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quarta-feira, abril 20, 2011

A velha academia não percebe nem tem guião (parte II)

A velha academia não vê luz ao fundo do túnel, acha que temos de sair do euro e/ou baixar salários para sermos competitivos:

E, no entanto, ela move-se...
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Na página 32 (Não faz sentido ser remetido para o fim do jornal, devia estar na capa para ajudar a quebrar os modelos mentais obsoletos) do Jornal de Negócios de ontem encontramos vários artigos de antologia, assinados por Rui Neves.
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"Exportações do sector do metal dispararam 120% este ano" (Moi ici: Conseguem conceber a enormidade deste número? É um número que compara com um 2010 que já foi bom.)
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"São números quase assustadores, no bom sentido.” Nos primeiros dois meses do ano, o sector que mais contribui para as exportações portuguesas, o da metalurgia e da metalomecânica, cresceu, em termos homólogos, mais que duplicou as suas vendas ao exterior.

Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP (associação dos industriais metalúrgicos e metalomecânicos) garante que estamos perante estatísticas absolutamente fiáveis. "Em Janeiro e Fevereiro deste ano exportámos mais do que nos primeiros três meses do ano passado", afiança ao Negócios. De acordo com esta estrutura associativa, o sector do metal gerou exportações de 3,388 mil milhões de euros nos dois meses de arranque de 2011, contra 1,540 mil milhões um ano antes.

Dois exemplos: na área automóvel (integrando apenas a componente metal), "o crescimento neste período foi da ordem dos 190%", enquanto na cutelaria "rondou os 170%". Como se explica esta evolução estonteante na frente externa? "Consideramos que havia, e há, uma margem de crescimento no nosso sector, tanto no mercado português como lá fora", justifica Rafael Campos Pereira. Conclusão: o sector, que valia cerca de 34% das exportações em 2010, "representa agora 52% do total"."
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"Exportações cresceram 20% até Março, segundo dados da Cosec
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De acordo com os indicadores da Cosec relativos à sua actividade em mercados externos, as exportações portuguesas deverão ter registado no primeiro trimestre deste ano "um crescimento homólogo da ordem dos 20%, ou seja, em linha com os verificados até Fevereiro", adiantou ao Negócios Miguel Gomes da Costa, presidente da maior seguradora portuguesa de créditos. Neste período, as vendas garantidas pela Cosec cresceram 21%, "acompanhando de perto" o aumento verificado na exposição total da seguradora em mercados externos, "que atingiu um valor da ordem dos 27%".
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"Euforia no sector da metalurgia e da metalomecânica
No maior, assim como mais heterogéneo, sector português de actividade, vivem-se dias de glória. "Em Janeiro e Fevereiro deste ano, exportámos mais do que nos primeiros três meses do ano passado", avançou ao Negócios Rafael Campos Pereira, vice-presidente da associação dos industriais metalúrgicos e metalomecânicos (AIMMAP). De acordo com esta estrutura associativa, com base nos números do INE, as vendas do sector ao exterior cresceram, em termos homólogos, cerca de 120% no agregado dos primeiros dois meses do ano: de 750 milhões para 1,659 mil milhões de euros em Janeiro; e de 790 milhões para 1,729 mil milhões de euros em Fevereiro. Uma performance estonteante que Rafael Campos Pereira não consegue garantir que se tenha mantido em Março. Este sector vale cerca de um terço das exportações nacionais, tendo as vendas ao exterior atingido 10,5 mil milhões de euros em 2010.

Calçado, imparável, já chega a mais de 130 países
O sector mais internacionalizado da economia portuguesa, exportando mais de 95% da sua produção, está imparável na frente externa. Após ter fechado os dois primeiros meses de 2011 com um crescimento homólogo das exportações de 22%, para 273 milhões de euros, esta indústria deverá ter mantido, ou diminuído um pouco, a sua performance no acumulado dos primeiros três meses deste ano.
"Perspectivamos um crescimento no primeiro trimestre na ordem dos dois dígitos... superior a 15%", adiantou ao Negócios Fortunato Frederico, presidente da associação do sector (APICCAPS). "Uma previsão que se consubstancia pelo acréscimo de encomendas, fruto nomeadamente de uma forte campanha de promoção que a APICCAPS tem, que se traduz na presença de 150 empresas em cerca de 70 eventos internacionais este ano", enfatizou. Esta indústria já exporta para mais de 130 países.

Têxteis tecem crescimento de 14% no trimestre
"Penso que podemos avançar, com alguma segurança, que os resultados do primeiro trimestre deverão rondar um crescimento [das exportações do sector] de 12% a 14%", revelou ao Negócios fonte oficial da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Um crescimento que, a concretizar-se, estará em linha com o registado nos primeiros dois meses do ano, de 123% face ao período homólogo do ano anterior. No acumulado de Janeiro e Fevereiro, as vendas ao exterior cresceram 30,9% e as dê produtos acabados (vestuário e têxteis-lar) 7,4%. Já para o total do ano, a ATP ressalva que, "face à volatilidade e instabilidade dos mercados", tem alguma dificuldade em aferir a evolução da actividade na frente externa. "Se tudo corresse pelo melhor e conseguíssemos uma taxa de crescimento a rondar os 10%, seria fantástico, pois assim conseguiríamos anular os maus resultados de 2008 e 2009", concluiu a mesma fonte associativa."
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Entretanto o anti-comuna arranjou mais umas fontes interessantes:

terça-feira, abril 19, 2011

Página 32

Onde estou não tenho muito tempo para um postal como deve ser. No entanto, não quero deixar de dar um conselho a todos os que visitarem este blogue no dia de hoje.
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Comprem o Jornal de Negócios de hoje!
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Mesmo que não o queiram ler comprem-no. Deitem fora tudo e guardem a página 32.
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Mandem às malvas os direitos de autor e enviem cópias dessa página para todos os Vossos conhecidos.
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Agradeço em especial a quem a possa fazer chegar a pessoas como:

  • José Gil;
  • Carlos Magno;
  • Ana Sá Lopes;
  • Pedro Ferraz da Costa;
  • João Duque;
  • Vítor Bento; 
  • João Ferreira do Amaral;
  • António Barreto;
  • Medina Carreira;
  • e a tantos outros que acham que temos de reduzir salários para ser competitivos.
Que temos de reduzir salários na Função Pública porque o Estado está falido, sem dúvida.
Que temos de reduzir salários no sector não-transaccionável... talvez, se não baixarem as empresas fecham e outras aparecerão mais equilibradas.
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Agora reduzir salários para aumentar exportações... só contaram para você se você for um trouxa que não está a par dos números.
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Amanhã tenho de escrever sobre estes números:
  • Exportações do sector do metal dispararam 120% este ano (e não é só automóvel, a cutelaria cresceu 170%);
  • Calçado cresceu 22%;
  • Têxtil cresceu 14%
Tudo numa página!

Tem consciência desta realidade?

Os dados são de 2007 e 2008 mas o interessante é o perfil.
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Fonte.

segunda-feira, abril 18, 2011

Tem consciência desta realidade?

Os presidentes da CIP e da CCP na Rádio Renascença apelam ao consumo de produtos portugueses por serem portugueses.
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"“Há que comprar português adulterando, se for necessário e ter a coragem de o fazer, regras comunitárias que nos são impostas, mas que nos penalizam, mas há que ser inteligente, como outros países da União Europeia o são, que driblam com normas internas as normas externas que lhe são impostas”. "
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O homem fazia mais pelo país se desse conselhos práticos sobre como consumir menos combustível por euro produzido.
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O homem não sabe que à medida que uma sociedade envelhece consome menos produtos e consome mais serviços de saúde e medicamentos? Se criarmos barreiras à entrada... como podemos esperar ausência de barreiras à saída?
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O homem não sabe que uma parte importante dos portugueses tem dificuldades em se alimentar quanto mais em fazer uma selecção com base na etnia.
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Pessoalmente não ligo à nacionalidade. Já o escrevi várias vezes neste blogue: a minha tribo é a tribo do trabalho. Acredito que quando escolho um produto que considero que me dá mais valor, apesar de ser espanhol, estou a contribuir para que ou a fábrica portuguesa melhore, para me conquistar como cliente no futuro, ou a fábrica portuguesa feche para que os recursos nela aplicados sejam melhor utilizados no futuro.
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Será que o presidente da CIP tem consciência da realidade dos números daquela tabela lá em cima?
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Se não fossem os combustíveis e lubrificantes ...
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Como podemos ser mais eficientes no seu consumo?

domingo, abril 17, 2011

Já não há jornais de referência

"Strong Currency Threatens Ireland, Portugal
As currency hits 15-month high against the dollar, Ireland, Portugal are seen most vulnerable to a hit to exports"
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Portugal tem muitos problemas mas seguramente as exportações não fazem parte do lote.
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Se um jornal como o WSJ publica um artigo com tantos erros que podem ser provados com informação estatística factual ... como se pode confiar nos jornais sobre outros temas que não dominamos? Estarão a cometer erros do mesmo calibre?
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Bem vou-me habituando, desde o Freddy Krugman tem sido sempre a descer...

É na noite mais escura que as estrelas brilham mais

"Cortiça portuguesa ganha mercado entre vinhos de topo"
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"Exportações de calçado crescem 22%"

quinta-feira, abril 14, 2011

O cola

Depois disto "Exportações de mobiliário sobem 30%" em 2010, um padrão que já vem de antes da fábrica da IKEA e que não é por causa da Parque Escolar - essa criadora de bolhas, vão ver nos próximos anos as falências de quem se expandiu estribado numa bolha pontual de obras em escolas - (aqui e aqui)... acham que precisam desta colagem "Sócrates vai a Milão para dar um sinal de apoio às empresas exportadoras"?

terça-feira, abril 12, 2011

Conselho para quem se quer lançar na exportação

"Picking the right customers to do business with in export markets is even more important than it is in home markets. A well developed value proposition takes into account risk as well as opportunity so it will help you to identify customers that are the best fit for your business and avoid those that aren’t. Plenty of businesses go bust chasing customers who are inappropriate for their organisation because they will never value sufficiently what you provide.
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Rule No1 – Only choose customers who want and value what your can provide. Even if customers only say that they want low price, there are always others ways to add value and not get caught up in the low-price vicious downward circle. Although pricing is made even more tricky when you take account of currency fluctuation and taxes. As an SME with small margins for error, selling purely on price in overseas markets is a very precarious business. Your value proposition will help you to establish and maintain client relationships based on the value you bring of which the product or service you sell may only be a part.
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Establishing a strong value proposition is just one consideration when seeking to export to new markets but it has an important role to play in informing those decisions."
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Ainda que os nossos salários tenham crescido muito... o nosso problema não é/foi o euro!
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Basta comparar os nossos salários em 1990 com os salários da China e Índia em 2007... a abertura económica chinesa e indiana foi o golpe de misericórdia numa economia que assentava nos custos-baixos.
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Quem quer exportar competindo pelos custos/preços tem de lutar ombro a ombro com chineses e indianos.
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Quem foge do preço/custo baixo aproveita a proximidade e os intangíveis, para isso a primeira pedra do alicerce competitivo é: escolher os clientes-alvo para depois formular uma proposta de valor.
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Intangíveis... OMG como é que ainda não tinha juntado essas peças!!! Tenho de cozinhar algo.
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Trecho retirado daqui.

segunda-feira, abril 11, 2011

A experiência na estrada de Damasco

@JMF1957 no Twitter cita:
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"The reinvented escudo would undoubtedly drop like a stone, but to a level that makes Portugal's under-educated and under-trained work force competitive in world markets"
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Caro JMF julgo que não está a ver bem a coisa.
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Portugal não tem 1 economia. Portugal tem 3 economias:

  • a economia da administração pública e dos funcionários públicos;
  • a economia dos bens não-transaccionáveis; e 
  • a economia que exporta.
As 2 primeiras representam cerca de 70% do PIB. As 2 primeiras são como um cuco que vive da riqueza criada pela terceira.
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Reparou no sucesso das nossas exportações em 2010? Já reparou que 2011 se prepara para ser ainda melhor do que 2010?
Ou seja, "Portugal's under-educated and under-trained work force" é  "competitive in world markets", o nosso problema é a parte da economia onde estão os mais formados e educados.
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Por favor não caia na tentação, nem alimente a tentação de pedir apoio ao estado-pedófilo-mafioso.
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Há uma solução para competir e ter sucesso com uma moeda forte. Os alemães já o descobriram e as nossas PMEs, muitas delas sem licenciados em cargos de direcção, também já o descobriram.
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O que falta é a experiência da estrada de Damasco Act 9: 3-7

domingo, abril 10, 2011

Crescer a 70-80% ao ano

Até tenho medo de que este tipo de artigos aguce o apetite dos cucos-normandos para sacar ainda mais impostos...
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Reparem em mais este exemplo, num país à beira do caos provocado pelas duas economias que representam mais de 70% do PIB (a da administração pública e a dos bens não-transaccionáveis) temos: "Marcas de luxo compram peles nacionais"
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"A indústria portuguesa de curtumes saiu da sombra, com a criação e desenvolvimento de produtos inovadores, fornecendo grandes marcas internacionais como Prada, Lancel e Christian Louboutin.

"Estamos a criar produtos novos a um ritmo alucinante. Todos os dias, os nossos clientes têm necessidade da nossa inovação para se diferenciarem dos mercados concorrentes", disse à Lusa Fernanda Henriques, directora da BQ, uma das 17 empresas portuguesas que participaram na Lineapelle, a feira internacional de pele, acessórios e componentes, em Bolonha.
Com mais de 60 anos a curtir peles de ovino e de caprino, destinadas à indústria de vestuário, marroquinaria e calçado, a Curtumes Fabrício deu o salto para as marcas topo de gama e conquistou dois grandes nomes da moda: Lancel e Christian Louboutin.
Da empresa de Seia, depois de vários testes para responder a todas as exigências das marcas, saíram coleções de pele para carteiras que estão à venda em lojas de todo o mundo, o que permitiu, em três anos, aumentar as exportações de 8 para 40 por cento das vendas de dois milhões de euros, uma percentagem para "continuar a crescer", revelou o director financeiro, José António Santos.
A mesma meta tem Renato Fernandes, director da Mercolusa, que acredita que só será atingida com a criação e desenvolvimento de novos produtos: "Tanto o meu pai como o meu tio viveram este negócio de uma forma diferente. Hoje vive-se muito mais da moda, da criação e desenvolvimento de novos artigos e da expansão para o mercado externo".
Na Ramiro, a segunda geração também assumiu os destinos da empresa de Arrifana que está a crescer "na ordem dos 70 a 80 por cento", impulsionada pela indústria portuguesa de calçado, mas também pelas vendas ao exterior, tendo apostado em ter representação em Espanha, Itália e Marrocos."

O caminho está escrito nas estrelas...

O futuro chama por nós, mas nós já não estamos habituados às provas de iniciação que marcam a transição da idade-criança para a idade-adulto... não largamos a mão ao Estado pedófilo a quem chamamos papá e que nos oferece a protecção do mafioso.
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O futuro está ao nosso alcance...
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Sempre que o futuro nos desafia a sermos adultos e rejeitamos essa chamada:
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"Insolvências crescem mais de 21% no sector da construção":
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"Os níveis de insolvência, no sector da construção, apresentaram um aumento de 21,6%, no último trimestre do ano passado. As previsões apontam para que esta tendência se mantenha ao longo do ano em curso, de acordo com a Crédito y Caución.
A produção decresceu 6,5%, em 2010, verificou-se uma quebra de 1,8% no número de empresas a operar e houve um aumento de 4% no número de desempregados, com a agravante que os prazos médios de pagamento são superiores a quatro meses."
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Recuamos, temos medo e pedimos mais protecção, mais um pacote de protecção... sem perceber que por causa desse pacote vamos levar outra vez no pacote e continuar a ser crianças.
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No entanto, há famílias com as suas tendas tão longe da tenda do chefe e dos seus conselheiros que não têm alternativa... os seus filhos não podem pedir protecção, têm de se fazer à vida, têm de passar pelo ritual que transforma crianças em adultos e... o resultado:
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"Indústria tradicional aumenta exportações no primeiro trimestre":
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"Os primeiros três meses deste ano terão sido positivos para a indústria portuguesa, pelo menos no que concerne aos níveis de exportações e número de encomendas. Têxteis, vestuário e calçado mostram aumento significativo de actividade para com o exterior, enquanto o sector metalúrgico cresceu ligeiramente. Em ciclo contrário está a fileira da construção. Empresários mostram-se "apreensivos" com a actual situação política do país.

"Se compararmos este trimestre com o homólogo, parece ser unânime que há um aumento de actividade", afirma Paulo Vaz, director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Apesar de, nos diferentes subsectores desta indústria se registarem "carteiras de encomendas com ritmos de crescimento diferenciados", esclarece, "o sentimento é positivo".
No que diz respeito às vendas para o exterior, o mesmo responsável assegura que "estão a aumentar continuadamente desde 2010". O ano transacto, refere, "ofereceu uma taxa de crescimento de 6,4% nas exportações têxteis e de vestuário e no primeiro mês do corrente ano as vendas já se cifram em 9,7%".
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Exportação de calçado aumentou 14%
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O ano terá arrancado de forma positiva também para a fileira do calçado. De acordo com Fortunato Frederico, presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Sucedâneos (APICCAPS), os números disponíveis "apontam para um acréscimo das encomendas no início de 2011", uma tendência que surge em linha com o verificado no ano anterior.
Esta indústria lusa exportou, em 2010, "mais de 95% da sua produção para 132 países distintos", expõe o líder associativo, o que se traduziu "num crescimento das vendas para o exterior de 5,2% para 1300 milhões de euros".
Relativamente aos primeiros dados de 2011, diz Fortunato Frederico, "apontam para um reforço desse crescimento". Prova disso é o facto de os dados do Instituto Nacional de Estatística apontarem para um "crescimento de 14%", sublinha.
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No que ao sector metalúrgico diz respeito, "no mês de Janeiro houve uma ligeira subida relativamente ao mesmo mês do ano anterior", diz Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Sobre o volume de encomendas em geral, o mesmo esclarece que, "por enquanto, não há registo de diminuição".
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Quanto aos negócios, há grandes variações: os que trabalham essencialmente para a exportação estão mais optimistas, enquanto os que dependem apenas do mercado doméstico estão altamente apreensivos"."
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O futuro chama por nós... teremos coragem para largar a mão do pedófilo e abraçar a incerteza que a idade adulta acarreta, ou seremos sempre cucos e deolindeiros?
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Infelizmente receio que Arroja tenha razão e que já estejamos tão contaminados que seja quase impossível mudar (fantástico vídeo)... talvez o FMI e a falência do pedófilo nos obrigue a fazer à vida.

sexta-feira, abril 08, 2011

Novamente: By-pass ao país

Espero que desta vez isto não seja demasiado complicado de entender para os estagiários deolindeiros que nas redacções semeiam desgraças onde elas não existem, já bastam as que realmente existem:
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"No período de Dezembro de 2010 a Fevereiro de 2011, as saídas de bens registaram face ao período homólogo (Dezembro de 2009 a Fevereiro de 2010) um aumento de 21,7% e as entradas de 13,4%, (Moi ici: sobretudo de combustíveis e lubrificantes e atenção à nota "Em termos dos Combustíveis e  lubrificantes, o aumento verificado na entrada de produtos transformados ficou a dever-se, em parte, ao encerramento temporário da refinaria de Leixões, que originou uma descida na refinação dos produtos primários e a consequente necessidade de importação de produtos transformados." ) determinando um desagravamento do défice da balança comercial em 31,0 milhões de euros."
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Fonte aqui.

sexta-feira, abril 01, 2011

O que faz falta é avisar a malta!

Era o refrão de uma canção de Sérgio Godinho Zeca Afonso (obrigado pela correcção).
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Ontem de manhã, na minha viagem de comboio suburbano para o Porto, enquanto me deliciava a ler, a sorver o conteúdo do último livro de Nancy Duarte "Resonate", ouvia os meus companheiros de viagem, anónimos a discutirem entre si:
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"Eu já nem ligo a televisão. É só crise e mais crise e mais crise"
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Não sou adepto, como já o escrevi, das novelas cor-de-rosa sobre a situação do país.
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Sou adepto da verdade, e a verdade, quando há um plano, dá esperança. Sem verdade só há o cinismo.
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E dentro da verdade há esta realidade que raramente chega ao mainstream:
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"Indústria nortenha cresce a reboque das exportações":
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"As exportações da Região Norte aumentaram, no 4º trimestre de 2010, 14,5%, em termos homólogos, tendo sido o sector eléctrico um dos maiores impulsionadores. Os dados constam do boletim "Norte Conjuntura", publicado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. O emprego, no sector transformador cresceu, em termos homólogos, 4,1%, ao fim de mais de três anos com tendência negativa."
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O in-breeding das mentes que têm acesso ao mainstream limita tanto o alcance da sua visão que pouco conseguem pescar para lá do universo que habitam e frequentam. Não fazem ideia que, graças a Deus e ao trabalho de fuçar por uma oportunidade, há muitas PMEs exportadoras que depois de um 2010 espectacular, vão ter um 2011 ainda melhor.
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Há quantos anos recomendo o by-pass a Portugal? Aqui, pelo menos desde Agosto de 2007.

sexta-feira, março 18, 2011

Dá que pensar...

Defendo neste blogue que a economia ´portuguesa é composta por três economias (aqui também):

  • a economia que é paga (salários, pensões e reformas) pelo Estado;
  • a economia de bens não-transaccionáveis;
  • a economia de bens transaccionáveis;
É claro que os próximos anos serão maus para as duas primeiras economias.
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No entanto, não podemos dizer que o mercado nacional não vale a pena ou está perdido.
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É claro que é compreensível este tipo de pensamento ""O mercado nacional não tem mais por onde crescer"" (acerca do vinho verde). No entanto, este outro título "Segmento do café de cápsulas cresce de forma exponencial" dá que pensar..."Excluíndo o canal Horeca, mercado vale já 49% do total "
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"A crise não afecta o mercado do café. Excluíndo o canal Horeca, consumiram-se, em Portugal, em 2010, oito mil toneladas deste produto, mais 25% do que em 2009, gerando-se, assim, 89 milhões de euros, de acordo com os dados da consultora Nielsen. As empresas do sector estão, naturalmente, satisfeitas e prevêem que o segmento do café de cápsulas, o grande responsável por esta evolução - este cresceu 75% em valor e 61% em volume, valendo já 49% do total -, continue a sua escalada ascendente."
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Num mercado interno em crise, um produto mais caro consegue ganhar adeptos.
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Ou seja, a novidade, a conveniência, associada à promoção podem desafiar a gravidade...
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Sobretudo este ponto "Os responsáveis da Nestlé, proprietária da marca Nescafé Dolce Gusto, destacam os números deste segmento. "O mercado de cápsulas vendidas no retalho vale, actualmente, 38 milhões de euros. O que representa cerca de 1100 toneladas e está a crescer tanto em valor, +94%, como em volume, +85%"" ou seja, crescem mais no preço do que no volume... super-interessante.
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E os macro-economistas o que dizem?
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Os consumidores são seres racionais que tomam decisões racionais e... pois! A realidade passa-lhes completamente ao lado!

terça-feira, março 15, 2011

Perceber melhor o que se passa por detrás dos grandes números

Como conciliar isto "Portugal é o único país da União Europeia onde a produção industrial caiu em Janeiro" e isto "Portugal teve em Janeiro a maior queda da produção industrial na UE" com isto "Uma variação de 52,6% é obra".
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Pois, uma evidência da existência das três economias...
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""Há 24.000 empresas em Portugal que exportam. É pouco, mas é qualquer coisa. E dessas 21.000 só exportam 6%. O que resulta que estamos dependentes de 3.000 empresas que exportam 94%""
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Existem "373.000 empresas portuguesas legalmente registadas". Ou seja, a maioria confia unica e exclusivamente no mercado interno...

sábado, março 12, 2011

Uma variação homóloga de 52,6% é obra (parte II)

Continuado daqui.
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Para concretizar o que se está a passar com as três economias portuguesas:

A dos bens-não transaccionáveis:
A dos funcionários públicos e de todos aqueles cujo salário ou pensão depende directamente do Estado:
(a demografia é tremenda...no Norte de África a demografia fez da juventude a protagonista agente da mudança. Em Portugal, o governo vai cair quando, encostado à parede, fez a opção inevitável de ir ao bolso da maioria demográfica, os reformados e pré-reformados. Ouvir alguns políticos a falar, a propósito das medidas tomadas ontem, é revelador. Como estão reformados, embora na política activa, falam como vítimas de um roubo, não como políticos.)
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E a dos que fazem by-pass a este país de incumbentes...

  • "Insercol quer investir mas não arranja mão-de-obra": ""Quando me dizem que Portugal vive momentos dramáticos com um desemprego medonho, fico intrigado porque quem me dera ter gente para trabalhar e não encontro, mesmo pagando ordenados que, em média, ultrapassam os 1100 euros""
  • "Novas regras do subsídio "dão corda" aos sapatos dos desempregados": "Nos últimos seis meses, o sector do calçado criou 1300 ofertas de emprego, das quais há cerca de 300 ainda por preencher"
  • No comércio extracomunitário: "Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, verifica-se que as exportações aumentaram 21,7% e as importações 20,8%, em comparação com igual período do ano anterior. O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um superavit de 196,9 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 110,6%, enquanto nos resultados globais (incluindo os Combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 912,3 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 71,8%."
  • No comércio intracomunitário: "No período de Novembro de 2010 a Janeiro de 2011, as expedições aumentaram 18,6% e as chegadas 11,7%, face ao mesmo período do ano anterior. No que respeita às variações homólogas mensais, em Janeiro de 2011 o Comércio Intracomunitário apresenta acréscimos homólogos em ambos os fluxos, nomeadamente de 18,6% nas expedições e de 11,3% nas chegadas. Para estas variações contribuiu mais significativamente o aumento registado nas expedições de Veículos e outro material de transporte e nas chegadas de Combustíveis e óleos minerais. Em termos mensais (Janeiro de 2011 face a Dezembro de 2010), as expedições registaram um aumento de 4,9%. As chegadas apresentaram uma diminuição de 16,7%, que ficou a dever-se sobretudo à descida nos Veículos e outro material de transporte (fundamentalmente material militar)." (Moi ici: os brinquedos com que os políticos portugueses gostam de exercitar a sua testosterona) (Trechos retirados de "Comércio Internacional – Saídas aumentam 19,0% e Entradas 12,3%" vale a pena ler o documento na íntegra)

quinta-feira, março 10, 2011

Uma variação homóloga de 52,6% é obra

Há dias, o governador do Banco de Portugal, numa intervenção em Gaia, disse:
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"Aposta nas exportações é uma oportunidade para a região Norte"
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O INE publicou ontem estes números acerca do Índice das Novas Encomendas na Indústria:

"Em Janeiro de 2011, o valor das novas encomendas recebidas pelas empresas industriais aumentou 30,9% (variação de 26,5% em Dezembro). Este comportamento foi determinado pelas acelerações ocorridas em ambos os mercados, externo e nacional, cujas variações foram 52,6% e 9,3%, respectivamente (48,6% e de 4,8% no mês anterior).
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Em Janeiro, o valor das novas encomendas recebidas na indústria com origem no mercado externo registou, em termos homólogos, um aumento de 52,6% (48,6% no mês anterior).
Os agrupamentos de Bens Intermédios e de Bens de Investimento apresentaram aumentos de 80,6% e de 52,4% em Janeiro (77,0% e 39,7% em Dezembro), respectivamente, dos quais resultaram contributos de 35,1 p.p. e de 17,2 p.p. para a variação do índice deste mercado. As encomendas do agrupamento de Bens de Consumo aumentaram 1,7%, resultado 8,3 p.p. inferior ao observado no mês precedente."
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Um país com três economias:
  • a economia dos funcionários públicos;
  • a economia dos bens não transaccionáveis;
  • a economia dos bens transaccionáveis.
As duas primeiras, as que representam mais de 70% da economia estão e estarão em queda nos anos mais próximos. Há muitos recursos nestas duas economias que têm de ser transferidos para a terceira. A terceira, está de vento em poupa, não à custa do Estado-Soprano, mas apesar desse Estado-Soprano!
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Ontem, no discurso de tomada de posse o Presidente da Republica afirmou:
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"Apoiar as empresas que não dependem do Estado"
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A frase é um oxímoro, a frase é absurda, as empresas não precisam de apoio do Estado-Soprano. As empresas, precisam é que ele não interfira em favor de uns contra outros, precisam que ele não lhes torne a vida ainda mais difícil com mais saque travestido de impostos e taxas.
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É tão esquisito, entrar numa PME exportadora nos dias de hoje e sentir no ar uma atmosfera de confiança ... segredo? Fazer o by-pass a este país de incumbentes.

Empresários* portugueses: os culpados do costume

Para quem desvaloriza a capacidade do sector de calçado em Portugal, um sector que exporta 95% do que produz e a um preço só inferior ao do calçado italiano, faz bem reflectir neste artigo do jornal da APICCAPS de Janeiro deste ano "Espanha e Itália importaram mais de 600 milhões de pares de calçado":
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"São os dois maiores produtores de calçado da Europa.
Mas os números agora conhecidos parecem indiciar que o modelo de negócio do sector espanhol e italiano de calçado, outrora exclusivamente centrado na produção, tem os dias contados. Nos primeiros nove meses de 2010, Espanha e Itália juntos importaram mais de 600 milhões de pares de calçado. Desses, 400 milhões, sensivelmente, provêm da China.
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Surpreendente é mesmo o extraordinário crescimento das importações espanholas de calçado. De Janeiro a Setembro, “nuestros hermanos” adquiriram no exterior 320 milhões de pares de calçado, mais 18% do que no ano anterior, no valor de 1.682 milhões de euros (mais 17%) a um preço médio de 5,22 € (menos 0,4%). Desde 2004, as importações espanholas de calçado cresceram mais de 106%.
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Como curiosidade, segundo dados da Federação Espanhola de Calçado (FICE) – que sugerem que, parte deste calçado, é posteriormente reexportado, em especial para os mercados europeus – Portugal superou Itália e perfilou-se em 2010 como 2º fornecedor de calçado de Espanha.
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Já as importações italianas aumentaram 12,4% para 291 milhões de pares nos primeiros nove meses de 2010, no valor de 2.948 milhões de euros. O preço médio do calçado importado ascendeu a 10,15€ (ligeiro crescimento de 0,2%). Cerca de metade das importações, o equivalente a 140 milhões de pares, tiveram como origem a China (mais 12,6%). O preço médio do calçado importado da China aumentou 2,3% para 4,74€."
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* Gente da ferrugem, das peles e do chão-de-fábrica, não a gente que frequenta os corredores e carpetes do poder, preocupados em rendas e benesses negociadas com o Estado-Soprano

domingo, março 06, 2011

Para estilhaçar uns modelos mentais obsoletos (parte ???)

Continuado daqui.
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Combater a inflação e, em simultâneo, aumentar o consumo interno... parece-me um bocado contraditório mas...
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"SINTESE China: Governo promete responde depressa às queixas populares e fomentar consumo interno"
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Tanta gente cá dentro preocupada em defender o status-quo e o passado e não vislumbra o potencial de tsunami que pode vir por aí e que podia ser aproveitado em nosso favor...
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"É uma nova realidade aquela que emerge na China. A «maior fábrica do mundo» debate-se, actualmente, com uma inesperada escassez de mão-de-obra. Também os salários e a tensão social têm aumentado de forma significativa.
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Durante décadas, as empresas exportadoras, por norma sedeadas no litoral, recrutavam colaboradores um pouco por todo o interior chinês. Um modelo que, aparentemente, parece não estar, agora, a surtir o efeito desejado. Com efeito, há várias empresas chinesas, nomeadamente de calçado, com dificuldades de recrutar novos colaboradores. Em resultado, os salários dispararam no último ano (há quem aponte mesmo crescimentos na ordens dos 50% - de 1.200 para 1.800 yuans) e a tendência é para aumentarem significativamente nos próximos anos.
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Um estudo recentemente divulgado pela Credit Suisse estima que os salários na China cresçam, em média nos próximos cinco anos, 19% ao ano. Os aumentos dos custos das matérias-primas e, principalmente, dos transportes estarão, igualmente, a retirar competitividade às empresas chinesas. Li Jianjiang, empresário chinês de calçado, assegurou à Global Times, que “a empresa não obteve lucro em 2010 e a maior preocupação prende-se mesmo com a falta de colaboradores, não obstante o aumento rápido dos salários”.

A escassez de mão-de-obra parece ser um problema que se estende a vários outros sectores de actividade.
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Em Wenzou, onde se estima serem necessários dez milhões de novos trabalhadores (Moi ici: Na China é tudo em grande, como rematamos no final deste postal) para executar todas as encomendas em carteira, são produzidos 80% de todos os isqueiros à escala mundial. No entanto, a pressão sobre os preços tem vindo a aumentar. Huang Fajing, líder da Associação dos Fabricantes de Isqueiros de Weenzhou recorda que “desapareceram mais de 500 produtores de isqueiros nos últimos meses” Recorda mesmo que há uma crescente pressão que tem motivado os industriais a investir nos mercados imobiliário e da bolsa. (Moi ici: Onde é que já vimos nós esta tendência anteriormente?)
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Também a tensão social tem vindo a aumentar de forma galopante e o número de conflitos laborais e de greves disparou 12% em 2010 para 406.000. O Partido Comunista Chinês propôs, no entretanto, uma uniformização dos salários, prevendo que, num espaço de três anos, todos os sectores possam ser abrangidos por contratos colectivos."
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Trecho retirado da página 19 deste jornal da APICCAPS de Janeiro deste ano.
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A minha mensagem para os empresários é: como podem aproveitar esta onda? Não se limitem a recebê-la de braços abertos, façam batota! Tirem partido das vossas vantagens competitivas! Não deixem dinheiro em cima da mesa! Não tratem os clientes que regressam como uma esmola caída do céu - é negócio!!! E eles não voltam pelos vossos lindos olhos, eles voltam porque reconhecem valor nas vossas ofertas!

sábado, março 05, 2011

O novo truque para continuar a apoiar as empresas do regime (parte II)

Parte I.
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A previsão de José Silva a desenrolar-se com um descaramento impressionante:
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"A construtora Mota-Engil, o grupo público Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a AICEP (Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal) juntaram-se para criar um fundo de capital de risco que, numa fase inicial, disporá de 300 milhões de euros. O objectivo é apoiar a internacionalização das pequenas e médias empresas exportadoras do universo industrial.
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Para avançar com o projecto, a Mota-Engil criou uma nova empresa, que designou de Mota-Engil Indústria e Inovação"
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Trechos retirado daqui.
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Não esquecer "É mesmo disto que a nossa economia precisa"