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sábado, julho 11, 2020

Promotor da concorrência imperfeita, dos monopólios informais e das rendas pornográficas

Em Julho de 2011 escrevi aqui:
"Os mercados não se regem por leis imortais, imutáveis, talhadas na pedra. Os mercados não existem, emergem, vão emergindo da relação entre os intervenientes. Mentes conservadoras podem crer que os mercados são como os reagentes de uma reacção química e que o tempo não os influencia, por mais vezes que se repita a experiência. Tolos!!! Os mercados são seres vivos que aprendem e desaprendem não podendo ser encarcerados numa lógica newtoniana"
Ontem, durante a caminhada matinal encontrei:
"And although Newtonian mechanics is not a description of ‘the world as it really is’, it is extremely useful in a wide variety of situations. It makes sense to live our lives under the assumption that physical laws hold and do not change, but it does not make sense to live our lives under the assumption that the world of human affairs is stationary."
Em Dezembro passado escrevi:
"Estão a ver aqueles que acreditam que os académicos, ou os políticos sabem quais as decisões a tomar para gerir uma empresa?
...
O salto sem rede! O abandono da navegação de cabotagem! Nadar na zona sem pé! Apostar no optimismo não documentado. Ah! "Following the bliss"."
Na mesma caminhada matinal encontrei:
"Although most profit opportunities have been taken, it is those that have not been taken which provide rewards to entrepreneurs and which drive innovation in technology and business practice. Paradoxically, the desire of the Chicago School to treat the economy as if markets were perfectly competitive [Moi ici: Promotor da concorrência imperfeita, dos monopólios informais e das rendas pornográficas] left it blind to the earlier Chicago insight which emphasised the capacity for innovation arising from the search for profit in an uncertain and constantly changing environment. The innovative success of a market economy does not result from individuals or firms trying to ‘optimise’ but from their attempts by trial and error to navigate a world of radical uncertainty. In practice, successful people work out how to cope with and manage uncertainty, not how to optimise."
Trechos retirados de “Radical Uncertainty” de John Kay e Mervyn King


quarta-feira, novembro 01, 2017

o vector tempo não é irrelevante (parte II)

Recordar estes postais sobre a aplicação dos princípios da física à economia:


"The difference between economic competition and the successful procedure of science is that the former exhibits a method of discovering particular temporary circumstances, while science seeks to discover something often known as “general facts,” i.e., regularities in events, and is concerned with unique, particular facts only to the extent that they tend to refute or confirm its theories. Since this is a matter of general and permanent features of our world, scientific discoveries have ample time to demonstrate their value, whereas the usefulness of particular circumstances disclosed by economic competition is to a considerable extent transitory. ... By the nature of things, however, the theory of the market is unable to accomplish this in all those cases in which it is reasonable to make use of competition. As we shall see, the predictive power of this theory is necessarily constrained to a prediction of the type of structure or abstract order that will result; it does not, however, extend to a prediction of particular events.
...
The basis for this point of view is the conviction that the coarse structure of the economy can exhibit no regularities that are not results of the fine structure, and that those aggregates or mean values, which alone can be grasped statistically, give us no information about what takes place in the fine structure. The notion that we must formulate our theories so that they can be immediately applied to observable statistical or other measurable quantities seems to me to be a methodological error which, had the natural sciences followed it, would have greatly obstructed their progress. All we can require of theories is that, after an input of relevant data, conclusions can be derived from them that can be checked against reality. The fact that these concrete data are so diverse and complex in our area of inquiry that we can never take them all into account is an unchangeable fact, but not a shortcoming of the theory. A result of this fact is that we can derive from our theories only very general statements, or “pattern predictions,” as I have called them elsewhere; we cannot, however, derive any specific predictions of individual events from them. Certainly, however, this does not justify insisting that we derive unambiguous relationships among the immediately observable variables, or that this is the only way of obtaining scientific knowledge—particularly not if we know that, in that obscure image of reality we call statistics, in aggregates and averages we unavoidably summarize many things whose causal meaning is very diverse."
F. A. Hayek em "Competition as a Discovery Process"

segunda-feira, julho 25, 2011

A mecânica newtoniana não serve para a economia

"Goods-dominant logic views units of output as the central components of exchange. It developed from both a combination of Smith’s (1776) normative work on how to create national wealth through the “production” and export of surplus tangible commodities and the economic philosophers’ desire to make economics a true science at a time when Newtonian Mechanics served as the model for the mastery of nature. Accordingly, modern economic thought embraced objects (matter or goods) as having innate properties (utility) and relationships to other objects, measured in terms of price mechanisms and valuein-exchange. This economic theory became formalized in the mathematics of calculus and differential equations, and economic science became a foundation for financially engineering and optimizing the economy and the firm."
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Como se a mecânica newtoniana alguma vez pudesse ser aplicável às relações humanas que sustentam a economia.
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Trecho retirado de "Competing through service: Insights from service-dominant logic" de Robert F. Lusch, Stephen L. Vargo e Matthew O’Brien, publicado por Journal of Retailing 83 (1, 2007) 5–18

segunda-feira, julho 11, 2011

Em sintonia com os Austríacos

Escreve Huerta de Soto em "Escola Austríaca - Mercado e Criatividade Empresarial":
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"No mundo natural existem constantes e relações funcionais que permitem a aplicação da linguagem matemática e a realização de experiências quantitativas em laboratório.
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No entanto, para os economistas austríacos, na Ciência Económica, e ao contrário do que sucede no mundo da física, da engenharia e das ciências naturais, não existem relações funcionais (nem, por isso, funções de oferta, nem de procura, nem de custos, nem de nenhum outro tipo)."
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Em sintonia com:

sábado, agosto 21, 2010

Passion is everything

Ontem, no postal "O caminho a seguir" comentei céptica e negativamente uma frase "porque a "indústria mais pequena terá dificuldades", frisa."
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Escrevendo: (Moi ici: Esta afirmação merecia ser mais bem explicada. Se a tomar pelo valor facial não a compreendo. No meu modelo mental, para empresas que não competem pelo preço a dimensão não é relevante.)
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Por que levo uma vida demasiado sedentária, sentado a trabalhar, sentado a ler, sentado a conduzir, há cerca de 5/6 anos comecei a praticar exercício diariamente, durante 3/4 anos optei por vários circuitos de 45 minutos de bicicleta. Desde Setembro de 2007 ou 2008 que passei a fazer um circuito de cerca de 35 minutos de jogging cerca de 25 vezes por mês, umas vezes de manhã, outras vezes à tarde ou à noite, em função dos compromissos com os clientes.
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Quando comecei a correr, comprei umas sapatilhas da marca Asics por que tinha sido a última marca que eu tinha comprado quando ainda praticava atletismo de competição pelo FCPorto. Em Setembro do ano passado, reparei, com algum alarme, que as solas das sapatilhas, na zona da base do calcanhar, estavam desigualmente gastas, demasiado gastas do lado de fora e pouco gastas do lado de dentro. Atribuí o facto aos percursos que faço, parte do percurso é em estrada de paralelos que é muito irregular. Por questões de segurança, comprei um novo par de sapatilhas Asics... por inércia.
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Há dias, serendipiando pela net chego a este sítio "The Newton Tribe". Aquela paixão toda aguçou-me a curiosidade e cheguei a este sítio. Aí, o serendipiar levou-me a descobrir o porquê do desgaste das sapatilhas "Under-pronation (supination) if they lean outward. (The Neutral models are best for you.)".
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Ah!!!
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A curiosidade aumentou... nunca ouvi falar desta marca!!!
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Aqui, descobri um pouco da história da empresa.
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Algo que ficou a ressoar na minha mente foi aquele: "No mundo dos pequenos e médios negócios vigora a crença de que é preciso fazer de tudo para fugir da concorrência com grandes empresas. E foi justamente o contrário que a americana NEWTON RUNNING fez ao ingressar na fabricação e venda de tênis de corrida, e literalmente bater de frente com nomes poderosíssimos como Nike, Adidas e Asics. Surpreendentemente, a NEWTON RUNNING vem dando certo, e com seus tênis de cores vibrantes e cheios de tecnologia está começando a “tirar o sono” de marcas que outra reinavam absolutas neste segmento de mercado."
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Actualmente, ando a aproveitar os circuitos diários de jogging para ouvir Tony Hsieh a contar a estória da Zappos. Uma das constantes que ressaltam da narrativa é o papel da paixão no mundo dos negócios. Como ele diz "Stop chasing the money. Start chasing the passion".
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Acabei a leitura do último livro de Seth Godin "Linchpin" esta semana. É uma leitura que recomendo a todos os humanos do século XXI. Assim, de rajada, ficam-me três conceitos que vou para sempre reter:
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  • "Emotional labor" este é o termo que classifica e separa o universo desta pessoa do universo desta outra. E as empresas não pagam por este emotional labor por que ele não aparece na descrição de funções, por que ele tem de ser genuíno sob pena de soar a falso e contraproducente;
  • "Gift" Seth Godin dedica todo um capítulo ao tema... à dádiva que nada espera em troca, que não exige reciprocidade; e
  • "Passion" a paixão é, será cada vez mais fundamental para fazer a diferença.
Estes três ingredientes não são fáceis de encontrar nas empresas e ainda para mais nas grandes empresas.
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Agora, conjuguemos o que acabei de escrever com este artigo "The End of Management".
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Agora, conjuguemos tudo isto com a leitura do livro "The Power of Pull": Pull, Attract, Achieve. Onde se pode ler "We need to marry our passions with our professions in order to reach our potential"
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Não interessa a dimensão da empresa, os autores de "The Power of Pull" diriam que isso é confundir stock de recursos com fluxo de recursos(?), o que importa é a paixão, a capacidade de fazer a diferença.
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"Passion is everything" é a paixão que mantém viva a predisposição para a mudança, para a procura, para a sede de aprender "Why Big Companies Almost Never Notice Disruptive Innovation"
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Next step, esperar pela chegada da minha encomenda de sapatilhas Newton..