segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Curiosidade do dia

"Nós estamos a viver um momento de crise internacional que ninguém sabe onde vai parar.Temos vários focos de tensão, fala-se mesmo de uma nova Grande Recessão.
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Nós estamos completamente dependentes de factores externos ... somos um país fraco, endividado ... completamente frágil economicamente. Portanto, ninguém sabe o que vai acontecer e daí vem a grande ameaça ao orçamento"
Trecho retirado do podcast do último Contraditório da Antena 1 a 26 de Fevereiro (a partir do minuto 9:30). Palavras de alguém pouco recomendável em termos de previsão económica. No entanto, é o que Ana Sá Lopes pensa.
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Agora comparar com o que dizemos acerca dos fragilistas:

Isto é pior do que ser fragilista ... é ter consciência do risco não controlado e, mesmo assim, fragilizar a sua posição deliberadamente.

A galinha do vizinho ...

"Established enterprises don’t get anywhere by wishing they could operate like startups. The key to success in any business is leveraging the assets you do have instead of whining about the ones you don’t."
Faz-me lembrar aqueles comentadores económicos e políticos que em vez de terem em conta o perfil de empresas que existem em Portugal, imaginam cenários e clamam por engenharia social para criar amanhãs que cantam com outro perfil de empresas.
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Recordar o primeiro princípio da effectuation e "Vantagem é uma classificação subjectiva"

Trecho retirado de "The Goliath Advantage"

Pricing man (parte X)

"Success Factors for a Low-Price Strategy
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The list of companies who have succeeded with a low-price strategy tends to be short, but their strategies share a set of factors which help create and sustain that success.
1. They began with that strategy from day one: All successful low-price companies focused on low prices and high volumes from the very beginning. In many cases, they created radically new business models. I am not aware of any company having made a successful transformation from a high-price or mid-price position to a low-price one.
2. They are extremely efficient: All successful low-price companies operate with extreme cost and process efficiency, which enables them to enjoy good margins and profits even while charging low prices.
3. They guarantee adequate and consistent quality: With poor and inconsistent quality, success is unlikely, even if you offer low prices. Sustainable success requires adequate and consistent quality.
4. They have a strong focus on their core products: The term no-frills is often applied to airlines , but it could apply to companies such as Aldi or Dell as well. They do nothing that isn’t absolutely required by the customer. That saves costs, without putting the essential value to customer in jeopardy.
5. They have a high-growth, high-revenue focus: This creates economies of scale which they exploit to the greatest extent possible.
6. They are procurement champions: That means they are tough and forceful in their purchasing, but not unfair.
7. They have little debt: Only very rarely do they turn to banks or debt markets  for financing. Instead they rely on self-financing or supplier credit.
8. They control as much as they possibly can: This means they carry only their own brands ( Dell , Ryanair , IKEA ); even Aldi ’s assortment is over 90 %  private label. They also exercise strong control over the entire value chain .
9. Their ads focus on price: To the extent they even advertise at all, they focus almost exclusively on price ( Aldi , Lidl, Ryanair ).
10. They never mix their messages: Almost all of the successful “low price–high profit” companies stick to an “everyday low price” strategy rather than a “hi-lo” which relies on frequent temporary promotions.
11. They understand their role: Most markets have room for only a small number of “low price–high profit” competitors, often just one or two."

Trechos retirados de "Confessions of the Pricing Man: How Price Affects Everything" de Hermann Simon.

O mundo alternativo em que poderíamos estar a viver

Ao recordar este episódio de 1992 em "Ainda a produtividade" e ao conjugá-lo com a loucura demente desta proposta de desvalorização dos salários em 50% para ganhar competitividade externa:

E com a evolução salarial real dos outros países:
Peço que reflictam no mundo alternativo em que poderíamos estar a viver se não tivéssemos aderido ao euro.
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Com poder sobre uma moeda própria é fácil imaginar o corropio de empresários e políticos a pressionarem os governos de Portugal para desvalorizar o escudo e tentar competir com a China numa race-to-the-bottom. Sem o euro nunca os empresários teriam tido o estimulo para subir na escala de valor e arranjar propostas de valor diferentes do preço.

Aprenda a duvidar dos media (parte XVI)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIIIparte XIV e parte XV.
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Mais um exemplo de como os comentadores económicos instalados nos media não conhecem o país real. Cristina Casalinho em Junho de 2009:
Conjugar com:
E com:

Yes Toto, we're not in Normalistão anymore!
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Não, falo de barriga cheia, mantenho agora o que escrevi na altura.


domingo, fevereiro 28, 2016

Curiosidade do dia

O Miguel Pires no Twitter chamou-me a atenção para este texto:

Portugal em 1849.
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A vontade é dizer que algumas coisas nunca mudam, recordar em "Ainda a produtividade" Portugal em 1992.
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No entanto, se o Estado não intervier para proteger os amigos, nem estragar com subsídios, os milagres acontecem. Hoje, depois da digestão do factor China, depois da troika e enquanto mantivermos o euro mantenho-me optimista.

Um convite para alguma irracionalidade?

Em 2008 aqui no blogue reflectia-se sobre o impacte da subida das taxas de juro na maior exigência de rentabilidade das empresas. Recordar:

“Pelo contrário, se o crédito se tornar mais escasso e com taxas de juro superiores (cuidado com os spreads), as empresas terão de apostar em estratégias com um maior grau de pureza, risco e taxas de mortalidade mais elevadas, mas taxas de rentabilidade mais atractivas.”

Pois bem, o que é que acontece quando as taxas de juro são negativas?
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Para quem tem capital próprio é um convite a alguma irracionalidade económica... não? E para os outros também.

So it begins

O @nticomuna publicou no Twitter tweets que remetiam para:
Uma previsão deste blogue a materializar-se muito mais rapidamente do que pensava, o José Silva tinha razão. Ver as 3 partes de "Para reflexão".
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Claro, os incumbentes nalguns sítios mexem-se mais rapidamente:
Claro que a reacção não se fará esperar, quer dos incumbentes, quer do Estado e da sua máquina voraz de impostar.

Sintomas de um país pouco recomendável

Ontem à noite apareceu na minha linha do tempo no Twitter um quadro com a quantificação da população residente em Portugal por grupo etário.
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Hoje fui ao Pordata, aqui, e retirei este quadro:
Portanto, em 2011 tínhamos, segundo o censo, 8 989 849 habitantes com mais de 14 anos.
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Agora, consultando o mesmo Pordata, aqui, pesquisemos quantos eleitores estão recenseados nos cadernos eleitorais, gente com mais de 18 anos:
Pergunta ingénua:
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Como é que podem haver 9.429.024 eleitores nas eleições de 2011 quando, segundo o censo, só existem 8 989 849 habitantes com mais de 14 anos?
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Fácil, porque interessa aos partidos políticos e a toda a fauna que gira em torno deles a não actualização dos cadernos eleitorais. Se um anónimo de província com estas contas de merceeiro consegue mostrar a marosca, o que é que isto quer dizer?
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Por isto é que defendi antes durante e depois o FMI, a troika, porque obriga os partidos a fazerem menos destas maroscas.
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Quanto mais as pessoas e as empresas se libertarem das relações com os partidos e os governos melhor, ainda que no curto-prazo traga dificuldades.

Aprenda a duvidar dos media (parte XV)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XIIparte XIII e parte XIV.
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Desta feita o nosso convidado é Peres Metelo:
Ainda quer mais competitividade externa ? Saberá ele que somos melhores que os alemães?
Aprendam de uma vez: ter mais produtividade não é o mais importante, sobretudo se for medida à engenheiro. O essencial é competitividade!!


sábado, fevereiro 27, 2016

Curiosidade do dia

Por todo lado a descoberta do valor da interacção
"Why patient engagement is being called “the blockbuster drug of the century”
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The goals of patient engagement range from getting people to review and manage their medical records and follow prescribed treatments to adopting healthy behaviors and seeing their health-care providers as partners. That kind of engagement has proved it can both lower costs and improve health outcomes—one reason why patient engagement has been called “the blockbuster drug of the century.”
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“The more a patient is engaged with their care,” says Sheila Och, director of community health promotion at the Lowell Community Health Center, “the better they respond to their treatment, the better they follow the regimens, and the better they manage their chronic conditions. If individuals start achieving milestones it encourages them to continue.”"

Trechos retirados de Helping Patients Help Themselves. Ver também "The Blockbuster Drug of the Century: An Engaged Patient"
"Compared to those not enrolled in the study, coordinated care “patients have an 88 percent reduced risk of dying of a cardiac-related cause when enrolled within 90 days of a heart attack, compared to those not in the program.” And, “clinical care teams reduced overall mortality by 76 percent and cardiac mortality by 73 percent.”"
 Bom para relacionar com:
"in age of ubiquitous information, the scarce resource is actually human attention
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the basis of competitive advantage is gradually shifting, away from information and knowledge per se, and towards decisive action and emotional conviction." 

O que pode correr mal

Vi esta figura ainda antes deste século ter começado. Nunca a esqueci:

Sistematiza o que pode correr mal num projecto.

Mongo e a automatização... pois!

Fez ontem um mês que estava numa empresa de calçado a olhar, através de um vidro num primeiro andar, para o reboliço habitual nas linhas de produção no chão de fábrica. Na altura comentei com o gerente que tinha assistido recentemente a uma apresentação de projectos de robótica para o sector e que tinha ficado com uma incomodidade, pouco daquilo me parecia prático para empresas com pequenas séries e grande variedade de produção. Ele concordou e falou-me de exemplos que conhecia, em empresas bem maiores, que estavam a ganhar pó porque não podiam ser usados, não faziam sentido para as produções do calçado português de hoje.
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Se visitam este blogue com regularidade conhecem a minha metáfora: Mongo.
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Mongo é o mundo da diversidade, da personalização, da experiência, da decomoditização. Por isso "Um mesmo processo automatizado é demasiado rígido para Mongo" ou ainda mais radical "É disto que eu gosto... ninja-like... just like an al-qaeda cell".
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Assim, foi com um enorme sorriso que li "Mercedes-Benz swaps robots for people on its assembly lines":
"Bucking modern manufacturing trends, Mercedes-Benz has been forced to trade in some of its assembly line robots for more capable humans.
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The robots cannot handle the pace of change and the complexity of the key customisation options available for the company’s S-Class saloon at the 101-year-old Sindelfingen plant, which produces 400, 000 vehicles a year from 1,500 tons of steel a day.
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The dizzying number of options for the cars – from heated or cooled cup holders, various wheels, carbon-fibre trims and decals, and even four types of caps for tire valves – demand adaptability and flexibility, two traits where humans currently outperform robots.
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Markus Schaefer, Mercedes-Benz’ head of production told Bloomberg: “Robots can’t deal with the degree of individualisation and the many variants that we have today. We’re saving money and safeguarding our future by employing more people.”
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Skilled humans can change a production line in a weekend, where robots take weeks to reprogram and realign.
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“We’re moving away from trying to maximise automation with people taking a bigger part in industrial processes again. We need to be flexible. The variety is too much to take on for the machines. They can’t work with all the different options and keep pace with changes.”"
Recordar:



Moral hazard (parte II)

Às vezes, estou em S. João da Madeira, tenho 2 horas livres entre reuniões, resolvo ir para o meu "escritório" em S. João, a área da alimentação do centro comercial Oitava Avenida. Mesa, ambiente calmo, wi-fi e tomada eléctrica... what else?
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Há dias, a caminho dessa zona, passo por uma banca do Barclaycard e uma senhora pergunta-me se estou interessado, faço um sinal de rejeição com a mão direita. É então que oiço a última tentativa de me convencer a parar:
-Ande lá, ajude-me a atingir os meus objectivos!
Continuei a minha caminhada mergulhando no que aquela frase queria dizer ...
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O mercado não é feito a pensar em satisfazer os fornecedores. O mercado é feito para chegar a um entendimento entre cliente e fornecedor. No entanto, se o mercado está a lidar com uma commodity e excesso de oferta, então, o mercado é todo como agradar e seduzir os clientes, ponto.
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Por que escrevo esta introdução? Por causa da conversa deste texto "Secretário de Estado reconhece que sector do leite atravessa "tempestade perfeita"":
"Luís Silva garantiu que tem sensibilizado as grandes cadeias de distribuição para terem "bom senso" na fixação dos preços na venda de leite. "É necessário que as nossas grandes cadeias de distribuição tenham em consideração que não é por apresentarem preços muito baixos que se ganha eficiência", começou por dizer."
E quem pensa nos consumidores?
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A propósito disto:
"Luís Vieira apontou "o fim das quotas leiteiras, o embargo russo, o abrandamento do desenvolvimento da China e de mercados emergentes como Angola e Venezuela, além da redução do consumo interno do leite, em contraponto com um aumento de produção", como principais factores para as dificuldades dos produtores do sector.
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"Vamos avançar com uma medida na rotulagem, onde temos um projecto para colocar um logótipo com origem do produto portuguesa, de modo a que os consumidores saibam que estão a comprar um produto de qualidade e possam ser solidários com os agricultores nacionais", partilhou o Secretário de Estado."
Pessoalmente, no que à compra do leite diz respeito, não me enquadro no perfil da maioria dos europeus. Se eu fosse espanhol fazia parte da enorme minoria de 5%:
"Milk is the ultimate low-involvement category, and it shows. Only 10% of the international sample (in Denmark, Germany and Spain the number is less than 5%) would expect the private label version to be of a lesser quality."
Há anos que só compra leite açoriano mas porque sou egoísta, porque só penso no que é melhor para mim como consumidor. Agora pedir que o critério de escolha seja a esmola...
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Aquele "Milk is the ultimate low-involvement category" significa que para a maioria esmagadora dos portugueses o critério da compra de leite é o preço, ponto.
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O que o Secretário de Estado, se é inteligente, já deve ter percebido, num dia ao fim da tarde na solidão silenciosa do seu gabinete, é a verdade que não pode ser revelada aos produtores... muitos terão de fechar.
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BTW no meio da "tempestade perfeita" aquele "aumento de produção" é, para mim, sintoma da grande doença que a deturpação do mercado pelo regime das quotas leiteiras provocou. Recordar "Moral hazard?"


Aprenda a duvidar dos media (parte XIV)

Parte I, parte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte Xparte XIparte XII e parte XIII.
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Durante anos Daniel Amaral comentava no Diário Económico. A certa altura impus a mim mesmo a disciplina de não o ler porque não suportava que escrevesse tanta coisa errada sem contraditório.

E esta barbaridade que se segue:
Desvalorizar a moeda nuns venezuelanos 50%, coisa pouca... estes economistas de esquerda são os mesmos que lutam contra as reduções nominais de salários e, depois, fazem estas propostas malucas.
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O que dirá Daniel Amaral deste desempenho?

Para não dizerem que falo de barriga cheia à posteriori, ficam aqui os meus comentários de 2010 e 2012.




sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Curiosidade do dia

A propósito de quem duvida do estado da nossa balança comercial, a propósito de "Aprenda a duvidar dos media (parte XIII)".


Reflexão com base em artigo de jornal

A deformação profissional é tão forte... ao ler "Michelle Obama oferece porcelana de Oiã" primeiro fui atraído pela figura, uma espécie de diagrama de forças de Porter:

Como é que isto ainda é usado?
Em plena viagem para Mongo e ainda se fazem estas análises tão típicas do Normalistão?
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No entanto, a figura leva-me a suspeitar da existência de alguma indefinição estratégica... a partir dela escrevi:

E quando mergulho no texto reforço esta sensação:
  • primeiro a referência aos artigos técnicos;
  • depois, a referência à Casa Branca;
  • depois, a referência aos museus;
  • depois, a referência aos retalhistas e armazenistas
  • depois, a referência ao poder de compra e hábitos de consumo 
E para rematar:

Qual o significado de "quanto mais mercados tivermos melhor"?
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Se for quanto mais geografias, concordo. Se for quanto mais prateleiras para chegar ao mesmo tipo de clientes-alvo, concordo. 
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Se for mais variedade de tipos de clientes ... há-de chegar a altura em que gerará ineficiências comerciais e fabris.
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Para já, o meu conselho é: fujam de "a referência ao poder de compra e hábitos de consumo" mudem de campeonato e, separem as águas, se é que ainda não estão separadas, entre B2B e B2B2C.



Outro exemplo de Mongo

Um tweet levou-me a este texto "Newcastle's Tyneside Cinema where audiences just keep growing and growing" sobre o Tyneside Cinema, um cinema independente a operar na cidade de Newcastle em Inglaterra.
"“Some 80% of our revenue is now through trading so our dependence on public funding is way down.
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“This is our next big project. More than 880 people made donations to this project (the Cafe Bar) and we anticipate a similar response next time.”
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At the Tyneside they can be quirky in the way multiplexes can’t. “Take the example of It’s a Wonderful Life,” says Mark. “It has become a phenomenon here. We put it on sale in September and I think we sold 80% of everything before the first of 26 screenings. Six thousand people came to see it and a lot of them were young.[Moi ici: Excelente exemplo de como se pode criar um ritual. Todos os anos o mesmo filme abre a época do Natal. Os comentários falam da atmosfera criada. Ir ao cinema ver uma novidade versus ir ao cinema pelo contexto, pela atmosfera, pela experiência]
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“We’ve set ourselves a target of 200,000 tickets sold a year but we used to battle our way to 90,000.
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In 2008 we took a decision to make 80% of our programming specialised and 20% of it mainstream.[Moi ici: Trabalhar para uma ou mais tribos]
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The mainstream films bring in new audiences. [Moi ici: Lembrei-me logo da mineração dos ginásios low-cost] Some of them earn us a lot of money but not all. But we know when people come inside this building they see what a really good place it is to come and see films.”"

Inovação versus incumbação

"A colleague recently minted a new word by accident — incumbation”. It won’t catch on but its fleeting appearance made me wonder what such a term, if it existed, might define: the opposite of innovation.
As grimy layers of admin accrete on the original bright ideals of their founders, incumbent companies become prone to inertia and what Gary Hamel, the management thinker, has called “bureausclerosis”. Such complacency is bad. But some of the methods that established companies use to protect themselves are worse.
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Recumbent incumbents are almost always doomed. The good news is that technology and transparency have already cut away at the distribution and information monopolies that used to shelter large, lazy companies. The bad news is that survivors will continue to use foul means as well as fair to protect themselves. Their misguided attempts at self-preservation can hobble the advance of more original, more innovative competitors."
Como não recordar "Abraçar a mudança" ou "Engaging emergence".
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Como não recordar o tempo perdido, a largura de banda da atenção ocupada com tantos recursos desviados para defender o passado nos têxteis:



Trechos retirados de "Incumbents, dark arts and the opposite of innovation"