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domingo, setembro 06, 2009

Reflexão espanhola (parte II)

After this last one about the Spanish wicked mess.
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Volto a repetir, acompanhar o Facebook de Edward Hugh é um must!!!
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Mathew Bennet comentou acerca do artigo publicado hoje no jornal EL País "Donde dije digo... digo impuesto"
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"This article is just massive in its implications. The most PSOE supporting left-wing newspaper, from the most PSOE supporting left-wing media empire in Spain, concludes an extra-long feature article in which every single paragraph is critical of the current socialist government's (complete lack) of economic policy with a quote from the rogue capitalist Venture investment report that even conservative Spanish analysts have tried to argue is wrong."
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Escreve Edward "The thing about Spain is that the general public is kept in complete ignorance till the very last minute. Reading El Pais at the moment is like trying to read the tealeaves in Izvestia before the wall came down (and maybe after)." (Moi ici: Só Espanha? Michael Jackson cantaria "what about us?")
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Um amigo mandou-me o programa eleitoral do MEP, não consegui passar da segunda página do primeiro capítulo. Tal como escreve o El País "No se puede estar ofreciendo dinero todo el tiempo, porque no hay dinero."
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Interessante também descobrir que o The Economist faz chacota de Zapatero por causa de: "Calificó sus propuestas del debate sobre el estado la nación -como las de prometer un ordenador portátil para todos los escolares ... - como "conejos que se saca de la chistera""
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E mais este artigo ""El mejor sector inmobiliario del mundo""

sexta-feira, setembro 04, 2009

A via Espartana (parte II)

Continuado daqui.
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"“This was not a crisis of panic. It is crisis of massive deleveraging. The shadow banking system has disappeared.”
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The root problem is that the deficit spenders of the Anglosphere, Club Med, and Eastern Europe are being forced to retrench: yet the surplus exporters of Germany and Asia cannot — or will not — create enough demand to compensate. China is growing fast but it has a GDP of $3 trillion, far too small to lift the $40 trillion bloc of OECD economies (North America, Europe, Japan) out of the quagmire."
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"The great error is to think of this as a financial crisis. Bank failures are a symptom, not the cause. He said there was “a structural weakness in global demand” that has been building for a quarter century."
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E o grand finale:
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"Any attempt by the US to inflate its way out of this debt trap risks setting off a “disorderly collapse of the dollar”.
Washington will not opt for this deliberately. Unfortunately, it may drift into such an outcome as the path of least political resistance.
Yes, but I can see plenty of other candidates for this sort of beggar-thy-neighbour somnambulism.
Others may yet beat the US to currency debauchery"
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Trechos de Evans-Pritchard recortados de "Bears still growl at the Sanctum Sanctorum of the policy elites"

quinta-feira, setembro 03, 2009

Copo meio-cheio ou meio-vazio

"Europe facing bumpy road out of recession, says European Central Bank president Jean-Claude Trichet"
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Versus
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"BCE espera crescimento ligeiro da economia em 2010"

The Spanish wicked mess!!!

After this "Reflexão Espanhola" as réplicas continuam "Spanish banks are hiding their losses - Round 2".
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E eu não consigo tirar da cabeça, espero estar enganado, que nós não havemos de estar muito diferentes dos espanhóis. Se temos meio milhão de casas por vender... e se os bancos apoiaram a Construção nessa tulipomania.
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E mais, há-de haver muitas empresas e muitos bancos, e muitos devedores, a torcerem para que a economia não retome. Se a economia retomar, as taxas de juro têm de subir... you know what I mean?
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ADENDA: Este retrato de Edward Hugh.

terça-feira, setembro 01, 2009

Nas costas dos outros vêmos as nossas e Acordar as moscas que estão a dormir

Há dois anos Zapatero, para ganhar eleições, prometeu mundos e fundos.
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Uma vez ganhas as eleições "Spain eyes tax rise to plug deficit":
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"However, in addition to increasing capital gains tax – currently at 18 per cent – Mr Zapatero said the government might cancel a €400 a person income tax deduction introduced only two years ago."
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Entretanto, daqui a 5 anos, portugueses e espanhóis vão olhar para trás e tentar perceber como é que a Irlanda recuperou muito melhor e mais depressa. Nessa altura vão descobrir que em vez de mambo-jambo, promessas de Abril e propostas de aumento dos salários 2% acima da inflação, tiveram de sofrer a sério "Government must not fall until crucial measures implemented"

segunda-feira, agosto 31, 2009

Para reflexão

"for decades, rising debt has turbocharged economic performance; now falling debt will be a drag on economic activity." (Steve Keen's Debtwatch)
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"We know what caused this crisis. The West kept short-term interest rates too low for a quarter century, luring society into debt: and the East held down long-term rates by flooding bond markets as a side-effect of their mercantilist strategy (ie suppressing currencies to gain export share).
The outcome was over-investment, excess capacity, and too much debt among those supposed to buy the goods. Has any of this changed? No. Have we cleared the excess plant? No." (Evans-Pritchard)
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sexta-feira, agosto 28, 2009

Cuidado com os Idos de Março

Os meus compatriotas são uns optimistas incorrigíveis "Clima económico melhora pelo quarto mês seguido em Portugal".
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Ou direi antes, os meus compatriotas são uns amadores a jogar bilhar, só estão concentrados na próxima jogada, não querem saber ou nem se lembram das seguintes.
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Para os funcionários públicos, com um generoso aumento de 2,9%, e para os outros que continuam empregados a vida parece ir bem... melhor até. Claro, com os preços a baixar, a Euribor a baixar e o rendimento a subir face ano anterior.
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Onde é que este sentimento positivo se alicerça?
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Watashi wa shirimasen!
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"Produção industrial e vendas do retalho continuaram negativas em Julho"

quinta-feira, agosto 27, 2009

Foi você que pediu uma retoma?

"Eurozone recovery under threat as credit contracts again"
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""We should not succumb to optimism that everything has been overcome. The whole world is in recession together and nobody alone can export their way out of the downturn. The recovery cannot last unless there is rise in global demand, and jobs are created, and there is no sign of that," he told the Luxemburger Wort.
"The rebound in Germany and France is not sustainable. The state has stepped in to compensate for the private sector. As long as economic growth relies on the state, you cannot talk about durable recovery," he said.
Similar warnings have come from Spain's Jose Gonzalez-Paramo and from the Bundesbank's arch-hawk, Axel Weber, who fears a second wave of credit stress in coming months."
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""They are in panic," said Hans Redeker, currency chief at BNP Paribas. "They know the money supply and credit figures coming out are going to be awful." He added that Germany's stimulus measures have put off deep problems until after the election in September. The car scrappage scheme has brought forward demand, implying a cliff-edge drop when the scheme expires. Kurzarbeit (short work) schemes that subsidise companies to keep idle workers on their books are slowly bleeding corporate balance sheets. "This has delayed the restructuring that needs to occur," he said."

Can the soufflé really rise again?

"Can the soufflé really rise again?" Evans-Pritchard coloca a questão que interessa.Senge chama a este arquétipo "Fixes that fail". Perante um problema, em vez de o resolver, opta-se por um remendo que parece eliminar os sintomas do problema. Com o tempo, com algum atraso, começa a surgir uma avalanche de consequências indesejadas e impensadas.
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Os estímulos governamentais são um remendo que impede que se vá, por enquanto, ao fundo da questão. Como explicar que em Espanha onde os vários governos, central e autonómicos, têm torrado dinheiro em infra-estruturas, em simultâneo aconteça isto ""Olé" na bolsa para construtoras espanholas".

quarta-feira, agosto 26, 2009

Sinais que também contam...

... será que também têm o mesmo tempo de antena que os outros?
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"Japanese exports continue to fall", ou seja, uma vez acabados os estímulos volta tudo a Dezembro de 2008... se calhar é isso, vamos a caminho de uma bolha de estímulos governamentais. Pode ser alimentada até quando? Bom, a Alemanha tem eleições a 27 de Setembro próximo e o Japão também proximamente.
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"Japanese exports slid in July at a faster annual rate than June, raising fears the effects of global stimulus measures are starting to decline."
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Aprendi ontem que um tal de Thorndike, investigador no ramo da psicologia, em 1911 publicou a pelos vistos famosa lei do efeito:
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"Behaviors that are followed by satisfaction are more likely to occur in the future under the same circunstances; behaviors that are followed dissatisfaction are less likely to occur in the future under the same circunstances."
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Julgo que é algo do género que está em jogo aqui. Um arquétipo a que Senge chamou "fixes that fail"

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""A economia mundial continua fundamentalmente fraca", afirmou ainda. Na sua opinião, a quebra brutal dos stoks das empresas provocada pela crise está a arenuar-se, o que "dá a ilusão de uma melhoria" da conjuntura, mas a xrise ainda não acabou. "Na verdade, caímos numa recessão normal"."

terça-feira, agosto 25, 2009

O mesmo padrão

Por cá "Comércio retalhista é o sector com maior risco de falência em 2010" e na Letónia "Wave of retailer bankruptcies in Latvia can be expected in autumn and winter".
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No entanto, foi interessante este Verão ter passado por mais de 30 montras, em várias zonas do país, com a folha A5 com os dizeres "Admite-se colaborador(a)".
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segunda-feira, agosto 24, 2009

Para reflexão

Na sequência deste postal, o JN de hoje inclui este artigo: "Falências de Verão ameaçam emprego".
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Na mesma linha, este artigo do Público de hoje "Roubini diz que aumentam os riscos de novo retrocesso na economia", este postal "The Death of the Consumer" e este outro "Roubini On U Shaped Recovery: More Statesmanlike or Less Certain?"
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Como escreve Edward Hugh no Facebook "I think the time for stimulus is now over in Spain. Everything is now focused on fiscal discipline. This is the stupidity of what has happened. All the ammunition has been wasted, and we have made no changes. Now the changes will have to be made even as public spending is also cut, which will only make the contraction worse. This will be painful, there is no doubt."
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BTW, Edward hoje, prevê que no próximo ano a taxa de desemprego em Espanha chegue aos 30%

sábado, agosto 15, 2009

Can't solve debt-induced crisis with more debt

Deleveraging-induced downturn inevitable.
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The problema was caused by irresponsible lending and the only way out is to eliminate that debt.
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Um vídeo interessante sobre uma palestra de Steve Keen.
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BTW, leiam o texto da página 7 deste relatório da OCDE... de Junho de 2007

quinta-feira, agosto 13, 2009

Boas novas


Esta boa notícia "Economia portuguesa cresceu 0,3 por cento no segundo trimestre" está em sintonia com a minha experiência pessoal recente "Esperança para a produção industrial na Europa" (aquele BTW final).
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Estes números, para Portugal e para vários outros países da zona euro "Metade dos países da Zona Euro já está a crescer"... não serão um fruto natural das políticas de estímulo económico dos governos? O dinheiro injectado pelos governos tem de ter algum efeito... será sustentável?
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Sócrates acha que sim: "Tenho boas indicações e bons sinais que o crescimento do PIB vai ser sustentável". Gostava de ter essa opinião, por mim tenho dúvidas. Só quando vir o BCE a subir taxas de juro é que vou acreditar.Gráfico retirado daqui.

Desemprego: por que não investigar estes oásis?

"Macedo de Cavaleiros, Felgueiras e Torre de Moncorvo são os únicos pontos da rede de centros de emprego públicos que dão sinais de descida ou estabilização dos níveis de desemprego. São, efectivamente, três oásis no panorama nacional, e em particular na região Norte, onde o desemprego registado nos postos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou mais de 35% no primeiro semestre deste ano face a igual período de 2008."
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Realmente, na última semana de Julho, descobri que em Felgueiras os operários continuam a despedir-se por iniciativa própria com alguma facilidade.
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Trecho retirado de "Há apenas três oásis no deserto do desemprego"

quarta-feira, agosto 12, 2009

O próximo mês ...

... de Setembro de 2009 vai ser um teste.
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Como se comportarão as bolsas mundiais? Não estarão a subir demasiado depressa?
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Como se comportarão as economias dos países da Europa de Leste? Acabarão por arrastar os bancos italianos e austríacos e, depois, os alemães?
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Como será o após-férias?
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Quantas empresas não vão voltar a abrir portas?
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O panorama no Jornal de Negócios de hoje impõe respeito:
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"A Rohde, fábrica de calçado de Santa Maria da Feira, não sabe se terá encomendas para continuar a funcionar após as férias."
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"a construtora MSS já não patrocina ninguém e está a lutar pela sobrevivência. Depois das férias, os trabalhadores da empresa vão saber que destino terá a MSS, que já apresentou um pedido de insolvência." (por que é que uma empresa que compete no negócio do preço-mais baixo, em que supostamente o concurso é rei, apostou no aumento da notoriedade junto do grande público? watashi wa shorimasen!)
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"É que esta unidade, que emprega cerca de 180 pessoas, retoma a produção na próxima segunda-feira sem saber se vai continuar a laborar por muito mais tempo"
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"Sem apelo nem regresso, como são os casos da têxtil Neivatex e das confecções Maiamac, que fecharam a 31 de Julho para nunca mais reabrir. Ou então, em situação de insolvência e fechadas para férias, têm dia marcado para voltar ao activo mas sem saber por quanto tempo e em que condições."
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Entretanto no Público de hoje "O número de desempregados sem qualquer subsídio de desemprego está a crescer ao dobro da subida do desemprego."
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Se aos números oficiais de desemprego em Portugal acrescentarmos as mais de 230 mil pessoas que estão em programas de formação do IEFP, se acrescentarmos, como ouvi ontem no jornal das 21h na SIC-N, os 100 mil portugueses que estão em Angola, se acrescentarmos os milhares de portugueses que foram para Espanha e que por lá continuam ao abrigo do subsídio de desemprego, ficamos com uma ideia do que se passa.
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BTW, viram ontem à noite no canal RTP Memória o filme Vinhas da Ira com Henry Fonda?

terça-feira, agosto 11, 2009

Porquê?

Quando estamos na praia, em frente ao mar, podemos observar o imediato e próximo, a sucessão de ondas, umas maiores e outras mais pequenas.
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Podemos fazer previsões sobre se a próxima onda vai subir areia acima mais do que a anterior ou não. No entanto, independentemente do imediato, há uma corrente de fundo que é função da maré e que no médio-prazo vai levar as ondas sistematicamente mais acima ou mais abaixo.
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Edward Hugh acha que a situação económica em Portugal não é pior do que a espanhola por causa dos anos sucessivos de crescimento raquítico que temos tido, vai para uma década.
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Antes da crise mundial sofríamos de um crescimento anémico, com a crise mundial, afundaremos talvez 5 a 6% até ao final de 2009, e pior, segundo a OCDE o período de 2011 a 2017 vai continuar a ser anémico e anoréctico.
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Basta consultar o relatório "OECD Economic Outlook 85" de Junho de 2009 (capítulo 4: BEYOND THE CRISIS:MEDIUM-TERM CHALLENGES RELATING TO POTENTIAL OUTPUT,UNEMPLOYMENT AND FISCAL POSITIONS", página 19, tabela 4.2, previsão do crescimento do PIB português no período 2011 a 2017...
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Portugal entre 2006 e 2008 teve o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, mesmo abaixo do italiano, 0,8%
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Portugal entre 20011 e 2017 terá o crescimento do PIB mais baixo da OCDE, 0,7%
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E isto não tem nada a ver com partidos políticos, nem com este governo nem com os anteriores... porque todos partilham da mesma cartilha.
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Este desempenho passado e estas perspectivas de desempenho futuro é que deveriam fazer pensar "Porquê?" e reflectir sobre alternativas de resposta para actuar e alterar o cenário.
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Outra vez aquela pergunta de à dias "Como é que se podem re-orientar esses recursos para outros empreendimentos mais competitivos e mais geradores de riqueza?"

Esta crise foi e é diferente

"Classe média já está a falhar pagamentos aos bancos" onde se pode ler:
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"A maioria das famílias em situações de sufoco tem rendimentos mensais acima dos 1500 euros."
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"Marca de luxo pode abrir falência nas próximas 24 horas"
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"A marca de roupa de luxo alemã, Escada, pode vir a ter que fechar as portas já amanhã, se os seus credores não chegarem a acordo para a troca obrigações por uma nova emissão de novos títulos de dívida e acções.
A empresa, famosa pelos perfumes e modelos de alta-costura, tem um prazo de menos de 24 horas para fazer com que 80% dos seus investidores - que detêm obrigações - aceitem a oferta para, assim, a empresa poder candidatar-se a um empréstimo bancário que permita resolver a possível insolvência.
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Entretanto, a chantagem prolifera "Trabalhadores da Qimonda decidem terça-feira reclamar aumento de salário"
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