quarta-feira, abril 27, 2016

Curiosidade do dia

Sem me pronunciar sobre o tema do artigo, "Candidatura a fundos para a agricultura acaba em queixa ao gabinete antifraude da UE", por manifesta ignorância minha sobre o mesmo, quero sublinhar um trecho que me fez muita espécie:
"E ainda esta semana, o Bloco de Esquerda avançou com um projecto de resolução no Parlamento para que seja abandonada a exigência de apresentação de garantias bancárias, fruto de várias reclamações de produtores (neste caso de cogumelos) que se sentem “discriminados e prejudicados relativamente a agricultores que optaram por outras actividades”."
Há aqui algo de muito estranho ... que raio de empreendedores são estes que não percebem que diferentes projectos podem ter diferentes níveis de risco? Parece brincadeira.
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É a mesma treta de conversa de quem se queixa que o governo português tenha de pagar taxas de juros mais elevadas em empréstimos que o governo alemão ou espanhol.

Os media estão repletos desta esquizofrenia

A propósito do excelente "A incrível sofisticação das sondagens em Portugal", como não recuar a Julho de 2007 com "I love this game, parte 2 ou "O rei vai nú"" ou a "SPC (parte I) - Uma outra maneira de ver o mundo" de 2008.
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Também recordo de 2015 "Desta vez, sem esquizofrenia" ou esta apresentação:


Os media estão repletos desta esquizofrenia... como poderiam vender se dissessem que está tudo na mesma?

Implementar soluções passa por lidar com o ecossistema

Ao ler "CM: Receitas electrónicas atrasam consultas : Saúde : Jornal de Negócios" não pude deixar de sorrir.
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Horas antes tinha lido de uma penada "Key Skills for Crafting Customer Solutions Within an Ecosystem: A Theories-in-Use Perspective" de Scott B. Friend e Avinash Malshe e publicado por Journal of Service Research.
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Costumo trabalhar com, e escrever aqui sobre, os ecossistemas da procura. Os autores escrevem sobre os ecossistemas que existem dentro das organizações do cliente. Por exemplo, num hospital:
"Our data offer empirical evidence which indicate that many key account customers are made up of a collection of internal and external stakeholders. These stakeholders may remain geographically concentrated within a single site or dispersed across multiple sites. Irrespective of where the stakeholders are located, they are deeply intertwined and exhibit constantly evolving interactions and interdependencies among themselves as well as with the various vendors. Further, these interactions may occur independently or simultaneously and at different times and frequencies.
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Employing a broader customer lens that accounts for the multiple stakeholders within the customer helps shed greater light on what it takes for the vendor to successfully develop and implement customer solutions
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[Moi ici: No caso de um hospital os autores referem como constituintes do ecossistema]Patients, doctors, medical staff, hospital administrators, family, friends, hospital board members, local community"
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"the ecosystem perspective and the complex interactions among the vendors and various stakeholders we bring forth suggest vendors must invest significant time and resources into studying ecosystem composition and dynamics.
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Given the degree of diversity that exists among stakeholder requirements, capabilities, and resources, vendors should go beyond the buying center to assess customer needs and constantly incorporate these variable stakeholder capabilities in order to best align with an ecosystem."
Ou seja, é preciso trabalhar com as várias partes interessadas internas. Como terá sido a preparação para minimizar as resistências à mudança? O que terá sido feito de forma diferente aqui "The End of Prescriptions as We Know Them in New York"
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Voltarei a este artigo.
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BTW, quando ler ecossistema e trabalhar com a ISO 9001:2015 pense em cláusula 4.2

Uma experiência

Uma experiência a repetir e a melhorar no âmbito do projecto NPE.

Interrogações

Se calhar a um ritmo inferior ao que desejava mas se calhar ao ritmo possível para uma evolução sustentada do país competitivo, "Pedidos portugueses de registo de marcas no nível mais alto em dez anos". Este é o caminho certo.
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Interessante e importante esta evolução, que associo à economia transaccionável, quando ao mesmo tempo assistimos, apesar do dinheiro injectado no mercado interno para estimular o consumo, a uma redução da actividade económica, "Insolvências aumentaram quase 20% no primeiro trimestre":
"Em termos sectoriais, os serviços dependentes da procura interna continuaram a ser os mais afectados, concentrando a maioria das insolvências e do seu aumento. Destaque para o comércio a retalho (+13,4%) e por grosso (+20,6%) e para a restauração (+38,3%).
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Pelo contrário, a criação de empresas em Portugal desacelerou [Moi ici: Estranha palavra escolhida esta de desaceleração, dado que a criação de empresas diminuiu] nos primeiros três meses de 2016. Segundo os dados da Ignios, no período entre Janeiro e Março nasceram 10.920 empresas no país, o que equivale a 120 novas entidades por dia. Este valor representa uma quebra de 6,5% face ao mesmo período do ano passado, com menos 414 empresas constituídas."
Verdade seja dita que é também na restauração que se constituem mais empresas, sinal de mais turbulência nesse sector. O sector da restauração é também, de longe, o que mais contribuiu com a criação de postos de trabalho.[Moi ici: Turismo?] O sector do comércio por grosso e a retalho contribuiu para mais desemprego.
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Interessante notar que segundo os dados do IEFP em 27 rubricas de actividade económica medidas, o desemprego mensal cresceu em 13 e baixou em 14. Em Março de 2015 o desempenho tinha sido de 1 subida e 26 descidas.
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Quer isto dizer que as pessoas estão a usar o aumento do rendimento para desalavancar dívida? Ou está aqui o efeito do comércio online? Ou o aumento de importações?
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Quer isto dizer que as pessoas estão a temer problemas futuros e estão a preparar-se para melhor os enfrentar?
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BTW, já viu algum jornal a anunciar os números do desemprego publicados pelo IEFP durante o fim de semana?

terça-feira, abril 26, 2016

Curiosidade do dia

Recordar esta "Curiosidade do dia" de 1 de Abril de 2014. Depois, ler este texto "Fabricantes de peças da Autoeuropa admitem avançar com despedimentos já em Setembro" e considerar estes receios "Mentor da Autoeuropa assume preocupação com futuro da fábrica".
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Por fim, recordar os anúncios, por essa Europa fora, de governos como o holandês e austríaco que querem que dentro de menos de 10 anos não se vendam carros novos que não eléctricos.

Capacidade cada vez mais remota de se ser tudo para todos

Primeiro, recuo a 2006

Para sublinhar a cada vez maior importância das experiências.
"Experiences have to relate to the people having them in order for them to be memorable and sharable. In other words, they have to align with the wants, needs, desires, and aspirations of the target audience. And they have to be crafted in a way that feels authentic and natural, and not contrived by a company’s marketing department.
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Marketers can’t fake authenticity. The experience must emanate from the brand heritage or the brand story, and if your brand doesn’t have one (or doesn’t have a compelling one), then your first step is to find and/or build one. People today want to know what the companies with whom they do business stand for, so it is imperative that your experiences be aligned with your brand story and brand promise. Anything less than real, authentic alignment will dampen your ability to inspire real engagement, let alone create or enhance strong customer relationships."
Agora, relacionar experiências com explosão de tribos cada vez mais assimetricamente comprometidas com tópicos identitários e exclusivos. Depois, pensar na capacidade cada vez mais remota de se ser tudo para todos.
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E acrescentar Mongo e a democratização da produção.

Trechos retirados de "Experiential marketing"

Comunicação e consciencialização

Uma pesquisa no velho PC do escritório teve uma consequência, o reencontro de dois quadros criados no final de 2003 no âmbito de um projecto que conciliava ISO 9001 e Balanced Scorecard.
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Quando olho para uma empresa posso seguir duas perspectivas: a estratégica e a operacional.
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Acerca da vertente estratégica, quando penso em comunicação, ou consciencialização (ver cláusulas 7.3 e 7.4 da ISO 900.1:2015) posso pensar em:

Acerca da vertente operacional, quando penso em comunicação ou consciencialização posso pensar em:

E na sua empresa. Há quantos anos é que o sistema da qualidade trabalha estes aspectos?

Fitness e o contexto

"In reductionist thinking, fitness is considered a property of the organism, or better yet of the gene. However, fitness is actually a property of an organism in a particular context. Put the same organism into a different context, and its fitness is different. This may seem obvious when stated this way, but the mathematical formulations of evolution often ignore this."
Excelente frase esta "fitness is actually a property of an organism in a particular contex".
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Algo que muitos esquecem quando analisam a evolução da economia portuguesa e das suas empresas. Quando o mundo muda, o que era verdade, o que era relevante para o sucesso das empresas deixa de funcionar.

Por isso, aquele aviso referido em ""why 1984 won't be like 1984"":
"Imaginem empresas presas, agarradas, habituadas às regras, às leis, aos costumes, aos sinais do Normalistão e que já estão, sem o saberem, no Estranhistão… o seu modelo mental de interpretação da realidade já não é o mais adequado. Contudo, como funcionou no passado vai ser muito difícil mudar, voltar a ver o mundo de forma diferente."
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Trecho retirado de "Relational Properties in Objective Science"

O anónimo da província e o desemprego (parte II)

Dados do IEFP relativos a Março de 2016.
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Evolução do número de desempregados.

Evolução da variação homóloga (a azul) e da variação mensal ( a vermelho).
Finalmente, após 7 meses consecutivos com crescimento mensal do desemprego, o desemprego baixou.
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No entanto, o que é preocupante é a dimensão da queda:
A queda foi marginal.
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A previsão de variação homóloga superior a zero lá para Abril ou Maio parece ganhar força, a anterior previsão era Maio ou Junho.
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Recordar "Desemprego? Medo!"

segunda-feira, abril 25, 2016

Curiosidade do dia

"As novas empresas [startups] dificilmente atingirão uma fase de crescimento somente com o apoio de estruturas destinadas a uma fase early stage [inicial] (…) As startups que pretendam chegar a um estado de crescimento sustentável [tornando-se scaleups] necessitam de uma nova plataforma de apoio”, resume o manifesto."
Como sou ingénuo...
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Pensava que as startups tinham de tentar seduzir clientes e descobrir modelos de negócio com base em MVP. Afinal não, basta aderir a estas plataformas de apoio...
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Que saudades de um futuro em que o presidente da minha cidade do coração diga:
"Mike Bloomberg is the Mayor of New York. His job is not to be a public speaker or even to spread his ideas. His job is to make New York work--to get people to come, to visit, to start businesses, to go to school. To make the city appealing and functional.
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It's hard to be a mayor. You don't get to be in charge, really. You can help set the table, and then get out of the way and let the village/city function the best you can."

Trecho retirado de "Dinamizar a economia europeia a partir da Invicta. Nasceu o ScaleUp Porto"

E quando um decisor descobre o numerador...

"To be clear, individual productivity is often a worthy goal. But leaders also need to stop thinking about productivity at an individual — or even team — level. It’s time to start shifting to an organizational mindset and set of tools that can provide full visibility into what work is actually getting done in aggregate, and where it does (or doesn’t) create value, however you define it. Approaching management in this way will require new approaches and won’t always be easy, but the technology firm example indicates that deep understanding of what’s really happening from day-to-day will likely have broad impacts on corporate structures, processes, and teams (indeed, the company in question is rethinking all of this)."
Passar do nível individual (pessoa ou tarefa) para o nível da organização, normalmente leva os dirigentes a descobrirem o seu papel e responsabilidade de actuar sobre o numerador:
E quando um decisor descobre o numerador... é como no final de "Wonderful Life", um anjo ganha asas, ou mais um lamed waf aparece para ajudar a suportar o mundo.

Trecho retirado de "The Paradox of Workplace Productivity"

"how are you doing"

Recordo este postal de Agosto passado "Alterações na ISO 9001, para reflexão" e que tenho resumido como sendo uma transição de "how are we doing" para "how are you doing".
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A verdade é que os inquéritos de satisfação dos clientes são pouco respeitados pelos cliente e, também por isso, poucos resultados palpáveis geram.
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A lógica que vi por trás do "how are you doing" está muito relacionada com a separação crescente entre aquilo que é possível pôr num contrato, as especificações, e aquilo que o cliente realmente quer, resultados.
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Entretanto, encontrei neste texto "5 Keys to Customer Experience for the Future" uma defesa do "how are you doing" muito mais interessante e atraente:
"Which of these two questions is outside-in: (1) "How likely are you to [do X for or think Y about] our company?" versus (2) "How well have we helped you meet your goals?" The latter is about us helping the customer, while the first question is about the customer helping us. Think about which of those two questions is most appealing to customers. If we give anyone the opportunity to talk about themselves we'll get a lot more participation and a lot more valuable information.
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Why it's key to future success: Expecting customers to do something for the company is perhaps a bit odd. They've already paid fair market value for what they bought. If they're participating in a survey or in social media or anything else we can be grateful for that generosity. Otherwise, as much as we're reaching out, it's actually from an inside-out, self-serving perspective. We should seek to extend value or create value to continue a fair dynamic in our hopes for customers to engage with us.
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Focusing on the customers' goals can make a huge difference in what we can achieve through CXM."
Como ninguém fala sobre isto...e como o Guia Interpretativo da APCER faz esta comparação:
 Umas vezes acho que devo estar a inventar coisas. Contudo, esta leitura ajuda a pôr as coisas sob uma outra perspectiva. A avaliação da opinião dos clientes não deve ser vendida "para nos ajudar a nós, vendedor, a melhorar" mas antes "para melhorar a sua, do cliente, vida".

É misturar alhos com bugalhos.

Coisas que só a mim me fazem espécie, adiante. Infelizmente.
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O Jornal de Negócios, para dar uma de ligação à agricultura, participou ou animou uns encontros financiados pelo Banco Popular. Um dos artigos que saiu foi este, "Consumidores querem mais autenticidade nos alimentos" que citei em "Acerca da autenticidade", pois trata-se de um tema que valorizo há muito tempo, para suportar estratégias de diferenciação, também na agricultura.
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Na foto do artigo acima referido pode-se ver que pelo menos dois dos participantes são da agroindústria do tomate. Podem ouvi-los nestas entrevistas feitas pelo Jornal de Negócios na altura:
Estas entrevistas sempre a falar da competitividade não me iludem. Basta recordar o quão dependentes estão de apoios do Estado:
Não me interpretem mal, eu desejo todo o sucesso deste mundo ao sector do tomate português mas há aqui uma farsa qualquer que custa dinheiro aos contribuintes e deturpa a tal "competitividade" de que tanto falam os entrevistados.
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BTW, os jornalistas aqui, fizeram-me recuar a 2006:
"Quanto à Infineon, não conheço a empresa, nem o sector. No entanto, há anos assisti a uma apresentação pública do Balanced Scorecard da unidade portuguesa da Infineon e fiquei admirado, associo a marca Infineon a tecnologia e inovação, mas a síntese da leitura dos indicadores escolhidos, para avaliar o desempenho da unidade, transmitia uma mensagem clara: a proposta de valor é preço. Foi nessa altura que dei comigo a dizer para os meus botões "Os sindicalistas deviam aprender a ler mapas da estratégia", hoje acrescento "Os ministros da Economia, e os jornalistas económicos, deviam aprender a ler mapas da estratégia". Ao ler um mapa da estratégia, remove-se toda a treta cosmética com que as administrações procuram seduzir os decisores, prescritores e influenciadores e fica à vista qual o modelo de negócio para o sucesso assumido por uma unidade produtiva. Não para tomar as decisões que só competem a uma administração, mas para estar precavido e não ser apanhado com as calças na mão, mas para melhor interpretar a realidade, mas para melhor negociar eventuais futuras benesses."
Como é que os jornalistas misturam produção em massa de tomate, produção para crescer "no fornecimento às cadeias de "fast food"" com autenticidade?
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É misturar alhos com bugalhos.

domingo, abril 24, 2016

Curiosidade do dia

"Neste dia em que centenas de milhares de funcionários públicos vão poder usufruir de mais uma reversão no corte de salários que lhe foi aplicado pelo anterior governo, eu gostava de prestar a minha homenagem pública a todos os professores, todos os médicos, todos os juízes, todos os polícias, todos os militares, todos os reformados que em Outubro votaram na coligação PSD-CDS, mesmo sabendo que a esquerda unida lhes prometia mais dinheiro caso vencesse as eleições. Todas essas pessoas, e foram muitas, votaram contra o seu interesse próprio em nome do interesse do país – são os meus heróis.
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Se todos aqueles 5,2 milhões de adultos que hoje usufruem de transferências directas do Estado tivessem ido às urnas em Outubro para colocar uma cruz nos quadradinhos do PS, do Bloco e do PCP eles teriam tomado uma decisão racional. ... Quando há partidos que prometem mais dinheiro no nosso bolso, e partidos que vêm de quatro anos a tirar-nos dinheiro do bolso, a escolha não parece difícil.
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ainda há pelo menos 1,2 milhões de funcionários públicos, de reformados, de desempregados que, após quatro anos de cortes violentos, preferiram abster-se ou votar na direita, mesmo que a promessa que lhes estava a ser feita fosse uma reversão muito mais lenta dos seus salários e das suas reformas. É por isso que esses homens e essas mulheres são os meus heróis. E é por isso que no dia em que o seu ordenado reaparece com mais uns euros que eles sabem que o país não sabe como pagar, eu lhes tiro o meu chapéu."


Trechos retirados de "O partido do Estado (e os meus heróis)"

Sintomas do que está a acontecer às barreiras à entrada.

Estes dois textos, "When you are your own customer, customer service becomes the essence of what you do" e "Can’t Find It at the Mall? Make It Yourself" são sintomas do quão rapidamente nos estamos a entranhar em Mongo, são sintomas do que está a acontecer às barreiras à entrada.
“There’s no better inventor than a frustrated consumer,” Ms. Blakely said. “You can be a frustrated consumer at any age and see an opportunity to make something better and fill a void.”
Imaginem que os fabricantes incumbentes afectados começavam a agir como os táxis, ou os suinicultores, ou os produtores de leite, ou os ...

Actualização de riscos e oportunidades

Num workshop da semana passada sobre a ISO 9001:2015 lançou-se uma questão que não tem parado de evoluir na minha mente: como operacionalizar as iterações seguintes da análise de riscos e oportunidades?
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Uma empresa determina uma primeira versão dos riscos e oportunidades associados a cada processo do seu sistema de gestão da qualidade. Classifica esses riscos e oportunidades e decide actuar sobre aqueles que considera mais relevantes no momento para melhorar o desempenho dos processos.
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OK!
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E a empresa actua. E depois?
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Quando e como é que vai actualizar o levantamento dos riscos e oportunidades?
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Quando e como é que vai avaliar a eficácia das acções realizadas sobre os riscos e oportunidades mais relevantes?
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Hipótese 1 - antes da revisão do sistema actualizar a determinação dos riscos e ao classificá-los avaliar a eficácia das acções definidas e implementadas anteriormente.
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Hipótese 2 - mensalmente, aquando da análise dos indicadores associados a cada processo, avaliar se a realidade vivida e o desempenho medido alertam para a necessidade de acrescentar novos riscos e oportunidades ou para a actualização da sua classificação. Mantendo a revisão da eficácia das acções na revisão anual extraordinária.
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Hipótese 3 - Lista de riscos e oportunidades de cada processo afixada em locais frequentados pelos participantes em cada processo. Estes têm liberdade para a qualquer momento acrescentar propostas de riscos e oportunidades e propostas de alteração da classificação, com base em relatos de situações que tenham vivido. Propostas revistas mensalmente e listas actualizadas e afixadas. Acções decididas nessa revisão mensal, Mantendo a revisão da eficácia das acções na revisão anual extraordinária.
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E na sua empresa como é ou como vai ser?
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Quer partilhar a sua hipótese?

Isto é Mongo! Código na agricultura mas bottom-bottom: a democratização do código

Quase que juro que devo ter escrito algo aqui no blogue em tempos sobre o assunto, a verdade é que já procurei e procurei mas não encontro.
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Há coisa de 1/2 anos li um artigo em que um técnico de uma empresa sueca líder no seu sector, a Permobil, discorria sobre as inovações que tinham em curso. Pensei o quão limitados e concentrados nas cadeiras de rodas estavam, na altura começava a ver os artigos sobre experiências com exoesqueletos, os artigos sobre drones controlados pelo pensamento, sobre os smartfones para os paralisados, sobre as aplicações para educar, treinar, ensinar, crianças especiais.
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Por que me lembrei disto? Por causa deste artigo "Farmers Reap New Tools From Their Own High-Tech Tinkering":
"The robot tractor isn’t a prototype or top-of-the-line showpiece. It’s an eight-year-old John Deere that the 30-year-old Mr. Reimer modified with drone parts, open-source software and a Microsoft Corp. tablet. All told, those items cost him around $8,000. He said that’s about how much he saved on wages for drivers helping with last year’s harvest.
...
“Even if they release [autonomous tractors] next year, it’s probably going to be 15 years before that technology trickles down to every farm,” said Mr. Reimer, referring to the big farm-equipment companies. What’s more, his version would be “a lot cheaper than if somebody’s got five to 10 engineers working full-time on something like this,” he said. He added that his system doesn’t require altering Deere’s own software or coding.
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The engineering-school dropout says he picked up programming from online forums and coursework archived on the Massachusetts Institute of Technology’s website, though he said he didn’t complete that program either.
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“Poverty is the mother of invention,” said Jim Poyzer, 65, who returned to farming six years ago after a few decades in computer programming. During the winter months four years ago Mr. Poyzer began tinkering with a microprocessor, eventually developing a system to monitor and adjust how many seeds his planter places in his fields near Boone, Iowa. The system tailors the flow of seeds to the soil’s ability to produce healthy crops.
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He estimates the system’s cost at about $750, versus commercial versions that retail for around $5,000, and says it helped him save about $1,000 a year on seeds. “That’s not much, but farmers are trying to optimize everything,” he said.
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Now, Mr. Poyzer is working on other projects, like a solar-powered sensor to monitor soil temperature that he says could help him get a jump on planting.
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Some farmers-turned-techies aim to reap profits on their innovations. Dirt Tech, a startup run by two farmers and two software engineers, is developing a range of mobile applications that help map soil fertility across farmers’ fields, or mark rocks to avoid damage to machinery or allow for yanking them out. The Elbow Lake, Minn., company’s apps have been downloaded more than 4,500 times."

Isto é Mongo! Isto é meter código nisso.
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BTW este trecho:
"Some companies, including Deere, have taken steps to prevent anyone from modifying the software that runs their equipment, and also warn that altering a tractor’s systems could put farmers and workers at risk. Deere uses copyrights and other intellectual-property measures to protect its software.
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“We always have producers wanting to build on top of those solutions. I think it’s a great thing,” said Cory Reed, head of Deere’s intelligent solutions group. But when it comes to Deere’s software, Mr. Reed said, “there has to be a limit, both for regulatory safety and for proprietary reasons."
Fez-me lembrar o Steve Jobs no tempo em que queria manter o controlo de tudo e lutava contra os que dentro da Apple pediam outra abordagem.

Do contexto aos objectivos

Quem usa a ISO 9001:2015 sabe que a cláusula 4.1, acerca da compreensão da empresa e do seu contexto, prevê a determinação de factores internos e externos considerados relevantes e que podem influenciar o propósito, a orientação estratégica e a capacidade de cumprir os resultados esperados.
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Em mais um projecto, a empresa identificou 11 factores externos e 18 factores internos. Esses factores serviram de base para a elaboração deste mapa de relações de causa-efeito.
Com base nele, é possível determinar 3 vectores de actuação:
  • Formação interna;
  • Actividade comercial; e
  • Parceria.
Estando definida previamente a  orientação estratégica da empresa, os factores internos e externos puderam ser classificados como pontos fortes e fracos e, como oportunidades e ameaças. A partir da tabela SWOT criou-se uma SWOT dinâmica (TOWS) que permitiu encontrar 13 combinações específicas de acções a desenvolver para:
  • maximizar a interacção de oportunidades e pontos fortes;
  • actuar sobre pontos fracos que impedem o aproveitamento de oportunidades;
  • minimizar a interacção de ameaças e pontos fracos;
  • actuar sobre pontos fortes para minimizar o efeito potencial das ameaças.
Tudo isto foi usado para suportar a definição de projectos de apoio ao cumprimento dos objectivos da qualidade.
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E na sua empresa como é que fez?
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E na sua empresa como pensa fazer?

sábado, abril 23, 2016

Curiosidade do dia

"A ES Enterprises, uma companhia do Grupo Espírito Santo que funcionava como "saco azul" do grupo que controlava o BES, pagou avenças a mais de uma centena de pessoas, entre as quais se encontram políticos, autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas."
Obrigado Passos Coelho, só pelo fim do BES valeu a pena.


Trecho retirado de "Expresso: GES pagava avenças a políticos e tinha 2 milhões em notas em cofres"