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quinta-feira, janeiro 24, 2019

Querer marcar o segundo golo antes do primeiro

A propósito de "Science4you: “A estratégia mantém-se, mas não poderá ser tão ambiciosa”", julgo que a coisa se enquadra bem com "The Era of “Move Fast and Break Things” Is Over" e sobretudo com "Outlasting":
"I’m honestly shocked how little attention costs get in the realm of entrepreneurial literature.
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Whenever a startup goes out of business, the first thing I get curious about are their costs, not their revenues. If their revenues are non-existent, or barely there, then they were fucked anyway. But beyond that, the first thing I look at is their employee count. Your startup with 38 people didn’t make it? No wonder. Your startup that was paying $52,000/month rent didn’t make it? No wonder. Your startup that spend 6 figures on your brand didn’t make it? No wonder.
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Even today… Some of the biggest names in our industry are hemorrhaging money. How is that possible? Simple: Their costs are too high! You don’t lose money by making it, you lose it by spending too much of it! Duh! I know!
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So keep your costs as low as possible. And it’s likely that true number is even lower than you think possible.
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Beats me, but people do it all the time. ALL THE TIME. Dreaming of all the amazing things you’ll do in year three doesn’t matter if you can’t get past year two."

quinta-feira, setembro 06, 2018

Socialismo com esteróides

A propósito de "Chic by Choice em tribunal. Credores reclamam mais de 72 mil euros em dívidas":
"O assunto está a ser tratado fiscalmente, financeiramente e juridicamente, para encerrar a empresa. É esse o desfecho, que para nós é normal, por isso é que é capital de risco”, disse Rita Marques, que lidera a gestora de capital de risco do Estado desde maio de 2018."
Cito e sublinho as palavras de um comentador do artigo:
"O que é extraordinário é o contribuinte perder umas centenas de milhar porque temos a Portugal Ventures, uma capital de risco sem risco, uma vez que o risco é só do contribuinte. Como bem diz a gestora de capital de "risco" é esse o desfecho normal, para o contribuinte. Capital de risco, mas público, é o socialismo com esteróides"
E recordo:

"Dinheiro público é entregue a umas sociedades para o distribuírem por projectos de alto-risco financeiro e elevada taxa de mortalidade.
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Estranha definição, estranho conceito este de business angel com dinheiro do Estado de futura impostagem aos saxões do costume.
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Uma verdadeira alquimia da estupidez.
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Imaginem o moral hazzard potencial."


quinta-feira, dezembro 18, 2014

Granola com canela, torrada no momento

Se tivesse um café, um espaço onde se servissem pequenos-almoços, todos os dias seduziria clientes com granola fresca feita hora a hora e torrada com canela. Depois, complementava com um sortido de iogurtes e de frutas frescas.
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Aposto que era um sucesso.

segunda-feira, setembro 02, 2013

Para reflexão

Lembrem-se dos milhões prometidos para o empreendedorismo pelos vários governos, lembrem-se do aparecimento de incubadoras no país como cogumelos:
"Indeed, as I investigated why incubators fail, I was astounded to find that many incubators assume that cheap real estate, co-working spaces, used furniture, plus a phone and Internet connection equate with business incubation. Jim Flowers, president of the Virginia Business Incubation Association, says, "They mistake cheap floor space for meaningful program content."
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Well, it isn't. Neither are discounted legal services, accounting, or other kinds of commodity services.
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Most incubators use funding as a success metric, which is a somewhat flawed criterion. Over 99% of companies should operate as organically grown, self-sustaining businesses — bootstrapped, without external financing. For them the goal is to achieve customer validation, not financing. Yet if the incubator uses financing as its success metric, it will try to force inexperienced entrepreneurs into an unnecessary financing round. And more often than not, they will fail."
Trechos retirados de "The Problems with Incubators, and How to Solve Them"

quinta-feira, janeiro 17, 2013

O futuro do emprego passará pelo auto-emprego

Já procurei e procurei mas não consigo encontrar.
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Em tempos, aqui no blogue, escrevi sobre este tema "How to protect workers against robots":
"That will mean making “small business owner” a much more common occupation than it is today (some would argue that with the rise of freelancing, this is already happening). Small businesses should be very easy to start, and regulation should continue to favor them. It’s a bit odd to think of small businesses as a tool of wealth redistribution, but strange times require strange measures."
O futuro do emprego passará pelo auto-emprego, pelo empreendedorismo, pelo artesanato, por Mongo.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Da próxima vez que lhe falarem no aumento do preço dos alimentos

Da próxima vez que lhe falarem no aumento do preço dos alimentos, e sentir um toque de histeria no ar, lembre-se disto:
"Even though EU rules have been relaxed, he said farmers are routinely forced to throw away up to 40 per cent of a crop because it does not meet “cosmetic standards”.
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The problem is not even measured because the Government does not survey food waste on farms, despite poking around the bins of consumers to analyse consumer waste.
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Mr Stuart, who fed thousands of people in Trafalgar Square from rejected fruit and vegetables, said retailers will only take “outgrade” fruit and vegetables because the supply is low this season."
Trecho retirado de "Thanks to the weather ‘wonky’ fruit and veg is back"
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Afinal não são só os portugueses que seguem estas regras absurdas para ter comida de "plástico"nas prateleiras dos supermercados.
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E não há nenhum empreendedor que compre esta fruta rejeitada para a vender como fruta do tempo dos nossos avós? Para a vender em canais de distribuição alternativos? Por exemplo máquinas de vending com fruta, em locais de grande circulação de pessoas.

terça-feira, agosto 07, 2012

Incomoda-me a crítica constante aos micro-empreendedores

Este discurso:
"Resolve o problema individual de alguém, mas não o desemprego estrutural. Para isso, são necessários projectos com escala e elementos de diferenciação sustentáveis. No final, é esse o empreendedorismo que marca o país". O professor teme ainda que o auto-emprego seja apenas uma fuga temporária: "Um micro café ou cabeleireiro são iniciativas focadas no consumo interno. Num clima recessivo, as pessoas gastam menos. É preciso pensar no mercado externo".
Incomoda-me!
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Incomoda-me a crítica constante aos micro-empreendedores, gente que opta por não ficar a depender da segurança social.
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Esquecem-se sempre que um micro-empreendedor está a apostar o seu dinheiro, o seu tempo, os seus sonhos, sem pedir nada aos contribuintes.
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O que as "elites"  gostam mesmo é de "são necessários projectos com escala". Gostam mesmo é de Qimondas ou de RPPs.
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O micro-empreendedorismo é muito mais saudável: tem mercado funciona, não tem mercado fecha.
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Da minha parte, se algum micro-empreendedor precisar de apoio numa reflexão estratégica, no desenho de um modelo de negócio, na construção de cenários, contacte-me à vontade, tenho todo o gosto em ajudar de  modo pro bono.
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Trecho retirado "Empreendedores que estão fora das primeiras páginas dos jornais"

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Acerca do empreendedorismo e da formação académica

Muitas vezes discute-se o fenómeno: quanto mais tempo na escola menos propensão têm as pessoas para o empreendedorismo.
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Talvez este texto "Should You Really Be A Startup Entrepreneur?" contribua para ajudar a explicar o fenómeno:
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"I’m sure everybody has their own definition of the attributes of an entrepreneur. Some of the ones I would identify are:

  • Not very status-oriented
  • Doesn’t follow rules very well and questions authority
  • Can handle high degrees of ambiguity or uncertainty
  • Can handle rejection, being told “no” often and yet still have the confidence in your idea
  • Very decisive. A bias toward making decisions – even when only right 70% of the time – moving forward & correcting what doesn’t work
  • A high level of confidence in your own ideas and ability to execute
  • Not highly susceptible to stress
  • Have a high risk tolerance
  • Not scared or ashamed of failure
  • Can handle long hours, travel, lack of sleep and the trade-offs of having less time for hobbies & other stuff"
No caso português, Arroja vem à tona.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Outra vez acerca do empreendedorismo

Mais um interessante artigo de Avelino de Jesus "Doutores e empresários" no JdN.
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Nos últimos meses tenho defendido que o que é preciso neste país é aliviar o peso que o verdelhão suporta para sustentar o cuco.
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No entanto, a economia socialista em que nos vamos atulhando dificulta cada vez mais o livre empreendimento. Por outro lado, a escola também não ajuda a criar mentes livres... fomenta a mentalidade da segurança a todo o custo.
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Recordo este postal "O mainstream e o politicamente correcto de mãos dadas" e, sobretudo o gráfico nele incluído... e se além da correlação também existir causalidade?
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Recordo ainda "Ignorância e caviar, uma mistura explosiva"

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Isto é um problema dentro do problema... ou o Problema?

Defendi aqui a minha tese de que precisamos de mais empresas, de que precisamos de mais empreendedores, muito mais do que precisamos de mais competitividade.
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Um problema é a correlação... ou será causalidade, quanto mais anos de escolaridade, menos espírito empreendedor:
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"Que do total de 1079 milhares trabalhadores por conta própria (incluindo aqui os que se estabeleceram como isolados e como empregadores), mais de metade tem apenas o 1.º ciclo do ensino básico ou nenhum grau de instrução. Em Outubro, eram 449,8 mil os que tinham apenas o equivalente à instrução primária e 128,9 mil os que referiam não ter qualquer nível de escolaridade completo.
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Ao contrário do que sucede entre os que estão por conta própria, entre os trabalhadores por conta de outrem o número dos que não têm nenhum nível de escolaridade completo é relativamente pequeno: são 69,3 mil num universo global de 3,8 milhões. Mesmo os que têm apenas o 1.º ciclo do ensino básico (711,3 mil) são menos numerosos do que os que possuem o 3.º ciclo (859 mil)."
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Trechos retirados de "Menos 40 mil negócios por conta própria em 12 meses"

sexta-feira, dezembro 03, 2010

“Never waste the opportunities offered by a good crisis”

A Harvard Business Review de Novembro passado traz um artigo interessante que merece destaque "Finding Competitive Advantage in Adversity - Difficult business environments can offer rich opportunities to entrepreneurs" de Bhaskar Chakravorti.
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O artigo não deixa de ser uma lição para todos aqueles que pedem ajudas para as empresas suportarem as mudanças e impedem, com isso, o esforço de renovação dessas mesmas empresas para se adaptarem a uma nova realidade.
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"Considerable evidence shows that periods of extreme adversity foster innovation and the building of companies. For example, 18 of the 30 firms currently on the Dow Jones Industrial Index were founded during economic downturns. The Kauffman Index of Entrepreneurial Activity showed that the rate of new-business creation was higher during the deepest part of the 2009 recession than it had been in the 14 previous years, including the 1999–2000 technology boom. (Moi ici: Fantástico!!!)
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Moments of crisis have historically served as a powerful impetus for innovation, ... The entrepreneurs who thrive in the face of adversity are a different breed from those who flourish when resources are unlimited, such as in Silicon Valley during the 1990s.
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To ground your thinking about the benefits that adversity can offer, go back to Michael E. Porter in The Competitive Advantage of Nations: “Competitive advantage emerges from pressure, challenge, and adversity, rarely from an easy life.” Necessity, coupled with four key opportunities, can indeed be the mother of some serious inventions.
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During the 20th century, many breakthroughs took us to uncharted and unimagined territory. But now we are discovering their unintended consequences: unbalanced growth and self-limiting orthodoxies, which may well be the predominant features of the decades ahead.
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The “new abnormals”—the entrepreneurs who survive—will be those who harness the competitive advantage of adversity. The present century holds a treasure trove of bottlenecks, constraints, and other major difficulties that will be with us for a long time. It would be a shame if — as entrepreneurs, managers, and investors — we were to let such an abundance of serious crises go to waste."

domingo, julho 04, 2010

Ignorância e caviar, uma mistura explosiva

"Empresas de Terceiro Mundo" um postal de Daniel Oliveira no blogue "Arrastão".
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Nele pode ler-se:
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"Segundo o estudo, 61,3 por cento dos trabalhadores por conta de outrem têm até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4 por cento têm o ensino secundário e 18,3 por cento o ensino superior. Nos patrões, os números mudam um pouco: 71,7 por cento têm até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2 por cento o ensino secundário e 16,1 por cento o ensino superior. Ou seja, há muito mais trabalhadores com o ensino secundário completo (mais 67,2 por cento) e com o ensino superior (mais 13,7 por cento) do que empresários.

Como não é plausível que quem tem melhores qualificações tenha menos apetência para o risco, é possível tirar daqui outras conclusões. (Moi ici: Não é plausível? Com que bases é feita esta afirmação? Ver nota 1)

O que estes números evidenciam é que, para além de alguns empresários em nome individual que são, na realidade, trabalhadores por conta de outrem, grande parte do nosso tecido empresarial é de tipo familiar, dirigido por pessoas com uma baixíssima preparação técnica. Não sucede assim nos países realmente desenvolvidos. Não só as pequenas empresas têm menor peso na economia (Moi ici: Caro Daniel Oliveira o único país do mundo onde tal acontece, as grandes empresas representarem a maioria do tecido empresarial, é na Rússia, por legado da economia centralizada para os oligarcas. Em qualquer país europeu as PMEs representam a maioria das empresas e do emprego. Recordar que em Portugal as 1000 maiores empresas representam cerca de 8% do emprego. Ver nota 2) como, mesmo para dirigir uma pequeníssima empresa, é exigível algum grau de preparação." (Moi ici: Pronto, se o BE chegar ao poder as PME's serão expropriadas a quem não for doutor, engenheiro ou arquitecto. Olha, lá se vai a Inarbel...)
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Nota 1: "4. Os estudantes universitários portugueses demonstram intenções empreendedoras?
Os estudantes universitários portugueses, sendo os futuros agentes de desenvolvimento da sociedade e do tecido empresarial português, não demonstram grandes intenções empreendedoras. O estudo desenvolvido pelo Observatório do Empreendedorismo de Base Tecnológica (2005) mostra que 40,8% dos alunos inquiridos não manifestam intenções empreendedoras, sendo que 7% revelam intenções empreendedoras e apenas 5,1% revelam fortes intenções empreendedoras."
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Nota 2: "SMEs represented 99.8 % of all EU-27 enterprises in the non-financial business economy in 2006, employing two thirds of the workforce (67.4 %) and generating 57.7 % of total value added;" ... "SMEs employed 81.0 % of the non-financial business economy workforce in Italy in 2006, a share that fell close to 50 % in Slovakia and the United Kingdom;"
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BTW, por que é que só as empresas que não têm licenciados à sua frente é que vão à falência nestes tempos que correm? E empresas como a Qimonda?

segunda-feira, junho 07, 2010

segunda-feira, dezembro 07, 2009

O custo de arriscar

"O problema fundamental coloca-se, no entanto, a médio e longo prazo: já com a crise internacional fora do cenário, Portugal volta a confrontar-se com as suas fragilidades estruturais, como o sobreendividamento (que vai limitar o consumo privado), o peso excessivo de bens não exportáveis na economia (o sector dos serviços, na maioria não transaccionáveis, pesa 66% na riqueza criada) e a competitividade baixa de parte das suas exportações (que terão crescimento escasso). Resultado: sem as "reformas estruturais que promovem a competitividade" - e que "são a chave para um crescimento mais alto via exportações", aponta a OCDE - Portugal acumulará mais uma década de anemia económica. Os números ontem divulgados são preocupantes: o potencial de crescimento médio anual da economia portuguesa cai para 0,4% entre 2009 e 2011, para subir para uns magros 1% entre 2012 e 2017, o segundo nível mais baixo na OCDE." (Trecho retirado do artigo "OCDE Portugal sem capacidade para criar empregos até 2017" publicado no i)
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Julgo que as reformas estruturais deveriam ter como preocupação não a competitividade mas a criação de empresas produtoras de bens transaccionáveis. Criando as empresas, sem subsídios e apoios, estas terão de fazer pela vida e aprender a ser competitivas.
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Criar uma empresa é arriscar, é experimentar, é tentar... empresas sem risco só existem coladas ao Estado:
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"“96% of all business start-ups in the US fail within 10 years” (Trecho retirado do livro "Six Disciplines for Excellence" de Gary Harpst)
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Se o custo de contexto forem muito elevados... menos empreendedores vão tentar a sua sorte.

domingo, março 29, 2009

A força da micro-economia

"Global heroes" a special report on entrepreneurship da revista The Economist:
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"Back in 1942 Joseph Schumpeter gave warning that the bureaucratisation of capitalism was killing the spirit of entrepreneurship. Instead of risking the turmoil of “creative destruction”, Keynesian economists, working hand in glove with big business and big government, claimed to be able to provide orderly prosperity. But perspectives have changed in the intervening decades, and Schumpeter’s entrepreneurs are once again roaming the globe."

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Um bom exemplo

"Agriões e nabiças foram a saída do beco em que estava" um artigo de Jorge Fiel no DN de hoje.
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Um exemplo da aplicação das palavras de Covey:
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"Highly proactive people recognize that responsibility. They do not blame circumstances, conditions, or conditioning for their behavior. Their behavior is a product of their own conscious choice, based on values, rather than a product of their conditions, based on feeling."
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"Many people wait for something to happen or someone to take care of them. But people who end up with the good jobs are the proactive ones who are solutions to problems, not problems themselves, who seize the initiative to do whatever is necessary, consistent with correct principles, to get the job done."

terça-feira, agosto 19, 2008

Empreendedorismo

Algures no início da Primavera(?), passei de bicicleta na estrada Estarreja-Murtosa-Torreira e reparei num terreno, até então abandonado, alguém tinha decidido fazer algo dali.
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Meses depois passei e pareceu-me vislumbrar uma plantação de morangos!!!
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Ontem, passei por lá, parei e comprei uns morangos com um aspecto de fazer inveja aos dos hipermercados e demais lojas, e o carro ficou perfumado.
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É interessante a sensação, enquanto catam os morangos de umas caixas plásticas para o saco para pesar, os clientes podem apreciar ali, a menos de 2 metros de distância, os morangos vermelhinhos ainda agarrados ao morangueiro.
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O episódio faz recordar o artigo do caderno de Economia do semanário Expresso do passado fim-de-semana "Especulação nos bens alimentares": "No caminho entre o produtor e o consumidor, há alimentos que decuplicam o preço".

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Give me your tired, your poor, your huddled masses yearning to breathe free

Give me your tired, your poor,

Your huddled masses yearning to breathe free,

The wretched refuse of your teeming shore.

Send these, the homeless, tempest-tossed, to me:

I lift my lamp beside the golden door.



Foi deste poema escrito por Emma Lazarus e que se encontra, pelo menos em parte, inscrito na base da Estátua da Liberdade em Nova Iorque, que me lembrei ao ler a capa do semanário Vida Económica desta semana:

"Portugal tem uma baixa taxa de empreendedorismo em relação à Europa e ao resto do mundo. Além disso, trata-se de um empreendedorismo com pouca presença nas áreas da indústria transformadora e maior peso nos serviços a empresas ou particulares, na sua maioria pequeno comércio. Rui Guimarães, da Cotec, considera que este empreendedorismo é pouco qualificado e de baixo interesse para o país."

De baixo interesse para o país?!!!

Não acredito que isto se possa dizer impunemente, sem consequências?!!!


Mas então o que é preferível, ter uma pessoa desempregada, a receber o respectivo subsídio de desemprego ou o rendimento social de inserção, ou ter essa pessoa à angariar o seu sustento e a pagar impostos gerindo um pequeno café, ou um pequeno quiosque?


Mas quem é que se pode considerar detentor da verdade e capaz de classificar os empreendedores em bons e maus? Só conheço uma entidade - o mercado!


No entanto, se lermos a entrevista percebemos outra coisa, o que Rui Guimarães diz é outra coisa completamente diferente:


"RG ...temos falta de empreendedorismo qualificado.

VE - É um empreendedorismo muito básico?

RG - É um empreendedorismo que é positivo, é bom que exista, é óptimo. Agora, nós temos um empreendedorismo pouco qualificado. De outra forma, as pessoas estariam na indústria transformadora, na indústria extractiva."


Afinal as palavras "empreendedorismo de baixo interesse para o país" são da jornalista, que até conheço pessoalmente.

Se todo esse "empreendedorismo de baixo interesse" desaparecesse e tivéssemos que pagar mais impostos para suportar esses novos desempregados, talvez a opinião sobre eles mudasse, basta fazer um mapa causal.