselho. Os trechos que se seguem quase que podiam ser retirados deste blogue:
"In my mind, there is an enormous business potential here that is being wasted. The analogy is wine. Wine and olive oil are not the same thing but they have similarities. If you took off all labels of imported wine and just replaced them with really good wine, the value of Bordeaux and really good wine would go down. What they [unethical olive oil producers] have done is driven it into a commodity status, all based on priceIt seems to me they [fine olive oil makers] could do what the wine makers do. They could have a Grande Cuvee and other levels. It seems to me a huge economic and business potential. What you need to do is decommoditize. A few players are going to slug each other until they all fall down. What’s happening with commodity olive oil is the margins are getting so small, even the big guys are not making much money. It’s a risky proposition.
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People are going up the curve. The problem is that in a lot of places in America, good olive oil is just not available. You can’t go to the store and buy it. Many consumers associate taste flaws with what olive oil really is. They are used to drinking it twisted and rancid.
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The buyers for major supermarket chains are selling tooth brushes one day, olive oil the next. They look for price. All the big name companies – Bertolli  and Filippo Berio – they order oil from anywhere and label it “packed in Italy.” But it’s no more Italian than I am. It’s the classic bottled in Italy. Bertolli is owned by the Spanish conglomerate Grupo Deoleo. Filippo Berio – is owned by a Chinese company. These companies are not truly Italian. They are not selling oil from Italian trees. But it’s being marketed as Italian. If the Greeks were selling enough oil and were selling to consumers who make a difference, this could be a banner year to make a difference. The fact is they are up against a labeling shell game. And few consumers can tell the difference. What’s in the bottle is anybody’s guess.
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Consumer education through food pairing and high-level chefs. In store demos where people are told how to taste olive oil and what to taste – that fruit juice thing. Most people don’t get it and won’t get it form the labels. They have to understand this doesn’t have to be an industrial fad. Great olive oil is a gourmet delight and a fresh fruit juice that really should be on par in quality with a great vintage of wine. People need to think in those kinds of terms: Diversity and not sameness, thousands of kinds of oils you can make. Every year it changes. A universe of olive oil on par with a universe of wine. Without consumer education, it won’t matter. As soon as consumers wake up and start demanding the good stuff, they will get it."
Não se aplica só ao azeite, não se aplica só à agricultura. Decomoditização é a grande prioridade. Fugir da concentração no custo para apostar na concentração no preço.


Trechos retirados de "How To Eliminate Fraud And Unlock Growth In The Olive Oil Industry"

O ponto de partida afecta a forma de ver o mundo

A histerese...
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O ponto de partida afecta a forma de ver o mundo ...
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Comparar "Shops to showrooms" e "A Trip Through Amazon’s First Physical Store" (quem vem do online para o retalho físico) com "Um templo de experiências" (o que pensa quem está no retalho físico).
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Como não recordar o caso da Intel... o que faríamos se não fôssemos donos desta empresa e estivéssemos do lado da concorrência? Despejando o efeito dos custos afundados, como é o mundo?

Outras competitividades

"As clusters mature, it becomes increasingly difficult for small players to remain competitive due to increasing volumes of production flow required for competitive efficiency. The corner lemonade stand is less efficient than a lemonade factory, as measured by the cost per gallon of lemonade produced. As efficiency-increasing innovations diffuse through a cluster, the production volume required for each participant to survive increases. The cluster only supports one or two participants with the lowest costs and highest mature volumes of minimum production due to scale and experience curve effects, assuming the addressable market’s unit volume is fixed. Smaller players literally get squeezed out. Figure 8.3 shows how cost efficiencies shrink the number of viable competitors in a stable-revenue cluster over time, as each seeks economies of scale. Only higher volume producers survive as learning curve effects raise the efficiency needed to compete. Investors aware of this experience curve effect should seek the most efficient operating firms, as measured by cost per unit of value delivered."
Este é modelo mental dominante. No entanto, as PME portuguesas são um exemplo vivo de uma realidade oposta. Nos últimos 15 anos a dimensão média das empresas diminui para se adaptar a competitividades não baseadas exclusivamente no preço.
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Há, para quem acompanha estas coisas há quase duas décadas, a visualização de uma evolução, de um eterno retorno... os grandes crescem, especializam-se e tornam-se muito eficientes e rígidos. Depois, quando o mundo muda... são os ratinhos que aproveitam não os dinossauros. A metáfora da Torre de Babel.


Trechos retirados de "The nature of value : how to invest in the adaptive economy" de  Nick Gogerty

domingo, março 13, 2016

Curiosidade do dia

A memória de André Macedo é penosamente frágil. Pequena que não use o INE ou o PORDATA:
"Nos anos 80 e início de 90 destruiu-se uma parte relevante da capacidade produtiva do país em nome da coesão europeia."

A evolução do calçado e do têxtil foi assim:


E foi a mesma em praticamente todos os sectores. Com a adesão à CEE Portugal era a china da Europa antes de haver China, empresas de todos os países da CEE deslocalizaram-se para Portugal.
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Houve nesta fase uma minoria de empresas prejudicadas, as que pertenciam à nossa nata, ou fecharam ou vocacionaram-se para o preço.
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André Macedo deve estar a fazer confusão com as pescas e a agricultura e mesmo aí, será que achava que poderíamos manter os 28,6% da população activa empregada no sector primário como em 1980?
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Dupla precaução em relação a este senhor.


Trecho retirado de "Livres?"


Vantagens da falta de dinheiro

Ler "Galvanized":
"Often, our best work happens when we're in a situation we wouldn't have chosen for ourselves. The hard part is choosing to be in that sort of situation in the first place, the uncomfortable one where we have no choice but to do better work.
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Find a galvanizer if you can. If you care."
E recordar Zaratustra e Nietzsche... são as dificuldades que moldam o nosso carácter para chegar mais além.
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A falta de dinheiro foi o que salvou a indústria em Portugal. Quem não tem dinheiro teve de apostar na paciência estratégica.
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Oh! Esquecia-me... é politicamente incorrecto falar em sair da zona de conforto para a legião dos que optam pela gratificação imediata.

Um exemplo que gostava de estudar


É a metáfora com que fico na cabeça depois de ter lido "Manuel Azevedo trocou a reforma por uma fábrica de meias".
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Tem tudo para dar mal, com base no meu modelo mental, (mal não quer dizer necessariamente prejuízo, antes ineficiências, antes curva de Stobachoff com uma forma reveladora) a não ser que produzir meias tenha máquinas dedicadas e seja uma produção muito automatizada, onde seja fácil de aplicar o PWP de Skinner. No entanto, parece que dá bem!!!
"O objetivo é ganhar balanço para calçar cada vez mais pés com uma oferta diversificada, da meia básica ao segmento funcional e técnico.
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É um negócio construído sem marca própria, a vender para outras empresas, simplesmente porque impor uma insígnia “custa muito dinheiro e exige tempo.
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Um dos projetos futuros é começar a trabalhar a MFA como marca, mas sem investimentos em marketing.
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Para avançar mais rapidamente, a MFA tem um projeto de investigação e desenvolvimento a decorrer em parceria com o Citeve — Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal para uma solução técnica a patentear que ainda está no segredo dos deuses.
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A trabalhar para captar clientes que tinham deslocalizado encomendas para a Ásia e estão, agora, a regressar à Europa,[Moi ici: Mais um exemplo do regresso do mundo 1] a MFA está pronta a seguir as indicações de quem compra, mas também oferece o desenvolvimento do produto, desde a prototipagem às embalagens.
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No seu portefólio de soluções funcionais cabem componentes antibacterianas, antifricção, antiestáticas, de regulação térmica, de gestão de suor e de compressão, entre outras.
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No mercado, a diversidade de uma oferta à medida de todos os pés reflete-se na amplitude da escala de preços de venda ao público “entre os €4/10 pares e os €60/par”. Na fábrica, um dos indicadores é o tempo de produção: a MFA tricota umas meias em 40 segundos e outras em sete minutos."
Ora aqui está um exemplo que gostava de estudar. Conseguem ganhar dinheiro com todos os quatro mundos?


Valor, contexto e interacção

"Four fairly new insights are challenging our traditional beliefs:
1. Value creation happens at the point of use, not the point of production;
2. Mass solutions are not as competitive as contextual solutions;
3. Transactions are replaced by interactions because contextual value creation cannot take place without interaction;
4. Open networks and reach and richness of networking are more valuable than control of proprietary assets."
Não são novidades aqui no blogue.
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O ponto 4, em sintonia com "Uma evolução interessante", vem suportar o que penso: o avanço dos restaurantes não é por causa do controlo, é por causa da autenticidade.
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Trechos retirados de "Work and the games we play"