Mostrar mensagens com a etiqueta fitness landscape. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fitness landscape. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, novembro 10, 2011

OMG... e vão viver de quê? (parte VIII) ou Mt 11, 25

Parte VII.
.
Já olharam para uma caixa de lápis de um desenhador?
.
Do 8H ao 9B vão 20 graus de dureza.
.
Um especialista, um artista sabe quando usar cada uma dessas durezas. Quando falam num lápis, não falam do mesmo lápis que nós, falam dum instrumento específico com uma dureza específica.
.
A natureza está repleta de exemplos desta diversidade. O estudo das comunidades biológicas é fantástico e, na minha opinião, obrigatório para perceber a micro-economia. Uma comunidade é um grupo de populações que interagem umas com as outras no mesmo espaço abiótico.
.
Em Julho de 2006 aprendi, com Gause, as lições que as paramécias nos ensinam acerca da estratégia, acerca das comunidades biológicas, acerca dos nichos... foi um dos motes que desencadeou o início da reflexão que me levou a equacionar o aparecimento do planeta Mongo, uma comunidade bio-económica fantástica, plena de diversidade.
Quando num meio de cultura (um mercado) diferentes espécies (diferentes empresas) (Paramecium aurelia e Paramecia caudatum) competem pelos mesmos recursos (mesmos clientes) ... só uma vai sobreviver, a mais forte.
.
Quando num meio de cultura (um mercado) diferentes espécies (diferentes empresas) (Paramecium aurelia e Paramecia bursaria) competem por recursos diferentes (diferentes clientes-alvo, diferentes propostas de valor) ... todas, eu sublinho, TODAS, podem sobreviver, não são concorrentes..
.
Se compararmos o mercado a uma paisagem competitiva enrugada à la Kauffman:
que sofre da particularidade de se mover ao longo do tempo, ou seja não é estática:
podemos imaginar diferentes empresas a diferentes alturas da paisagem, competindo por diferentes clientes-alvo com diferentes propostas de valor... tal como na biologia:
podemos imaginar diferentes empresas a diferentes alturas e coordenadas da paisagem, competindo por diferentes clientes-alvo... tal como diferentes espécies de rouxinóis vivem dos insectos de uma mesma árvore sem competirem entre si:
tal como diferentes aves aquáticas vivem do mesmo lago sem competirem entre si:
Os macro-economistas não percebem esta bio-diversidade, para eles, todos competem com todos, para eles a paisagem competitiva resume-se a um único pico no espaço. No entanto, a biologia e o sucesso das exportações portuguesas, sobretudo no espaço extracomunitário, mostram que diferentes empresas de diferentes países podem coexistir se apostarem em diferentes nichos.

terça-feira, janeiro 25, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte IX)

Mais factores abióticos a modificar a paisagem competitiva enrugada onde operam as PMEs.
.
"Salário mínimo em província chinesa vai aumentar 18,6%":
.
"A província chinesa de Guangdong, a principal exportadora da "maior fábrica do mundo", vai aumentar o salário mínimo em 18,6%, depois de uma subida de 20 por cento em maio de 2010, anunciou o governo local."

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VIII)

A revista The McKinsey Quarterly publicou o artigo "Building the supply chain of the future" de onde sublinho:
.
"Growth in developing countries contributes to volatility in global currency markets and to protectionist sentiment in the developed world, for example. What’s more, different growth rates across various emerging markets mean that rising labor costs can quickly change the relative attractiveness of manufacturing locations. This past summer in China, for example, labor disputes—and a spate of worker suicides—contributed to overnight wage increases of 20 percent or more in some Chinese cities. Bangladesh, Cambodia, and Vietnam experienced similar wage-related strikes and walkouts. Finally, as companies in developing markets increasingly become credible suppliers, deciding which low-cost market to source from becomes more difficult.
.
Rising complexity (Moi ici: IMO o maior aliado da indústria europeia)
Manufacturing and supply chain planners must also deal with rising complexity. For many companies, this need means working harder to meet their customers’ increasingly diverse requirements. Mobile-phone makers, for example, introduced 900 more varieties of handsets in 2009 than they did in 2000. Proliferation also affects mature product categories: the number of variants in baked goods, beverages, cereal, and confectionery, for instance, all rose more than 25 percent a year between 2004 and 2006, and the number of SKUs4 at some large North American grocers exceeded 100,000 in 2009.
...
In such a world, the idea that companies can optimize their supply chains once—and for all circumstances and customers—is a fantasy. Recognizing this, a few forward-looking companies are preparing in two ways. First, they are splintering their traditional monolithic supply chains into smaller and more flexible ones." Moi ici: Qual o posicionamento que a sua organização ocupa? Como pode aproveitar estes fenómenos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada?)

Construir a cadeia de valor do futuro (parte VII)

Para não cair em saco roto:
.
"E&Y withdraws China NPL report":
.
"The real cost of Chinese NPLs"
.
A acrescentar à nossa lista de factores abióticos que estão/vão alterar a paisagem competitiva enrugada.

sábado, janeiro 08, 2011

Alimentar discussões sobre hipotéticos futuros

Talvez Martin Feldstein esteja a ser demasiado optimista "Harvard’s Feldstein Says U.S., China Trade Gap on Path to Resolution"
.
No entanto,  a valorização do yuan e o crescimento do mercado doméstico chinês são dois poderosos factores abióticos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada.
.
Que estratégias podem emergir destas alterações?
.
O que é que as associações industriais estão a fazer para gerar a discussão entre os seus associados? Não para darem origem a planos quinquenais, mas para gerarem carambolas nas mentes dos mais ambiciosos, dos mais apaixonados, dos mais temerários, para que nasçam dezenas, centenas de planos individuais, à medida de cada empresa, à medida da experiência, à medida do cadastro, à medida do CV de cada empresa/empresário... Minkowski em acção!
.
Enquanto escrevo isto, o twitter avisou-me que Seth Godin publicou um novo postal... nem de propósito:
.
"The sure-fire recipe for business success
.
Wait, I was confused. There's a sure-fire recipe for delicious chocolate chip cookies. There is in fact a magic formula.
.
For businesses, not so much. There isn't one secret, one process, one solution. Instead, there are a thousand or maybe a million.
.
It's not a jigsaw puzzle, it's a strand of DNA, easily rearranged and sometimes it even works. For a while."

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Mais alterações no meio abiótico

Alterações com potencial de impacte na economia portuguesa ...
.
Ah! Se tivéssemos uma economia menos socialista e mais livre... aproveitaríamos muito mais a mudança da maré que está em curso "Pequim permite valorização da moeda para travar preços" o jogo de vasos comunicantes...

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Uma casca de noz que é arrastada no tsunami dos eventos, ou Agarrem-me senão eu mato-me (parte II)

Continuado da parte I.
.
Na parte I recordei o que significa apostar tudo na exploitation em detrimento da exploration, e escrevi:
.
"Recentemente voltei a recordar neste espaço as palavras de March sobre a exploitation e a exploration. Quando uma empresa se concentra demasiado, quando aposta tudo na exploitation, está a aderir a um modelo mental que assume que o dia de amanhã vai ser igual ao dia de hoje, acredita que o que resulta hoje continuará a resultar amanhã..."
.
Entretanto, no livro "The Design of Business - Why Design Thinking Is the Next Competitive Advantage" de Roger Martin encontro:
.
"If the goal of the reliability-oriented business is to ensure that tomorrow consistently and predictably replicates yesterday, then it follows that the business will be organized as a permanent structure with long-term ongoing job assignments (Moi ici: Até tremo a ler isto... esta confiança no permanente... um reich que durará mil anos). Daily work will consist of a series of permanent, continuous tasks: make stuff, sell it, ship it, follow up with customers, and service the installed base. There are few if any limited-term projects on the organizational chart, and for good reason.
.
Roger Martin cita um artigo de Mihnea Moldoveanu, "Reliability Versus Validity: A Note on Prediction" de onde destaco:
.
"The problem of going from reliability... is, of course, the "all things being equal" condition that appears in most experimental reports and empirical study results, which states that the supposed cause-effect relationship supported by the data will be operational in other contexts, "all things being equal." But that is precisely the point of living in an open, uncontrolled system, also known as the world: all things are not equal from one experimental run to another."
.
Aqui e aqui abordei o tema da fitness landscape ou business landscape em permanente mutação, e também já abordei o Jogo da Vida de Lindgren, permanentemente há picos elevados que caminham para depressões e vice-versa, depressões que crescem para picos.
.
Pois bem, ontem, encontrei este artigo "Exploitation has diminishing returns: Roger Martin" que reforça o tema:
.
"Once a company hits a winning formula, it tries to exploit it to the fullest. And therein lies the trap. “The problem is, exploitation has diminishing returns. And by focusing on what it already does, the company puts itself at risk of missing new opportunities and avoiding disasters that come from big changes in the environment. The folks at General Motors were focused on doing what they had always done and were almost destroyed by the changes they didn’t see coming. They had lots of past data to suggest they should keep making pick-ups and SUVs through 2008. But the world changed, and they just missed it,” says Roger Martin, a professor of strategic management and the Dean of Rotman School of Management at the University of Toronto. Martin, who recently authored The Design of Business— Why Design Thinking is the Next Competitive Advantage, spoke with Vivek Kaul recently about his concepts."
.
As nossas empresas que não mudaram nada, que continuaram agarradas ao passado, que não viram ou não quiseram ver o mundo a mudar... estavam à espera de quê?

terça-feira, junho 03, 2008

O animal adaptativo

Já não me recordo como foi, mas por causa do meu costume de pesquisar as fontes bibliográficas cheguei a um livro interessante “The social atom – Why the rich get richer, cheaters get caught, and your neighbor usually looks like you” de Mark Buchanan.
.
Uma vez que prego a descrença nos acasos e a crença na necessidade de mergulhar e procurar os padrões de comportamento que se escondem abaixo da superfície da realidade, foi com gosto que apreciei a designação do primeiro capítulo “Think Patterns, Not People”. Quem me conhece sabe o quanto comungo da máxima “A culpa é do sistema”
.
“The central idea of this book is that the only way to understand a sudden explosion of ethnic nationalism, a peculiar link between women’s education and birth control, entrenched racial segregation, and a host of other important or just plain interesting social phenomena – in financial markets, in politics, in the world of fashion – is to think of patterns, not people.”
.
O livro faz referência ao artigo “Inductive Reasoning and Bounded Rationality (The El Farol Problem), por W. Brian Arthur.
.
Alguns trechos do livro, tendo em conta o artigo, são:
.
“… the way people make most decisions has little to do with logic, and a lot to do with using simple rules and learning by trial and error. In particular, people try to recognize patterns in the world and use them to predict what might come next.”

“… people tend to hold a number of hypotheses in their heads at once, and to act on whichever seems to be making the most sense at the time.”

Agora vem uma citação que parece retirada de Karl Weick: “One of the best ways to go about a task, anything from putting up some shelves to finding a job, is often to just get started, even if you have no clear idea of the best way to proceed. You try something, then you learn and adapt. “The world,” as Jacob Bronowski once put it, “can only be grasped by action, not by contemplation.” Following this way of thinking, Arthur replaced rationality with a view of people as acting on the basis of simple theories, while adapting along the way.”

“… we’re adaptive rule followers, rather than rational automatons. But the model is surprisingly realistic.”
.
“We are alive today because our ancestors had hardwired into their behavior a set of simple rules for making decisions that gave pretty good results – enough for their survival – but have little to do with rational calculation.”
.
Capítulo após capítulo deste livro, dou comigo a repetir a frase “I love this game”.
.
Aprecio esta flexibilidade mental. Cada vez mais acredito que o mundo é composto por paisagens adaptativas (fitness landscapes, business landscapes), que se movimentam cada vez mais rapidamente e que são implacáveis com estruturas lentas, ultrapassadas e agarradas a direitos adquiridos.

quarta-feira, maio 21, 2008

Relações 4/5

Terceiro episódio (continuado daqui)
.

.
(Os textos sublinhados da apresentação, são hiperligações para exemplos concretos)
.
No mundo dos negócios, a menos que se esteja protegido pelo papá-estado, o sucesso é sempre transitório, é sempre passageiro, há que estar sempre a preparar a próxima rodada, porque vai sempre haver uma próxima rodada.
.
Quem não se prepara, quem é apanhado com as calças na mão, grita por auxílio, pede que distorçam as regras do jogo em seu favor... tal é possível, sacrificando o nível de vida dos consumidores e dos contribuintes.

terça-feira, maio 20, 2008

Relações (3/5)

Continuado daqui.
.
Não há mal que sempre dure e bem que nunca acabe, ou como as estratégias são sempre transitórias (e duram cada vez menos)

Consideremos um capitalista, um detentor de capital, uma entidade singular ou colectiva, que pretende investir o seu dinheiro para obter um dado retorno.
.
Onde investir?
.
Trecho que se segue adaptado de “Strategy and the Business Landscape” de Pankaj Ghemawat
.
É possível desenhar um gráfico onde se procura evidenciar que o sector de actividade onde um dado negócio opera, tem uma influência importante na rentabilidade potencial desse negócio.
A figura que se segue ilustra a extensão em que a rentabilidade média de um negócio pode depender do sector de actividade.
.


O eixo vertical mede a rentabilidade, após retirada dos custos do capital, o eixo horizontal mede a dimensão de cada sector, em termos de capital investido.
A figura acima permite relacionar rentabilidade de um negócio em função de uma opção: o sector de actividade.
.
A figura que se segue ilustra uma situação em que a rentabilidade é função de dois tipos de escolhas, a B e a C.
.


As escolhas podem ser: onde competir (ao longo de uma dimensão) e como competir (ao longo da outra dimensão).
.
A maior parte dos negócios podem ser melhor descritos como se operassem num espaço com n-dimensões de escolhas, onde cada localização nesse espaço representa uma diferente estratégia para o negócio – ou seja, um diferente conjunto de escolhas sobre o que fazer e como fazê-lo.
.
Uma business landscape representa a altitude, como a rentabilidade económica resultante do conjunto de opções estratégicas de um negócio. Assim, o desafio estratégico central é o de guiar um negócio para um ponto suficientemente elevado nesta paisagem (landscape).
.
O resto do segundo folhetim pode ser lido aqui
.
Fontes aqui: