Mostrar mensagens com a etiqueta rugged landscapes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta rugged landscapes. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Realizar grandes saltos na paisagem competitiva

A propósito deste trecho:
"A very important implication of a dynamic landscape is that under local adaptation an organization may be trapped into its current form. Each position on the landscape has N immediate neighbors at which the organization can change to. If all those neighboring forms are adopted by a high enough number of competitors, then all restructure attempts of an organization in the central point would result into a negative gain. Unless some neighboring organizations move into more distant points, it is impossible for the central one to make any successful changes. It is obvious that under distant adaptation such traps are not possible to exist; an organization can jump to a distant point on the landscape and escape the unfavorable environment. Most managers would find this form of traps familiar; it is the case that a company is considering investments that would improve its position in the market. It is very common that selective investment in only one aspect of the company is not expected to return any worthwhile gains. Instead, extensive reorganization of the whole company is required, in order to totally reposition itself in the market – a reorganization that usually requires large investments and skilled people."
Fiquei logo a pensar no período que atravessamos... mudanças graduais não servem porque as empresas têm de realizar grandes saltos na paisagem competitiva:
"an organization can jump to a distant point on the landscape and escape the unfavorable environment"

Trecho retirado de "Adaptation on Rugged Landscapes: Competitive Strategies in the Presence of a Common Objective".

sexta-feira, abril 22, 2011

Pós pico da globalização...

Gosto das ideias de Ghemawatt acerca da globalização.
.
Aliás, Ghemawatt não acredita que exista uma globalização, defende que existe uma semiglobalização.
.
As ideias de Ghemawatt são compatíveis com o meu planeta Mongo, um planeta com uma paisagem competitiva super-enrugada.
.
A minha última encomenda de leitura foi "World 3.0: Global Prosperity and How to Achieve It". Hoje, verifico que a The Economist faz uma análise ao livro:
.
"Far from “ripping through people’s lives”, as Arundhati Roy, an Indian writer, claims, globalisation is shaped by familiar things, such as distance and cultural ties. Mr Ghemawat argues that two otherwise identical countries will engage in 42% more trade if they share a common language than if they do not, 47% more if both belong to a trading block, 114% more if they have a common currency and 188% more if they have a common colonial past.
.
What about the “new economy” of free-flowing capital and borderless information? Here Mr Ghemawat’s figures are even more striking. Foreign direct investment (FDI) accounts for only 9% of all fixed investment. Less than 20% of venture capital is deployed outside the fund’s home country. Only 20% of shares traded on stockmarkets are owned by foreign investors. Less than 20% of internet traffic crosses national borders."
...
"That FDI fell from nearly $2 trillion in 2007 to $1 trillion in 2009 can be put down to the global financial crisis. But other trends suggest that globalisation is reversible. (Moi ici: Tenho escrito sobre a Torre de Babel, sobre a proximidade, sobre a vantagem da rapidez) Nearly a quarter of North American and European companies shortened their supply chains in 2008 (the effect of Japan’s disaster on its partsmakers will surely prompt further shortening)."
...
Mongo, Mongo por todo o lado "Mr Ghemawat also explodes the myth that the world is being taken over by a handful of giant companies. The level of concentration in many vital industries has fallen dramatically since 1950 and remained roughly constant since 1980: 60 years ago two car companies accounted for half of the world’s car production, compared with six companies today.
.
He also refutes the idea that globalisation means homogenisation. The increasing uniformity of cities’ skylines worldwide masks growing choice within them, to which even the most global of companies must adjust."
...
"In general companies frequently have more to gain through exploiting national differences — perhaps through arbitrage—than by muscling them aside." (Moi ici: Aqui os teimosos que nos querem impor um acordo ortográfico não percebem como a cultura podem ser uma poderosa barreira para proteger os mais pequenos... já o escreveu Peter Schwartz "There will be economic reasons for each nation to keep its unique culture intact.")

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VIII)

A revista The McKinsey Quarterly publicou o artigo "Building the supply chain of the future" de onde sublinho:
.
"Growth in developing countries contributes to volatility in global currency markets and to protectionist sentiment in the developed world, for example. What’s more, different growth rates across various emerging markets mean that rising labor costs can quickly change the relative attractiveness of manufacturing locations. This past summer in China, for example, labor disputes—and a spate of worker suicides—contributed to overnight wage increases of 20 percent or more in some Chinese cities. Bangladesh, Cambodia, and Vietnam experienced similar wage-related strikes and walkouts. Finally, as companies in developing markets increasingly become credible suppliers, deciding which low-cost market to source from becomes more difficult.
.
Rising complexity (Moi ici: IMO o maior aliado da indústria europeia)
Manufacturing and supply chain planners must also deal with rising complexity. For many companies, this need means working harder to meet their customers’ increasingly diverse requirements. Mobile-phone makers, for example, introduced 900 more varieties of handsets in 2009 than they did in 2000. Proliferation also affects mature product categories: the number of variants in baked goods, beverages, cereal, and confectionery, for instance, all rose more than 25 percent a year between 2004 and 2006, and the number of SKUs4 at some large North American grocers exceeded 100,000 in 2009.
...
In such a world, the idea that companies can optimize their supply chains once—and for all circumstances and customers—is a fantasy. Recognizing this, a few forward-looking companies are preparing in two ways. First, they are splintering their traditional monolithic supply chains into smaller and more flexible ones." Moi ici: Qual o posicionamento que a sua organização ocupa? Como pode aproveitar estes fenómenos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada?)

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VII)

Para não cair em saco roto:
.
"E&Y withdraws China NPL report":
.
"The real cost of Chinese NPLs"
.
A acrescentar à nossa lista de factores abióticos que estão/vão alterar a paisagem competitiva enrugada.

sábado, janeiro 08, 2011

Alimentar discussões sobre hipotéticos futuros

Talvez Martin Feldstein esteja a ser demasiado optimista "Harvard’s Feldstein Says U.S., China Trade Gap on Path to Resolution"
.
No entanto,  a valorização do yuan e o crescimento do mercado doméstico chinês são dois poderosos factores abióticos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada.
.
Que estratégias podem emergir destas alterações?
.
O que é que as associações industriais estão a fazer para gerar a discussão entre os seus associados? Não para darem origem a planos quinquenais, mas para gerarem carambolas nas mentes dos mais ambiciosos, dos mais apaixonados, dos mais temerários, para que nasçam dezenas, centenas de planos individuais, à medida de cada empresa, à medida da experiência, à medida do cadastro, à medida do CV de cada empresa/empresário... Minkowski em acção!
.
Enquanto escrevo isto, o twitter avisou-me que Seth Godin publicou um novo postal... nem de propósito:
.
"The sure-fire recipe for business success
.
Wait, I was confused. There's a sure-fire recipe for delicious chocolate chip cookies. There is in fact a magic formula.
.
For businesses, not so much. There isn't one secret, one process, one solution. Instead, there are a thousand or maybe a million.
.
It's not a jigsaw puzzle, it's a strand of DNA, easily rearranged and sometimes it even works. For a while."

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Mais alterações no meio abiótico

Alterações com potencial de impacte na economia portuguesa ...
.
Ah! Se tivéssemos uma economia menos socialista e mais livre... aproveitaríamos muito mais a mudança da maré que está em curso "Pequim permite valorização da moeda para travar preços" o jogo de vasos comunicantes...

domingo, setembro 02, 2007

Empresários trocam Portugal por Espanha

A propósito desta notícia do DN de hoje: "Empresários trocam Portugal por Espanha ", onde se pode ler:


"Em Portugal praticam-se normas absurdas que nos complicam a vida e que não são exigidas em mais nenhum outro país da União Europeia", afirmou. Os portugueses ficam a perder em tudo. Ganham menos e pagam muito mais", salientou.
Para já, Manuel Carneiro mudou apenas a sede da empresa mas pondera a hipótese de um dia, mais tarde, se mudar definitivamente para o lado de lá da fronteira."


Na sequência da minha principal leitura deste Verão, "The Origin of Wealth" de Eric Beinhocker, tenho deambulado pela internet em leituras sobre temas que fazem ponte para o Santo Graal da vantagem competitiva das organizações, por exemplo:
  • "Interpreting Economic Change: Evolution, Structures and Games" de Giovanni Dosi e Sidney Witer;
  • "Evolutionary Thought in Management and Organization Theory at the Beginning of the New Millennium" de Johann Peter Murmann, Howard Aldrich, Daniel Levinthal e Sidney Winter; e
  • "Organisational Adaptation on Rugged Landscapes" de Tony Brabazon e Robin Mattews.
Leio estes textos sobre as empresas e não posso deixar de fazer o paralelismo, para as sociedades humanas e, em particular para a nossa.

As empresas, organizações de humanos, são como organismos, seres vivos que vivem num mundo (n-dimensional) de vales e picos, nos vales paira uma neblina venenosa que mata, nos picos usufrui-se de uma atmosfera saudável e colhe-se alimento que permite a vida e o crescimento.


As empresas organizam-se para procurar, pesquisar um pico onde possam alimentar-se e crescer, contudo, quando chegam a um pico não podem lá ficar eternamente porque a paisagem está constantemente a alterar-se. Um pico hoje, pode ser ser um vale amanhã, e vice versa (basta lembrar-mo-nos, na versão animal, da extinção dos dinossauros).

Estudos feitos em universos virtuais, experimentam os vários tipos de estratégias de busca de picos e algumas conclusões que se tiram podem ser resumidas da seguinte forma:
  • "In an evolutionary system such as Lindgren's model, there is no single winner, no optimal, no best strategy. Rather, anyone who is alive at a particular point in time, is in effect a winner, because everyone else is dead. To be alive at all, an agent must have a strategy with something going for it, some way of making a living, defending against competitors, and dealing with the vagaries of its environment."
  • "Lindgren's model showed that once in a while, a particular strategy would rise up, dominate the game for a while, have its day in the sun, and then inevitably be brought down by some innovative competitor."
  • "... evolution is a process of continuous innovation. The recursive nature of the algorithm never stops. This is essential, given the constantly changing nature of the landscape. There may be periods of more or less active search as evolution balances exploration and exploitation, but the search is never complete. The system has no equilibrium - in evolutionary systems, stasis is a recipe for extinction."
Leio estas coisas, percebo que são apenas teorias, tentativas de explicação da realidade, reconheço-lhes valor, para explicar e perceber melhor a realidade. E depois, dou comigo a pensar na enormidade de uma sociedade ter uma constituição que diminui drasticamente, congela os graus de liberdade, no fundo as opções de pesquisa possíveis dos seus membros.
Dou comigo a pensar na enormidade de uma geração, ter a lata, o descaramento e a arrogância de acreditar ter descoberto a Estratégia correcta, a Estratégia Verdadeira, e bloquear a procura de alternativas, para assegurar a sustentabilidade da sociedade.

Assim, ou me engano muito, ou um dia acordamos todos num vale. Nessa altura, em vez de uma busca local, vamos ter de dar um grande salto, vamos estar nas imediações, ou até mesmo ser engolidos, por uma singularidade. Um ponto onde as leis actuais não se aplicam, por isso é que é uma singularidade... e à semelhança dos dinossauros (já imaginaram a quantidade de direitos adquiridos que os dinossauros viram desaparecer de um momento para o outro, literalmente, com o meteorito no Iucatão?) esta sociedade actual, vai ter de criar outra, e como já não há colónias, vai ter mesmo de ser sustentável.

Outro sintoma, aqui, no JN de hoje: "Portugal com a maior subida de desemprego", por Célia Marques Azevedo.