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terça-feira, junho 18, 2013

Outro sintoma de Mongo

Ontem, já noite, tive a boa surpresa de um e-mail do André Cruz com um presente. Um e-mail com o "recorte" da notícia "Empresa especializada em personalização de motas abriu em Coimbra" retirada do Diário das Beiras.
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Outro sintoma de Mongo, de um mundo customizado e personalizado:
"Mais do que uma empresa, o que vai funcionar nestas instalações é um conceito: a "paixão" dos seus mentores "pelas motas, pelos carros e todos os movimentos inerentes a estes contextos, incluindo a transformação ou personalização de veículos e espaços".
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Por isso, existe um espaço próprio para os cerca de 25 membros do "Custom Club Coimbra", coletividade que já existe há vários anos, mas que só agora adquiriu personalidade jurídica como associação sem fins lucrativos.
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"A cerimónia de sábado serviu também para apresentar oficialmente à comunidade e aos canais oficiais, não só o movimento "custom", em expansão mas também para promover a festa anual, designada" 5° Tarrafal Custom Party" que terá lugar nos próximos dias 5 e 6 de julho, na Associação Cultural de Vilarinho, Brasfemes."
Como o André resumiu num tweet que trocámos depois, está cá tudo:

  • o nicho - as pessoas que têm paixão pelas motas e carros e que valorizam a transformação ou personalização de veículos e espaços;
  • a tribo - os membros do "Custom Club Coimbra;
  • o engagement - a festa anual do movimento
Co-criar valor é isto!!!

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Mongo é isto, mais gente fora da caixa do que dentro da caixa, um mundo de 'weirdos' orgulhosos da sua especificidade.
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Conseguem apanhar as semelhanças entre as 'weirdos' que querem aprender a fiar e as 'weirdos' que querem personalizar a sua moto?

quinta-feira, agosto 09, 2012

Bem vindos ao Estranhistão

Em "O triunfo da heterogeneidade" salientamos o lado positivo da existência da heterogeneidade nos mercados reais, em vez das abstracções matematizáveis e irrealistas.
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Contudo, há um lado negativo decorrente do triunfo comunicacional dos economistas com os seus mercados  perfeitos:
"Very little attention is given to differentiated internal structures since this undermines the powerful underlying requirement that competing businesses are relevantly similar, permitting the application of ceteris paribus thinking.
.It is easy to suspect that traditional economists cannot in fact explain how businesses make a sustained profit. In a world of perfect competition supernormal profits will be zero, and the suggestion of economics is that anything other than this outcome is either inefficient, transient or morally reprehensible. This failure to understand the source of sustained business profits probably arises from the focus of traditional economics on only three types of competition (monopoly, oligopoly and perfect competition — all of which are selected and investigated because they are susceptible to mathematical analysis) and associated rents.Economists also tend to regard differentiation within a product or service as a variant of price, when in fact price may not be a criterion that determines purchase."
Esta corrente dominante ocupa os modelos mentais da maioria dos agentes económicos. Assim, tolhe a sua capacidade de actuação.
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Ainda ontem recebi um e-mail que ilustrava esta situação. A certa altura descrevem-me a situação que explica um deficit estratégico:
"A desculpa que ouvimos mais frequentemente é que não temos "quantidades" e como tal preço para competir."
Um excelente retrato de uma realidade que infelizmente conheço demasiado bem. A ideia de que só se pode competir pela produção de quantidades cada vez maiores, quantidades que dão escala, que dão vantagens de custo... e claro, como isso impõe uma cultura de negócio como a de um pit da Fórmula 1...
Planeamento central, rigor, funções claramente definidas, um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. Não há desenrascanços, não há "primma donnas", não há democracia, há uma música invisível ao som da qual todos dançam alinhados, sintonizados em prol da eficiência, da rapidez na execução daquilo que foi planeado milhares de vezes.
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Nós não temos cultura para trabalhar assim... não é, nós não temos gente para trabalhar assim, é mais, nós não temos empresários preparados para pensar assim, até porque para pensar assim, tem de se ter um arcaboiço comercial capaz de despachar o produto. Porque quem trabalha neste campeonato tem de produzir sempre o mais próximo possível dos 100% da capacidade (e, se possível, acima da capacidade nominal) e o dinheiro só se ganha quando se recebe o que se vendeu, não quando se produz.
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Claro que esta cultura de crença exclusiva na escala, no volume e na eficiência é resultado das correntes económicas que se estudam nas universidades e que têm de ser matematizáveis, que têm de ter equações e modelos matemáticos capazes de rivalizar com os da malta da Física. Para isso, fazem-se simplificações e abstracções até que se chegam aos mercados perfeitos. Esta cultura ocupa o mainstream e abafa pensamentos alternativos.
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Até parece que não conhecemos histórias de micro-produtores que triunfam... até parece que não existem histórias de empresas que apesar de pequenas, transpiram autenticidade, respiram diferenciação, são sinónimo de exclusividade.
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Lembro-me do meu pai estudar à noite. De entre a sua bibliografia havia um livro, que herdei, que se intitulava "Small is beautiful" de um tal Schumacher, para mim, na altura, "Small is beautiful" não passava de um título, não passava de um slogan.
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Hoje, percebo melhor do que nunca que small is beautiful é muito mais do que um soundbite. Small is beautiful é o caminho de Mongo.
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E como somos todos cada vez mais weirds ... cada vez haverá mais procura pelo que é único, pelo que é diferente, pelo que é tribal... bem vindos ao "Estranhistão... weirdistão"

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Este é um dos vectores

Este é um dos vectores que vai construir o mundo económico futuro:
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"So often in our lives we put ourselves in uncomfortable positions because we think we have to. We go to law school or become accountants because our parents told us it would be good for us, not because we wanted to. We choose one job over another because it pays better, not because we are good fits. We offer a view of ourselves to the outside world based on what we think they want from us, not based on who we really are. We do the things that we hope will gain us acceptance all in search of that comfort, that feeling like we belong. But, ironically, all that twisting and turning actually makes us more uncomfortable.
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I used to hide my geekiness. I used to cover it up for fear that others would judge me. I wanted to fit in like anyone else, so I acted the way I thought would gain me most acceptance. But this weekend, at Comic Con, I learned a big lesson. The goal is not to bend or change ourselves so we fit the norm; the goal is to find the group in which we are the norm. No matter who we are, no matter what our values or beliefs, our tastes or proclivities, there is an entire culture or subculture out there just like us. I learned that, instead of expending energy to fit into the group, it’s better to expend energy to find the group in which you fit."
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Cada vez mais pessoas vão ganhar a coragem de abandonar uma norma, uma referência, um padrão homogeneizador, para assumirem a sua tribo.
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Diferentes tribos, diferentes costumes, diferentes gostos, diferentes requisitos...
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Agora coloquem-se do lado da oferta...
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Empresas mais pequenas, empresas-tribo elas próprias...
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Estatisticamente a palavra moda tem um significado. A moda diz respeito a uma distribuição. E se existirem n distribuições? No global não teremos uma distribuição, teremos um planalto resultante do somatório dessas distribuições. Estatisticamente, não faz sentido falar de moda para uma distribuição rectangular... estamos a falar do fim da moda e do triunfo das tribos?
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Trecho retirado de "Fitting In"

quarta-feira, novembro 24, 2010

Revistas para tribos

Parece-me um artigo demasiado superficial "Revistas sérias para pessoas que querem cultivar-se: é esse o futuro dos media", prefiro a abordagem de Greg Satell aqui "Why Magazine Publishers Are Set To Make A Comeback" e aqui "5 Reasons Why Traditional Media is Making a Comeback"
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Num mundo de tribos, as revistas que falem, que estejam alinhadas com uma tribo têm uma hipótese de futuro.
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Como é que costumo dizer aqui no blogue?
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Como competir com o grátis? Como competir com o mais barato?
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Sendo diferente! Promovendo distinção.
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Todos os meses uma vizinha teima em deixar-me a revista do Circulo de Leitores na minha caixa de correio... eu olho para aquilo e não consigo encontrar nada que apele à minha tribo. Os livros não são diferentes, os livros são mais caros... talvez, espero que sim, atraiam outras tribos.

sábado, agosto 21, 2010

Passion is everything

Ontem, no postal "O caminho a seguir" comentei céptica e negativamente uma frase "porque a "indústria mais pequena terá dificuldades", frisa."
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Escrevendo: (Moi ici: Esta afirmação merecia ser mais bem explicada. Se a tomar pelo valor facial não a compreendo. No meu modelo mental, para empresas que não competem pelo preço a dimensão não é relevante.)
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Por que levo uma vida demasiado sedentária, sentado a trabalhar, sentado a ler, sentado a conduzir, há cerca de 5/6 anos comecei a praticar exercício diariamente, durante 3/4 anos optei por vários circuitos de 45 minutos de bicicleta. Desde Setembro de 2007 ou 2008 que passei a fazer um circuito de cerca de 35 minutos de jogging cerca de 25 vezes por mês, umas vezes de manhã, outras vezes à tarde ou à noite, em função dos compromissos com os clientes.
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Quando comecei a correr, comprei umas sapatilhas da marca Asics por que tinha sido a última marca que eu tinha comprado quando ainda praticava atletismo de competição pelo FCPorto. Em Setembro do ano passado, reparei, com algum alarme, que as solas das sapatilhas, na zona da base do calcanhar, estavam desigualmente gastas, demasiado gastas do lado de fora e pouco gastas do lado de dentro. Atribuí o facto aos percursos que faço, parte do percurso é em estrada de paralelos que é muito irregular. Por questões de segurança, comprei um novo par de sapatilhas Asics... por inércia.
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Há dias, serendipiando pela net chego a este sítio "The Newton Tribe". Aquela paixão toda aguçou-me a curiosidade e cheguei a este sítio. Aí, o serendipiar levou-me a descobrir o porquê do desgaste das sapatilhas "Under-pronation (supination) if they lean outward. (The Neutral models are best for you.)".
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Ah!!!
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A curiosidade aumentou... nunca ouvi falar desta marca!!!
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Aqui, descobri um pouco da história da empresa.
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Algo que ficou a ressoar na minha mente foi aquele: "No mundo dos pequenos e médios negócios vigora a crença de que é preciso fazer de tudo para fugir da concorrência com grandes empresas. E foi justamente o contrário que a americana NEWTON RUNNING fez ao ingressar na fabricação e venda de tênis de corrida, e literalmente bater de frente com nomes poderosíssimos como Nike, Adidas e Asics. Surpreendentemente, a NEWTON RUNNING vem dando certo, e com seus tênis de cores vibrantes e cheios de tecnologia está começando a “tirar o sono” de marcas que outra reinavam absolutas neste segmento de mercado."
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Actualmente, ando a aproveitar os circuitos diários de jogging para ouvir Tony Hsieh a contar a estória da Zappos. Uma das constantes que ressaltam da narrativa é o papel da paixão no mundo dos negócios. Como ele diz "Stop chasing the money. Start chasing the passion".
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Acabei a leitura do último livro de Seth Godin "Linchpin" esta semana. É uma leitura que recomendo a todos os humanos do século XXI. Assim, de rajada, ficam-me três conceitos que vou para sempre reter:
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  • "Emotional labor" este é o termo que classifica e separa o universo desta pessoa do universo desta outra. E as empresas não pagam por este emotional labor por que ele não aparece na descrição de funções, por que ele tem de ser genuíno sob pena de soar a falso e contraproducente;
  • "Gift" Seth Godin dedica todo um capítulo ao tema... à dádiva que nada espera em troca, que não exige reciprocidade; e
  • "Passion" a paixão é, será cada vez mais fundamental para fazer a diferença.
Estes três ingredientes não são fáceis de encontrar nas empresas e ainda para mais nas grandes empresas.
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Agora, conjuguemos o que acabei de escrever com este artigo "The End of Management".
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Agora, conjuguemos tudo isto com a leitura do livro "The Power of Pull": Pull, Attract, Achieve. Onde se pode ler "We need to marry our passions with our professions in order to reach our potential"
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Não interessa a dimensão da empresa, os autores de "The Power of Pull" diriam que isso é confundir stock de recursos com fluxo de recursos(?), o que importa é a paixão, a capacidade de fazer a diferença.
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"Passion is everything" é a paixão que mantém viva a predisposição para a mudança, para a procura, para a sede de aprender "Why Big Companies Almost Never Notice Disruptive Innovation"
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Next step, esperar pela chegada da minha encomenda de sapatilhas Newton..

sexta-feira, agosto 13, 2010

Margins feed on ideas

Um texto para reflectir sobre o papel das ideias como criador e impulsionador da margem:
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"Products make the leap from pedestrian to premium when their creators think of them as ideas.
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Margins feed on ideas.
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our concept of luxury has evolved. Luxury has become more about personal pleasure and self-expression and less about status.
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Luxury goods are no longer a sign of status; they're the mark of connoisseurship.
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But we haven't completely left behind the status era, because connoisseurship only works when you are recognized as a connoisseur. What fun would it be to wear the world's nicest watch or jeans, and have no one recognize it? A connoisseur lives to be recognized by fellow aficionados. Kindred spirits can only recognize each other, though, if the product allows some "signal" that insiders can notice, such as the subtle back-pockets of ultra-premium jeans that can only be decoded by other connoisseurs. (Moi ici: Trabalhar para 'tribos' no sentido que Seth Godin lhes deu? Explosão de nichos ou a mongolização do planeta que, afinal de contas, não é mesmo plano. É o triunfo da cauda longa?)
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When does an outrageous price for a product become acceptable and even desirable? When the item transforms us from consumers to connoisseurs."
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Trechos retirados de "The Inevitability Of $300 Socks"

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Os tempos agora são outros!

Há dias numa empresa, tentei transmitir a ideia de que com a internet é possível desenvolver uma marca sem grandes investimentos monetários. Hoje em dia, já não precisamos do mass-media, podemos recorrer às tribos, como refere Seth Godin neste vídeo.

sábado, setembro 13, 2008

Foi por coisas como esta que...

... aqui, nos comentários, chamei aos imigrantes ucranianos membros da minha tribo.
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O DN publica hoje um texto de Céu Neves intitulado "Os ucranianos festejam o início das aulas e os portugueses o fim".
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Destaco as palavras do sacerdote que oficiava a missa solene de abertura das aulas "A escola é o primeiro passo no caminho para o vosso futuro. Será melhor quanto mais se esforçarem".
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Mas atenção, não interessa cumprir um ritual se ele é só fachada exterior, ôco e sem consistência. As pessoas percebem se há autenticidade na cerimónia ou não (Gilmore & Pine), e se não há autenticidade quase que é pior a emenda que o soneto.
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Não me esqueço desta afirmação de uma mãe imigrante ucraniana em Portugal "O ensino aqui é o pior de tudo".