sexta-feira, fevereiro 20, 2009

A confiança

O ouro hoje dançou acima dos 1000 dolares a onça.
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"Je dunkler die Zeiten, desto heller glänzt Gold."

O melhor exemplo ...

... da recalibração em curso passa, talvez, pela indústria automóvel.
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Os números são impressionantes. É o fim de uma era, de um tipo de civilização.
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E só de pensar que 10% dos trabalhadores franceses estão no sector automóvel, makes me wonder wht will comes next.
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In the meantime no Reino Unido "Car industry in meltdown as plant faces 'imminent' closure with loss of 100,000 jobs and production plunges by 58%" e sobretudo "Borrowing to save the economy is like trying to sober up a drunk by giving him a large whisky":
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"These latest official figures show that Britain’s financial state is now far, far worse than countries such as Greece or Italy, which we have traditionally looked down upon and sneered at for their profligacy."
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A minha mente viaja no tempo e recua até 1977 (anos pré-Tatcher) em que o meu professor de História na Oliveira Martins, o padre Reinaldo, referia-se a Inglaterra como um país da treta, uma família arruinada que teimava em manter os costumes de outros tempos.
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Nós por cá ... continuamos onde sempre estivemos, mais ou menos encoberto..

A batota... uma aposta certa

A batota, ainda e sempre a batota é uma abordagem cada vez mais urgente.
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Quando isto está a acontecer "Retalho é o sector mais afectado pela crise económica":
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"O sector do retalho surge como o mais afectado pela crise. Quem o diz é o director de Reward Information Services do Hay Group, Rui Luz,"
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Quando isto está a acontecer:

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A batalha pelas percepções é fundamental.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Parabéns

Parabéns sinceros para Luís Osório à minutos no Rádio Clube sobre a rábula relativa a Simone de Oliveira.

Valor vs preço

Os hoteis de luxo em Portugal têm a mania de vir para os jornais discutir os preços, acenar com os preços (Hotelaria e pensamento estratégico)... ainda não perceberam que o seu negócio não é o preço mas o valor.
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Têm de competir no valor, na criação e na oferta de valor, não no preço.
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A propósito do artigo do DN de hoje, assinado por António Rodrigues "Crise chega a hoteis de luxo"
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Um trecho: "Perante a descida da oferta, os hotéis responderam com descidas de preços e pacotes promocionais, "sobretudo para o turismo interno", adiantou Elidérico Viegas: "Não sei se são saldos ou pior do que saldos. É natural que perante a situação se façam preços mais atractivos", não querendo, contudo, quantificar a descida em termos de preço médio dos quartos."
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Um conselho para o sector, a leitura e a interpretação para transposição:
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" The right objectives for health care is to increase value for patients, which is the quality of patient outcomes relative to the dollars expended. Minimizing costs is simply the wrong goal, and will lead to counterproductive results. Eliminating waste and unnecessary services is beneficial, but cost savings must arise from true efficiencies, not from cost shifting, restricting care (rationing), or reducing quality. Every policy and practice in health care must be tested against the objective of patitent value. The current system fails this test again and again.
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When measuring value, patient outcomes are multidimensonal, and far more complex than whether the patient survives. Recovery time, quality of life (e.g., independence, pain, range of movement), and emotional well-being during the process of care all matter. The relative importance of different outcomes will vary for different individuals. In a system of value-based competition on results, each provider and health plan may excel in different ways and serve different groups of patients. This is one of the benefits of a competition-based system relative to a top-down or centrally managed system, which assumes one size fits all.
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Value must be measured for the patient, not the health plan, hospital, doctor, or employer. This is an important distinction in practice."
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Onde está healthcare pensem em hotelaria.
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Do you get it? É preciso fazer um desenho? Pensem valor não em preço e custo, senão para quê quatro e cinco estrelas?
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Trecho retirado de "Redefining Health Care- Creating Value-Based Competition on Results" de Michael Porter e Elizabeth Teiberg

Sempre a aprender

"... a pensar no quanto as empresas e instituições em geral deixam de aprender por simplesmente não recolherem informação ou por não estarem disponíveis para experiências. E muitas vezes as estratégias são implementadas apenas com base em intuições, que valem o que valem sem informação objectiva, e frequentemente se prova estarem erradas."
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Trecho retirado de "Sempre a aprender" assinado por Sandra Maximiano.

Espanha: Depois da fiesta...

"David Villa, scorer of Spain’s first goal in the victory last week over England in Seville, is a member of the Valencia squad whose latest salary payment has been delayed indefinitely by the heavily indebted club."
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Retirado de "Spain’s recession: After the fiesta"

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Enquanto uns entram em estado de erecção psicológica...

... só de pensar nos grandes investimentos públicos, outros já escrevem sobre o bail-out de países na Europa (países, já não é sobre bancos), entre os quais Portugal:
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"The European Union’s executive arm forecasts a deficit of 11 percent in Ireland, 6.2 percent in Spain and 4.6 percent in Portugal this year. The euro region’s average budget gap was just 0.6 percent in 2007.
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European officials have already expressed concern that their bond market could potentially face a crisis similar to that unleashed by the collapse of Lehman Brothers Holdings Inc. in September. .
ECB board member Lorenzo Bini Smaghi said Feb. 12 there’s a “risk that the mistrust that there is today in financial markets” is “transformed into mistrust in states.”
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The gap between the interest rates Greece, Austria and Spain must pay investors to borrow for 10 years and the rate charged Germany yesterday rose to the widest since before they adopted the euro. Credit-default swaps on Ireland rose to a record on Feb. 16, climbing to 378.4 points.
Greek credit-default swaps, 270 points on Feb. 16, show a 4.5 percent chance that the country will default in the next 12 months, according to ING Bank NV.
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Eddington Capital’s Allen, who runs a fund of hedge funds, says the market currently “vastly underestimates” the risks and expects credit-default swaps for Greece, Italy, Spain and Portugal to double in the next 12 months."
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Trechos de "Germany, France May Face Bailout of Nations, Not Just Banks"
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Ver também: "Germany may rescue debt-laden EU members"

Confiança

Ouro acima dos 980 dolares a onça.
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Euro perdeu 10% face ao dolar nos últimos dias.

A doença nacional

O primeiro dos 14 princípios de Deming assenta na constância de propósito, numa orientação que não muda a cada golpe de vento, na selecção de um conjunto de prioridades que não são trocadas a cada nova maré.
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Pois bem depois do monumento à treta de que falamos aqui Programas versus Objectivos e metas e sobretudo aqui, qual não é o meu espanto quando no Público de hoje encontro outra encarnação, com diferentes actores...
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"Segundo um estudo coordenado pelo economista Ernâni Lopes, a pedido da Associação Comercial, a economia do mar pode duplicar o seu peso no PIB caso Portugal consiga tornar-se num actor marítimo relevante a nível global. Para o conseguir, o ex-ministro das Finanças sugere várias prioridades que poderão ser um catalisador "capaz de organizar e dinamizar um conjunto de sectores com elevado potencial de crescimento, inovação e capacidade para atraírem recursos e investimentos, nomeadamente externos, de qualidade".
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O estudo, realizado durante um ano, foi patrocinado por 15 empresas. "Não é um estudo estratégico, é um plano concreto para concretizar nos próximos 25 anos", adiantou Bruno Bobone, da Associação Comercial. Neste documento, que será amplamente divulgado nas próximas semanas, apontam-se, além de acções específicas em diversos sectores, as fontes de financiamento possíveis. No entanto, não são avançados números concretos, dependentes de avaliações mais aprofundadas sector a sector, adiantou Bobone."
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Mas o trabalho da equipa coordenada por Tiago Pitta e Cunha valeu a pena? Deu origem a alguma coisa de concreto? O que é que este novo trabalho acrescenta? O que o habilitará a ter um destino diferente(s) do anterior(es)?
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Hoje em dia, com o Google e a wikipedia, qualquer conjunto de alunos pode arregimentar grupos de acções específicas sobre qualquer área e transformá-las em documentos estratégicos, sem qualquer compromisso com os resultados... enfim, depois da violência da doméstica e da Sida (aqui e aqui) mais um monumento à treta.

Trecho retirado do artigo "Mar poderá vir a alimentar cinco por cento do PIB nacional" no Público de hoje.

Alguns subsídios para a reflexão sobre o futuro da Gestão das Pessoas

"HR is summoned to redundancy negotiations but may then be ignored. And now questions are being asked about what HR did or did not do to help avert this crisis in the first place."
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"HR must raise its game " de Stefan Stern no Financial Times.

A tentação é grande mas...

... é nestas decisões que se alicerça uma estratégia. Pensar no que fica para lá da espuma e turbulência do dia-a-dia, apostar no médio-longo prazo para criar uma imagem, para alavancar um posicionamento, um reconhecimento.
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"Diverting money from communicating with customers to retailer support is the beginning of a vicious cycle for manufacturer brands. As manufacturer brands spend less building their brands with end customers, they lose brand equity with the ultimate arbiter in the marketplace. This increases the relative power of retailers and their negotiating power. As a result, manufacturer brands are subject to even greater concessions by retailers. In order to fund these concessions to retailers, manufacturer brands divert more money from consumer communications to retailers." (1).
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Tema mais importante que nunca, o investimento nas percepções e no seu suporte em algo mais, basta olhar para o Diário Económico de hoje "vendas de marcas brancas crescerem mais de 40% no último ano."



(1) Trecho retirado de "Private Label Strategy - How to Meet the Store Brand Challenge" de Nirmalya Kumar e Jan-Benedict E. M. Steenkamp.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

"Ou seja, concorrem nas percepções e não na substância."

A propósito de mais um postal de Pedro Arroja no Portugal Contemporâneo "os advogados" apanhei num comentário a seguinte pérola :
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(Os fabricantes) "Ou seja, concorrem nas percepções e não na substância."
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Mas num mundo com excesso de oferta face à procura, num mundo em que a qualquer hora a oferta pode aumentar, num mundo em que os compradores (clientes) podem mudar de opção de compra, só há duas formas de competir:
  • apostar na substância e combater no impiedoso mundo da guerra do preço, onde normalmente quem ganha são os maiores que ficam maiores;
  • apostar na percepção e combater no universo da diversidade e da diferenciação;
Quando uma empresa de calçado portuguesa tem os seus sapatos, com a sua marca, em exposição para venda a cerca de 2000€ o par, nas montras de lojas da Ghinza em Tóquio de que é que falamos?
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Pessoalmente, acredito que o nosso problema com a baixa produtividade reside, em grande parte, na incapacidade de abraçar a competição pelas percepções, pelo valor.
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Preço é aquilo que o cliente paga, valor é aquilo que ele atribui ao que recebe.
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A mentalidade concentrada naquilo que é mais fácil - produzir, a fábrica - convida a pensar nos custos e na sua redução e, impede a concentração na criação de valor.

The tipping point (parte II)

Depois do que escrevemos ontem... nem de propósito "Staring into the Abyss"
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ADENDA das 14h10: Santander's Banif Fund Suspends Payments

Acordar as moscas que estão a dormir (parte VI)

"Negócios de pequena dimensão, vão revelando flexibilidade e capacidade de adaptação. O problema está em saber o que restará depois de se esgotarem os efeitos da crise internacional e a economia portuguesa acordar mais endividada, com um Estado mais pesado e ávido por receitas, devido aos remédios que estão a ser aplicados."(1)
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Quando acabar a crise internacional vamos ficar com um monstro (cuco) ainda maior e mais sequioso... pobres saxões!
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(1) Trecho retirado de "Ovo, salsichas e batatas fritas" assinado por João Cândido da Silva.
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Uma simulação aqui "Requiem por um empresário" assinada por Tiago Caiado Guerreiro.
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Continuado daqui.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

The tipping point

Há um livrinho de Malcolm Gladwell sobre o qual já aqui escrevi que se chama "The Tipping Point".
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'tipping pint' ou ponto de viragem.
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Para alguém como eu, com formação de base na área da química, e que tive a sorte de ter uma disciplina como Quimicotecnia numa escola como o Liceu António Nobre no Porto, onde tinha a possibilidade de realizar muito trabalho laboratorial, ponto de viragem faz logo lembrar uma titulação e a respectiva curva:
Se temos uma solução ácida, com um pH muito baixo, e adicionamos gota a gota uma solução básica (alcalina), o pH vai começar a subir, primeiro de forma lenta, quase imperceptível e depois, de repente, no ponto de viragem, dá um salto quase vertical, com uma primeira derivada com um declive a tender para infinito.
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Pois bem, receio que estejamos a caminho de um ponto de viragem... será uma apreciação objectiva? Ou uma projecção da minha vontade irracional?
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Há duas semanas em Cádiz (Espanha) terão sido lançadas pedras a um banco, ainda em Espanha foi preso um construtor que em três meses assaltou cinco bancos. Tinha uma vida estável, deixaram de pagar-lhe e ele começou a roubar para... pagar as dívidas.
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O Reino Unido está à beira da bancarrota: "Obduracy, incompetence and the week I became convinced Britain faces national bankruptcy"
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Muitos falam em copiar a receita sueca e em nacionalizar os bancos... só que a seguir os suecos desvalorizaram fortemente a moeda e iniciaram uma recuperação baseada nas exportações. Mas agora, quem é que vai exportar e para onde? Os americanos, os japoneses, os chineses, os europeus, ... estão todos a contar com o ovo no sim senhor do vizinho.
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Discursos de gabinete e alcatifas

No passado dia 11 de Fevereiro o governador do banco de Espanha fez este discurso "La economía española después de la crisis".
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A certa altura o governador diz:
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"En esta situación, la única fórmula posible para recuperar la competitividad perdida frente al exterior después del último ciclo expansivo es aumentar nuestra productividad. Y el aumento de la productividad, además de requerir prestar la máxima atención a la educación y la formación, pasa inevitablemente por llevar a cabo reformas estructurales en numerosos campos. Hoy, por razones de tiempo, dedicaré exclusivamente mi intervención a la reforma de las instituciones laborales,"
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Bastou-me ler este trecho para começar a imaginar o que é que vem a seguir... o mesmo tipo de propostas que costumo ouvir de políticos e empresários portugueses. A grange responsável pela nossa baixa produtividade é... a legislação laboral.
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Portugal e Espanha não precisam de aumentos incrementais da produtividade conseguidos à custa de migalhas obtidas via denominador da equação da produtividade, reduzindo custos.
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Portugal e Espanha precisam de saltos de aumento da produtividade. Ora isso só se consegue actuando sobre o numerador da equação da produtividade, criando mais valor acrescentado.
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Para que isso aconteça há que deixar de produzir produtos velhos, batidos e commoditizados e apostar em produtos com muito mais valor acrescentado.
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Como escrevi num blogue inglês sobre a economia espanhola:
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Quantum jumps of productivity are not the result of shrinking companies or reducing salaries, they are the natural outcome of improving the value of what is produced.
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Mr Miguel Fernández Ordóñez has not yet learned something that took me 8 years to learn, when a country joins the eurozone there is only one healthy way of leaving in it: become economically similar to Germany. Work, think and invest as Germans, that is the only way of improving productivity and the level of living when your currency is strong.
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Mr. Miguel Fernández Ordóñez says "Esta relación entre formación y salarios se explica porque los trabajadores más formados son más eficientes y, por tanto, obtienen unos salarios más elevados y porque los empresarios siempre prefieren despedir a los trabajadores menos productivos." These are the words of a beaurocrat, these are the words of someone that does'nt know the reality of a plant...
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Portuguese and Spanish workers with very little academic instruction are very productive when they work in a German plant, because what matters is what people produce, the value that they create, plant work is repetitive.
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I would like to send to Mr Miguel Fernández Ordóñez this message:."It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled." But look how this is deep:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Please turn back and read it again.
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I invite Mr Mguel Fernández Ordóñez to read the article from September-October 1992 from Harvard Business Review "Managing Price, Gaining Profit" from Robert Rosiello et al. To see how different is to increase value instead of reducing fix cost.
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E estamos, Portugal e Espanha, condenados a isto, a estes discursos de gabinete, de corredores, de alcatifas, longe da realidade, longe de um minimo de aderência à realidade.

Qual é a estratégia?

""Salientando que, por exemplo, na Alemanha, os efeitos da crise estão a ser ainda «mais gravosos» que em Portugal, o presidente da AEP defende que a única saída é «trabalhar».
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«A crise é mais profunda do que pensávamos. Perante isto, só posso dizer uma coisa: temos que trabalhar», afirmou Barros. ""
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Trecho retirado de "Associação Empresarial: única saída da crise «é trabalhar»"
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A única saída é trabalhar!
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Verdade mas incompleto. Perigosamente incompleto. Basta recordar Hayek:
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" Never will a man penetrate deeper into error than when he is continuing on a road that has led him to great success."
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Não basta trabalhar, há que reflectir sobre as mudanças em curso e reformular as apostas estratégicas, sob pena de se gastarem recursos, sob pena de se continuar a trabalhar em apostas que deixaram de funcionar.
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Primeiro: Back to the basics.
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Antes de trabalhar, reflectir:
  • Para quem podemos vender?
  • Quem pode ser o nosso cliente-alvo?
  • Podemos vender com vantagem sobre eventuais concorrentes?
  • Em que é que temos de ser bons?
  • Em que factores devemos abusar?
Os clientes para quem vendíamos vão continuar a comprar? E no mesmo volume? Qual a migração em curso?
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Como fazer face a esta evolução? Como responder à mudança? Qual a estratégia?

domingo, fevereiro 15, 2009

Outra vez aquele sentimento...

... da calma enganadora que precede a tempestade.
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"IMF chief Dominique Strauss-Kahn warns second wave of countries will require bail-out"
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"Some have speculated that the UK may have to seek IMF support if capital markets become frightened of the size of its foreign financial liabilities, which increasingly appear to have become supported by the state. But there are a swathe of Eastern European countries which appear particularly vulnerable and may need IMF support.
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With the Fund's warchest expected to run dry later this year, the Japanese confirmed in Rome that they would supply an extra $200bn of capital to the Washington-based institution.
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Mr Strauss-Kahn, who warned recently that his resources could run dry within six months, said: "This is the largest loan ever made in the history of humanity."
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"Failure to save East Europe will lead to worldwide meltdown"
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"Not even Russia can easily cover the $500bn dollar debts of its oligarchs while oil remains near $33 a barrel. The budget is based on Urals crude at $95. Russia has bled 36pc of its foreign reserves since August defending the rouble.
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In Poland, 60pc of mortgages are in Swiss francs. The zloty has just halved against the franc. Hungary, the Balkans, the Baltics, and Ukraine are all suffering variants of this story. As an act of collective folly – by lenders and borrowers – it matches America's sub-prime debacle. There is a crucial difference, however. European banks are on the hook for both. US banks are not.
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Almost all East bloc debts are owed to West Europe, especially Austrian, Swedish, Greek, Italian, and Belgian banks. En plus, Europeans account for an astonishing 74pc of the entire $4.9 trillion portfolio of loans to emerging markets.
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They are five times more exposed to this latest bust than American or Japanese banks, and they are 50pc more leveraged (IMF data).
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Spain is up to its neck in Latin America, which has belatedly joined the slump (Mexico's car output fell 51pc in January, and Brazil lost 650,000 jobs in one month). Britain and Switzerland are up to their necks in Asia.
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Whether it takes months, or just weeks, the world is going to discover that Europe's financial system is sunk, and that there is no EU Federal Reserve yet ready to act as a lender of last resort or to flood the markets with emergency stimulus."
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""There are accidents waiting to happen across the region, but the EU institutions don't have any framework for dealing with this. The day they decide not to save one of these one countries will be the trigger for a massive crisis with contagion spreading into the EU."
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Europe is already in deeper trouble than the ECB or EU leaders ever expected. Germany contracted at an annual rate of 8.4pc in the fourth quarter.
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If Deutsche Bank is correct, the economy will have shrunk by nearly 9pc before the end of this year. This is the sort of level that stokes popular revolt.
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The implications are obvious. Berlin is not going to rescue Ireland, Spain, Greece and Portugal as the collapse of their credit bubbles leads to rising defaults, or rescue Italy by accepting plans for EU "union bonds" should the debt markets take fright at the rocketing trajectory of Italy's public debt (hitting 112pc of GDP next year, just revised up from 101pc – big change), or rescue Austria from its Habsburg adventurism.
So we watch and wait as the lethal brush fires move closer.
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If one spark jumps across the eurozone line, we will have global systemic crisis within days. Are the firemen ready?"

Diversidade um seguro comunitário para fazer face ao futuro

Várias vezes recordo neste espaço um trecho de poesia, saído do número de Setembro de 2003 da revista Harvard Business Review e da autoria Gary Hamel e Liisa Valikangas no artigo "The quest for resilience":
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"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?
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Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."
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Como é impossível prever o futuro, o melhor seguro para uma comunidade é apostar na diversidade. Quando o futuro chega e premeia uns e cobra a outros, a diversidade permite a sobrevivência estatística da comunidade e a transmissão e evolução de ADN para novas experiências.
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Os crentes no Grande Planeador acreditam que entidades únicas, os governos ou as oposições, têm o dom de adivinhar o futuro e determinar que apostas vão ter sucesso no futuro... pois, fiem-se na Virgem e não corram!
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Foi deste tema que me recordei quando descobri este artigo "A Villacanas, haut lieu castillan de la filière bois, le "miracle des portes" est fini" no Le monde na internet.
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"Bienvenue à Villacanas, 11 000 habitants, capitale de la menuiserie industrielle. Hier encore, ce gros bourg prospérait grâce à la spécialité locale : la porte en bois. Ses dix usines produisaient plus de 70 % des huisseries traditionnelles de toute l'Espagne.
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Depuis l'éclatement de la bulle immobilière, la ville paie son hyper-spécialisation : deux entreprises ont fermé en 2008, deux autres sont en cessation de paiement, toutes tournent au ralenti après avoir dégraissé. En 2006, sept millions de portes sortaient annuellement des ateliers de Villacañas. Dans le pays, on mettait alors en chantier quelque 800 000 logements, plus qu'en Allemagne, au Royaume-Uni et en France réunis.
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Cette mono-industrie offrait alors 5 650 emplois aux habitants de la région. Aujourd'hui, à peine 3 000 personnes ont conservé leur poste. Et pour combien de temps ? L'Espagne devrait construire moins de 200 000 logements en 2009. Dans son bureau, le maire socialiste de Villacañas tient les comptes du chômage. "En janvier, il y a eu 80 demandeurs d'emploi de plus, ce qui met notre taux de chômage à 14 %, pile dans la moyenne nationale, commente Santiago Garcia Aranda. Mais depuis une semaine, il y a 250 chômeurs de plus et, fin février, on atteindra 17 % ou 18 %."
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Regiões que apostam tudo no têxtil, tudo no calçado, tudo no turismo, tudo no... tornam-se mais rentáveis enquanto a economia desse sector cresce, todavia, tornam-se muito mais vulneráveis durante as situações de revés, pois a mono-cultura coloca todos no mesmo saco não há distribuição de risco (engraçado estou a escrever isto sobre regiões e estou a dectectar um fractal, vou procurá-lo ... O paradoxo da estratégia (parte I: Compromissos) e Não há almoços grátis: Há que optar ... estratégias puras versus híbridas e a sua relação com o retorno e com a taxa de sobrevivência).
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Aviso para os crentes no Grande Planeador: a humildade é muito importante.