sábado, fevereiro 07, 2015

A segregação entre os grunhos e os outros não resulta!

Se juntarmos cinco, seis, pessoas e perguntarmos a cada uma delas o que vê nesta imagem...
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Obteremos respostas semelhantes?
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Até a mesma pessoa, em dias diferentes deve dar respostas diferentes.
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Quando uma empresa não tem uma estratégia definida, ou tem uma estratégia pouco clara, ou tem uma estratégia confidencial, só a gestão de topo a conhece, temos os operacionais a tentar adivinhar qual é a estratégia da empresa, temos os operacionais a tomar decisões quotidianas que podem, inadvertidamente, estar desalinhadas com uma estratégia que não percebem, ou não conhecem.
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Em "Management Control Systems and the Crafting of Strategy: A Practice-Based View" de Thomas Ahrens e Christopher S. Chapman, num capítulo do livro Controlling Strategy editado por Christopher S. Chapman, li estas verdades que muitas vezes acabamos por esquecer:
"In strategy literature, the relationship between strategy-making by senior management and the day-to-day activities of operational management is only beginning to be systematically explored. ... Strategic capabilities and resources are thus grounded in day-to-day organizational action
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In many organizations the significance of local information and local autonomy means that strategy as organizational practice only comes into its own through the day-to-day activities of individual managers."
E na sua empresa?
 A segregação entre os grunhos (terminologia usada por  Hrebiniak) e os outros não resulta!
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Como é na sua empresa?

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Curiosidade do dia

Hoje no Twitter encontrei este tweet com imagem:
Lembrei-me logo daqueles que pedem a impressão de dinheiro para combater a deflação, para combater a falta de procura.
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Quanta falta de procura deriva desta evolução tecnológica?




Não mudar de produto, mudar de mercado. Um exemplo

Em "Toino Abel: as cestas da aldeia que já apareceram na Vogue inglesa" julgo encontrar a aplicação prática do conselho dado à artesã de Bragança com as suas colchas de linho.
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Não mudar de produto, mudar de mercado.
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Lembro-me, na minha infância, destes cestos serem usados para se ir à feira, para se levar a palamenta toda para os piqueniques. Entretanto, porque a vida mudou eles deixaram de estar na moda ou perderam o seu mercado principal, serem burros de carga. Imagino que a actividade terá decaído.
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Sim, houve algumas alterações no produto.
Mas as mudanças fundamentais estão:

  • nos clientes-alvo;
  • na proposta de valor;
  • nos canais, nas prateleiras onde estão expostos;
  • no desenvolvimento da relação com os clientes.
É quase tudo a mudar para um novo modelo de negócio.
"Dos teares da Castanheira, as malas têm chegado a países tão remotos como a Nova Zelândia e a Austrália, através da loja online alojada na Etsy, e estão também em espaços físicos de cidades como Barcelona, Berlim, Londres e Porto, para além de já terem sido sugeridas na edição inglesa da revista Vogue. Há modelos tradicionais mas também em cores fortes ou com alças, para usar à tiracolo ou prender documentos"

Mitos, para reflexão

Há tempos uma colega consultora mandou-me este artigo "4 Marketing Myths Threaten Your Sales" de onde sublinho estas passagens:
"People Always Buy Where They Get the Cheapest Price
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If this was true, only businesses that charge cheap prices would exist. Some people buy where they get the cheapest price. But most people are more interested in getting value for their money than in getting a bargain.
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Offering Your Customers Many Options Will Boost Your Sales [Moi ici: Este é um mito tremendamente popular e, por isso, muito nefasto]
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Presenting your customers with options usually reduces your sales. Here’s why…
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When confronted with several options, most customers have difficulty making a clear decision. They often react by procrastinating – and never making a decision. When this happens, you lose a sale you already had.
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Tip: Try to limit your customer’s decision making to either “Yes. I’ll buy.” or “No. I won’t buy”. Don’t risk losing them by including “which one” decisions.
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Everybody Needs My Product/Service
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That’s what YOU think. Most of them don’t think they need it…and most aren’t ready to spend their money for it.
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The hazard of this myth is that it causes many marketers to believe they can succeed without doing much marketing or selling.
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Tip: Look for narrowly defined niche markets where your product or service solves a unique need of the customers. [Moi ici: Isto é tão difícil de meter na cabeça de um empresário. Deixar mercado para outros é tão anti-instintivo... o live and let live, dá mais facilmente lugar aos "motards lover's"e aos Dick Dastardly] Focus your marketing on them instead of trying to reach a broadly defined general market. You’ll generate more sales and enjoy a better return on your advertising expense.
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Re-shoring

De "Manufacturing Moves Back to the U.S.":
Ano após ano a tendência para o reshoring avança.
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Nos Estados Unidos, país com pouca paciência estratégica, a vantagem competitiva privilegiada é sempre o preço (custo), daí:
Mas o reshoring é mais fundo:

Estratégia e Acerca do investimento (parte IV)

Mais um exemplo de uma PME que cresceu cerca de 8% em 2014 e aumentou as suas exportações em "Indústria: O Dragão que tem um armário cheio de diamantes".
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Qual o truque? Qual a orientação estratégica?
"O processo de produção começa com a mistura de materiais, que tanto podem ser diamantes, como outros que têm igualmente um poder abrasivo. "Vendemos soluções específicas para clientes, à medida. Fugimos de tudo o que são grandes séries e produções", explicou o empresário. Tanto podem ser pequenos e grandes discos, como mós mais pesadas. A empresa, que sofreu com o processo de globalização iniciado nos anos 90, sabe que o segredo está em actuar em segmentos de nicho e isso também é possível nos abrasivos.
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Por isso, a empresa faz alguns projectos de colaboração com outras empresas e universidades para o desenvolvimento de novos materiais. [Moi ici: Ora aqui está um desafio estratégico interessante. O mindset da empresa, da sua produção, dos seus comerciais é a intimidade com o cliente, é o trabalhar à medida. Até que ponto uma spin-off, a Frostec, poderia trabalhar numa outra proposta de valor, a superioridade técnica, com uma equipa diferente e um mindset diferente] "No ano passado fizemos o lançamento de unia família nova de produtos, a finalização de um projecto de colaboração com a Tecminho, que foi financiado pelo QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], e estamos na fase de aprovação industrial de uma família nova de produtos de diamante", explicou o empresário. No primeiro caso, o produto é um abrasivo que funciona através do frio e a que deram o nome de Frostec"
No seguimento da parte III, mais um exemplo singelo do que está a acontecer em muitas PME, o atingir do limite da capacidade:
""Se a taxa de crescimento continuar a ser como foi em 2014, e como prevemos que continue a ser em 2015, temos de fazer um investimento em capacidade produtiva", realçou o sócio--gerente da empresa" 

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Curiosidade do dia

Forte e incisivo como sempre o consegue ser no papel:
"Os que clamam agora por justiça são os mesmos que se deixaram iludir pelos contos dos vigários para os quais exigem castigo, sem explicarem o que os fez deixarem-se iludir. No mesmo instante em que exigem justiça e resolução para as dívidas, repetem a ilusão de que se serviram os que são agora "visados" pela justiça. Para que serve a reestruturação da dívida se continuarem activas as fontes da dívida, que voltaria a crescer logo que fosse reestruturada?
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Individualizar "visados" liberta de responsabilidades os que continuarem na multidão das vítimas que se queixam e que reivindicam. Porém, há um crime colectivo numa sociedade que aceita viver numa configuração de expectativas sobre políticas públicas onde a despesa com os beneficiários é superior à receita dos contribuintes. Há um conto do vigário colectivo quando se espera ter um crescimento económico elevado na mesma época em que o efeito conjunto da dívida acumulada e da perda de vitalidade na demografia impossibilitam esse ilusório crescimento económico."
Há dias, ao ler este texto "¿Cómo se mueve la moda? El avión gana terreno y ya ‘mueve’ el 22% de las exportaciones", e ao aterrar no parágrafo final:
"Aunque en los últimos años han multiplicado su actividad, el ferrocarril y los envíos postales tienen una importancia residual en las transacciones del sector de la moda, con tasas del 0,1% y del 0,3%, respectivamente, en el total de las exportaciones."
Recordei com horror os que queriam e continuam a querer exportar mercadorias num TGV... é gente criminosa.

Trecho retirado de "Crimes e castigos"

"quebrar os dentes ao SNS"

Isto "Creating a Lean Emergency Department and its Support Services", fez-me recuar a 1998-99... contrataram-me para acção de formação em instituição do SNS. Ia sendo sovado por médico novo porque estava ali a pregar um "catecismo economicista", palavras dele. Sim, reduzir infecções em blocos operatórios ou falhas no aprovisionamento de itens não farmacêuticos, era treta para "quebrar os dentes ao SNS".
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Entretanto, ontem, qualquer coisa que já não consigo precisar fez-me recordar a Lei de Ashby. Daí para os casos recentes no SNS e as minhas críticas ao eficientismo que cria os gigantes hospitais-cidade foi um instante.

Regras de polegar

"Someone can always be cheaper.
When dealing with the price of a good or service, new companies need to understand that there can always be a cheaper option. Regardless of how cheap they go, their more established competitors can choose to price their good or service lower than the new company. The competitors have established brands, usually more cash on hand, and are often willing to lose a little money in the short term to price out the competition.
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Don’t get into a pricing war with your competitors. Instead, offer something better than them.
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People are willing to pay for quality.
“We know we’re not the cheapest option in the market, but we make up for that by providing our clients [Moi ici: Implica conhecer quem são os clientes-alvo e o que procuram e valorizam] with once in a lifetime experiences and providing them with the best guides and programs,"
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He’s very aware that they’re not the lowest-priced option in their space but also understands that his customers are ready to pay for an amazing experience and because of that, his company has grown aggressively for the past few years.
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Make more money selling one item than selling one hundred...
So, the next time you’re considering how to price your product or service, instead of sweating the pennies, look at how you can charge MORE by offering a better quality experience for your customer. You’ll be shocked at how much less stress is involved with pricing up instead of pricing down."
Faz lembrar as três regras de Raynor: best before cheaper; revenue before cost; there's no other rule. E a recente "sell it for more or make it for less" (Não esquecer "don't try to compete with China on cost or with WAlmart on price")
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Trechos retirados de "Don't Be the Cheapest, Be the Best"

BTW, talvez o meu título fosse "Don't Be the Cheapest, Be Different"

Qual é o job-to-be-done?

Um avanço, este o de criar personas "Quem são os consumidores maiores de 45 que sustentam a economia?".
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No entanto, é preciso mais do isso: Qual é o job-to-be-done?
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Ás vezes penso que as personas são úteis para perceber quem são os clientes-alvo, para saber onde estão, onde compram, quem os influencia. No entanto, para satisfazer os clientes-alvo é mais vantajoso usar o job-to-be-done. O que é que procuram e valorizam?

Como lidar com a resistência à mudança? (parte VI)

A propósito da série "Como lidar com a resistência à mudança?", este texto:
"Commitment, intimacy, dependability—she felt all of these, not about Diet Coke, but from it. She loved it as a constant companion, a support mechanism, a celebratory friend. This was preposterous, wasn't it? We can't connect with products the same way we connect with people!
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We don't just consume or interact with brands. We actually engage in relationships with them. With some brands, we have wild, short-term flings. Others stay with us for a lifetime, like family. Some brands offer us strictly utilitarian relationships - they are in our daily lives, yet we have no emotional connection to them. Maybe the brand feels like good medicine, like a physician, or maybe it's a loose connection, like a distant uncle you rarely see. Or maybe you rely on it, like a teacher, a coach, or even a parent. Each product and each consumer - and each relationship between the two - is different. But the young woman who so eloquently expressed her feelings about Diet Coke crystallized for me the simple truth that consumers engage in relationships with brands. If marketers were going to succeed, we would have to go beyond thinking about consumers as “target markets” that we needed to make aware of our brand and convince to purchase it. We needed to think about engaging consumers in a long-term relationship."
Sublinho a frase final:
"We needed to think about engaging consumers in a long-term relationship." 
Que relações a sua empresa pensa criar com os seus clientes?
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Continuando a olhar para a guerra de preços como uma resistência à mudança, volto aos ginásios e ao artigo do Expresso onde se pode ler:
"22% foi quanto caiu, em dois anos, o preço médio da mensalidade nos ginásos nacionais: €46 em 2011, €39 em 2012 e €35,5 em 2013, segundo a AGAP"
E recordo:
"Os ginásios com mais de um clube (cadeias) registam maiores perdas de clientes que os independentes (um único clube); de forma surpreendente, os clubes independentes que não possuem vantagens de escala, têm recursos mais escassos e menor facilidade de crédito que as cadeias, são mais resistentes e conseguem obter melhores resultados também na variação da facturação”
Ainda que inconscientemente, quem aposta na relação, na interacção? Quem aposta na co-criação de algo que é mais forte que uma oferta que pode ser retirada assepticamente de uma vending machine?
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E quem é que é mais resiliente face à crise?
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Trechos retirados de "Romancing the Brand" de Tim Halloran

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Curiosidade do dia

De acordo com os números do INE saídos hoje, em 2014, em termos de média anual, a taxa de desemprego em Portugal caiu 15,1% em relação ao ano anterior, uma queda um pouco superior a 129 mil desempregados. Em Espanha a queda foi de cerca de 6% (cerca de 94 mil desempregados a menos).
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E qual foi a evolução do PIB?

O PIB português terá crescido 0,8% em 2014
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O PIB espanhol terá crescido 1,4% em 2014.
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Por que será que o PIB português diminui mais o desemprego que o PIB espanhol?

Como lidar com a resistência à mudança? (parte V)

Parte I parte II, parte III e parte IV.
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Uma lição para as perfumarias da parte IV e para muitas outras PME.
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Ler "Expensive Drugs Work Better Than Cheap Ones":
"Expensive drugs work better than cheap ones — or at least some people firmly believe they do.
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The “expensive” placebo worked significantly better, producing a two-fold improvement compared with the “cheap” one. The effect was apparent not only in tests of physical ability, but also as measured by brain imaging. In fact, the effect of the expensive placebo was not significantly different from that of levodopa, the most effective medication for Parkinson’s disease.
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“We make more dopamine when we have heightened expectations of efficacy.”"
Como é que escrevi na parte IV?
"numa história que dê profundidade à relação com a coisa comprada, por causa daquilo que a coisa comprada permite que a pessoa percepcione e experimente." 
Que histórias, que profundidade, que relação a sua empresa dá acerca da sua oferta?
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Por exemplo "Will A Set Of Sheets Make You Sleep Better?" e se a história resultar? Tal como o placebo, percebemos que o importante não é o produto, é o que o produto permite que o cliente sinta, percepcione, experimente.

Uma lição

O tema não é novo aqui no blogue. Contudo, dá-me tanto gozo esta evolução à la Mongo que não resisto a referir o artigo "Brewing goliaths struggle to fit in at craft beer party":
"* Big beer duo's U.S. beer market share 75 pct and slipping
* U.S. craft beer segment approaching 10 pct of market
* Small new producers limiting big beer's growth
* Craft revival spreading across globe
At Top Hops on Manhattan's hip Lower East Side, drinkers can choose from 20 beers on tap from Dark Penance to Devil Dancer and over 600 more in bottles.
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The bar is tapping into the surge in demand for craft beers and finds only the occasional customer opting for Budweiser or other brands of the two major brewers Anheuser-Busch InBev and MillerCoors .
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While the majors still make three-quarters of all beer drunk in the United States they face a continued decline of market share."
Uma lição para os que só conhecem a alavanca da escala, do volume da dimensão, do custo unitário.
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BTW, imagino o que seria se um ou dois artesãos da cerveja viajassem para Angola, como reagiria a UNICER e CENTRALCER? Seria cerveja artesanal made in Angola.

Dizer não! (parte II)

Parte I. E, também "A disciplina da focalização" (parte I e parte II)
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Como referimos muitas vezes aqui no blogue é muito difícil a um líder cortar, dizer não, dizer que não vai oferecer o mesmo que outros.
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Por isso, quero salientar este exemplo:
"Em expansão acelerada está a Fitness Hut, rede de ginásios Iow cost que em dois anos abriu oito clubes, e em 2015 prevê abrir em média um novo por mês. A marca foi criada por Nick Coutts, que trouxe o Holmes Place para Portugal. em 1998 e presidiu à rede a nível ibérico até 2010, altura em que saiu para fundar a Fitness Hut, com um conceito diferente. "Procurei tirar coisas do tradicional modelo de health club que não traziam lucro e obrigavam a grandes investimentos e custos de manutenção, como piscina (que só 5% dos sócios utilizam), sauna e banho turco, restaurante ou creche", explica Coutts. "Quis um conceito de fitness puro, sem piscina e restaurante, mas corri balneários amplos, e assim ter preços acessíveis"."
Conheço empresários que são incapazes de fazer este tipo de corte, a falha deve ser em parte minha, de não ter a arte suficiente para os convencer das vantagens de cortar. Ficam logo a pensar nos 5% do texto, clientes que vão deixar de servir e, por isso, vão alimentar a concorrência.


Trecho retirado de "Ginásios de nova geração em Portugal a €20 por mês", publicado no semanário Expresso de 24 de Janeiro último.

Acerca do investimento (parte III)

Parte I e parte II.
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Depois deste exemplo, questiono-me se Nicolau Santos lê o Expresso.
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Semanário Expresso de 24 de Janeiro último, Duas páginas dedicadas ao têxtil-lar, sublinho têxtil-lar, não é o mesmo têxtil da parte I, com o título "À conquista da América" e sub-título "Oito têxteis a investir de olhos postos nos EUA":

  • Lameirinho - vai investir €10 milhões em equipamento (espera crescer 5 a 10% em 2015, já reforçou o quadro de pessoal em mais 20 pessoas)
  • Piubelle - adquiriu novos teares no ano passado (duplicou a facturação em 2013, cresceu 20% em 2014 e teve de recusar encomendas por falta de capacidade, espera crescer mais 20% em 2015, já reforçou o quadro de pessoal em mais 40 pessoas)
  • Sampedro - investiu €0,5 milhões no ano passado e espera investir este ano 1,4 milhões em equipamento (cresceu 21% em 2014, espera crescer 7% em 2015, espera reforçar o quadro de pessoal em mais 10 pessoas)
  • Têxteis Penedo - investiu mais de €1 milhão em equipamento (cresceu 15% em 2013, 7% em 2014 e espera crescer 7% em 2015)
  • Tecidos Carvalho - investe anualmente  €1 milhão em equipamento (cresceu 40% em 2013, 17% em 2014, espera crescer 8% em 2015 e já teve de recusar encomendas este ano, reforçou o quadro de pessoal em 35 pessoas nos últimos dois anos)
  • JPF - investiu na modernização de equipamentos em 2014, cerca de €1,5 milhões, e vai investir €2 milhões em 2015 (cresceu 15% em 2014 e espera crescer 15% em 2015 e já tem linha de produção de roupa de cama toda tomada para 2015, vai reforçar o quadro de pessoal em 15 pessoas nos últimos dois anos)
  • Sorema - investiu €300 mil em equipamentos em 2014 (cresceu 8% em 2014 e espera crescer 8% em 2015)
  • Bom Dia - vai investir €1,2 milhões em 2015 (cresceu 40% em 2013-14 e espera crescer 7 a 10% em 2015 e já tem linha de produção de roupa de cama toda tomada para 2015)
Investimento bom, por oposição ao investimento mau das 3 autoestradas Porto-Lisboa ou das SCUT ou dos estádios, ou do aeroporto de Beja, ou de ...

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Curiosidade do dia

Newspeak em São João da Madeira

Como lidar com a resistência à mudança? (parte IV)

Parte I parte II e parte III.
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E volto à metáfora:

Outra vez... coro de vergonha por a mensagem deste blogue não conseguir demonstrar a superioridade das rodas circulares sobre as rodas quadradas. Eis mais um exemplo do dia-a-dia em "Perfumarias preocupadas com lojas de perfumes low cost":
"As lojas de perfumes "low cost", com aromas semelhantes a alguns de marca, mas muito mais baratos, estão a aumentar significativamente em Portugal, o que preocupa as empresas de perfumaria que suspeitam de concorrência desleal. [Moi ici: Alto!!! Pára tudo!!! Acaso estamos perante contrafacção? Não me parece]
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Estas lojas, a maioria franchisada de empresas portuguesas, mas também de outros países, nomeadamente Espanha, vendem perfumes identificados por números ou outras referências e com aromas semelhantes aos de marca, principalmente os mais vendidos.
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Apesar de, em alguns casos, ser possível adquirir um perfume com aroma semelhante ao de marca, bastando para tal dar o nome comercial da fragrância como referência, estas lojas protegem-se agora mais e apenas dizem ter perfumes das mesmas "famílias olfactivas".
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Em Portugal, a Associação dos Industriais de Cosmética, Perfumaria e Higiene Corporal (AIC) está a acompanhar o crescimento destas lojas "com preocupação" e os seus associados têm debatido o tema, não descartando a hipótese de uma acção judicial."  [Moi ici: Come on. Sempre a resposta simples, rápida e errada!]
O que é que as perfumarias da AIC deveriam recordar?
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Que não vendem químicos!
Se se colocam nesse campeonato estão a favorecer as lojas low-cost porque estão a  gritar a plenos pulmões:
-É tudo igual!!! É só química!!!
Ainda ontem, ao ler "Aligning Strategy and Sales" de Frank Cespedes li a missão da empresa Mary Kay:
"To give unlimited opportunities to women"
As perfumarias deveriam estar a reforçar a vertente do sonho, da magia que está associada ao uso de perfumes. Em vez de recordarem a música celestial, apostam em riscar o disco e partir o espelho quebrando o encantamento.
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As perfumarias em vez da química deveriam apostar no job-to-be-done, deviam apostar em comunicar directamente para o cliente, falar-lhe ao coração, alimentar o encantamento, fugir do discurso racional, soprar magia.
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É, outra vez, um exemplo da não aposta numa história que dê profundidade à relação com a coisa comprada, por causa daquilo que a coisa comprada permite que a pessoa percepcione e experimente.
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É como se a Perrier viesse protestar porque a água da companhia é mais barata, come on.
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Ou ainda mais weird: é como se a UNICER viesse protestar porque as cervejas artesanais, mais caras, estão a ganhar cada vez mais adeptos.
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Come on, qual é a vossa história? Qual é a vossa magia? Então não é verdade que o consumo de baton sobe em época de crise económica? Por que será?
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Talvez não seja tarde... talvez possam começar hoje. Recordar  "O trabalho que se devia iniciar hoje (parte I e parte II)"





Acerca do investimento (parte II)

Parte I.
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No semanário Expresso do passado dia 24 de Janeiro, encontrei o texto "Ginásios de nova geração em Portugal a €20 por mês" [Moi ici: O título é enganador porque esse é só um dos segmentos abordados no artigo]
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A certa altura pode ler-se que a cadeia espanhola Go Fit investiu num projecto em Lisboa, em torno da piscina municipal dos Olivais (que foi recuperada), cerca de 10 milhões de euros:
"refere o responsável da  Go Fit, que investiu neste projecto 10 milhões - e vai investir outros tantos na piscina do Campo Grande"
Depois, outro exemplo:
"Também a Supera, a maior rede de ginásios espanhóis, se prepara para entrar em Portugal, tendo investido 8 milhões na piscina municipal do Areeiro, que esteve 12 anos fechada"
Ainda mais:
"a Fitness Hut levou uma injecção de €8 milhões do fundo Oxy Capital com vista a acelerar a sua expansão" 
Também:
"A Solinca vai abrir em fevereiro um ginásio com três mil metros quadrados em Alfragide"
Ainda no princípio da semana Nicolau Santos na Antena 1 dizia que não havia investimento em Portugal. Claro, Nicolau Santos olha para as estatísticas e não vê lá os milhões torrados numa A32, ou A17, ou nos estádios de futebol, ou nas SCUT, por isso, clama contra a falta de investimento. Contudo, investimento como este é muito mais importante e poderoso, não sai do bolso dos contribuintes actuais e, sobretudo, futuros.
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BTW1, mais um sector em que 2014 foi o melhor ano de sempre... e não estamos a falar de um sector transaccionável:
"Após os "anos penalizantes" de 2010 a 2012, em que muita gente deixou de frequentar ginásios, voltou a febre pelo exercício. "Muitos ginásios tiveram o melhor ano de sempre em 2014", adianta Armando Moreira, vice-presidente da Associação De Ginásios e Academias de Portugal (AGAP)."
BTW2, pena que a câmara municipal do Porto, entretida com a herança que recebeu, não tenha arranjado um investidor privado, com dinheiro próprio, para aproveitar a piscina municipal de Campanhã.
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Continua.

Mais material para uma narrativa - continuação

Depois do exemplo do moscatel de Setúbal, agora o exemplo do azeite:
"Portugal tem muitos e bons azeites, como se sabe mas, ao contrário de países como a Itália, por exemplo, faltam-nos azeites com elevado valor acrescentado."
O artigo parece publicidade pura e dura... mas fez-me lembrar o suíço alentejano "Mentes livres de mapas cognitivos castradores", esse já ganhou prémios.