Mostrar mensagens com a etiqueta aluguer. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta aluguer. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, julho 05, 2013

Há tantas possibilidades de combinação

Depois de ler "Storefront: The Airbnb of Retail" fiquei logo a pensar que se trata de um viveiro de modelos de negócio para novas abordagens ao retalho físico do futuro... há tantas possibilidades de combinação.
.
A ideia de que tudo pode ser alugado ou partilhado, não é necessário possuir.
.
A ideia da crescente popularidade da efemeridade.
.
Alugar espaço e/ou alugar pessoas e/ou gerir eventos e/ou combinar diferentes tipos de oferta e/ou...
.
BTW, para quem acha que o retalho físico está condenado, ou seja, para quem não conhece a batota:
"Offline, there are certain attributes that aren't online. It's a tactile experience -- "I can feel the clothes, the furniture" -- that increases trust with the brand or with the maker. Second, there's a conversation -- "I can meet the person who made this and understand their concept with the business." It really becomes more about the experience offline."

sábado, maio 04, 2013

Pós-Magnitogorsk

Nada de novo no texto que se segue. Escreve-se sobre isto aqui no blogue há vários anos. O que é novidade é encontrar isto escrito num jornal português:
"No essencial esta nova fábrica, apropriadamente intitulada "NextFab", consiste num conjunto de máquinas, várias de base digital mas outras não, com as quais é possível fabricar praticamente tudo. Tem similaridades com os chamados FabLabs, uma invenção do MIT, mas com uma variante importante. A componente digital, crítica nos FabLabs, não é aqui determinante.
...
Na indústria convencional (Moi ici: Produção em massa, modelo do século XX) as máquinas são concebidas para cumprirem uma única e repetitiva função. Cada nova produção exige normalmente uma reconfiguração importante da maquinaria e dos processos. Ao invés, neste novo tipo de fábrica pode fazer-se em simultâneo uma bicicleta, um saca-rolhas, uma camisola ou desenvolver um novo polímero. As máquinas são muito versáteis e de elevada capacidade combinatória. (Moi ici: Produção customizada em Mongo, peças únicas, pequenas séries, produção para uso próprio)
...
A nova fábrica é acessível a qualquer pessoa, quer na modalidade de auto-produção, em que o próprio opera os equipamentos, ou contratando pontualmente um serviço de assistência. (Moi ici: Prosumers, os artesãos de Mongo - todos nós) O modelo de negócio segue estas ideias e é por isso bastante original. Assenta numa carteira de associados que, através do pagamento de uma cota incomparavelmente menor do que o investimento em causa, utilizam livremente e sem mais custos todos os equipamentos. Estes são portanto partilhados e utilizados de forma bastante mais eficaz e produtiva do que é habitual. A propriedade exclusiva não é económica nem muito inteligente. Uma máquina, um qualquer equipamento ou, por exemplo, o nosso carro estão na maior parte do tempo parados. Não faz qualquer sentido. A partilha é muito mais lógica e eficaz. (Moi ici: Os modelos de negócio assentes na partilha e no aluguer)
...
O gosto muda velozmente, a inovação constante altera comportamentos e necessidades, os problemas sociais, ambientais e económicos crescem em complexidade. Faz cada vez menos sentido continuar a produzir em massa, quando as pessoas desejam diferenciação. Faz cada vez menos sentido impor uma determinada solução quando as pessoas gostariam de poder escolher, desenhar, conceber a sua.
.
Existem para além disso problemas concretos que exigem uma mudança. A produção em massa gera imensos desperdícios, precisa de enormes áreas de armazenagem, requer uma sofisticada e onerosa rede de transportes. É, além do mais, ambientalmente insustentável. Por isso as fábricas do futuro terão forçosamente de ser muito diferentes.
...
A indústria do futuro será ligeira, dispersa, diversificada e sobretudo acessível. Os equipamentos pesados, as grandes linhas de montagem irão dando lugar a pequenos centros de produção que funcionarão ao virar da esquina. Os poluentes e inacessíveis complexos industriais tenderão a desaparecer. Assistiremos a uma espécie de regresso da pequena oficina de bairro, só que altamente sofisticada e, mais importante, à disposição de todos. Isto vai mudar muito o universo produtivo e é melhor estarmos todos preparados. Depois não digam que não avisei."
Agora imaginem  o mundo de possibilidades que se abre...
.
´As Magnitogorsk do século XX absorveram as pessoas expulsas da agricultura. Agora, com o fim dessas Magnitogorsk voltaremos ao mundo não normalizado, ao mundo diversificado, ao mundo da produção dispersa e próxima do consumo. voltaremos a um mundo com menos empregados por conta de outrém. Small is beautiful!
.
Trecho retirado de "Nova indústria".

segunda-feira, abril 29, 2013

Modelos de negócio: partilha no B2B

Uma outra forma de olhar para a explosão de modelos de negócio baseados no aluguer e na partilha, já não só para o B2C mas também para o B2B. Mais uma forma de reduzir as barreiras à entrada e permitir a novatos fazer aquilo que só era permitido às empresas grandes.
"More generally, I think it’s hard to deny that both industries (AWS, Foxconn, etc) and individuals (from AirBNB to Zipcar) are increasingly moving towards collective usage of large pools of widely accessible shared resources. Economies of scale as a service, as Aaron put it. So far the effects are limited to specific sectors and domains — but it’s only a matter of time before this wave of change reaches, and profoundly disturbs, entire industries hitherto untouched by its force."
Empresas mais pequenas, empresas mais flexíveis, empresas mais antifrágeis, empresas mais habilitadas a lidar com um mundo muito mais heterogéneo, muito mais tribal e muito mais rápido.
"Industrial capacities that not long ago were available only to gargantuan corporations are today open to anyone and everyone.
...
Compare and contrast Intel with ARM. The former is, historically, a vertically integrated design-and-manufacturing monolith which owns and controls everything they do, whereas the latter concentrates on being the best at the one thing they do. I have enormous respect for Intel but it seems clear that the world is trending towards ARM’s more decoupled model, wherein their designs (like TSMC’s manufacturing capacity) are made available to any and all customers.
The logical conclusion of that trend, however, is far more transformative than a mere reduction in optimal corporate size and scope"
Trechos retirados de "Economies Of Scale As A Service"

domingo, março 24, 2013

Servitização

A propósito da progressiva servitização dos fabricantes de equipamentos, a propósito do fervilhar de novos modelos de negócio com novas vias para o pagamento, a propósito do progresso das ideias que defendem que tudo é serviço e os produtos não passam de um avatar, este interessante artigo "Firms’ Intentions to Use Nonownership Services":
"Fierce competition and high market complexity have forced traditional product manufacturers to gradually shift their focus from tangible products to intangibles, such as skills and knowledge, and to extend their service offerings
...
adopting a service-dominant logic may help firms to restructure their business model away from selling goods and towards offering access to goods
...
Business-to-business (B2B) services are an important force driving the growth of the service sector. Important subsectors of B2B services that are also examples of nonownership services include rental, outsourcing, and leasing. Leasing is one of the most widely used nonownership B2B services and the focus
of this study. Leased equipment accounted for approximately one third of the capital equipment in the United States in 2010, and for 28% of the same in Europe in 2008.
...
we define nonowner-ship service as service in which customers acquire some property rights to an asset and are offered a certain degree of freedom in using this asset for a specified period while the burdens of ownership remain with the owner. Intentions to use nonownership services are defined as a firm’s definite plan to acquire access to an asset through nonownership
Cash and liquid asset management....
Our qualitative study shows that many firms that are struggling to raise funds and/or do not have sufficient collateral for loans will opt for nonownership to preserve liquidity. According to seven of the ten interviewees, non-own ership provides a viable alternative form of financing and liquidity.
...
Control over assets.The use of nonownership services affects firms’ strategic orientation, such as their maintenance strategy. Thus, we conjecture that firms choosing nonownership services not only take financial issues into account but also consider whether leasing will support other strategic objectives.
...
Latest technology and tools....
We argue that the rapid development of technology leads to a cycle of gaps that continue to widen once a new technology has been implemented. Managers seeking to fill these gaps adopt suggestions and innovations promoted by fashion setters.
We believe that to close these gaps, firms adopt new technologies that put them at the forefront of their industries. The new technologies lead to new management techniques that lead to new performance gaps, creating a constant cycle of replacement and renewal. Here, we propose that nonownership is especially attractive to firms striving to obtain access to the latest technology and tools.
...
Half of the respondents from the qualitative study state that companies interested in using the latest assets use nonownership services. Nonownership seems especially attractive to firms using assets that are constantly replaced by new developments and quickly go out of fashion
...
The moderating role of firm size....
firm size shapes firms’ nonownership services use. Specifically, small firms are more focused (or often must focus) on the liquidity-related aspects of non-ownership than larger firms are. For many smaller firms, nonownership services are a substitute for high cost financing and necessary for either survival or growth. Thus, firm size, liquid asset management, and nonownership are linked. We conjecture that the size of the company moderates the relationship between the extent to which firms value liquidity and their intentions to use nonownership services.
...
The moderating role of risk of obsolescence.Firms’ asset replacement decisions are driven by either the poor performance of the current asset (performance obsolescence) or the availability of a newer, improved version of the asset (technological obsolescence). Firms interested in using the latest technology and tools continuously face the risk of asset obsolescence because the introduction of a new version may create the sense that the current asset is outmoded. Nonownership allows firms to transfer this risk to the service provider."








sábado, março 16, 2013

E os governos que vivem da impostagem pornográfica do consumo

Este artigo "Portugueses criam plataforma para gerir 'carsharing' em rede" é um exemplo nacional dos modelos de negócio que fervilham em torno do aluguer e da partilha.
.
Entretanto em "How Next-Gen Car Sharing Will Transform Transportation" um fundador da Zipcar fala sobre o lançamento de um novo conceito, em fase de testes em França, a partilha de carros (Buzzcar): partilhar e alugar o carro não de uma empresa mas de um particular, de um vizinho, por exemplo.
"It’s a variation on the Zipcar theme, called Buzzcar. Buzzcar is another car-sharing business. But this time, instead of sharing cars from a company-owned fleet, people share their neighbors’ cars. The company calls this peer-to-peer car rental, and has taglines that include “Borrow the car next door” and “fewer cars, more options & the money stays in the ‘hood.”
...
Car sharing is a win/win/win/win situation. There’s no stakeholder for whom it’s not a better situation, except for perhaps car manufacturers and car rental companies.(Moi ici: E os governos que vivem da impostagem pornográfica do consumo)
...
Zipcar had 10,000 cars and probably 730,000 members last year, so that would have meant about 150,000 cars not bought or avoided being purchased. And that — I checked with someone from GM — is half a percent of the cars sold in the US that year. That’s a significant percentage. (Moi ici: E isto é só o começo... qual o impacte disto na interpretação das estatísticas clássicas?)
...
The bottom line is that paying in real-time really, really transforms how you do things. When I have to pay by the hour and by the day, I choose to drive about 80% less — fewer vehicle miles traveled. And this transformation is very natural and effortless. When it is your car sitting downstairs, all the sunk costs are behind you, and you’re only thinking that it’s the variable cost of gas in the car. Now, it is a rental car, and you think carefully about the value of the trip."

sexta-feira, março 15, 2013

A reacção a Mongo

Mongo, ao entranhar-se na nossa vida quotidiana, vai levantar reacções defensivas e ataques dos incumbentes que vivem do status-quo actual, do Estado que vive de impostar a actividade económica do século XX e dos funcionários que vivem da regulação da economia à la século XX.
.
O que será mais eficaz e eficiente em termos de regulação, os sistemas de pontuação e crítica das partes intervenientes, ou os sistemas regulamentares tradicionais? De certeza que não há uma resposta universal, válida para todos os sectores.
.
O tema da revista "The Economist" desta semana foi sobre os novos modelos de negócio que borbulham, à boleia da internet e das redes sociais, baseados na partilha e no aluguer. O artigo "All eyes on the sharing economy" ilustra bem as movimentações dos Estados, que não querem perder impostos; dos reguladores, que não querem perder protagonismo, e dos incumbentes que ora reagem e tentam a proibição pura e simples, ora tentam saltar para o comboio em andamento.
"Occasional renting is cheaper than buying something outright or renting from a traditional provider such as a hotel or car-rental firm. The internet makes it cheaper and easier than ever to aggregate supply and demand.
...
People are looking to buy services discretely when they need them, instead of owning an asset,” says Jeff Miller, the boss of Wheelz, a peer-to-peer car-rental service that operates in California.
.
As they become more numerous and more popular, however, sharing services have started to run up against snags. There are questions around insurance and legal liability. Some services are falling foul of industry-specific regulations.
...
By far the most prominent sharing services are those based around accommodation and cars. The best-known example is Airbnb, based in San Francisco, which has helped 4m people find places to stay since it was founded in 2008 - 2.5m of them during 2012 alone. (Moi ici: A crescer a este ritmo, muitos incumbentes no negócio do alojamento vão ter um problema. E como estas transferências de consumo não são apanhadas pelos indicadores tradicionais, sintomas exagerados de recessão serão comunicados) People can list anything from a spare bed to an entire mansion on the site, setting rental rates and specifying house rules (such as no smoking or pets). Anyone looking for somewhere to stay in a particular city can enter their dates and browse matching offers from Airbnb’s 300,000 listings in 192 countries; Airbnb takes a cut of 9-15% of the rental fee."

quarta-feira, março 13, 2013

Alugar, partilhar em vez de possuir, outra vez

Mais um exemplo de um modelo de negócio assente no aluguer:
"Rent the Runway, a website that rents out high-end clothing and accessories to consumers for a few days at a time,"
Quando contar esta à minha mulher ela vai recordar algumas conversas sobre este modelo de negócio...
.
Interessante, também, a evolução:

  • de um website, para espaços físicos;
  • do aluguer de roupa e acessórios, para um "“experiential marketing engine” that exposes its customers to new designers and products."
Acerca da evolução de um website para os espaços físicos lembrei-me de um trecho de "Thinking, Fast and Slow", de Daniel Kahneman, sobre o erro de Bernoulli.
.
Quem está no retalho físico não consegue aproveitar as vantagens do retalho físico. Quem está no retalho online, cada vez mais complementa-o com o retalho físico, com vantagem.

quarta-feira, março 06, 2013

Ambiente, emprego, impostos, mobilidade e JTBD

Mais um exemplo de novos modelos de negócio que vão transformar a nossa vida futura, o "BMW's DriveNow".
.
Mais um exemplo em que se deixa de vender um produto físico e se passa a vender o serviço proporcionado por um produto, em linha com o conceito "job-to-be-done" (JTBD). Os clientes não compram um produto, compram um recurso, um recurso usado pelos clientes para executar um serviço que vai colmatar uma necessidade na sua vida e originar toda uma experiência (ex-ante-transacção; ongoing e pós-transacção).
"The business model of companies in the car industry that want to make a difference, is not about selling cars anymore. Car2Go sells mobility, Tesla offers a personalized buying and electric driving experience, ZipCar offers an alternative to car rental and car ownership (which Avis Budget is to acquire for about $500 million!).
...
BMW DriveNow’s proposition is the ultimate all-electric driving machine by the minute. DriveNow offers you hassle-free mobility. You can drop the cars at any station. You have no expenses for car ownership. Also, DriveNow guarantees you’ll find a parking spot anytime. The DriveNow car sharing service is delivered through apps that show you where available cars, parking spots, and charging stations are. DriveNow customers get self-service with the premium quality that BMW stands for. Customers pay a registration fee of $39 and driving a car costs 32 cents per minute or $90 per day."
.
Modelos de negócio baseados na partilha, no aluguer e não na posse.
.
Consequências:

  • mais amigo do ambiente (menor pegada ecológica);
  • menos empregos nas fábricas massificadas do século XX;
  • menos impostos a serem arrecadados pelos Estados que crêem que consumir é pecado;
  • JTBD realizado com mais eficácia.


BTW, os jogadores de bilhar amador jogam para a jogada actual, os jogadores profissionais jogam para as jogadas seguintes.
.
Os mesmos que protestam contra a produção massificada, são os mesmos que protestam porque desapareceram os empregos do século XX nas linhas da produção massificada.

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Novos modelos de negócio - Alugar em vez de comprar

Mais um exemplo, o terceiro ou quarto só esta semana, de novos modelos de negócio assentes no aluguer e na partilha em vez da compra e posse, desta feita um caso publicado no JdN de ontem,  "Club do Brinquedo: Casa da Barbie aluga-se":
"Poupar dinheiro aos pais, sem tirar prazer aos filhos, é o objectivo desta empresa que aluga brinquedos e aposta no conceito do consumo partilhado
...
a adesão à oferta do Club do Brinquedo, reconhecem as empreendedoras, pressupõe "uma mudança de paradigma: "passar do possuir para o usar"

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Alugar em vez de comprar

"Agora pode alugar jeans em vez de comprar"
.
Alugar em vez de comprar, uma tendência em expansão.
.
É uma mudança do modelo de negócio:


  1. a receita vem de um fluxo não de uma transacção;
  2. o cliente é conhecido, pode ser convidado para actividades de co-criação e co-produção;
  3. os canais de distribuição podem ser outros já que os clientes são conhecidos
  4. a proposta de valor pode incluir a reciclagem
Aqui só olhei para a metade do canvas que interage com o cliente; no entanto, o mesmo se passa para a metade interna, por exemplo, na estrutura de custos:
"O serviço de aluguer de jeans arrancou no início do ano e até ao momento tem umas centenas de clientes. Mas o van Son acredita que pode ser uma forma de recuperar matéria prima valiosa que, de outro modo, poderia não ser aproveitada e, ao mesmo tempo, aumentar a fidelidade dos clientes à marca.
Os jeans são produzidos com algodão orgânico turco,  material "bastante caro" e difícil de obter, logo este sistema de aluguer permitiria aumentar de 40% para 50% a quantidade de material reutilizado, cortando nos custos. Quando os jeans são reenviados pelo cliente ou são lavados, reparados e voltam ao serviço de aluguer ou então são usados na produção de outros modelos, o que teria também benefícios do ponto de vista ambiental."
"Don’t Buy Those Expensive Jeans—Lease Them Instead"

terça-feira, janeiro 08, 2013

Baixem o IRC e não atrapalhem

O que andamos a escrever aqui já há algum tempo, e que faz confusão e gera dúvidas ao autor do artigo "The Difference Between Makers and Manufacturers":
"Though many of the products created this way so far are one-off novelty items and customized tchotchkes, ­[Chris] Anderson insists that the movement is about more than high-tech crafts for hobbyists.
...
The ability of individuals and small startups to design items and either print them or send off the digital files and have them made is already transforming manufacturing, he proclaims, replacing mass production with custom production: “The idea of a ‘factory’ is, in a word, changing.
.
What kind of future might the maker movement bring us? Anderson envisions it could mean that “Western countries like the United States regain their lost manufacturing might, but rather than with a few big industrial giants, they spawn thousands of smaller firms picking off niche markets.”
...
Anderson’s prediction that many consumers will move away from cheap mass-produced goods to the work of “industrial artisans” could someday come true. But, again, his evidence is unconvincing: “Just think of couture fashion or fine wines,” he writes. These are small markets. And for many other goods, people often prefer mass-­produced versions, because they cost less and are at least standardized, if not always great, in quality. ­Anderson suggests that “what the new manufacturing model enables is a mass market for niche products.” But he doesn’t attempt to quantify the economic impact of this shift to artisanal goods. He points to what he calls “happiness economics” rather than conventional macroeconomics as the real justification for custom production: “What’s interesting is that such hyperspecialization is not necessarily a profit-­maximizing strategy. Instead, it is better seen as meaning-­maximizing.”
Chris Anderson esteve na base da minha metáfora - Mongo - por isso não me surpreende que tenhamos seguido caminhos mentais paralelos. Imaginem que até temos alguma razão e, que evoluímos para uma versão daquilo a que chamo Mongo, em paralelo com as ascensão de novos modelos de negócio baseados não na posse mas no aluguer e partilha (recordar marcadores). Tendo isso em mente, como é que essa realidade pode chocar violentamente com o discurso da reindustrialização:
"O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a retoma dos “caminhos da reindustrialização” deve ser encorajada pela União Europeia, que deve apoiar os Estados-membros na reestruturação das suas economias." 
Imagino, facilmente, políticos e funcionários, cheios de boas intenções, a decidirem o que é melhor para a sociedade. Como? Pensando no paradigma industrial do século XX, tentando replicar o passado, decidindo em que sectores actuar, privilegiando empresas grandes, privilegiando estratégias tornadas obsoletas.

Cuidado com a lição da Malásia, recordar "O offshoring mudou o mundo".

Baixem o IRC e não atrapalhem, deixem que quem se compromete com o seu dinheiro arrisque e ganhe ou perca.

Trecho retirado de "Cavaco Silva defende reindustrialização com o apoio da União Europeia"

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Festival de novos modelos de negócio


Qualquer um de nós podia inscrever-se no Vayable, por exemplo. Ainda há dias na estação de S. Bento no Porto, passei por 3 turistas russos a olharem para o mural de azulejo com a cena de Egas Moniz e família de corda ao pescoço perante o rei de Castela Leão. Olhavam e falavam... de que estariam a falar? Saberiam o significado daquela imagem?
.
Qualquer um de nós pode colocar uma foto no 500px, por exemplo.
.
É um festival de novos modelos de negócio

sexta-feira, janeiro 04, 2013

Modelos de negócio completamente diferentes

"We’re only at the beginning of a long secular decline in the number of cars owned per household: as America becomes increasingly urban, there’s much less need for households to own a car, or a second car — and it becomes much cheaper to just rent cars by the hour or the day when you need them than it is to own a car outright and just leave it parked and useless for 99% of its life."
 Mais um sintoma, mais uma peça para caracterizar Mongo. O tal triunfo dos modelos de negócio assentes no aluguer e na partilha. (Claro, a produção e a venda de automóveis vai baixar)
.
Em linha com esta reflexão de Osterwalder "The Accelerators":
"Ask yourself how you could create more recurring revenues."
Sobre a necessidade de construir novos modelos de negócio.
.
Recordar os marcadores; aluguer e partilha

Trecho retirado de "Avis’s smart Zipcar buy"

sexta-feira, maio 25, 2012

A economia do aluguer estará em grande no futuro

Mais um sintoma de um dos factores económicos do futuro: a economia da partilha, a economia do aluguer:
.
"Social Bicycles announces availability by end of summer, we go hands-on"
.
Há dias no Twitter apanhei uma conversa onde se discutia o potencial de um modelo de negócio baseado na proposta de valor: alugar um Porsche ao dia.
.
Agradeço ao André Cruz o envio da ligação.



ADENDA: Excelente lista em "Collaborative Comsumption Hub - Snapshot of examples" via @GrahamHill

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Mais oportunidades de negócio com base na partilha

A Anabela F. encontrou mais um exemplo de um negócio baseado na partilha:
.
"In Munich, car-sharing scheme rewards journeys by bike"
.
BTW, a experiência mob car sharing também me parece interessante como conceito. Embora duvide do seu sucesso económico. É preciso flexibilidade para testar e afinar um conceito novo, não sei se os sócios do projecto estarão para aí virados, se poderão olhar para o projecto como uma entidade que tem de se auto-sustentar, dê por onde der...

sábado, setembro 03, 2011

Como uma ameaça pode se transformar numa oportunidade de negócio (parte II)

Claro que isto é perigoso em economias socialistas como a portuguesa e a californiana:
.
""collaborative consumption." At the core of this trend is the idea that technologies like the Internet and smartphones can help consumers monetize assets that they own -- their home or car, for example -- in ways that were previously difficult or downright impossible. "There are two forces converging," says Wharton marketing professor David Bell. "First is the notion that it might be better to have access to something than to own it outright. And the second is the realization that people have slack resources. So that car you own may sit idle for 22 hours a day. The grease that makes the whole thing work is social media and technology, like iPhone applications that can create markets that didn't exist before.""
.
Trecho retirado de "Want to Rent out That Spare Room? The Growing Popularity of 'Collaborative Consumption'" e que só vem reforçar esta ideia ... tantas oportunidades que podem materializar-se em n negócios, assim que o nosso Muro de Berlim cair com a falência do Estado...
.
Antes da crise as pessoas tocaram, saborearam, viveram experiências que agora não podem comprar... mas podem alugar, mas podem partilhar:
.
"The catastrophic recession of the last few years is part of the force behind the move by consumers to tap into the value of assets they already own. In addition, these services typically allow people to rent out these assets at rates that are cheaper than mainstream hotel or car rental firms. "The economy is a big factor," notes Hosanagar. "People are really looking for ways to cut down on their spending. This is a great way to do that without dramatically changing your lifestyle."

The increased attention on environmental sustainability and reducing one's impact on the planet is also at work here, Hosanagar adds. "If you are driven by the sense that you want to decrease the total resources that are being drained, this allows you to do that. The product has already been made, and you are adding no more burdens through your consumption. That is very appealing.""
.
.
"Cuscar" a lista de exemplos "publicitários" incluidos no artigo.
.
Ver também "The Incredible Vanishing Asset" de 2009.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Como uma ameaça pode se transformar numa oportunidade de negócio

O André Cruzzz (esta sucessão de zz faz-me lembrar o "Dragon Ball") enviou-me, sem comentários, este endereço "siesta campers".
.
Voltamos outra vez ao postal "The Future of Pricing and Revenue Models" e, à paleta explosiva de opções para modelos de negócio assentes no aluguer e na posse temporária ou conjunta, como no caso da amante de duas rodas.
.
A razia que vamos viver no nosso nível de vida, basta ler "Vendas no comércio caem 5,5% e emprego no sector atinge valor mais baixo dos últimos dez anos", pode ser vista como uma oportunidade para o desenvolvimento de novos modelos de negócio assentes no aluguer ou na posse conjunta (Recordo este exemplo de Braga "Factory Business Center")