terça-feira, fevereiro 17, 2009

"Ou seja, concorrem nas percepções e não na substância."

A propósito de mais um postal de Pedro Arroja no Portugal Contemporâneo "os advogados" apanhei num comentário a seguinte pérola :
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(Os fabricantes) "Ou seja, concorrem nas percepções e não na substância."
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Mas num mundo com excesso de oferta face à procura, num mundo em que a qualquer hora a oferta pode aumentar, num mundo em que os compradores (clientes) podem mudar de opção de compra, só há duas formas de competir:
  • apostar na substância e combater no impiedoso mundo da guerra do preço, onde normalmente quem ganha são os maiores que ficam maiores;
  • apostar na percepção e combater no universo da diversidade e da diferenciação;
Quando uma empresa de calçado portuguesa tem os seus sapatos, com a sua marca, em exposição para venda a cerca de 2000€ o par, nas montras de lojas da Ghinza em Tóquio de que é que falamos?
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Pessoalmente, acredito que o nosso problema com a baixa produtividade reside, em grande parte, na incapacidade de abraçar a competição pelas percepções, pelo valor.
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Preço é aquilo que o cliente paga, valor é aquilo que ele atribui ao que recebe.
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A mentalidade concentrada naquilo que é mais fácil - produzir, a fábrica - convida a pensar nos custos e na sua redução e, impede a concentração na criação de valor.

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