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sábado, setembro 17, 2016

Intellectual Ergo Idiot

Há muitos anos que aqui no blogue escrevo sobre os jogadores amadores de bilhar (ver marcador). Gente tão concentrada na próxima jogada, ou tão cega, que nem pensa, ou não consegue pensar nas jogadas seguintes, ou não consegue imaginar as consequências desta jogada próxima nas jogadas seguintes.
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Um pouco como os políticos que ao mesmo tempo que querem reestruturar a dívida também querem continuar a depender dela. Ou os os empresários que cortam no desenvolvimento de novos produtos e, depois, protestam porque as margens estão a encolher. Ou os produtores de leite que estão sempre a pedir subsídios e, depois, não gostam de ser vistos como subsídio-dependentes.
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Por isso, este trecho de Nassim Taleb merece especial sublinhado:
"Typically, the IYI [Moi ici: IYI quer dizer Intellectual Yet Idiot. Acho que preferia IEI Intellectual Ergo Idiot] get the first order logic right, but not second-order (or higher) effects making him totally incompetent in complex domains. In the comfort of his suburban home with 2-car garage, he advocated the “removal” of Gadhafi because he was “a dictator”, not realizing that removals have consequences (recall that he has no skin in the game and doesn’t pay for results)."
Como não recordar logo o incendiário Stiglitz que, completamente sem skin in the game, andou recentemente por cá a sugerir a saída do euro.

Trecho retirado de "The Intellectual Yet Idiot"

Recordar temas como: Via negativa, fragilistas, intervencionistas ingénuos, enfim, socialistas de todos os partidos.

domingo, junho 26, 2016

Amadores a jogar bilhar


Há muitos anos que uso a metáfora dos jogadores amadores de bilhar. Um jogador amador de bilhar concentra-se tanto na próxima jogada, que se esquece de a fazer preparando a outra que se seguirá. Na senda do célebre “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos”.
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Se fosse há 15 anos diria que é uma doença tipicamente portuguesa, a fazer-me lembrar a C. no parque de campismo da praia da Barra nos anos 70 do século passado. O pai comprava dois Cornetos, uma para a C. e um para o P., a C. comia rapidamente o seu e depois chorava para o pai:
- O Corneto do P. era maior do que o meu porque eu já acabei o meu e ele não!
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Hoje, sei que é uma doença humana generalizada. Demasiadas pessoas em todo o mundo actuam como jogadores amadores de bilhar, querem sol na eira e chuva no nabal. Querem produção farta e preços altos. Querem não pagar a dívida e poder continuar a ter crédito.
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Por isso, no day-after do Brexit brinquei no Twitter (não liguem ao lapso do m em vez de n):



Brinquei com a hipótese dos agricultores franceses, que recebem milhões da Política Agrícola Comum, votarem pela saída da União Europeia sem perceber que isso implica perder esses fundos.
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Agora, com mais um interessante texto de Moisés Naim, "Brexit y el Stalingrado italiano" percebo que os eleitores da Cornualha estão na situação em que imaginei os franceses.
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Agora recordo-me de outro tweet mais antigo:



Recordar:

Recordar:



sexta-feira, setembro 11, 2015

O papel dos líderes na co-criação do futuro

"1. THEY SEE THE LARGER SYSTEM.
In any complex setting, people typically focus their attention on the parts of a system that are most visible from their own vantage point.[Moi ici: Aquilo a que chamo amadores a jogar bilhar. Gente que vê a próxima jogada e não consegue ver as jogadas seguintes] Helping people see the larger system is essential to building a shared understanding of complex problems. This understanding enables collaborating organizations to jointly develop solutions that are not evident to any of them individually, and to work together for the health of the whole system rather than pursuing symptomatic fixes to individual pieces.
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2. THEY FOSTER REFLECTION AND GENERATIVE CONVERSATIONS.
Reflection means thinking about our thinking, holding up the mirror to see the assumptions we carry into any conversation and appreciating how our mental models may be limiting us.
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3. THEY SHIFT THE COLLECTIVE FOCUS FROM REACTIVE PROBLEM SOLVING TO CO-CREATING THE FUTURE.
Change often begins with conditions that are undesirable, but artful system leaders help people move beyond just reacting to these problems to building positive visions for the future." [Moi ici: Outra vez uma referência ao papel dos dirigentes associativos

Trechos retirados de "Co-Creating the Future: The Dawn of System Leadership" de P. Senge, H. Hamilton e J. Kania, na revista Rotman Mangement do Outono de 2015.

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Cuidado com os amadores a jogar bilhar (parte II)

Parte I.
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Agora começam a aparecer os sinais:


Ás vezes as coisas são tão básicas que até se desconfia que há algo por trás. Na primeira semana de Outubro passado, havia quem avisasse, nos jornais económicos, que ainda havia espaço para subida da cotação das acções da Galp.
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Por isso, a 13 de Outubro brinquei com a situação:

  • "Isto deve fazer subir ainda mais a cotação da Galp Link"
E a 15 de Dezembro passado:
  • "ainda me lembro dos conselhos dos especialistas para comprar acções da Galp, próximo do pico, já com petróleo a cair Link"
Para situar as coisas, a evolução da cotação:



sexta-feira, dezembro 19, 2014

Cuidado com os amadores a jogar bilhar

Quando li este artigo "Governo acredita que petróleo a 60 dólares reduz défice até 2,5%", abanei a cabeça com alguma incredulidade:
"As contas emergem diretamente da análise de riscos do cenário macroeconómico, que acompanha o Orçamento do Estado de 2015 (OE/2015).
Segundo esse modelo, economia e variáveis orçamentais reagem de determinada forma às oscilações em fatores exógenas, como preço do petróleo, taxa de juro de curto prazo e procura externa relevante.
Uma subida de 20% no custo do crude tende a agravar as condições da economia e das contas públicas. Inversamente, uma descida facilita a conjuntura nacional.
Ora, um preço do Brent na orla dos 60 dólares já se traduz numa descida de quase 40% no preço que foi tomado como hipótese de base para a construção do Orçamento: 96,7 dólares por barril.
Assumindo tudo o resto constante, uma descida do petróleo em 40% levaria a uma melhoria do crescimento da economia dos 1,5% projetados para 2,5% e o défice poderia melhorar duas décimas. Por cada 20% de descida no crude, o défice melhora 0,1 pontos percentuais."
Tudo o resto constante?! E as nossas exportações para a Rússia? E as nossas exportações para Angola? E um eventual regresso "forçado" de alguns milhares de portugueses a trabalhar em Angola?
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Os jogadores amadores de bilhar só estão atentos à próxima jogada,  nem lhes passa pela cabeça pensar nas carambolas seguintes. Por exemplo "Queda de preços do petróleo pode comprometer negócios em Angola"

domingo, novembro 23, 2014

O monstro é imparável

Agora que anda por aí mais um choradinho dos "construtores de mundos perfeitos": é preciso uniformizar a fiscalidade das empresas em todo o espaço da UE.
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Alguns até defendem, em simultâneo, a existência de fiscalidade mais baixa para as empresas que se estabelecerem no interior... e não percebem a relação.
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Entretanto, o monstro cá do burgo continua na sua voracidade imparável.
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Segundo o relatório  "Paying Taxes 2015" da consultora PwC a média para a UE e EFTA é:

Nós por cá, país da periferia, país com poucos habitantes e baixo poder de compra, temos:

Conclusão, se uniformizarem a fiscalidade para as empresas na UE, a fiscalidade para as pessoas em Portugal ainda teria de crescer muito mais para compensar o alimento para o monstro, já que é inconstitucional reduzir a despesa do estadinho.
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No primeiro texto, encontro:
"O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal considera o valor elevado, tendo em conta a rentabilidade das empresas."
Este senhor, 9 em cada 10 vezes que aparece nos jornais é para pedir apoios, subsídios e benesses. A outra vez é para protestar contra a fiscalidade. Duh! De onde é que ele pensa que o dinheiro que ele pediu, para as outras nove, vem? Um verdadeiro jogador amador de bilhar.

segunda-feira, outubro 20, 2014

E voltamos à inconsistência estratégica

E voltamos à inconsistência estratégica:

  • aumentar custos para as empresas às segundas, terças e quartas;
  • ajudar empresas com dinheiro dos contribuintes às quintas, sextas e sábados.
""O Governo decidiu criar uma medida excecional que consistirá numa redução de 0,75 pontos percentuais da taxa contributiva para a segurança social a cargo das entidades empregadoras, desde que se trate de trabalhadores que auferiram a retribuição mínima mensal garantida entre janeiro e agosto de 2014", refere o decreto hoje publicado.
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Será, assim, uma medida excepcional que chega para evitar que o aumento da remuneração mínima garantia tenha o efeito contrário ao defendido pelos parceiros sociais e acabe por se traduzir num aumento do desemprego, pela incapacidade das empresas suportarem os seus custos."
Recordar Agosto de 2009 "Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!"

Trecho retirado de "TSU cai para ajudar empresas a suportar o novo salário mínimo"

quinta-feira, julho 18, 2013

Jogadores de bilhar amador

O jogador de bilhar amador, como eu, só pensa na jogada de agora, só tenta continuar a jogar, saber se a jogada que vai fazer agora o vai prejudicar no futuro, isso é secundário, o amanhã é numa outra era geológica.
"A Argentina vai oferecer incentivos às companhias energéticas que investirem mil milhões de dólares (762 milhões de euros) ou mais durante um período de cinco anos, no país, por forma a aumentar a produção petrolífera e reduzir a dependência das importações."
Tit for tat!
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Mas há sempre esperança, afinal essa parece ser a mensagem comum a todas as religiões, quebrar o "tit for tat",,, com um papa argentino!
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Trecho retirado de  "Argentina oferece incentivos a energéticas"

sexta-feira, junho 28, 2013

Jogadores de bilhar amador

"Goals are the destination you want to take your business to. Once stated clearly and communicated to the organization, goals align people's energy, and when they're linked to rewards, as they usually are, they have a powerful effect on people's behavior. Goals set the tone for decisions and actions that follow and greatly influence the business results that get delivered. Many leaders think setting goals is simple and straightforward, but in fact, selecting the right set of goals is the ultimate juggling act. The goals have to be of the right type and magnitude to be both achievable as well as motivational.
...
With the goals came the essential outline of actions about how they will be achieved: (Moi ici: Tantas empresas em que quem manda não percebe isto... definem objetivos de forma vaga, escritos em cubos de gelo ou em nevoeiro e, depois, esperam atingi-los sem mudar nada)
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There's a know-how to setting the right goals, in the right combination, with the right time frame, and at the right level. You can't set goals by looking in the rearview mirror at what was accomplished last year and adjust this year's numbers accordingly, and you can't go by what is being projected for the industry or the economy overall. Goals should reflect the opportunities that lie ahead (Moi ici: Tão difícil, o passado é tão poderoso, já se gastou tanto com ele que se torna difícil cortar-lhe o financiamento na esperança de que o mundo volte ao que era. Tão difícil assumir que são um custo afundado, enterrá-los e seguir em frenteand what is possible for your business as it goes forward. You have to choose more than one goal to keep the organization in balance, and the goals don't all have to be financial and quantitative. There will always be tailwinds and headwinds that will help you reach the goals faster or slow you down, but the goals must be clearly defined with specific time frames at the start. Then you must be willing to adjust them as the world changes and the opportunities and organizational capabilities expand or contract. While choosing only one goal distorts the business, choosing multiple goals poses its own mental challenge. You have to dig deep to be sure the goals are internally consistent." (Moi ici: Tão difícil, pensamos por partes e como jogadores de bilhar amador)
Trechos retirados de "Know-how" de Ram Charan.

quarta-feira, maio 01, 2013

Coerências... de jogador de bilhar amador

Por um lado, pela parte do patronato, um dos mais aguerridos defensores do aumento do salário mínimo:
"CCP disponível para aumento do salário mínimo com algumas condições"
Por outro lado, o mesmo que pensa isto:
"Além disso, a economia portuguesa e o tecido empresarial tem “uma capitalização relativamente baixa” e por isso assente “num financiamento bancário extremamente alto”, algo que a troika “não percebeu”. “A quebra do financiamento da banca está a asfixiar inclusivamente as empresas viáveis, ao contrário do que aconteceu em outras crises em que as que encerravam eram as inviáveis”, acrescentou."
E o mesmo que pensa isto:
"“No contexto presente, a criminalização dos salários em atraso não conduziria, na maioria das situações, a uma solução positiva, mas, pelo contrário, só serviria para acelerar o encerramento das empresas ou aumentar o número de despedimentos, lançando mais pessoas no desemprego”, afirma a CCP, em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.
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Na entrevista, o inspector-geral diz também que a redução salarial é ilegal, mesmo com acordo do trabalhador. A CPP refere que a medida, “sendo obviamente ilegal”, é uma tentativa das empresas de fazer face às dificuldades do mercado."
Um exemplo flagrante daquilo a que chamo jogadas de bilhar amador:
"We need to learn to think in second steps, chains of consequences, and side effects."

terça-feira, abril 30, 2013

O intervencionismo ingénuo

E volto a "Antifragile" de Nassim Taleb e à parte final do capítulo VI, "Tell Them I Love (Some) Randomness":
"That Time Bomb Called Stability.
We saw that absence of fire lets highly flammable material accumulate. People are shocked and outraged when I tell them that absence of political instability, even war, lets explosive material and tendencies accumulate under the surface.
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Seeking stability by achieving stability (and forgetting the second step) (Moi ici: "Forgetting the second step" é aquilo a que chamo há anos "jogar bilhar como um amador". Ver o marcador "jogadores de bilhar amador") has been a great sucker game for economic and foreign policies. The list is depressingly long.
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We need to learn to think in second steps, chains of consequences, and side effects.
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One of life’s packages: no stability without volatility.
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Violence is transferred from individuals to states. So is financial indiscipline. At the center of all this is the denial of antifragility.
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in the past, when we were not fully aware of antifragility and self-organization and spontaneous healing, we managed to respect these properties by constructing beliefs that served the purpose of managing and surviving uncertainty. (Moi ici: Era a mão invisível...) We imparted improvements to the agency of god(s). We may have denied that things can take care of themselves without some agency. But it was the gods that were the agents, not Harvard-educated captains of the ship.
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So the emergence of the nation-state falls squarely into this progression - the transfer of agency to mere humans. The story of the nation-state is that of the concentration and magnification of human errors. Modernity starts with the state monopoly on violence, and ends with the state’s monopoly on fiscal irresponsibility."
O capítulo VII, com o sugestivo título "Naive Intervention" faz-me sublinhar logo no início:
"Let us call this urge to help “naive interventionism."
Este tema é um velho conhecido deste blogue:

Este tema é, de certa forma, um dos temas recorrentes do último livro de João César das Neves, "As 10 Questões da Recuperação", para César das Neves o grande cancro da economia portuguesa é a regulamentação que o Estado impõe e que limita o potencial de crescimento.
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Qual o político português, da situação e da oposição, que não sofre desta doença do intervencionismo ingénuo.

terça-feira, dezembro 20, 2011

À atenção dos jogadores de bilhar amador

O jogador de bilhar amador é como eu a jogar bilhar. Estou tão preocupado com a próxima jogada que não sou capaz de jogar agora pensando já na jogada seguinte, como faz um profissional.
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Esta manhã na Antena 1 já ouvi alguém ler uma reflexão deste tipo:
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Há que pensar se é correcto pagar juros elevados em vez de usar o dinheiro para alimentar os pobres. 
Admitamos que se deixa de pagar os juros... haverá mais dinheiro para alimentar os pobres?
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Ou seja, quais são as consequências das nossas jogadas actuais no futuro?
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Sim, eu sei que pensar no futuro a médio-prazo é pouco português ...
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Convinha que quem defende o proteccionismo perceba esta realidade "Emerging economies will import more than the rich world in 2012"

terça-feira, junho 14, 2011

Amor à primeira vista (parte III)

Continuado daqui.
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Ainda recentemente neste postal recordamos:
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"A pervasive finding in recent research using longitudinal establishment level data is that idiosyncratic factors dominate the distribution of output, employment, investment, and productivity growth rates across establishments."
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É algo em que acreditamos e que está de acordo com a nossa experiência de contacto e trabalho com as empresas.
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Neste artigo "Mental Models, Decision Rules, and Performance Heterogeneity" de Michael Shayne Gary e Robert E. Wood, publicado no número de Junho de 2011 da revista Strategic Management Journal, encontramos um conjunto de conclusões sintonizados com estas ideias que aqui defendemos há muito tempo.

"Our results provide empirical evidence for the links between mental models and performance outcomes and help explain why some managers and not others adopt strategies that are ultimately associated with competitive success. We found substantial variation in the accuracy of decision makers’ mental models and in performance. While it is certainly true that perfect mental models are not necessary to reach high performance outcomes our findings show that decision makers with more accurate mental models of the causal relationships in the business environment achieve higher performance outcomes.
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Our findings also help address an important challenge facing the strategy field about whether more accurate mental models enable managers ex ante to identify and interpret signals from their business environment that lead to superior strategic choices and performance outcomes. In our experimental study, variation in mental model accuracy is a key source of performance heterogeneity.
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Our findings also show that managers do not need accurate mental models of the entire business environment. Accurate mental models about the key principles of the business environment lead to superior decision rules and performance outcomes.
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The benefits of partial knowledge about the key principles far outweigh the benefits of other partial knowledge. Our findings are also consistent with prior research showing that experts with richer cognitive representations of the deep structure of problems outperform novices who typically focus on superficial features of problems. An important implication is that managers do not need to develop perfect and complete mental models of complex business environments, but should instead focus on identifying and understanding the key principles. (Moi ici: Claro que existe um outro lado... quando o mundo muda, se continuarmos a acreditar nos nossos modelos mentais... ficamos presos a fórmulas que deixaram de funcionar)
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Additionally, we find that decision rules stabilize rapidly, which explains why performance plateaus far below the potential achievable level. Rapid stabilization of decision rules is consistent with psychology research on complex problem solving that shows actors learning a new task or solving a novel complex problem quickly automate decision and action rules once they reach functional, satisficing levels of performance. (Moi ici: Daí a importância da liberdade económica para empreender e desalojar incumbentes cristalizados em práticas tornadas obsoletas, ou com um nível de desempenho longe do óptimo) Our results are also consistent with research that finds managers typically interpret information to reinforce their current mental model rather than challenge and update their beliefs.
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We did not find evidence that more accurate mental models were more important in the higher complexity decision environment.
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Perhaps in truly simple competitive environments—with smooth payoff landscapes—mental model accuracy may be less important for achieving high performance outcomes. There may also be a level of complexity that overwhelms managers’ capacity to either accurately infer causal relationships in the business environment or apply their mental models to make effective strategic choices."
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Onde é que já viram bonecos como este retirado do artigo?

    quarta-feira, junho 08, 2011

    Amor à primeira vista (parte II)

    Continuar aqui.
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    "Understanding why some firms and not others adopt strategies ultimately associated with competitive success is of central importance to strategy scholars. In addressing one aspect of this issue, research examining the role of managerial cognition has shown that managerial mental models are a critical determinant of strategic choices." (Moi ici: Partilho desta corrente. O meu contacto com as empresas, com os empresários e com os gestores, reforçou em mim, ao longo dos anos, a crença de que o fundamental para explicar a variabilidade, a distribuição de produtividades das empresas dentro de um sector de actividade, está nos modelos mentais de quem comanda ou gere)
    ...
    "Managerial mental models are simplified knowledge structures or cognitive representations about how the business environment works. There is substantial evidence that mental models influence decision making through managers' efforts to match strategic choices to their understanding of the business environment." (Moi ici: O "perigo" que isto representa num mundo carregado de amadores a jogar bilhar... ou vantagem para quem percebe de relações de causa-efeito... bom para batoteiros!!!)
    ...
    "An alternative possibility is that complexity, uncertainty, and change in business environments overwhelm managers' capacity to take advantage of any richer understanding about the situation. Under such circumstances, competitive advantage would be driven by initial conditions, random environmental shocks, and lucky managerial responses rather than the result of accurate mental models underpinning managerial foresight or strategic insights.
    ...
    We also investigate the impact of partial knowledge - in contrast to accurate mental models of the complete business environment - on performance outcomes. Recent simulation-based research suggests that even partial knowledge of the business environment may dramatically improve performance." (Moi ici: A coisa promete)
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    Trechos retirados de "Mental Models, Decision Rules, and Performance Heterogeneity" de Michael Shayne Gary e Robert E. Wood, publicado no número de Junho de 2011 da revista Strategic Management Journal.
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    Continua.

    domingo, dezembro 26, 2010

    Outra previsão acertada

    Ontem, no rodapé de um noticiário televisivo vi passar a notícia de que a Delphi da Guarda tinha fechado.
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    Aconselho a leitura deste postal de Setembro de 2009 "Ingenuidade"
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    I rest my case.
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    Somos um país de jogadores de bilhar amador...
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    Na senda do exemplo que vem de cima.
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    sábado, novembro 20, 2010

    Jogadores de bilhar amador há-os em todo o lado

    Não é só o ministro Vieira da Silva que pensa e diz "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro", há, ainda, que recordar a pérola “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos”.
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    A nossa Assembleia da Republica é pródiga em jogadas de bilhar amador, cheias de boas-intenções, imbuídas de um espírito de catequese religiosa ou profana, sem pensar nas consequências decidem algo por que sim.
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    O Carlos deixou há dias uma história preciosa na caixa de comentários, mais uma história que ilustra a ausência de pensamento estratégico:
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    ""We had an interesting case at Harvard Business School. Basically, union organizer César Chávez, a hero of the left, felt grape pickers were under paid. He organized grape pickers and urged American to boycott grapes until the growers gave in to union demands.

    Do you question that César Chávez was a hero to the left? There used to be a street in San Francisco called Army Street. To many in the past, our Army soldiers were heroes. They changed the name of that street to César Chávez Street.

    So what did the hero do for grape pickers in the final analysis?

    Generally, farmers do not want to employ union workers because they are too expensive and render farming less profitable or unprofitable. Also, farmers and ranchers are not the kind of guys who like to get pushed around by unions or anyone else. They would rather make less profit than employ union workers.

    Driving up the cost of grape pickers in the U.S. has two anti-job effects. It makes U.S. grapes less competitive with foreign grapes and grape products like wine. It also changes the economics of automation. A farmer or rancher can afford to pay more for automation if the pickers cost more.

    Many agricultural products like cotton and wheat have been automated by the use of elaborate mechanical harvesters including some that actually not only pick but also automatically box the product for shipment right in the field.

    Grapes, however, were tricky. They grew on trellises. Some ripened before others. Chávez and others figured the growers have to employ us because they cannot automate grape picking.

    Turned out they could automate it if Chávez drove up the price of union pickers thereby enabling the automation companies to charge more for their machines.

    Farm machinery researchers figured out the following. Plant the vines a little farther apart so a grape-picking machine can have a set of wheels on each side of a line of grape vines. Have the grapes grow on a trellis made of wires of a certain thickness and composition and set at a certain tension level. Then pick the grapes with a machine that has a trough under the vines and a set of steel wands that strike the wires at a particular speed and force. The wand force and wire tension is set so only the ripe grapes fall into the moving trough attached to the picking machine. During harvest season, the machines move through the vineyard repeatedly until the number of ripened grapes falls below the operating cost of the machines.

    Another “hero” in this is Edward R. Murrow. He did a 1960 TV documentary called Harvest of Shame. It showed the “plight of American migrant agricultural workers.”

    I do not know if Murrow got a street named after him, but I would not be surprised if the farm machinery manufacturers have statues of Murrow and Chávez at their headquarters.

    The now unemployed pickers have statutes and schools and streets and all that honoring Chávez.

    Ignorance is bliss."

    Em: http://johntreed.com/jobs.html"
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    Um exemplo da nossa terrinha.

    domingo, abril 18, 2010

    Cainesianismo tonto de jogador de bilhar amador.

    Leio "Romer: ‘It’s Aggregate Demand, Stupid’" e não consigo deixar de me surpreender com o que leio:
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    "“The overwhelming weight of the evidence is that the current very high—and very disturbing—levels of overall and long-term unemployment are not a separate, structural problem, but largely a cyclical one. It reflects the fact that we are still feeling the effects of the collapse of demand caused by the crisis. ...
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    It doesn’t have to be this way, she argued, essentially making the case for more government stimulus to help the economy. “We have the tools and the knowledge to counteract a shortfall in aggregate demand."
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    Nem por um minuto passa pela cabeça desta gente que a oferta pode estar calibrada para um nível de procura que era irrealista e insustentável, com base no endividamento fácil e numa economia de especulação imobiliária...
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    Nem por um minuto passa por esta gente que pode ser necessário alterar a estrutura da oferta e re-afectar dinheiro e pessoas para outras áreas da economia.

    sábado, abril 10, 2010

    "Agarrem-me senão eu mato-me!".

    Esta conversa "Temos mais de mil empresas a fechar por mês" cheira-me a mais uma do tipo "Agarrem-me senão eu mato-me!".
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    Então, quer dizer, se todos os concorrentes em Portugal tiverem melhoria dos factores reivindicados ("Temos o quinto gasóleo mais caro da Europa, pagamos mais portagens que todos os outros, temos uma lei de contra-ordenações que em vez de nos favorecer só nos tira competitividade e uma lei laboral que não é adequada à especificidade do sector."), melhora a situação do sector?
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    Parece mais conversa de um jogador de bilhar que só tem olhos para a próxima jogada e não consegue pensar nas jogadas seguintes.
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    O volume de produção e de importações do país baixou, o sector ficou sobredimensionado para a nova realidade. Qualquer motorista despedido pode, potencialmente, transformar-se num empresário em nome individual com uma estrutura de custos muito reduzida e, começar a bater à porta das PME's a oferecer os seus serviços a preços competitivos, o que põe em marcha uma espiral deflacionista que gera mais desemprego nas empresas estruturadas e mais concorrência e assim por diante.
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    Quando uma equipa de futebol desce da primeira para a segunda liga não sobe automaticamente no ano seguinte...
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    Ao descer aterra num novo campeonato, onde a concorrência continua a existir.
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    Agora se todos os clubes da primeira liga descerem para a segunda a concorrência será menor? Go figure...