domingo, março 17, 2013
Tyto alba
Esta tarde, interrompi o meu jogging para observar durante uns bons 2/3 minutos o voo de uma coruja das torres (Tyto alba), uma maravilha.
Curiosidade do dia
Austeridade? Que austeridade?
"In the fiscal year 2009-10, before the government came to office, current spending was £575.1 billion; last year it was £618.8 billion. The annualised figure for this year is heading for £630.7 billion. If we exclude interest payments and welfare benefits, spending in 2009-10 was £377.4 billion, last year was £389.4 billion and this year we are heading for £390.4 billion. For anyone who has worked in a private sector company, these would not count as aggressive cost-cutting measures; illustrating how difficult it is to cut public spending. In real terms, there has been a fall, but the chart accompanying Martin Wolf's piece illustrates the longer-term trend; in the past 30 years, there have been three periods where the government has managed to halt the rise of public spending in real terms (of which this is the latest) interspersed by two periods of a rapid increase. In the last 10 years that the Labour government held office, public spending rose 50% in real terms."Trecho retirado de "Paved with good intentions"
A viagem
Esta semana, durante a última sessão de mais um projecto, confessei à equipa com quem trabalhei que tinha sido um projecto que me tinha ajudado a mergulhar muito mais profundamente no potencial da co-criação gerada pela interacção com os clientes.
.
Tratando-se de uma empresa do mercado interno, do sector não-transaccionável, que aposta no serviço à medida e não no preço mais baixo ou no serviço premium, ficou muito mais claro, para mim, o que pode significar "serviço à medida". Muitas vezes, durante o projecto, na minha mente passava o anúncio da Microsoft do início dos anos noventa do século passado "Where do you want to go today?"
.
Começar um serviço de longa duração pela definição conjunta dos objectivos, perceber que o cumprimento desses objectivos será o fruto de um trabalho conjunto de acompanhamento e monitorização da progressão está hoje muito mais claro. É muito mais fácil perceber as implicações desta filosofia com uma empresa que lida com um serviço pessoal e individualizado do que com uma empresa industrial que pretende aplicar o mesmo tipo de proposta de valor.
.
Hoje, leio neste artigo "Purpose is Good. Shared Purpose is Better" conclusões com que já me familiarizei e que vão ao encontro do fantástico poder da co-criação:
.
Tratando-se de uma empresa do mercado interno, do sector não-transaccionável, que aposta no serviço à medida e não no preço mais baixo ou no serviço premium, ficou muito mais claro, para mim, o que pode significar "serviço à medida". Muitas vezes, durante o projecto, na minha mente passava o anúncio da Microsoft do início dos anos noventa do século passado "Where do you want to go today?"
.
Começar um serviço de longa duração pela definição conjunta dos objectivos, perceber que o cumprimento desses objectivos será o fruto de um trabalho conjunto de acompanhamento e monitorização da progressão está hoje muito mais claro. É muito mais fácil perceber as implicações desta filosofia com uma empresa que lida com um serviço pessoal e individualizado do que com uma empresa industrial que pretende aplicar o mesmo tipo de proposta de valor.
.
Hoje, leio neste artigo "Purpose is Good. Shared Purpose is Better" conclusões com que já me familiarizei e que vão ao encontro do fantástico poder da co-criação:
"Most leaders think of purpose as a purpose for. But what is needed is a purpose with.A metáfora da jornada é a que mais aprecio: vamos fazer uma viagem juntos, uma viagem implica um destino e um plano para lá chegar. Durante a viagem monitorizamos o real versus o planeado e quando chegamos ao destino, não só celebramos, como podemos subir a parada e equacionar um novo desafio e um novo destino; uma nova viagem.
.
Customers are no longer just consumers; they're co-creators. They aren't just passive members of an audience; they are active members of a community. They want to be a part of something; to belong; to influence; to engage. It's not enough that they feel good about your purpose. They want it to be their purpose too. They don't want to be at the other end of your for. They want to be right there with you. Purpose needs to be shared.
...
How can you create your own shared purpose? It's simple, but not easy. The essential question is:
.
What is the shared purpose that ...
.
a) We and our customers can work on together?
b) Is a natural expression of who we are and what we stand for?
c) Connects how we make money with how we contribute to the world?
...
As you formulate your shared purpose, don't go for what you think it should be. Look for who you already are. How you already connect with your customers. What your fans already say about you.
.
Remember, this is not something you are going to do to them, or for them, but with them. It's a journey you will be on together, hopefully for a very long time."
Peers, Incorporated
O artigo "How Next-Gen Car Sharing Will Transform Transportation" sobre o qual escrevemos aqui, a propósito dos modelos de negócio baseados na partilha e aluguer, aborda um outro tópico tão ao jeito do que costumamos escrever aqui sobre Mongo:
"Peers, Incorporated is a new organizational model.
...
The Industrial Revolution was a response to all those years when people were doing things themselves and creating small-scale one-off businesses. You know what? All the variable quality issues that we find in peer production, industrialization is now going to conquer those and provide a nice consistent product. And lo and behold, as we did that, we found out there’s this fabulous thing called economies of scale. So for the last 200 years, business has been driving full force to achieve success using economies of scale and delivering a nice, consistent product. And we have really reaped those benefits. But I feel that we have now reached, maximized and applied that model to more things than is really useful, and that it’s now time for the pendulum to come back a little bit.
...
Peers, Incorporated delivers the best of what industrialization has to offer, and of what individuals — peers — have to offer. It is about giving individuals who are creative and innovative the power of a company. And getting the best out of companies. It’s a partnership between these two groups, where each is providing what it does best. The companies give individuals the advantages of economies of scale, long-term financial investments, standardized contracts and a brand. Individuals deliver what they do best, yet [which] is very expensive for companies [to provide]: diversity of offering, localization, specialization, customization, access to social networks and importantly, innovation. They both have a place, and they both can make lots of money."
O estágio com potencial de crescimento ilimitado
Esta figura:
retirada de "Tip for 2013 – Strategic Innovation Trumps Efficiency Measures", documenta bem a diferença entre trabalhar para aumentar a produtividade à custa de apostar no numerador da equação da produtividade, em que não há limites, ou apostar no denominador da equação da produtividade, em que os ganhos são sempre limitados. Algo na linha de:
retirada de "Tip for 2013 – Strategic Innovation Trumps Efficiency Measures", documenta bem a diferença entre trabalhar para aumentar a produtividade à custa de apostar no numerador da equação da produtividade, em que não há limites, ou apostar no denominador da equação da produtividade, em que os ganhos são sempre limitados. Algo na linha de:
- Originação de valor (parte I) ("Uma empresa não pode extrair mais valor do que o que capturou, e não pode capturar mais valor do que aquele que originou. É imediatamente óbvio que só existe um estágio no fluxo com potencial ilimitado para gerar crescimento – a originação de valor.")
- Been there, done that bought the t-shirt
- O que é isso do campeonato do valor - tentativa de resposta
sábado, março 16, 2013
Curiosidade do dia
Isto é tão engraçado.
.
Lembram-se de aqui no blogue escrever com alguma frequência sobre o impacte de Mongo nas receitas dos impostos?
.
Numa economia em que as trocas e a partilha, bem como a compra a pequenos produtores locais, terá uma importância crescente, os Estados terão menos hipóteses de se intrometerem a cobrar impostos e taxas e ... nunca me tinha lembrado era deste pormenor:
Trecho retirado de "A new era for gold?"
.
Lembram-se de aqui no blogue escrever com alguma frequência sobre o impacte de Mongo nas receitas dos impostos?
.
Numa economia em que as trocas e a partilha, bem como a compra a pequenos produtores locais, terá uma importância crescente, os Estados terão menos hipóteses de se intrometerem a cobrar impostos e taxas e ... nunca me tinha lembrado era deste pormenor:
"As free goods become increasingly plentiful throughout the economy, and people learn to recycle, swap and exchange goods without monetary transaction, it becomes very difficult to engineer an inflation problem."
Trecho retirado de "A new era for gold?"
E os governos que vivem da impostagem pornográfica do consumo
Este artigo "Portugueses criam plataforma para gerir 'carsharing' em rede" é um exemplo nacional dos modelos de negócio que fervilham em torno do aluguer e da partilha.
.
Entretanto em "How Next-Gen Car Sharing Will Transform Transportation" um fundador da Zipcar fala sobre o lançamento de um novo conceito, em fase de testes em França, a partilha de carros (Buzzcar): partilhar e alugar o carro não de uma empresa mas de um particular, de um vizinho, por exemplo.
.
Entretanto em "How Next-Gen Car Sharing Will Transform Transportation" um fundador da Zipcar fala sobre o lançamento de um novo conceito, em fase de testes em França, a partilha de carros (Buzzcar): partilhar e alugar o carro não de uma empresa mas de um particular, de um vizinho, por exemplo.
"It’s a variation on the Zipcar theme, called Buzzcar. Buzzcar is another car-sharing business. But this time, instead of sharing cars from a company-owned fleet, people share their neighbors’ cars. The company calls this peer-to-peer car rental, and has taglines that include “Borrow the car next door” and “fewer cars, more options & the money stays in the ‘hood.”
...
Car sharing is a win/win/win/win situation. There’s no stakeholder for whom it’s not a better situation, except for perhaps car manufacturers and car rental companies.(Moi ici: E os governos que vivem da impostagem pornográfica do consumo)
...
Zipcar had 10,000 cars and probably 730,000 members last year, so that would have meant about 150,000 cars not bought or avoided being purchased. And that — I checked with someone from GM — is half a percent of the cars sold in the US that year. That’s a significant percentage. (Moi ici: E isto é só o começo... qual o impacte disto na interpretação das estatísticas clássicas?)
...
The bottom line is that paying in real-time really, really transforms how you do things. When I have to pay by the hour and by the day, I choose to drive about 80% less — fewer vehicle miles traveled. And this transformation is very natural and effortless. When it is your car sitting downstairs, all the sunk costs are behind you, and you’re only thinking that it’s the variable cost of gas in the car. Now, it is a rental car, and you think carefully about the value of the trip."
Estes apoios apenas adiam o corte epistemológico
Isto "CEO da Renault defende medidas de estímulo à economia e incentivo ao abate de veículos" quando o li ontem à noite fez-me sorrir.
.
Até parece que a indústria francesa de fabrico de automóveis é como a de fabrico de armas nos Estados Unidos e a da construção civil e obras públicas, precisam da ajuda do Estado por tudo e por nada.
.
Será que ele é funcionário da indústria alemã de fabrico de automóveis?
Trecho retirado de "French car sales hit 15-year low"
.
Até parece que a indústria francesa de fabrico de automóveis é como a de fabrico de armas nos Estados Unidos e a da construção civil e obras públicas, precisam da ajuda do Estado por tudo e por nada.
.
Será que ele é funcionário da indústria alemã de fabrico de automóveis?
"In France, auto sales fell by 13.9 percent in 2012 to 1.899 million.A Renault e a Peugeot Citroen foram salvas pelo governo francês em 2009, a Peugeot Citroen voltou a ter de ser salva pelo governo francês em Outubro passado. Estes apoios apenas adiam o corte epistemológico que é necessário fazer.
.
The drop was compounded by the end of government-funded buying schemes that had boosted sales between 2009 and early 2011.
.
The worst hit companies were Peugeot Citroen, where sales shrank by 17.5 percent, and Renault, down by 22 percent.
.
Foreign builders saw an overall drop of 6.7 percent, but deliveries by German luxury car companies Audi, BMW and Mercedes-Benz actually grew, while those by the South Korean group Hyundai-Kia literally took off."
Trecho retirado de "French car sales hit 15-year low"
Por onde começar, ou recomeçar
Mais uma vez Seth Godin tão ao jeito deste blogue "Choose your customers first":
"It seems obvious, doesn't it? Each cohort of customers has a particular worldview, a set of problems, a small possible set of solutions available. Each cohort has a price they're willing to pay, a story they're willing to hear, a period of time they're willing to invest.Contudo, quanto mais pequeno for o projecto de empreendimento, julgo que antes de fazer a escolha dos clientes-alvo se deve pesar o que está em sintonia com a história, com a tradição dos empreendedores. Como ouvi o mesmo Seth dizer:
.
And yet...
.
And yet too often, we pick the product or service first, deciding that it's perfect and then rushing to market, sure that the audience will sort itself out. Too often, though, we end up with nothing."
"First, define yourself, then, define your audience"
sexta-feira, março 15, 2013
Curiosidade do dia
"O ensino em Portugal estimula ou coarcta a possibilidade de os jovens serem empreendedores?Li isto e lembrei-me logo de:
.
Destrói tudo o que pode ser activismo. No secundário não há professores que nos ajudem em projectos fora dos currículos e percam uma hora por semana connosco"
- O mainstream e o politicamente correcto de mãos dadas
- Isto é um problema dentro do problema... ou o Problema?
- Quanto mais anos de escolaridade mais "planning mindset" mais certezas e pré-conceitos
BTW, o meu filho mais novo, se fosse cumprido o horário do 9º ano, tinha aulas todas as manhãs e também na tarde de quinta. Contudo, foi obrigado no início do ano lectivo a assinar um documento a pedir aulas de apoio. Resultado, tem aulas de manhã e de tarde todos os dias, excepto à sexta, graças ao facto de ter uma colega da religião mórmon que não pode ter aulas à sexta de tarde no Inverno assim que o sol se puser.
.
Acham que isto é produtivo? Acham que isto é útil para um miúdo de 15 anos?
.
Trecho retirado de "O miúdo "que bateu Zuckerberg" vem a Lisboa" no Jornal de Negócios de hoje
A reacção a Mongo
Mongo, ao entranhar-se na nossa vida quotidiana, vai levantar reacções defensivas e ataques dos incumbentes que vivem do status-quo actual, do Estado que vive de impostar a actividade económica do século XX e dos funcionários que vivem da regulação da economia à la século XX.
.
O que será mais eficaz e eficiente em termos de regulação, os sistemas de pontuação e crítica das partes intervenientes, ou os sistemas regulamentares tradicionais? De certeza que não há uma resposta universal, válida para todos os sectores.
.
O tema da revista "The Economist" desta semana foi sobre os novos modelos de negócio que borbulham, à boleia da internet e das redes sociais, baseados na partilha e no aluguer. O artigo "All eyes on the sharing economy" ilustra bem as movimentações dos Estados, que não querem perder impostos; dos reguladores, que não querem perder protagonismo, e dos incumbentes que ora reagem e tentam a proibição pura e simples, ora tentam saltar para o comboio em andamento.
"Occasional renting is cheaper than buying something outright or renting from a traditional provider such as a hotel or car-rental firm. The internet makes it cheaper and easier than ever to aggregate supply and demand.
...
“People are looking to buy services discretely when they need them, instead of owning an asset,” says Jeff Miller, the boss of Wheelz, a peer-to-peer car-rental service that operates in California.
.
As they become more numerous and more popular, however, sharing services have started to run up against snags. There are questions around insurance and legal liability. Some services are falling foul of industry-specific regulations.
...
By far the most prominent sharing services are those based around accommodation and cars. The best-known example is Airbnb, based in San Francisco, which has helped 4m people find places to stay since it was founded in 2008 - 2.5m of them during 2012 alone. (Moi ici: A crescer a este ritmo, muitos incumbentes no negócio do alojamento vão ter um problema. E como estas transferências de consumo não são apanhadas pelos indicadores tradicionais, sintomas exagerados de recessão serão comunicados) People can list anything from a spare bed to an entire mansion on the site, setting rental rates and specifying house rules (such as no smoking or pets). Anyone looking for somewhere to stay in a particular city can enter their dates and browse matching offers from Airbnb’s 300,000 listings in 192 countries; Airbnb takes a cut of 9-15% of the rental fee."
As forças que nos afastam do século XX (parte I)
"When Henry Ford began producing the Model T, most people viewed it as simply a new, inexpensive car - but his innovation would transform so much more. By proving the superiority of mass production, which coincidentally was able to cut the price of an automobile by 6o percent, he inspired a major shift in business. Soon, industry after industry changed from collections of small workshops into a few huge factories.Trecho retirado de "Outthink the competition" de Kaihan Krippendorff
...
Starting with Ford, the basis of competition shifted from craft to economies of scale, from talent to asset intensification. That has remained largely unchanged to this day. The existing paradigm, what Kuhn would call the normal science phase, gives established companies certain tangible, sustainable sources of advantage. In addition to superior economy of scale, they have exclusive access to critical sources of supply. We have lived with this formula for decades, with managers and strategy experts tweaking our understanding of this paradigm but not altering it in any significant way. But several forces are pushing us beyond the Ford paradigm."
Cuidado com o que escreve, não culpe a caneta
As empresas grandes que operam em Portugal, como por exemplo a IKEA (a nível fabril), apostam na produção massificada em que o custo baixo é fundamental.
.
Nesse âmbito, uma ferramenta como o 6-sigma é fundamental para reduzir desperdícios e, promover as melhorias incrementais que se devem suceder na sequência de um processo de lançamento da produção em escala crescente.
.
Recordando que não existem boas-práticas universais, cuidado; não com a caneta, mas com o que se escreve com ela. As PMEs, que apostam sobretudo na rapidez, na flexibilidade, na criatividade, nas pequenas séries, são iludidas quando adoptam as ferramentas que se ajustam à produção massificada... se calhar mais um exemplo do uso incorrecto da assimetria da informação.
.
Mesmo uma empresa grande como a 3M não percebeu isso e está a pagar esse erro "Six Sigma 'killed' innovation in 3M":
.
Nesse âmbito, uma ferramenta como o 6-sigma é fundamental para reduzir desperdícios e, promover as melhorias incrementais que se devem suceder na sequência de um processo de lançamento da produção em escala crescente.
.
Recordando que não existem boas-práticas universais, cuidado; não com a caneta, mas com o que se escreve com ela. As PMEs, que apostam sobretudo na rapidez, na flexibilidade, na criatividade, nas pequenas séries, são iludidas quando adoptam as ferramentas que se ajustam à produção massificada... se calhar mais um exemplo do uso incorrecto da assimetria da informação.
.
Mesmo uma empresa grande como a 3M não percebeu isso e está a pagar esse erro "Six Sigma 'killed' innovation in 3M":
"Rigid process a significant roadblockThe lack of freedom, or too strict a process, is also a significant roadblock, such as the Six Sigma process.
.
Six Sigma was popularized in the late 1990's and introduced into 3M by former CEO James McNerney, a former GE executive. It involves a set of process tools designed to eliminate production defects and wastage, and raise efficiency. (Moi ici: Sempre a doença da escola de gestão americana, a concentração doentia no eficientismo, mesmo quando ele não é relevante para a estratégia)
.
"The Six Sigma process killed innovation at 3M," said Nicholson. "Initially what would happen in 3M with Six Sigma people, they would say they need a five-year business plan for [a new idea]. Come on, we don't know yet because we don't know how it works, we don't know how many customers [will take it up], we haven't taken it out to the customer yet."
.
However, the 3M ambassador pointed out he had nothing against the Six Sigma, but felt it was not ideal for the creative process. "I met the guy who in fact put Six Sigma together and I said to him, 'What about innovation? Because at 3M right now we are having problems--we're being asked about Six Sigma and trying to utilize it in the creative stage'. He said it was never designed for that, it was designed for manufacturing when starting to scale up a product," said Nicholson."
A subida das importações
A propósito da dúvida de ontem em "Consumo interno, importações e dúvida - ajudem-me por favor!" decidi investigar em pormenor o que tem acontecido às importações em Portugal.
.
Os resultados são interessantes e fogem do que estava à espera.
.
Resolvi comparar o conteúdo das importações entre 2010, o último ano pré-troika, e 2012, usando os números dos boletins mensais de economia (2010 e 2012). Como ainda não foram publicados os dados completos relativos a 2012, comparei os períodos de Janeiro-a-Novembro de 2010 com Janeiro-a-Novembro de 2012.
.
Primeira surpresa: as importações de bens em 2012 superaram as de 2010 (no referido período):
Onde estão as diferenças positivas e negativas?
Olhando para a frente, o que pode acontecer às importações em 2013?
.
Dado que os empréstimos às famílias estão em queda, se calhar, a evolução das compras de "Produtos Acabados Diversos" e de "Material de Transporte" manterá a mesma tendência.
.
Dado que os empréstimos às empresas estão a subir, se calhar, a evolução das compras de "Máquinas" deve inverter.
.
E as importações de "Agro-alimentares", talvez baixem.
.
Vamos ver.
.
Os resultados são interessantes e fogem do que estava à espera.
.
Resolvi comparar o conteúdo das importações entre 2010, o último ano pré-troika, e 2012, usando os números dos boletins mensais de economia (2010 e 2012). Como ainda não foram publicados os dados completos relativos a 2012, comparei os períodos de Janeiro-a-Novembro de 2010 com Janeiro-a-Novembro de 2012.
.
Primeira surpresa: as importações de bens em 2012 superaram as de 2010 (no referido período):
- 51 937 milhões de euros em Janeiro-Novembro de 2012;
- 51 613 milhões de euros em Janeiro-Novembro de 2010.
Onde estão as diferenças positivas e negativas?
Olhando para a frente, o que pode acontecer às importações em 2013?
.
Dado que os empréstimos às famílias estão em queda, se calhar, a evolução das compras de "Produtos Acabados Diversos" e de "Material de Transporte" manterá a mesma tendência.
.
Dado que os empréstimos às empresas estão a subir, se calhar, a evolução das compras de "Máquinas" deve inverter.
.
E as importações de "Agro-alimentares", talvez baixem.
.
Vamos ver.
quinta-feira, março 14, 2013
Curiosidade do dia
"Ser ministro hoje, em particular o ministro das Finanças e outros, é um acto de coragem (...) os ministros têm poucos meios ao seu alcance para resolver os problemas"Afirmação de Bagão Felix no Destak de ontem na rubrica "Tirada do dia".
.
A situação a que chegamos também resultou desta maneira de pensar. Pensar que os ministros existem para resolver os nossos problemas... apetece escrever que os ministros existem para criar problemas. E quando um pequeno problema existe, um ministro intervém para o ajudar a resolver e, no acto, acaba por criar um outro problema ainda maior e assim por diante em crescimento exponencial. Como escreve César das Neves, já que o elefante não desaparece ao menos que fique quieto e não deite abaixo as porcelanas na loja.
Um herói
"Um homem de 47 anos deu a vida pela filha, de quatro anos, quarta-feira à noite nos Açores. O homem morreu soterrado pelo deslizamento de terras em Faial da Terra, mas salvou a menina ao abraçá-la, protegendo-a da derrocada de lama e pedras, que matou três pessoas, incluindo dois irmãos órfãos."A minha vénia, o meu respeito e as minhas orações para este pai.
Trecho retirado de "Homem morreu soterrado nos Açores a proteger a filha com um abraço"
Alguns dos nossos campeões escondidos
Ontem no comboio lia mais umas páginas de "Outthink the Competition" de Kaihan Krippendorff quando encontrei este trecho:
.
O que é que para um político é mais sexy, dá mais exposição mediática e votos?
.
Qual a abordagem que cria mais riqueza?
.
Por isso é que estes campeões escondidos "Penas, tubarão e outras exportações" são uma realidade que merece o nosso apreço, até porque "Os macacos não voam"
"I was conducting a workshop with Hermann Simon, known as an advocate for what he calls hidden champions - companies (mostly German) that you have never heard of but that dominate a global niche like making glass for museum cases. He was proud to say that about half of Tata's components are manufactured by German companies."Li outra vez "like making glass for museum cases"... e pensei na Qimonda!
.
O que é que para um político é mais sexy, dá mais exposição mediática e votos?
.
Qual a abordagem que cria mais riqueza?
.
Por isso é que estes campeões escondidos "Penas, tubarão e outras exportações" são uma realidade que merece o nosso apreço, até porque "Os macacos não voam"
Consumo interno, importações e dúvida - ajudem-me por favor!
O Jornal de Negócios de ontem traz uma coluna intitulada "Melhoria da procura interna ameaça saldo externo" onde se pode ler:
.
Escrevo tudo isto por causa de uma dúvida, o que é que vai ditar, em primeiro lugar, o recomeço do aumento das importações se Portugal continuar a seguir o modelo que tem seguido com a troika?
.
.
O consumo ou as importações industriais?
.
Esta figura, retirada do relatório "Estatísticas do Comércio Internacional Janeiro 2013" do INE, não me sai da cabeça:
Conjugando tudo isto, interrogo-me:
.
Não é mais fácil as importações de combustíveis minerais para serem transformados e, de químicos para serem transformados, estarem a dar os sinais que o jornalista do Jornal de Negócios interpreta como sendo um retorno das importações via consumo?
.
BTW, longe de mim pertencer ao clube dos que acham que consumir é pecado, pelo menos consumir sem ser base em endividamento.
.
BTW2, leio o que se segue e não percebo o que é que o jornalista quer dizer. Reparem, o mesmo jornalista que escreveu que 100 mil empregos perdidos no sector transaccionável são mais do que 230 mil empregos perdidos no sector não-transaccionável (recordar isto) é o mesmo que escreve isto:
Qual é a parte do racional do jornalista que eu, anónimo da província, não consigo acompanhar?
"Os números apontam para um abrandamento da queda das entradas em Portugal e parece estar relacionado com uma melhoria no consumo interno e no investimento, já visível no final de 2012." (Moi ici: BTW, depois falam da espiral recessiva)Lembrei-me logo do que tinha lido no dia anterior nos comentários à inflação de 0% em Fevereiro passado:
"A recente tendência da inflação constitui mais um sinal da debilidade da procura interna, pois a taxa de inflação subjacente, excluindo os preços mais voláteis dos bens alimentares e energia, está em terreno negativo desde Janeiro (-0.5% em Fevereiro)."Entretanto, pouco depois de ler isto, lia no Oje o artigo "Crédito às famílias cai 5576 milhões" algo que no dia anterior já tinha sido noticiado com "Crédito às famílias caiu mais de 5,5 mil milhões nos últimos 12 meses"... recordei logo os números que aprendi esta semana com o último livro de João César das Neves e que foram objecto desta "Curiosidade do dia".
.
Escrevo tudo isto por causa de uma dúvida, o que é que vai ditar, em primeiro lugar, o recomeço do aumento das importações se Portugal continuar a seguir o modelo que tem seguido com a troika?
.
.
O consumo ou as importações industriais?
.
Esta figura, retirada do relatório "Estatísticas do Comércio Internacional Janeiro 2013" do INE, não me sai da cabeça:
Conjugando tudo isto, interrogo-me:
.
Não é mais fácil as importações de combustíveis minerais para serem transformados e, de químicos para serem transformados, estarem a dar os sinais que o jornalista do Jornal de Negócios interpreta como sendo um retorno das importações via consumo?
.
BTW, longe de mim pertencer ao clube dos que acham que consumir é pecado, pelo menos consumir sem ser base em endividamento.
.
BTW2, leio o que se segue e não percebo o que é que o jornalista quer dizer. Reparem, o mesmo jornalista que escreveu que 100 mil empregos perdidos no sector transaccionável são mais do que 230 mil empregos perdidos no sector não-transaccionável (recordar isto) é o mesmo que escreve isto:
"Apesar do optimismo em torno dos resultados das exportações portuguesas, grande parte do ajustamento externo não está a ser feito vendendo mais, mas sim comprando menos."Resolvi comparar o ano 2012 com o último ano pré-troika:
- importações de bens em 2010 = 57 053 milhões de euros
- importações de bens em 2012 = 56 120 milhões de euros
- exportações de bens em 2010 = 36 762 milhões de euros
- exportações de bens em 2012 = 45 359 milhões de euros
Qual é a parte do racional do jornalista que eu, anónimo da província, não consigo acompanhar?
Mongo pode ser muito mais do que a customização que estamos a pensar
Isto está tão longe dos tempos em que, como atleta de pista federado (do FCP) no início dos anos oitenta do século passado, tinha de requisitar os sapatos de pitões à sexta-feira, para competir ao fim de semana. Ou seja, de um tempo em que um par de sapatos era partilhado entre vários atletas, para um tempo em que cada atleta tem um par construído à sua medida e à medida de uma estratégia em particular:
E sapatos de corrida, não à medida de um atleta, mas desenhados para a estratégia que um atleta vai executar numa certa corrida?
Um mundo de possibilidades aberto por Mongo, "interaction rules"!!!
"Athletes are measured on a sensitive track to gauge the direction their foot travels whether its forward or back, left or right, and how it moves; 100 sensors are placed on an insert inside the shoe to measure pressure at different points; and a motion capture system — like the ones used for video games and movies — adds stride and broader movement into the equation. Based on the biomechanical data, custom spike plates, the part of the shoe that actually connects with the ground, are created.Trecho inicial retirado de "With 3-D Printing, New Balance Running Customisation in New Direction"
...
“The technology is early and our implementation is still really in a very early phase, but you can envision as the technology improves and capacity increases — and cost comes down — the audience who will benefit from customisation will just grow and grow and grow. This will get down eventually to the casual athlete.”"
E sapatos de corrida, não à medida de um atleta, mas desenhados para a estratégia que um atleta vai executar numa certa corrida?
"The possibilities for easy customization are nearly endless. Previously, a custom spike plate required an expensive injection molding process, but with the 3-D printers, the speed of production is much faster and the cost is slashed. Because it’s so much easier, runners can choose different designs based on their strategy for a particular race. “If you’re going to rely on a strong finishing kick, that means having lots of traction for running up on your toes at the end,” says Petrecca."Trecho final retirado de "Pro Track Athletes Get a Grip With 3-D Printed Equipment"
Um mundo de possibilidades aberto por Mongo, "interaction rules"!!!
Subscrever:
Comentários (Atom)

