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domingo, janeiro 28, 2024

Planear capacidade, ou como nem todos estão no mesmo caldo, ou análise do contexto (parte VIII)

 Parte VII.

Gosto sempre de recordar a origem da Escola Comercial Oliveira Martins no Porto.

Em Por que é que os jornalistas não colocam perguntas impertinentes? escrevi acerca de "Indústria apela a plano “maciço” de requalificação de trabalhadores":

"Julgo que esta gente não valoriza a formação, e que isto não passa de "conversa da treta". Se valorizassem a formação tratavam-na como algo estratégico sobre o qual querem deter o controlo e não algo que tentam externalizar e pôr o contribuinte a pagar. Outros que continuam "in the last industrial revolution"."

Ainda recentemente o CEO de uma empresa com marca de luxo dizia numa entrevista:

"A falta de mão-de-obra ainda é um problema?

A especializada, sim. Eu tenho um défice de quase uma dúzia de pessoas na minha empresa e não consigo arranjá-las. E para a conseguirmos especializar um trabalhador é muito complicado, as pessoas acabam por desistir e preferem ir para restauração e o turismo. Precisávamos que o IEFP funcionasse de outra forma, tentando perceber junto das empresas quais são as suas necessidades em termos de formação, fazendo o levantamento da situação das empresas e das suas disponibilidades ou necessidades em termos de trabalhadores. Se calhar há empresas que têm gente a mais, pessoas que são válidas e que poderiam ser úteis noutros setores."

As pessoas particulares já perceberam que têm de ter um seguro de saúde porque o SNS não responde, e os empresários ainda acham que o IEFP lhes vai resolver os problemas de formação? Come on! 

Entretanto, ontem li no FT outro exemplo da parte VII, "Jewellery brands enter the classroom to help shape the next generation of craftspeople":

"Jewellery has long been an art form passed down the generations but, now, some brands are looking to broaden that transmission of skills — ensuring that it is as wide as it is deep.

Many brands incorporate organisational-level, practical training for the next generation, often alongside local institutions and labour departments."

quarta-feira, outubro 18, 2023

Planear capacidade, ou como nem todos estão no mesmo caldo, ou análise do contexto (parte VII)

Parte VI.

No domingo passado escrevi este postal "Regressar ao século XIX" elogiando a actuação de uma associação empresarial na área da joalharia. No final não resisti a uma tirada cínica:

"O meu lado cínico sorri e pensa nos que emigram para França para receber muito mais, depois do curso tirado."

Entretanto, ontem li:

"Fashion is in need of new talent in technical areas which take time to master - including leatherwork, tailoring and jewellery-making."

Pesquisando um pouco encontrei:

  • "A central pillar of the academy will be a comprehensive training program for 50 students a year, with guaranteed employment at Bottega Veneta on completion of the course." (Fonte
  • Bottega Veneta Establishes New Academy
Na semana passada numa empresa discutia-se "Capacity Planning". Se uma fábrica demora 5 anos a entrar em funcionamento, então convém estar atento aos sinais do mercado.

O chatGPT diz que que capacity planning é:

"um processo de gestão e planeamento que as organizações utilizam para determinar a capacidade necessária para satisfazer as suas necessidades futuras. Envolve a avaliação e o dimensionamento dos recursos necessários, como mão de obra, equipamentos, instalações e tecnologia, para satisfazer os objetivos operacionais e estratégicos.

O objetivo do planeamento de capacidade é garantir que uma organização tenha recursos adequados para satisfazer a procura do negócio de forma eficaz e eficiente. Isso envolve equilibrar a capacidade disponível com as necessidades projetadas, evitando tanto a subutilização quanto a superutilização de recursos."
Como ler isto sem pensar em António Costa com as calças na mão:

""Temos uma realidade objetiva que é termos um conjunto de profissionais de saúde com um nível etário onde já estão dispensados de fazer urgências", sinalizou António Costa, apontando para o facto de a lei estabelecer que a partir dos 50 anos os médicos estão dispensados de fazer urgência noturna e a partir dos 55 anos estão dispensados de fazer urgência, quer de noite quer de dia. "Por outro lado, "a formação de novos profissionais leva tempo", pelo que nesta "substituição" deverão continuar a existir alguns constrangimentos. "Vão ser dois anos onde vai haver sempre tensão", alertou o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3, no final da reunião com a Direção Executiva do SNS"

Afinal Todos nascidos do mesmo caldo não é bem verdade, há empresas mais bem geridas que se destacam da mediania. 

Ou como diria o ICI-man (Sir John Harvey-Jones):

"Planning is an unnatural process; it is much more fun to do something. And the nicest thing about not planning is that failure comes as a complete surprise rather than being preceded by a period of worry and depression."

O mesmo ICI-man dizia:

"There are no bad troops, only bad leaders."

domingo, outubro 15, 2023

Regressar ao século XIX

 No JN do passado dia 11, "Uma escola para servir a região que mais produz joalharia".

15 valores! Só não dou mais por causa da dependência dos apoios. De resto, um retorno ao século XIX:

BTW, a propósito de:
"AQUI NÃO HÁ DESEMPREGO 
Os cursos ficarão a cargo do CINDOR, um centro de formação, sediado em Gondomar, com cerca de 600 alunos. "Nenhum jovem de Guimarães procura formação em Gondomar diretamente. Há falta de mão de obra no setor, que até paga acima da média, portanto, esperamos aumentar o interesse das pessoas pela área", aponta João Faria. "Não há nenhum técnico de ourivesaria ou cravador desempregado", acrescenta."

O meu lado cínico sorri e pensa nos que emigram para França para receber muito mais, depois do curso tirado. 

domingo, junho 04, 2023

"It takes three to tango in employment"

"Over the past few decades, a large number of empirical studies have been conducted to examine how the increasing supply of educated workers affects the economic growth of the nation or the returns on educational investments reaped by the individual and the whole society 

...

This paper aims to contribute to this body of literature by using an extensive set of linked register data on students, educational organisations and their institutions as well as companies. These data offer a unique opportunity to study empirically how various quantitative and qualitative aspects of the resources used in the educational organisations (and in their institutions/establishments) affect the probability of a student entering into employment or further studies rather than into non-employment upon graduation from initial vocational education.

...

Our study departs from the prevalent main strand of the literature in two important respects. Firstly, the educational outcome is here gauged on the basis of employability (or further education ability) rather than test scores. Measures that describe students' post-school performance are probably more relevant in the context of vocational education, which is primarily aimed at producing skilled labour (and pushing students into further studies).

...

Our main findings are the following. Teaching expenditures do not seem to matter but teachers' skills do. The student's characteristics and performance in comprehensive school play an important role in directing his or her choices. Parental background has strong effects even after careful control for the other factors. Local business conditions affect the outcomes of boys but little of girls. The official quality evaluations implemented by the Finnish Ministry of Education seem to pay attention especially to those aspects of initial vocational education production that are important for providing the students with capabilities for further education but less so for their employability. Finally, the performance indicator ("tulosrahoitusmittari") currently used in Finland as one of the decision-making tools for distributing funds to initial vocational education organisations does not predict well the students' propensity of employment or further studies."

Trechos retirados de "It takes three to tango in employment: Matching vocational education organisations, students and companies in labour market" de Mika Maliranta, Satu Nurmi e Hanna Virtanen.

quarta-feira, outubro 05, 2022

Uma preocupação

 Um título, "Technology alone won’t solve your organizational challenges", que retrata uma preocupação de anos do meu parceiro das conversas oxigenadoras.

Há anos que o oiço enunciar o seu espanto com as empresas que julgam que a tecnologia é a condição necessária e suficiente para aumentar a produtividade das empresas, o seu espanto com as empresas que não colocam as pessoas na equação. Quem vai operar a tecnologia? Quem vai encontrar os novos clientes para a nova produção?

segunda-feira, junho 27, 2022

A solução é dar formação

A solução é dar formação grita o coro das carpideiras do costume. Então, qual é a causa do problema? Então, quais os temas dessa formação? Então, quem são os animadores dessa formação? Então, quais são as experiências formativas para essa formação?

Where the rubber meets the road?

Uma fonte: 

"The go-to response for organizational issues is typically some form of reactionary training. The mantra goes like this: Design the training. Deliver it. Move on.

Unfortunately, successful training doesn’t actually work that way. Although it might make you feel like you’re doing something, this method rarely solves the underlying problems. Rather, it becomes an expensive line item
...
Still, training remains many organizations’ first line of defense because it’s easier for senior leaders to authorize it instead of spending time evaluating core issues or mentoring colleagues. But a Band-Aid isn’t a long-term solution. Without proper ongoing treatment, the wound won’t heal — and your problem will persist.
...
1. What is the gap you think training will bridge?
Typically, training occurs due to a difference between a desired and actual performance or behavior. You’ll want to define that gap before searching for solutions. For example, if the gap has been caused by new processes, upgraded equipment, or revised policies, formal training could solve the issue.

Just remember that people need to want training for it to be effective. If they’re not affected by the gap you point out, they won’t be invested in fixing anything. [Moi ici: Costumo escrever aqui no blogue que o papel dos empresários não é aumentar a produtividade do país, mas o sucesso do seu negócio] The participants must be curious and want to learn. When they are, they’re more apt to listen carefully, ask questions, and apply knowledge." [Retirado de "More Training Won’t Solve Your Company’s Problems"]

Outra fonte:

"Training has become the panacea for every corporate ill, the default answer to improving productivity, retaining talent, and even taming the wage-price spiral. But it increasingly feels like a substitute for good management. I keep meeting people who are being forced to attend workshops which aren't relevant to their job, or seem like virtue-signalling. As one weary charity worker said to me, "we always have to say the course was wonderful, or we get treated like s**t".

...

An article in Harvard Business Review claims that most organisations don't measure how effective their training is. One trainer describes his sessions as "spray and pray: we don't know what will stick"." [Retirado de "Better management, not endless training, will solve our corporate ills"]

sexta-feira, junho 24, 2022

Depois do hype: O mastim dos Baskerville!

Agora que passou o hype e que as carpideiras já se recolheram, acrescento o meu comentário sobre o relatório do estado da nação publicado pela Fundação José Neves.


 Começo por este trecho que encontrei em “Carlos Oliveira. "Temos empresas demasiado preocupadas com o Estado, com os apoios, com os incentivos"” (BTW, este título remete-me para uma série de postais publicados aqui no blog ao longo dos anos, como este: “O by-pass” ao estado e ao país):

O que faz o governo de turno quando as empresas (como a Sonae, ou a Aquinos) não podem suportar os salários mínimos? Lança um apoio. Recordar “No país do Chapeleiro Louco (parte II)” em 2022, ou “Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!” em 2009. Recordo “Aspirar por objectivos sem ter coragem para a disciplina que requerem”.


O trecho acima faz-me voltar ao postal da semana passada “Competitividade sem competitividade? Mas o que é ser competitivo?” e à figura:

Enquanto escrevo estas linhas, mão amiga envia-me pelo Twitter este artigo “Grandes marcas de calçado desportivo desviam encomendas da Ásia para Portugal”. Isto é mau? Claro que não, claro que é bom ponto.


No entanto, volto ao tema dos “flying geese”:

Em “The "flying geese" model, ou deixem as empresas morrer!!!” é possível ver o exemplo da história do sector do calçado na cidade de St. Louis nos Estados Unidos. 


Um país com níveis de produtividade superior não pode ser construído com base em sectores competitivos, mas com baixa produtividade.


Estão a ver a consequência imediata desta conclusão? Mata o que se segue:


Este tweet é representativo de parte das conclusões do referido relatório. Se os empresários e os trabalhadores tiverem mais qualificações as empresas alcançarão níveis de produtividade superior. Mais qualificações não permitem mais produtividade? Claro que sim, mas são aquilo a que chamo as melhorias de engenheiro. Recordo de 2009 “Actualizem o documento por favor”. 


A produtividade é um rácio entre entradas e saídas, ou um rácio entre os recursos utilizados e o valor gerado, como ilustro em “Acerca do Evangelho do Valor”:

 

Quando o relatório refere:


“e não há produtividade sem qualificações, pelo que é essencial apostar na formação ao longo da vida, na reconversão e aquisição de competências.

...

Há ainda o problema das qualificações dos gestores, em que quase não se tem visto investimento, com o país a apresentar a maior percentagem de empregadores que não terminou O ensino secundário. "Em 2021, era o caso para 47,5% dos empregadores, praticamente o triplo da média europeia (16,4%).”


Podemos acreditar que a produtividade cresce com mais qualificações, mas esse crescimento é pouco para o que o país precisa, esse crescimento é baseado sobretudo na melhoria da eficiência, na redução das entradas. As melhorias de produtividade que o país precisa são aquelas que são baseadas em brutais aumentos do valor criado. Mais valor criado traduz-se em preços mais elevados. As melhorias de produtividade que o país precisa são baseadas no gráfico de Marn e Rosiello como explico em “Para aumentar salários ... (parte IV)”:

 

E isto leva-nos à lição dos finlandeses que aprendi em 2007:


"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."
Mas, e como isto é profundo:
"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants."


E isto leva-nos a um pedido que faço aqui no blogue há muitos anos: DEIXEM AS EMPRESAS MORRER!!!


Mais formação para os trabalhadores actuais ou futuros não resolve o problema porque o problema não está na oferta do mercado de trabalho, o problema está na falta de procura para trabalhadores mais qualificados. Mais formação dos trabalhadores num país sem procura por ela promove a emigração. Recordar o postal “Lerolero”: 


“In my experience, well-educated Haitians are very easy to find as taxi drivers in the French-speaking part of Canada. An estimated 82 per cent of Jamaican medical doctors practise abroad. Seventy per cent of all inhabitants of Guyana with a university education work outside the country. North American hospitals vacuum up poor English-speaking countries like Trinidad for nurses, while in many places in the Caribbean Cuban nurses are the ones that keep the health sector functioning.”


Mais formação para os trabalhadores actuais é um tema que sigo no blogue desde a primeira década deste século com as promessas de amor de Sócrates. Recordar o tema da caridadezinha em “Caridadezinha strikes again”:


"The problem is that poverty and unemployment are not much influenced by the qualities and qualifications of the workforce. They depend, rather, on the state of demand for labor. They depend on whether firms want to hire all the workers who may be available and at the pay rates that firms are willing, or required, to offer, especially to the lowest paid."

Neste podcast, “Formação e salários: não podemos nivelar por baixo”, João Ferreira do Amaral pede estudos, sector a sector, para comparar as empresas mais produtivas de outros países com as empresas portuguesas, para retirar ensinamentos. E regresso a 2011 e a uma tarde de Verão em Guimarães a fazer horas para entrar numa empresa, e ao que aprendi com mais uns nórdicos em “Acerca da produtividade, mais uma vez (parte I)”. Comparar sector a sector é, inconscientemente, assumir que as saídas de cada empresa são semelhantes e que as diferenças estão na forma de gerir as entradas para produzir as saídas. O que os nórdicos me chamaram a atenção é que não faz sentido comparar a produtividade de quem faz sapatos que saem de uma mini-fábrica-ateliê a 600 euros o par com quem faz 2000 pares de sapatos por dia a 25 euros o par. Recordo de 2010, “As anedotas”. 


Percebo que a Fundação José Neves e outras entidades se foquem na formação porque é algo que se pode planear e porque é algo que agrada a uma vasta fauna de partes interessadas instaladas no terreno e habituadas a viver da formação.


Então quem vai dar formação aos empresários? Daniel Bessa? Alguém de entre estes outros 24 cromos?


Deixem os empresários que estão a trabalhar em paz. Saúdem o seu esforço. Concentrem-se no que chamo o mastim dos Baskerville. Concentrem-se nas empresas e nos empresários que não existem. As melhorias de produtividade que o país precisa dependem das empresas e dos empresários que não existem. Recordo “Empresários e escolaridade ou signaling”. 


Por fim, volto ao exemplo irlandês. Acredita que o brutal salto de produtividade na Irlanda foi conseguido à custa dos empresários irlandeses? Se acredita que sim, pense outra vez. Recordo, “Tamanho, produtividade e a receita irlandesa”. 


Lembre-se do mastim dos Baskerville.

 

segunda-feira, julho 12, 2021

Diferente do mainstream publicado

Let that calmly sink in:

"Overall, the available evidence does not support the idea that there are serious skill gaps or skill shortages in the US labor force. The prevailing situation in the US labor market, as in most developed economies, continues to be skill mismatches where the average worker and job candidate has more education than their current job requires."

Para quem ao longos dos anos escreveu sobre a caridadezinha [Moi ici: Recordar "The Predator State" e a caridadezinha ]:

"It is not clear what the apparent rise in employer complaints about skill problems represents in part because of the poor quality of information presented as part of the complaints. No doubt some component of the complaints is simply an effort to secure policy changes that lower labor costs. It may well be that some component of the complaints represents real problems associated with changes in employer behavior, such as greater outside hiring and associated increases in employee turnover and reduced training and internal development. Some of these changes might be driven by the behavior of other employers. For example, increases in turnover may be driven by the hiring practices of other employers, and smaller employers who in the past had been able to meet their skill needs by hiring skilled apprentices away from larger employers may find that there is no one to hire when those apprenticeship programs are gone. Efforts to hire skills rather than build them from within would create much more specific and variable job requirements across employers that would vastly increase not only the difficulty in hiring but also the experience of having to raise wages above current levels in order to find appropriate candidates.

The implications that follow from the above conclusions are important to consider."

Espero que Mongo implique antes o regresso ao século XIX, "Por que é que os jornalistas não colocam perguntas impertinentes?"

"The view that emerges from these arguments is one where responsibility for developing the skills that employers want is transferred from the employer onto job seekers and schools. Such a transfer of responsibility would be profound in its implications. Schools, at least as traditionally envisioned, are not suited to organize work experience, the key attribute that employers want. Nor are they necessarily good at teaching work-based skills. Those skills are easiest and cheapest to learn in the workplace through apprentice-like arrangements that one finds not only in skilled trades but also in fields like accounting and medicine. Unlike in the classroom, problems to practice on do not have to be created in the workplace. They exist already, and solving them creates value for others. Observation and practice is also easiest to do where the productive work is being done, and employment creates incentives and motivation that typical classrooms cannot duplicate." 

Tantos temas tratados de forma diferente do mainstream publicado. 

Trechos retirados de "SKILL GAPS, SKILL SHORTAGES AND SKILL MISMATCHES: EVIDENCE FOR THE US" de Peter Cappelli.

sexta-feira, dezembro 27, 2019

"Longevity will force a shift in responsibility for lifelong learning toward the individual"

Um país cheio de "free riders" e aspirantes a sê-lo.

Num país com esta distribuição etária:
É cada vez mais comum ouvir polícias, professores, enfermeiros, motoristas, ... dizerem que trabalhar até aos 66 anos é uma violência ... e eu, quando os oiço, penso sempre:

- Por que é que um operário tem de saltar de emprego para emprego, por causa das vicissitudes da economia, até chegar à idade da reforma e um polícia/enfermeiro/professor/...  não pode terminar a carreira de polícia/enfermeiro/professor/... e mudar de profissão e fazer algo mais até chegar à idade da reforma?

Entretanto, o @walternatez enviou-me esta imagem

retirada de "The Corporate Implications of Longer Lives". O texto é também um argumento para o advento de uma economia baseada em empresas mais pequenas e mais próximas.
"People are living longer and working longer — but few organizations have come to grips with the opportunities and challenges that greater longevity brings.
...
There is growing awareness that increasing longevity will have major implications for how people manage their work lives and careers. Rising life expectancy means the level of savings required to provide a reasonable income for retirement at age 65 is becoming increasingly infeasible for most people. We predict that, given the average level of savings in advanced economies, many people currently in their mid-40s are likely to need to work into their early to mid-70s; many currently in their 20s (many of whom could live to be over 100) will be working into their late 70s, and even into their 80s.[Moi ici: Pensam que isto só acontece ou acontecerá nos outros países?. Pensem outra vez!]
Across the world, people are becoming more conscious of their lengthening working lives — but frustrated by their working context.
...
The purpose of our research was to consider the impact of longevity on individual and corporate practice.
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Most companies, especially those operating in the advanced economies, still view life in terms of three stages: full-time education, full-time employment, and then a “hard stop” retirement around the age of 65. This is the life structure that emerged in advanced economies in the 20th century and continues to underpin much thinking about the workforce. Although this structure worked when life expectancy was 70, it cannot be stretched to support a healthy 100-year life.
...
In response to the pressures resulting from longer working lives, individuals are starting to experiment with new stages of life and creating different career structures.
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The generation just entering the workforce has the longest expected lifespan in history, perhaps 10 to 15 years beyond that of the generation approaching retirement. In contrast to older workers, many younger workers are aware that their working lives are apt to involve many different jobs in a variety of sectors. A long and shifting career will force them to create a sense of coherence with their values and preferences, and to adapt and develop new skills and interests.
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Members of this group are beginning to focus on options, which become more valuable as the time horizon over which they can be exercised becomes longer.
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A primary focus during the traditional work-oriented stage of life has been financial matters: earnings, retirement savings, and home ownership. However, as life extends and careers become longer, different types of assets take on new importance.
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The first category is productive assets: the individual’s skills, knowledge, reputation, and professional networks. It is these productive assets that will enable a 40-year-old to find interesting work during a career that spans several more decades.
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The second category consists of what we call vitality assets, which include strong mental and physical health, a good work-life balance, and powerful regenerative relationships. Having such assets will enable people approaching the traditional retirement age to continue working.
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The final category, which we believe will become increasingly important, is what we call transformational assets, which involve self-knowledge and the types of diverse networks that support personal change and transitions.
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As traditional life patterns become less relevant to many people’s needs, individuals will want to pursue working lives that are more flexible and multistaged. However, this desire for flexibility will clash with current corporate practices and processes. Specifically, we anticipate three tension points, involving: (1) people’s desire for personalization; (2) their interest in flexibility; and (3) their desire not to be pigeonholed on the basis of age.
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People want personalization; corporations want conformity.
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People want flexibility; corporations want standardization.
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People want to be age-agnostic; corporations want age markers.
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Given that people are living longer, many want opportunities to contribute throughout their long working lives. Careers have many different stages, each with different aims and different needs. How people sequence the stages will be based on their own motivations, preferences, and financial requirements — not just their age.
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In a three-stage life, the core of the employee-employer relationship was tangible assets. Corporations found that the best way to recruit and retain workers was to offer a promise of tiered earnings based on promotion and length of service, along with the prospect of a pension to finance retirement. However, for many employees, this dominant role of tangible assets has been waning in recent years.
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As working lives become longer, the need for lifelong learning will increase. As working lives become multistaged and the sequence of those stages becomes more customized, individuals will take an interest in skills with value that extends beyond the current employer and sector. This will weaken the one-size-fits-all approach to learning and development. Instead, there will be a growing need for more decentralized and flexible approaches to learning, curated more by individuals than by employers. Skills and knowledge that are portable and externally accredited will be particularly valuable. Longevity will force a shift in responsibility for lifelong learning toward the individual."
E recuo a Janeiro de 2008 para recordar:
"A formação profissional de cada um, é um assunto demasiado importante para ser delegado em regime de outsourcing a quem quer que seja."

quarta-feira, julho 24, 2019

Por que é que os jornalistas não colocam perguntas impertinentes?

Primeiro ler "Amazon plans to upskill 100,000 employees. Here’s what that means for the future of work":
"Amazon’s announcement that it will invest US$700 million to retrain 100,000 employees—a third of its U.S. workforce—in new technologies is the latest reminder that the much-heralded future of work is well underway.
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The jobs of tomorrow will require at least some competency in the STEM fields—science, technology, engineering, and math.
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The blurring of technical and nontechnical jobs signals a dramatic shift for the entire workforce and will change the basic structure and nature of work.
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Who should be responsible for ensuring the workforce is prepared for these challenges?
Amazon’s answer, essentially, is “we’ll take care of it.”
One of the more telling aspects of Amazon’s announcement was that it plans to use its own programs to retrain employees, such as Amazon Technical Academy and Machine Learning University.
There was no mention of universities and colleges. Other companies, such as Google, similarly say they are relying on partners outside of traditional academia to support their training needs.
...
The problem is, at present, higher education is designed for the last industrial revolution, not the current one. Universities and colleges deliver degrees at a glacial pace. The average completion time for a bachelor’s degree is five years. That’s too slow."[Moi ici: Como não recordar aquela pergunta "Por que é que a nossa faculdade altera o plano de curso em 2015 e não incluiu aprendizagem de Android para alunos de programação?" e a resposta]
Tal como a ministra da Saúde referiu:
"O objetivo do Ministério da Saúde é tratar bem os profissionais de saúde" 
O objectivo da universidade pública é servir os seus funcionários.

Isto em linha com o que escrevo aqui há anos ao recordar a primeira Escola Comercial Oliveira Martins no Porto:
"Frequentei o 7º, 8º e 9º ano de escolaridade na Escola Comercial Oliveira Martins no Porto, uma escola criada algures no final do século XIX pela iniciativa de comerciantes para formar e preparar os seus trabalhadores. Recordo isto porque sinto que é para aí que vamos novamente, em vez de uma escola obrigatória destinada a formar legiões de robots necessários para operar acriticamente as sociedades do século XX, em vez de uma escola que pretende eliminar as nossas diferenças de idiossincrasia  e nos tenta enformar para sermos cidadãos "normais", em vez de uma escola que prepara as crianças de Pousafoles do Bispo para serem iguais e trabalharem como as pessoas de Lisboa, o que só as levará a detestar, ou ignorar, ou nunca equacionar que um futuro também é possível em Pousafoles do Bispo, vamos precisar de escolas sem programa definido em Lisboa, escolas destinadas a reviver as sociedades locais, as economias locais, os orgulhos locais."
Depois, ler "Indústria apela a plano “maciço” de requalificação de trabalhadores". O que dizer?

Julgo que esta gente não valoriza a formação, e que isto não passa de "conversa da treta". Se valorizassem a formação tratavam-na como algo estratégico sobre o qual querem deter o controlo e não algo que tentam externalizar e pôr o contribuinte a pagar. Outros que continuam "in the last industrial revolution".

Pena que os jornalistas não coloquem perguntas impertinentes:

  • De que formação precisam os trabalhadores da sua empresa?
  • De que formação precisarão os trabalhadores da sua empresa dentro de 5 anos?
É sempre interessante perceber se as pessoas sabem da sua casa antes de começarem a pedir revoluções mundiais.

Fico a pensar naquela do lowest bidder:

A formação dos trabalhadores do futuro é tão, mas tão importante que tem de ser assegurada pelo estado com base em concursos em que ganha o lowest bidder.

Quem considera a formação realmente importante agarra o touro pelos cornos e tem o locus de controlo no interior.

BTW, há cerca de vinte anos auditei uma empresa industrial que tinha indicado várias lacunas na formação do seu pessoal, para poder evoluir para outras áreas de negócio. Essa empresa tinha literalmente nas suas traseiras uma escola profissional do sector. Mostraram-me as actas das reuniões havidas com essa escola. Estavam dispostos a pagar por formação dedicada e à medida para os seus trabalhadores, mas a escola profissional só lhes deu uma solução:

- Sim, temos um curso de 3 anos!

Falta de noção e sintoma de funcionalismo.

sábado, janeiro 05, 2019

BINGO!

Lidamos com mitos e mais mitos, e ainda mais mitos. Enganamo-nos uns aos outros deliberadamente ou não.

O chato, o muito chato, são aqueles poucos, de entre nós, que foram amaldiçoados com o castigo supremo... ter memória!
"The Social Impact
None of this is to say that the effects of technology and globalization hasn’t been real. While it’s fine to speak analytically about value shifting here and there, if a task that you spent years to learn to do well becomes devalued, you take it hard. Economists have also found evidence that disruptions in the job market have contributed to political polarization.
.
The most obvious thing to do is retrain workers that have been displaced, but it turns out that’s not so simple. In Janesville, a book which chronicles a small town’s struggle to recover from the closing of a GM plant, author Amy Goldstein found that the workers that sought retraining actually did worse than those that didn’t.
.
When someone loses their job, they don’t need training. [Moi ici: Recordar "The Predator State" e a caridadezinha ] They need another job and removing yourself from the job market to take training courses can have serious costs. Work relationships begin to decay and there is no guarantee that the new skills you learn will be in any more demand than the old ones you already had.
.
In fact, Peter Capelli at the Wharton School argues that the entire notion of a skills gap in America is largely a myth. One reason that there is such a mismatch between the rhetoric about skills and the data is that the most effective training often comes on the job from an employer. [Moi ici: Outro tiro certeiro. Recordar "a formação mais importante que as empresas devem considerar é a formação interna"It is augmenting skills, not replacing them that creates value.
.
At the same time, increased complexity in the economy is making collaboration more important, so often the most important skills workers need to learn are soft skills, like writing, listening and being a better team player."

Trecho retirado de "Value Never Actually Disappears, It Just Shifts From One Place To Another"

quinta-feira, fevereiro 15, 2018

"taxpayers are mostly fueling a futile arms race"

"Parents, teachers, politicians and researchers tirelessly warn today's youths about the unforgiving job market that awaits them. If they want to succeed in tomorrow's economy, they can't just coast through school. They have to soak up precious knowledge like a sponge. But even as adulthood approaches, students rarely heed this advice. Most treat high school and college like a game, not an opportunity to build lifelong skills.
.
Is it possible that students are on to something? There is a massive gap between school and work, between learning and earning. While the labor market rewards good grades and fancy degrees, most of the subjects schools require simply aren't relevant on the job. Literacy and numeracy are vital, but few of us use history, poetry, higher mathematics or foreign languages after graduation. The main reason firms reward education is because it certifies (or "signals") brains, work ethic and conformity.
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Education is a weird industry. You study arcane subjects year after year, knowing you'll never use most of what you learned after graduation. Yet parents, teachers, politicians and researchers urge you to finish, promising ample career rewards for your efforts. Despite the many college graduates who end up working as waiters, the experts are, on average, right: Diplomas pay well. What experts misunderstand is why. Instead of scrutinizing what schools really teach, they rush to a just-so story in which schools transform low-skilled students into high-skilled graduates. Students, much closer to the action, see what's going on: As long as they have good grades and finish their degrees, employers care little about what they've learned.
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if students' firsthand experience tells the real story, taxpayers are mostly fueling a futile arms race. Generous government support has caused massive credential inflation. Educational austerity is the simplest path back to an economy in which serious on-the-job learning starts during high school — not after college."

Trechos retirados de "What students know that experts don't: School is all about signaling, not skill-building"

sábado, novembro 11, 2017

Formação sem CAP? Um horror!

Na passada quinta-feira despedi-me de uma empresa com uma conversa que começou ainda à volta da mesa e prolongou-se pelo corredor, uma conversa sobre os registos da formação. Representante da empresa dizia-me que todos os anos registavam nos inquéritos oficiais e nos relatórios sociais zero horas de formação, quando na verdade a empresa dá muita formação.

Segundo essa representante só é reconhecida a formação que é dada por formadores com certificado de aptidão profissional (CAP). Quando a empresa manda trabalhadores ao estrangeiro para aprender como se trabalha com uma nova máquina, por exemplo, como não há CAP não há formação "oficial". Acho que há aqui algo de errado na interpretação da lei mas como isto se passa em Portugal é bem provável que a pior interpretação seja a que respeita o espírito da lei.

Quando facilito o desenvolvimento do balanced scorecard de uma empresa, na base do mapa da estratégia costumam aparecer aqueles dois objectivos estratégicos da figura, o R1 e o R4:


Foi deles que me lembrei ao ler "Corporate Learning Programs Need to Consider Context, Not Just Skills":
"to enable strategy execution, learning departments need to reorient from what they’re trying to teach to where these things show up in the work.
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Organizations need to retool learning, changing it from an obsession on individually focused and content-driven events to learning that is deeply contextual, social, and embedded into real work. Learning needs to be built into how power really works within organizations, organized around peer power, functional power, and hierarchical power.
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Learning with Peers Happens Through Routines.
People work in context with others. They create social norms, they dictate the unspoken standards, they define whom to collaborate with and whom to avoid, and they decide how much risk to take. All of this is done in “tribes” of employees, beyond the purview of head office. We need learning departments brave enough to move toward social learning through the routines of these tribes and away from the hegemony of abstract competencies and capabilities.
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Routines are the regular social events that occur that can be seen to differentiate the best performers from average ones in any discrete population within an organization. Competencies tend to cluster in routines. Learning needs to recast its approach by focusing deeply on this context, and not by teaching new content and abstraction.
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We think of learning as something that requires academic expertise and new models, [Moi ici: Pelos vistos em Portugal requer CAP] but organizations teach all the time.
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Instead of owning programs and abstracted learning initiatives that most people in the organization treat as recess from work, the most effective learning organizations collaborate with these powerful functions to integrate organizational learning into their processes and practices. [Moi ici: Recordar "Como o tempo me veio dar razão" e o final de "Formação e competência na futura ISO 9001:2008"]
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E agora especificamente acerca daquele R4 da figura:
"Learning Among Leaders Happens Through Dialogue.
Your leaders teach every day; they’re just not aware they are teaching. Leaders wield power in organizations, but that power often involves perpetuating the status quo. If left to their own devices, they will present whatever strategy material was given to them, ask if there are questions, and move on to the things that really matter. This approach doesn’t help organizations make improvements in strategy execution.
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In a number of organizations, we’ve focused intensely on enabling leader-led learning. To be clear, our approaches are not your parents’ “leader-led learning” of 65 PowerPoint slides covered in 60 minutes. Most people in organizations need to be woken up and provoked to share fresh stories and ideas in the context of their real work. One of the keys is building leaders that provoke the right dialogue.
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The focus of these sessions was not on content; it was on helping the leader connect differently with their teams and allowing the team to share their insights about what was really happening. New content was in these sessions, but it was camouflaged — it was just part of tackling and looking at real challenges, together, in new ways.
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People are trapped in organizations, and they learn from the status quo, every day. They react to power in isolated bubbles with familiar populations around known problems. Organizations need to shift from focusing on the traditional content-driven approach of corporate learning to focusing on the context of learning in organizations. [Moi ici: E sem CAP] People are smart — if you give them the right bread crumbs, they’ll find the right way. It is the job of corporate learning to lay out and enable the right bread crumbs."

terça-feira, junho 13, 2017

Práticas esquisitas

Ás vezes encontro organizações com muitos recursos, verdadeiras multinacionais, mas com práticas tão esquisitas ...

Por exemplo:
Empresa realiza no final do ano entrevista de avaliação do desempenho de cada funcionário. Durante essa entrevista são identificadas as necessidades de formação de cada funcionário. A partir da consolidação das necessidades identificadas elabora-se uma lista de potenciais acções de formação que após uma negociação com as chefias dá origem a um Plano Anual de Formação.

Onde entram aqui as prioridades estratégicas? Onde entram aqui as lacunas nos processos críticos para a estratégia? Onde entra aqui a caminhada da empresa?

sexta-feira, dezembro 02, 2016

Como o tempo me veio dar razão

Como o tempo me veio dar razão.

Em Dezembro de 2006 escrevi "Assegurar a competência no desempenho de uma função" para em Janeiro de 2016 escrever "BSC vs ISO 9001 (parte VII)". Recordar também de Janeiro de 2009 "Parte III - Relacionar processos e pessoas" e Novembro de 2008 com "Exemplo de balanced scorecard (parte VII)".

Seguindo a minha abordagem fica claro porque, tantas e tantas vezes, afirmo que a formação mais importante que as empresas devem considerar é a formação interna:
"Um operário, qualquer operário, mais tarde, ou mais cedo acaba a fazer tarefas repetitivas. Desde que haja formação interna tudo se faz!"
Já pensaram bem para que serve a cláusula 7.1.6 da ISO 9001:2015?

Por isso, logo sublinhei:
"At the heart of the transformation [Moi ici: É preciso ter cuidado com o que se entende por esta transformação. Esta aposta na formação, na competência e na polivalência seria louvável mas pouco contribuiria para o sucesso da empresa se esta não tivesse enveredado por desenvolver produtos novos com maior potencial valor acrescentado. Ver links deste postal] at Marlin is “the matrix,” a color-coded chart that hangs on the bulletin board just off the noisy factory floor. There’s a column for each of the company’s 32 employees (engineers, machine operators, office workers) and 125 rows listing all of the various tasks involved in operating the business (things like generating a cost estimate, performing a stress analysis, operating a fork lift, programming a laser). In each cell is a number from 0-4, signifying the proficiency each employee has achieved in that skill. The higher your total score, the higher your pay. And it’s all there for everyone to see." 
E ilustro com:

Como é que o sistema de gestão (da qualidade) da sua empresa trata a formação interna? Ainda está ao nível da treta para auditor ver?

Podemos ajudar?

Trecho retirado de "Marlin Steel’s smart matrix for job and wage growth"

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Workshop Abordagem baseada no risco - Porto


Programa, destinatários, valor do investimento e inscrição aqui.
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Como é que a abordagem baseada no risco actua como uma acção preventiva?
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Consideremos uma empresa que determinou o seu desempenho em 2015 relativamente a um dos indicadores associados a resultados valorizados pelos clientes:
A empresa pretendia um resultado inferior a 10% de atrasos na entrega e conseguiu 8%. 2015 correu bem!
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Agora, a empresa pretende para 2016 melhorar o desempenho:
O ano ainda é uma criança, o futuro está por escrever. No entanto, qual o valor mais provável para 2016?
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Se nada mudar, se não acontecer nenhuma surpresaa interna ou externa o mais provável é que o desempenho no final de 2016 seja igual ao de 2015:
Estamos em Janeiro de 2016 e a prever que se nada for alterado pela empresa, então, o desempenho de 2016 será não-conforme, será negativo. 
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Existe, portanto, um risco de isto acontecer...
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Qual a probabilidade dele acontecer?
E se acontecer qual a gravidade desta falha?
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Assim, em Janeiro de 2016 decidimos mudar um ou mais processos que influenciam a taxa de entregas atrasadas, para prevenir a ocorrência da não-conformidade:
Recordar que os riscos são, segundo a ISO 9000, os efeitos da incerteza nos resultados esperados. E a taxa de atrasos nas entregas é um resultado esperado determinado pela realização de um ou mais processos.
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As alterações aos processos feitas em Janeiro são para prevenir a não-conformidade no desempenho no final do ano.

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Workshop Abordagem baseada no risco - ISO 9001:2015 - Porto (Parte VII)

É já no próximo dia 13 de Janeiro que vamos realizar no Porto mais uma sessão do Workshop sobre a abordagem baseada no risco incluída na ISO 9001:2015.
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Programa aqui.
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Valor do investimento: 70€
Local: Porto


Inscrições: código RBT04 para o e-mail metanoia@metanoia.pt

segunda-feira, janeiro 04, 2016

Workshop Abordagem baseada no risco - ISO 9001:2015 - Porto (Parte VI)

Parte I, parte IIparte IIIparte IV e parte V.

Em linha com o e-book que vai estar à venda na Amazon a partir de amanhã, reformulamos o programa do workshop. Agora, a sessão começa com a apresentação de uma empresa-caso e segue com a aplicação dos 14 passos, tornando a sessão muito mais prática. A introdução à norma e às principais alterações fica para uma segunda parte.
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Algumas perguntas:
  • o que faz com os factores internos e externos que determinou?
  • como relaciona riscos e oportunidades com os indicadores dos processos?
  • como relaciona riscos e oportunidades com o conhecimento organizacional?


Valor do investimento: 70€ (isento de IVA)
Local: Porto


Inscrições: código RBT04 para o e-mail metanoia@metanoia.pt

quarta-feira, dezembro 30, 2015

Workshop Abordagem baseada no risco - ISO 9001:2015 - Porto (Parte V)

Parte I, parte II e parte III e parte IV.
BTW, IMHO, a abordagem por processos, pode ser descrita por esta sequência:

Inscreva-se no nosso workshop e acompanhe o desenvolvimento de um caso de raiz (programa na parte I)

Valor do investimento: 70€ (isento de IVA)
Local: Porto


Inscrições: código RBT04 para o e-mail metanoia@metanoia.pt