terça-feira, abril 10, 2007

Profit per employee

O número 1 da revista “The McKinsey Quarterly” de 2007, apresenta um interessante artigo intitulado “The new metrics of corporate performance: Profit per employee”, da autoria de Lowell Bryan.

As ideias fundamentais que retive foram:

Let’s get right to the point: companies focus far too much on measuring returns on invested capital (ROIC) rather than on measuring the contributions made by their talented people.”

“Increasingly, companies create wealth by converting these “raw” intangibles into the institutional skills, patents, brands, software, customer bases, intellectual capital, and networks that raise profit per employee and ROIC. These intangibles are true capital, in the sense of delivering cash returns, even though the sources of those returns are intangible. Indeed, the most valuable capital that companies possess today is precisely intangible rather than financial.”

“Financial performance (seen through balance sheets, cash flow reports, and income statements) no doubt is and will remain the principal metric for evaluating a company and its management. But it’s time to recognize that financial performance increasingly comes from returns on talent, not on capital.”

“To boost the potential for wealth creation, strategically minded executives must embrace a radical idea: changing financial-performance metrics to focus on returns on talent rather than returns on capital alone.”

The difference is that viewing profit per employee as the primary metric puts the emphasis on the return on talent. This approach focuses the minds of managers on increasing profit relative to the number of people a company employs. It suggests that the most valuable use of an organization’s talent is the creation and use of intangibles.”

Profit per employee therefore focuses companies on intangible-intensive value propositions and, in turn, on talented people—those who, with some investment, can produce valuable intangibles.”

“Executives should therefore look at ROIC mainly as a sanity check. So long as the return exceeds the cost, profit per employee is the better metric because it not only represents the scarcest resource but also reflects profit after the expensing of necessary investments.”

segunda-feira, abril 09, 2007

A importância do cliente-interno e a sua relação com o cliente-externo

Ao desenvolver o mapa da estratégia e o balanced scorecard associado, a preocupação reside na capacidade de concentrar a organização no que é essencial: satisfazer os clientes-alvo. Porque são os clientes-alvo que fornecem os recursos financeiros que sustentam a organização.

Assim, o desenho do mapa da estratégia começa pela identificação dos atributos que satisfarão os clientes-alvo, os clientes externos.

Durante esta fase de formulação da estratégia de uma organização, a organização é quase como uma caixa negra. Não sabemos o que se passa lá dentro, não sabemos como se executam as actividades que satisfazem os clientes-alvo, só nos concentramos nos resultados, no que a organização tem de produzir, para entregar e satisfazer os clientes-alvo.

No tempo dos artesãos, o artesão tratava de tudo: recolhia as necessidades dos clientes; adquiria as matérias-primas; produzia o artefacto; entregava-o aos clientes (podendo perceber em que medida tinha ao encontro das expectativas); e muitas vezes, fazia o serviço de reparação, manutenção do artefacto ao longo do seu ciclo de vida. O contacto permanente com os clientes ajudava o artesão a concentrar-se no essencial, para a satisfação dos clientes.

Nas organizações contemporâneas, a cadeia de valor interna está distribuída por mais do que uma pessoa: um comercial recolhe as necessidades dos clientes; um comprador adquire as matérias-primas e materiais; um planeador programa a produção; um produtor produz, controla e embala; um mecânico repara e afina as máquinas; um expedidor entrega; e um prestador de serviços de após-venda atende as reclamações e solicitações dos clientes.

O esforço de transformar clientes com necessidades em clientes servidos é materializado ao longo de uma sequência de relações cliente-interno fornecedor-interno. Como vários dos intervenientes internos acabam por não contactar os clientes, há sempre o perigo de se perder informação sobre o que é fundamental, para cativar clientes.

Para minimizar o risco de perda de informação sobre o que é fundamental, para cativar os clientes, e o risco de óptimos locais prejudicarem o todo, a organização, vamos recorrer à abordagem por processos e ao conceito de cliente-interno fornecedor-interno.

Primeiro a abordagem por processos:
O comercial executa uma série de actividades sistemáticas e planeadas, no âmbito de um processo. O planeador idem, o produtor idem, em suma, toda a gente trabalha em um, ou mais processos.

Consideremos o processo “6.1 Aprovisionar materiais e serviços”, onde opera o comprador da figura acima. Quais são as entradas e saídas do processo?Para que existe o processo? Qual a sua finalidade?
Ao responder a esta pergunta, estamos a ir à raiz do processo. Ainda antes de mergulharmos no pormenor de um processo, adoptamos uma visão de fora para dentro e questionamos a razão da sua existência.

Para este processo, uma resposta possível poderia ser: Ao equacionar a finalidade de um processo, é como se os seus intervenientes negociassem com os seus clientes-internos um contrato de prestação de serviços.

Redigir uma finalidade é fácil, é um exercício de secretária. Assim, temos de evitar que esta declaração não passe de conversa. Para isso, temos de traduzir a finalidade em desafios concretos mensuráveis, cláusulas de um contrato entre quem opera o processo, e os seus clientes-internos.
Cada uma das afirmações da finalidade, é traduzida em um, ou mais, indicadores que permitem monitorizar o nível de desempenho.

Uma vez definidos os indicadores, o responsável pelo processo, negoceia com os seus clientes-internos metas concretas, critérios de desempenho.

Espera-se que os intervenientes no processo, ao saberem que o mesmo será avaliado por um conjunto concreto de indicadores, procurem adoptar comportamentos e privilegiar decisões que optimizem o desempenho à luz dos indicadores escolhidos. Se os indicadores escolhidos estiverem sintonizados com a finalidade do processo, então, teremos acautelado o respeito das exigências dos clientes internos, pelos fornecedores internos.

domingo, abril 08, 2007

A aplicação de técnicas de gestão modernas à construção

Quando não reflectimos sobre o nosso desempenho actual, porque não há acasos, somos condenados a repetir o mesmo nível de desempenho.

Foi com alguma surpresa que encontrei estas duas referências sobre a construção:

"Application of the new production philosophy to construction" de Lauri Koskela.

"Construction should adopt the new production philosophy. In manufacturing, the new production philosophy improves competitiveness by identifying and eliminating waste (non value-adding) activities. Traditionally, construction is viewed and modeled only as a series of conversion (value-adding) activities. For example, waste activities such as waiting, storing inventory, moving material, and inspection are not generally modeled by Critical Path Models (CPM) or other control tools. Construction has traditionally tried to improve competitiveness by making conversions incrementally more efficient. But judging from the manufacturing experience, construction could realize dramatic improvements simply by identifying and eliminating non conversion (non value-adding) activities. In other words, actual construction should be viewed as flow processes (consisting of both waste and conversion activities), not just conversion processes.

"An exploration towards a production theory and its application to construction", também de Lauri Koskela. Vejam o pormenor 4.1.1 "The critique by Shingo" na página 52, a título de amostra.

sábado, abril 07, 2007

The process audit

O número de Abril da Harvard Business Review, traz um artigo de Michael Porter "The Process Audit", onde o autor discorre sobre os processos.

"Companies need to ensure that their business processes become more mature—in other words, that they are capable of delivering higher performance over time. To make that happen, companies must develop two kinds of characteristics: process enablers, which pertain to individual processes, and enterprise capabilities, which apply to entire organizations.


There are five process enablers…
Design: The comprehensiveness of the specification of how the process is to be executed.
Performers: The people who execute the process, particularly in terms of their skills and knowledge.
Owner: A senior executive who has responsibility for the process and its results.
Infrastructure: Information and management systems that support the process.
Metrics: The measures the company uses to track the process’s performance.

…and four enterprise capabilities.
Leadership: Senior executives who support the creation of processes.
Culture: The values of customer focus, teamwork, personal accountability, and a willingness to change.
Expertise: Skills in, and methodology for, process redesign.
Governance: Mechanisms for managing complex projects and change initiatives.

O que considero mais interessante do artigo, até porque está na secção "tool kit", é uma proposta de esquema de classificação do estado de evolução de cada um dos enablers e capabilities.

Por exemplo, para o enabler Design, numa vertente "Context" o autor propõe quatro graus:

P-1: The processes's inputs, outputs, suppliers, and customers have been identified.
P-2: The needs of the process's customers are known and agreed upon.
P-3: The process owner and the owners of the other processes with which the process interfaces have established mutual performance expectations.
P-4: The process owner and the owners of customer and supplier processes with which the process interfaces have established mutual performance expectations.

Por que somos assim?

"A auditoria que os serviços do Ministério da Agricultura estão a fazer à utilização dos subsídios concedidos no âmbito da chamada "electricidade verde" indica uma taxa de utilização fraudulenta daqueles apoios da ordem dos 39 por cento, segundo revelou o ministro Jaime Silva ao PÚBLICO. "

"Segundo o relatório anual de 2006 da Direcção-Geral de Viação (DGV), disponibilizado anteontem no seu sítio da Internet, a maioria dos acidentes com vítimas ocorre com bom tempo (28157 em 35680), entre as 18 e as 21 horas (7024). As infracções muito graves (transposição de traços contínuos ou condução sob o efeito do álcool, entre outras) aumentou 14,5% num só ano, para 53.368. Os 850 mortos e 3483 feridos graves até ultrapassaram os objectivos governamentais pretendidos para o ano de 2010."

Por que somos assim? Por que é que quando o patrão está fora (a autoridade) temos sempre dia santo na loja?

A livre circulação de utentes

São notícias destas que me fazem sentir falta de participação num think-tank organizado. O desenvolvimento e implementação desta ideia, que alterações poderá gerar?
Países que se especializam em certas doenças? Fluxos migratórios de doentes e profissionais de saúde? Turismo de saúde? Concorrência entre estabelecimentos de saúde de diferentes países?

No JN de hoje "Europa quer que Portugal aposte na livre circulação de utentes".

sexta-feira, abril 06, 2007

Será que?

Será que uma cisterna com DIISOCIANATO DE TOLUENO (com esta MSDS) pode passar o fim de semana, numa rua, ao alcance de qualquer vândalo?

Critérios de decisão

Quando andava na faculdade, tinha um colega que usava como critério de escolha de soluções, para a resolução de problemas de termodinâmica química... a estética: "Ah, esta solução parecia-me mais bonita!"

Na altura achava o critério absurdo, e o Prof. Guedes de Carvalho também.

Hoje, depois de um ministro dizer que a OTA é um compromisso pessoal e um presidente de câmara usar este critério no JN: "assume a construção da pista como "questão de honra e orgulho", apesar de "Gostaríamos de saber como é que a Câmara de Aveiro, que não tem dinheiro e nem sabe que dividas tem, vai construir a pista como anunciou", acredito, cada vez mais, que algures, sem o saber, sem ter notado, devo-me ter integrado num mundo pararelo qualquer, uma second ou third life, com critérios de decisão fuzzy.

Só espero que da próxima vez que ouvir o presidente, neste novo mundo paralelo, não me apareça alguém vestida de Rainha de Copas.

Quem se mete com Ponte de Lima... leva

Na senda de "Don't Mess with Texas", na senda de "Go ahead punk, make my day!"

Agora temos: "Em Ponte de Lima, seja limpo ou vá-se embora".

Também estava escrito nas estrelas

Já tinhamos chamado a atenção para o artigo aqui e aqui.

E na verdade:

"The 48th Annual McKinsey Awards, recognizing excellence in management thinking" atribuíu o primeiro lugar ao artigo:

"Strategy and Society: The Link Between Competitive Advantage and Corporate Social Responsibility" de Michael Porter e Mark Kramer, publicado em Dezembro de 2006 na Harvard Business Review.

(O prémio pretende realçar "outstanding works that are likely to have a major influence on executives worldwide")

"Michael Porter and Mark Kramer propose a new way to view the relationship between business and society that allows companies to make valuable contributions to social welfare without sacrificing corporate success. They introduce a framework that companies can use to identify the social consequences of their actions, determine which problems to address, and find the most effective ways to do so while simultaneously strengthening the competitive context in which they operate. By analyzing their opportunities for CSR (corporate social responsibility) using the same guidelines that direct their core business decisions, companies will discover that CSR can be much more than a cost or constraint—it can be a potent source of innovation and competitive advantage."

quinta-feira, abril 05, 2007

Estava escrito nas estrelas...

Estava escrito nas estrelas, uma rede de farmácias que permeia todo o país e está "sempre aberta". O sector está cada vez mais maduro para este salto, até para fugir às alterações recentes no enquadramento do "negócio" que vão levar os mais "preguiçosos" a cair no negócio do preço.

No DN de hoje: "Farmácias vão dar vacinas contra vontade de médicos e enfermeiros "

Gestão Ambiental - Aula #6 (parte II)

Na sequência da última aula de Gestão Ambiental, e em atenção aos ausentes em "visita de estudo" a Palma de Maiorca, segue-se um exemplo do desenvolvimento de um programa de gestão ambiental.

Objectivo: Melhorar a segregação de resíduos de uma empresa.
Meta: Reduzir a metade, o número de infracções na segregação de resíduos, nos próximos 12 meses.

Na aula, um “brainstorming” permitiu responder à pergunta: “Porque não segregamos correctamente os resíduos da nossa empresa?”, tendo-se chegado a este esquema:
Se queremos melhorar o desempenho futuro, temos de encontrar as razões do desempenho actual, as causas do desempenho actual. Se eliminarmos as causas do desempenho actual… criamos um novo sistema.

Depois, organizando e arrumando as ideias da aula, geramos o esquema que se segue:
Por que é que não segregamos os resíduos correctamente?
Porque os colaboradores não sabem quais as boas práticas a seguir!
E porquê?
Porque os colaboradores não têm formação em boas práticas de segregação de resíduos!
E porquê?
Porque as práticas a seguir, para segregar correctamente os resíduos, não estão definidos!
E porquê?
Porque não temos regras de segregação de resíduos!
E assim por diante.

Então, para cumprirmos a meta temos de eliminar as causas, para isso desenvolvemos um programa de gestão ambiental.
Que acções desenvolver?Cada uma das acções do plano ataca as causas.
As acções 8 e 9 resultam da lista de questões dadas na aula #5, para desenhar programas de gestão completos.

Para cada uma das acções há que estabelecer: quem a vai realizar, até quando e quanto vai custar.

Qual a primeira acção a desenvolver? E qual a segunda? E terceira, e assim por diante?
Estabelecendo uma sequência cronológica temos: Agora, é possível fazer um cronograma para o programa de gestão ambiental.

Durante este exercício podemos voltar ao esquema inicial, e iterativamente, completá-lo, acrescentando mais causas:Agora há que acrescentar mais acções, para eliminar as novas causas identificadas e repetir a sequência, até termos um programa afinado.

A figura que se segue, relaciona as acções da primeira versão do programa de gestão, com as cláusulas da ISO 14001. Vários programas de gestão, desenvolvidos desta forma, compõem um portfolio de projectos que transformarão a organização de hoje, na organização do futuro.

quarta-feira, abril 04, 2007

Falta algum processo no seu sistema?

No Capítulo II do livro “Balanced Scorecard – Concentrar uma Organização no que é Essencial” apresentamos o caso Salix. A Salix é uma empresa que concebe e produz malhas exteriores com marca própria, para o mercado da gama média-alta. A Salix não tem lojas próprias. Assim, tem de satisfazer os lojistas, para que estes sintam vantagem em expor os artigos com a marca Salix.

A Salix identificou os seus clientes-alvo como clientes que privilegiam os seguintes atributos:

Ainda na perspectiva clientes do seu balanced scorecard, a Gestão de Topo da Salix acrescentou os seguintes objectivos e relações de causa-efeito.
Paralelamente ao esforço de formulação da sua estratégia, a Salix desenvolveu um modelo do seu funcionamento, com base na abordagem por processos. A figura ilustra esse modelo ao nível dos macro-processos. Clientes satisfeitos são um produto natural dos processos de uma organização, não podem ser uma obra do acaso.
Contudo, nem todos os processos têm o mesmo peso, ou influenciam de igual forma os resultados a nível dos clientes.

O exemplo que se segue, procura ilustrar como nem todos os processos são igualmente relevantes para a estratégia, e mais, como o desenvolvimento de um mapa da estratégia, permite concluir que a empresa não só precisa de melhorar o desempenho de alguns processos, como pode precisar de criar novos processos de raiz.

Assim, ao desenvolver uma matriz que relacione os resultados na perspectiva clientes, com os processos do negócio a Salix chegou a uma situação curiosa:Actualmente a Salix não tem nenhum processo que trabalhe, que contribua, para que os clientes-alvo possam dizer:
Apoiam-me na venda;
Têm uma marca conhecida;
E para conseguir “Atrair novos lojistas” de forma sistemática.

terça-feira, abril 03, 2007

Uma anedota amarga (para os impostados)

Mão amiga remeteu-me esta história que liustra bem os tempos que correm.

É fenomenal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Não há acasos!

Gestão Ambiental - Aula # 6

Conforme combinado, deixo aqui os acetatos relativos à aula de 2 de Abril, de Gestão Ambiental, do 4º ano de Engenharia do Ambiente, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica. Acetatos aqui (não esquecer o código de acesso).

ADENDA de 5 de Abril: Ver este desenvolvimento.

Crescimento da produtividade portuguesa foi o mais baixo entre os 30 países da OCDE

"Entre 2000 e 2005, a produtividade dos trabalhadores cresceu em Portugal ao ritmo mais baixo dos 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico."

Na página 42 do Público de hoje

segunda-feira, abril 02, 2007

A abordagem por processos

Alguns trechos sobre processos, retirados do livro "The Agenda - What Every Business Must Do to Dominate the Decade" de Michael Hammer , o capítulo 4 "Put Processes First" pode ser encontrado em parte aqui.

O importante é o todo! Primeiro a organização, depois os processos.

"Process is the way in which the abstract goal of putting customers first get turned into its practical consequences."

"Since we are living in a customer-driven world, it would seem natural for companies to orient themselves around what customers care most about. But a moment’s reflection reveals that customers aren’t at all interested in the activities toward which companies devote most of their managerial energies: the annual budget, the organization chart, the executive succession plan, the compensation program. At most these are only means to an end. Customers care about one thing only: results."

"From the customers’ point of view, a company exists only to create value for them, to provide them with results. Yet in far too many companies, the actual creation and delivery of customer value is not the responsibility of any particular individual. "

"Process is a word now widely used in the business world but often incorrectly. Put most simply, processes are what create the results that a company delivers to its customers. Process is a technical term with a precise definition: an organized group of related activities that together create a result of value to customers. Each word here is important. A process is a group of activities, not just one. For example, filling an order is a process comprised of many activities—receiving and recording the order, checking the customer’s credit, allocating inventory, picking and packing goods, planning the shipment, and making the delivery. No single task creates the desired result. Value is created by the entire process in which all these tasks merge in a systematic way for a clear purpose."

"Finally, processes are not ends in themselves. They have a purpose that transcends and shapes all their constituent activities. We don’t perform order fulfillment to keep ourselves busy; we do it to create the result—goods delivered as requested—that customers care about."

domingo, abril 01, 2007

Raciocínio de percevejo

No 10º e 11º ano de escolaridade tive um professor de Físico-Química, o Professor Vitorino que recordo com respeito, que quando queria que abandonássemos o mundo a duas dimensões, e conseguíssemos visualizar as nuvens quânticas a três dimensões, nos convidava e exortava a abandonar o "raciocínio de percevejo".

IMHO, quando leio alguns livros e artigos sobre processos, sobre a gestão por processos e sobre a abordagem por processos, mesmo de autores consagrados, concordo com muito do que dizem, no entanto, é raro encontrar a ligação entre o todo (a organização), e as partes (os processos). É como se faltasse considerar uma dimensão extra, o todo. Aquilo que emerge do conjunto de processos existentes.

Por mais útil que seja a abordagem por processos, e é!
O importante é o todo! Primeiro a organização, depois os processos.
Por mais de uma vez, ao desenvolver o seu mapa da estratégia, uma organização "descobre" que tem de criar um novo processo, para aspirar a atingir um determinado objectivo.

Identificar os processos críticos para a execução da estratégia

Há dias, escrevemos sobre a aplicação do princípio de Pareto, como ferramenta "mental", para identificar os processos críticos, para a execução da estratégia de uma organização.

Ontem, ao re-estudar a norma francesa “Management des processus” FD X 50-176 (versão de Outubro de 2005) reencontrei o tema na cláusula:

“5.3.2 Sélectioner les processus clés
Il s’agit d’identifier les processus les plus significatifs pour l’organisme en fonction de leur impact sur l’un ou plusieurs des critères suivants:
atteinte des objectifs stratégiques de la direction;
contribution au chiffre d’affaires et aux résultats opérationnels;
satisfaction du client et des autres parties intéressées;
performance durable de l’organisme;
maîtrise des risques et opportunités, notamment au niveau de la maîtrise des interactions entre processus.”

A norma refere que pode ser interessante trabalhar com uma matriz, para visualizar os impactes dos processos sobre os objectivos gerais, com o fim de:
- facilitar e orientar as escolhas;
- medir e comparar as escolhas;
- efectuar várias simulações.

Parece-me uma boa sugestão. No entanto, usaria como critérios, os objectivos estratégicos presentes no mapa da estratégia, sobretudo os associados à perspectiva interna.
Os objectivos associados ás perspectivas clientes e financeira são consequências, estão a jusante, são resultados da actuação dos processos críticos.
Os objectivos associados à perspectiva recursos e infra-estruturas estão a montante, referem-se a instrumentos para melhorar o desempenho dos processos críticos.

sábado, março 31, 2007

Aligning the Organization with the Market

A propósito do postal anterior: "O que nos distingue é uma forte capacidade de Conhecimento em ciências da saúde" recordo este artigo "Aligning the Organization with the Market", de George Day, publicado na MIT Sloan Management Review (Fall 2006).