domingo, abril 01, 2007

Raciocínio de percevejo

No 10º e 11º ano de escolaridade tive um professor de Físico-Química, o Professor Vitorino que recordo com respeito, que quando queria que abandonássemos o mundo a duas dimensões, e conseguíssemos visualizar as nuvens quânticas a três dimensões, nos convidava e exortava a abandonar o "raciocínio de percevejo".

IMHO, quando leio alguns livros e artigos sobre processos, sobre a gestão por processos e sobre a abordagem por processos, mesmo de autores consagrados, concordo com muito do que dizem, no entanto, é raro encontrar a ligação entre o todo (a organização), e as partes (os processos). É como se faltasse considerar uma dimensão extra, o todo. Aquilo que emerge do conjunto de processos existentes.

Por mais útil que seja a abordagem por processos, e é!
O importante é o todo! Primeiro a organização, depois os processos.
Por mais de uma vez, ao desenvolver o seu mapa da estratégia, uma organização "descobre" que tem de criar um novo processo, para aspirar a atingir um determinado objectivo.

2 comentários:

Unknown disse...

O que é que o percevejo tem a ver com isto.

CCz disse...

A imagem que o professor utilizava era "o percevejo é um artrópode básico que vê o mundo a duas dimensões".

Quem olha para uma organização e só vê os processos, sem ter em conta a dimensão extra da estratégia, também só está a ver o mundo a duas dimensões, como o percevejo.

Estou a escrever esta mensagem num cibercafé, sem possibilidade de acrescentar imagens. Amanhã, espero colocar no blog um texto com um exemplo concreto.