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quinta-feira, março 22, 2018

Acerca da automatização

Ontem isto:

Hoje isto:
"When you ask Amazon’s Alexa to reserve you a table at a restaurant you name, its voice recognition system, made very accurate by machine learning, saves you the time of entering a request in Open Table’s reservation system. But Alexa doesn’t know what a restaurant is or what eating is. If you asked it to book you a table for two at 6 p.m. at the Mayo Clinic, it would try."
Num mundo onde há cada vez mais variedade, num mundo cada vez mais polarizado, as empresas grandes do preço mais baixo, as "amazons", são conhecidas e tudo o que fazem é descrito e narrado como o último grito na gestão. As empresas do outro extremo não se devem iludir, o que serve para as do outro extremo não pode servir para elas. Se servir para elas estão tramadas. Até algumas grandes já perceberam as limitações da automação.

BTW, hoje de manhã na rádio ouvi notícias sobre as grandes tiradas dos políticos sobre os dinheiro do próximo envelope financeiro comunitário... e pensei na quantidade de projectos de milhões às moscas porque era dinheiro fácil de obter via Portugal 2020 e está lá nas fábricas, não há ilegalidade nenhuma, mas não trabalham porque não são úteis.

Trecho retirado de "The Great AI Paradox"

quarta-feira, março 22, 2017

Curiosidade do dia

Criticam o Dijsselbloem, no entanto:
  • constroem aeroportos para moscas;
  • torram dinheiro em estudos para TGV, o tal que faria a ligação de Madrid às praias;
  • semeiam auto-estradas sem circulação como cogumelos;
  • polvilham o país de estádios de futebol sem assistências;
  • decretam que as empresas de transportes se devem marimbar para o EBITDA;
  • querem critérios de fantochada para gerir a CGD;
  • ...
e o burro sou eu.

quarta-feira, novembro 26, 2014

Curiosidade do dia

O individuo que na televisão defendia o aeroporto da OTA como fundamental, para exportar, por via aérea, as frutas e legumes da região Oeste, volta com a capa de um super-herói para nos impedir de voltar a cometer erros na distribuição dos fundos comunitários. Ter memória é um castigo dos deuses.
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A propósito de "Augusto Mateus: "Cometemos demasiados erros. Este é o momento da reconstrução"" recordar, basta uma pesquisa de segundos na internet:
"Um leitor avisou-nos desta pérola do «Plano Regional de Inovação do Alentejo», de 2005, da Augusto Mateus e Associados, pp. 136-137 (linque entretanto desativado - http://www.ccdr-a.gov.pt/prai/seminario.asp) sobre o «Aeromoscas» de Beja, que, entre outros motivos, justifica o investimento com o objetivo de o tornar uma «plataforma logística» para o transporte de... peixe:" (aqui)
"Quando querem empatar, encomendam um estudo. Quando já têm na cabeça o que querem fazer, encomendam um estudo. Quando querem entreter o pessoal, lançando pão seco aos pardais, encomendam um estudo. Lembram-se do famoso aeroporto internacional de Beja, onde chegariam turistas aos milhares e de onde se exportariam legumes e peixe fresco às toneladas para a Europa? Está às moscas e foi resultado de um estudo, por acaso do mesmo génio que agora descobriu o caminho marítimo para a cultura!" (aqui
"Aeroporto vai criar uma cidade em seu redor
"Estado empreendedor (46) – aterrando contribuintes no aeroporto de Beja
Um tipo que vive no paradigma A e nunca mais aprende:

sexta-feira, setembro 14, 2012

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Retrospectiva

Uma das vertentes do meu trabalho com as empresas passa por me armar em mago e prever o futuro.
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Confesso que vou afinando a técnica cada vez mais:
Em boa verdade o objectivo não é acertar, o objectivo é prever o tipo de cenários onde podemos ter de operar e, em vez de correr com as calças na mão atrás do prejuízo, preparar mentes e acções... até para tirar partido do que pode acontecer.
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Lembram-se da frase do ministro Pinho?

segunda-feira, novembro 21, 2011

O campeonato que importa

Os consumidores compram salários?
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As empresas competem entre si com salários?
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Pensei que o truque era seduzir os clientes com a promessa, com a proposta de experiências: UAU!!!
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Primeiro esta opinião, depois esta outra.
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Há quase 10 anos desenhei este gráfico:
Para relatar a evolução do desempenho de uma fábrica.
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Uma empresa ganha dinheiro é a trabalhar, quanto mais as suas máquinas trabalharem mais a empresa ganha (algumas por acaso é ao contrário, quanto menos trabalho menos perdem... mas isso é outra história), por isso, um dos indicadores escolhido para medir o desempenho da empresa foi o tempo de paragem (o somatório) mensal das suas máquinas.
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O gráfico, feito no final do ano, retratava a história de mudança que a empresa tinha vivido. 
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FASE 1: Durante o primeiro trimestre as máquinas estava muito tempo paradas. A análise dos factos, dos números, dos motivos das paragens, permitia uma conclusão clara: a maior parte das vezes as máquinas estavam paradas por falta de encomendas. 
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De que adianta querer produzir mais se a capacidade instalada está subutilizada às moscas?
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Muita gente, longe da realidade do dia-a-dia empresarial acha que as empresas não ganham dinheiro porque se trabalha pouco, porque o seu pessoal é preguiçoso.
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Guardo para mim uma máxima que aprendi com o futebol brasileiro: não tentar marcar o 2º golo antes de conseguir marcar o 1º.
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Ao olhar para o desempenho desta empresa interrogamos-nos: 
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Onde está a principal restrição? Porque é que esta empresa não ganha o dinheiro que podia?
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É por perder tempo internamente? É por estar indevidamente organizada internamente? 
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A empresa precisa de organização interna, precisa de produzir melhor mas, neste momento, essa não é a principal restrição. Perder tempo com isso, agora, é um desperdício de tempo!!!
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A principal restrição é a falta de encomendas.
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Por que é que a empresa não consegue seduzir os seus clientes?
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Qual a falha na sua proposta de valor que a impede de ir ao encontro dos desejos e ansiedades dos seus clientes? Será que escolheu os seus clientes-alvo? Será que os estudou? Será que desenvolveu um proposta de valor? Será que preparou o seu pessoal para a utilizar?
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No próximo ano, com o colapso do mercado interno, a maioria das empresas, as que trabalham só para o mercado interno, vão viver esta situação... mais meia-hora de trabalho por dia, menos feriados, mais facilidade em despedir os "preguiçosos" e ... cada vez menos encomendas...
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Não é o Estado que salva as empresas, é cada empresa que encontra maneira de se salvar. 
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O primeiro passo não é trabalhar mais, não é fazer mais do mesmo, não é produzir mais produtos que não são comprados. O primeiro passo é descobrir a resposta à pergunta: Quem são os nossos clientes-alvo?
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Para, depois, responder a uma outra pergunta: Que experiências procuram e valorizam? Qual a proposta de valor que temos de lhes oferecer?
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Na empresa do gráfico, depois de se ter resolvido o problema da falta de encomendas surgiu outra restrição: FASE 2: a falta de pessoal nos turnos nocturnos.
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FASE 3: Só depois de resolvido o problema da falta de pessoal nos turnos nocturnos é que, finalmente, a restrição passou a ser a forma como a empresa trabalhava na produção, a forma como trocava de moldes, o tempo de set-up, o tempo desde a paragem de uma produção até ao arranque da produção seguinte.
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Quantas empresas estão a tentar marcar o segundo golo antes mesmo de ter marcado o primeiro?
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Quantas empresas pensam que os clientes compram minutos, salários, custos e estão nesse campeonato, sem perceber que o campeonato que importa é o do valor?

quinta-feira, março 17, 2011

Culpados: TODOS NÓS!

""Constitui uma ameaça para uma ruptura quase imediata da capacidade de financiamento do Estado. Tem consequências na capacidade do Estado em conseguir honrar os compromissos, para que o sistema financeiro consiga mostrar-se sólido e para que as empresas consigam ter acesso ao crédito, manter a sua actividade e manter o emprego dos trabalhadores", declarou Pedro Silva Pereira, no mesmo dia de emissão de dívida a curto prazo, em que Portugal pagou juros mais altos do que a Grécia."
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A seis de Fevereiro de 2009 iniciei uma série de 44 postais intitulados "Acordar as moscas que estão a dormir" não, não me chamem bruxo... estava escrito nas estrelas... alguém falou em subir impostos na última campanha eleitoral? Até MFL afirmou que não taxaria as SCUTs.
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A quinze de Setembro de 2009 iniciei o marcador "sei o que não me disseste na última campanha eleitoral" com o postal "Temas que não são debatidos numa campanha eleitoral", entretanto usei esse marcador 35 vezes.
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A dezanove de Maio de 2008 iniciei o marcador sobre o "day of reckoning" já lá estava tudo previsto.
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Tudo escrito antes do dia 27 de Setembro de 2009.
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Culpados: os políticos da situação e da oposição porque não dizem a verdade aos eleitores!
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Culpados: os media porque não colocaram o tema na agenda da discussão pré-eleitoral!
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Culpados: os eleitores porque são uns maridos enganados que querem continuar a ser enganados!
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Culpados: TODOS NÓS!
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Não, não me venham com a história da crise, esta só precipitou algo que estava na calha, basta recordar este livro lido em 2006 e publicado em 2005.
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Qual será o comportamento dos políticos, media e eleitores nas próximas eleições?

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Trecho retirado daqui.

sábado, setembro 25, 2010

Oh! Que curiosidade!!!

No ano passado, a começar em Janeiro de 2009, escrevi mais 60 postais com marcadores como:

  • sei o que não me disseste na última campanha eleitoral (campanha essa que se desenrolou em Setembro de 2009); e
  • acordar as moscas que estão a dormir (sobre os temas que qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que terão de ser tratados, mas que teimam em ser escondidos debaixo de um qualquer tapete roto)
Se o actual governo cair e tiver de haver eleições algures no próximo ano... o que nos irão prometer os políticos? Outra vez carne todos os dias? Outra vez sol na eira e chuva no nabal? Outra vez o Paraíso na terrinha? Outra vez amanhãs que cantam?

Estou com curiosidade... será que alguém desta vez terá de falar verdade? Será que desta vez alguém vai falar verdade?
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Será que desta vez se aparecer alguém a dizer algumas, poucas, verdades, tem o mesmo tratamento que os media deram a MFL?
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Engraçado... um dos poucos portugueses a rirem-se desta situação, além de mim, é MFL...
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vamos no caminho da Gécia... alarido... realidade actual?
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endividamento descontrolado... alarido... realidade actual?
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até já se falou em pôr a democracia em banho-maria...
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Aproveito para pedir desculpa a MFL, por ter votado em branco.... MEA CULPA!!!
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domingo, julho 11, 2010

Os verdelhões, os papa-moscas, os chapins, os ...

... alimentam o cuco até não dar mais.

"90% dos aumentos de impostos entre 1995 e 2008 foi para pagar o aumento da massa salarial na Função Pública" (Medina Carreira no programa Plano Inclinado na SIC-N de ontem)
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Depois, os cucos ainda se queixam da qualidade da gestão dos verdelhões, chapins e companhia...
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No entanto, são estas pequenas empresas, anónimas, sem tempo para frequentar os corredores e tapetes do poder, que mantêm este país a funcionar:
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ADENDA: Estes chapins trabalham como desalmados para continuar a alimentar o cuco "Teixeira dos Santos mantém tabu sobre congelamentos salariais em 2011"

sexta-feira, julho 02, 2010

Depois o burro sou eu...

Durante os primeiros 9 meses do ano passado utilizei várias vezes os marcadores:
  • sei o que não me disseste na última campanha eleitoral
  • moscas, por causa de 42 partes do título "Acordar as moscas que estão a dormir"
  • desde que ouvi o ministro pinho dizer que a crise financeira não afectará a economia
Pois... depois o burro sou eu...
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quarta-feira, maio 19, 2010

A regra de Pareto

É só uma questão de esperar que as moscas poisem, mais tarde ou mais cedo os cortes vão ter de entrar pelos 67,7%, é só aplicar o princípio de Pareto.

quinta-feira, maio 13, 2010

Imaginem...

Imaginem que em vez da classe de funcionários que temos tido a gerir a coisa pública, tínhamos, desde Setembro de 2007 (data do primeiro marcador "desde que ouvi o ministro pinho dizer que a crise financeira não afectará a economia...,"), alguém que partilhasse as ideias que defendemos ao longo dos postais com os três marcadores abaixo...
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Estaríamos melhores ou piores do que agora como País?
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Escreve Pedro Guerreiro no JdN "Sócrates andou a jogar ao Verdade ou Consequência com os portugueses durante os últimos anos, as últimas eleições, os últimos meses, as últimas semanas. Deu-lhes verdade a menos, agora dá-lhes consequência a mais. Impostos extraordinários, impostos ordinários, uma sangria desatada das veias dos exangues contribuintes." (Moi ici: "sei o que não me disseste na última campanha eleitoral" e "moscas", são outros dois marcadores que permitem provar que o que nos está a acontecer não é nenhum resultado do ataque de especuladores, são as consequências, perfeitamente normais, da irresponsabilidade de quem toma conta da coisa pública)
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Ainda do editorial de Pedro Guerreiro no JdN retiro: "Esta vertigem fiscal é odiosa mas deixou de ser evitável. Agora, que venha por bem. Que venha regenerar a economia e preparar a nova vida depois da mortandade." (Moi ici: Ainda há momentos, no Twitter, Nassim Taleb escreveu "Deficits are similar to carbs: the more you eat, the hungrier you get." Assim, é voluntarioso e whishfull thinking acreditar que esta vertigem normanda de impostar os indefesos saxões mais uma vez sirva para regenerar a economia... é antes mais uma espia cravada na parede onde se vai amparar um novo status-quo de impostagem em Portugal, para ganhar balanço para o próximo salto. Basta recordar que ainda não começamos a pagar as SCUT de Cravinho).
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Uma pergunta para Pedro Guerreiro: Como pode a crise acabar se só se atacam os sintomas e não se vai às causas-raiz?
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Há algo pior do que o casamento da mentalidade socialista com os interesses da banca? Com que então saúdam... normandos.
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Para acabar em beleza apreciar este filme de 50 segundos.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Para reflexão e memória futura ou Acordar as moscas que estão a dormir (parte 4) ou Sei o que não me disseste na última campanha eleitoral (parte ??)

"Portugal salta para as manchetes da imprensa internacional"
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"Risco de Portugal dispara nos mercados (act)"
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"España, Portugal y Grecia, que afrontan serias dificultades por la evolución de sus finanzas públicas y no pueden recurrir a la devaluación de su moneda al formar parte de la zona euro tendrán que asumir sacrificios, como una baja de salarios para recuperar competitividad, según el FMI."
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"Juros da dívida disparam com mercado mais apreensivo com Portugal"
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"Risco da dívida portuguesa dispara para valor recorde"
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Eu não cesso de pensar nas mudanças de paradigma que tudo isto vai introduzir na forma como a administração pública costuma ser gerida. Vamos viver tempos muito interessantes.
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Tiro o meu chapéu a quem tão bem geriu a estória das escutas durante o mês de Setembro... Sinceros parabéns!
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Daí aqueles marcadores lá em baixo, pela parte que me toca tentei acordar as moscas que estavam a dormir, quando percebi que era um Baptista a pregar no deserto, optei pelo outro sobre saber o que não foi dito durante a campanha eleitoral e que agora aparece em todo o seu esplendor.

sábado, janeiro 30, 2010

Para reflexão e memória futura ou Acordar as moscas que estão a dormir (parte 45) ou Sei o que não me disseste na última campanha eleitoral (parte ??)

"Greek burdens ensure some Pigs won’t fly" ("On this account, clear differences emerge. The Pigs consist of two quite different groups, with Greece and Portugal in the weakest position because of their lack of domestic savings.")
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"Spartan solutions from Brussels will be fought by Athens" ("Scenario two is a default without bail-out. The EU would refuse financial aid on the grounds that Greece failed to observe EU rules. In this case, the crisis is very likely to spread to Portugal, which is in a similar predicament. Eventually the financial markets might also question whether Spain can ever return to a sustainable path.")
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"Funds flee Greece as Germany warns of "fatal" eurozone crisis" ("dding to worries, Moody's has issued an alert on Portugal's "adverse debt dynamics", saying Lisbon needs a "credible plan" to reduce a structural deficit stuck at 7pc of GDP rather than "one-off measures".
The deeper concern is Spain, where youth unemployment has reached 44pc and the housing bust has a long way to run. Nouriel Roubini – the economist known as 'Dr Doom' – said Spain is too big to contain. "If Greece goes under that's a problem for the eurozone. If Spain goes under it's a disaster," he said.")
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"Facadas no orçamento" ("Torna-se clara a gestão política dos números, em função do calendário eleitoral. Promete-se o impossível, oculta-se a verdade, e revela-se o valor mais elevado de sempre para prometer o início da trajectória descendente. O OE assume um papel de camaleão, mudando de cor para se tornar menos perceptível ou mais evidente em função da conveniência do momento.
Curiosamente, na edição de 29 de Maio de 2009 e face ao andamento desfavorável das receitas fiscais, a «Vida Económica» fez contas e publicou a «sua» previsão de défice para o final desse ano: 9,2%. E ao longo dos meses que se seguiram o nosso jornal manteve uma estimativa de défice entre 9% e 10%, que agora se confirma.
Entretanto, ocorreram três actos eleitorais sem que os partidos políticos, os dirigentes associativos, ou as instituições como o Banco de Portugal, tenham apontado a incoerência ou a falta de verdade na informação apresentada pelo Governo.
A posição de conforto dos governantes face a uma evolução muito delicada é o reflexo de uma sociedade amorfa que não participa, não controla, e não exige.
O maior erro do OE 2010 pode estar aí. A forma como foi concebido e vai ser executado podia bastar - com alguma sorte - para consumo interno, mas não é compatível com o padrão de exigência dos credores externos, de quem nos tornamos cada vez mais dependentes.")
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sexta-feira, janeiro 15, 2010

sexta-feira, novembro 20, 2009

Para arqueologia futura

Um dia, num futuro distante, hei-de voltar a este postal para responder às gerações que ainda não nasceram quando estas me perguntarem:
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"- Quando foi? Quando é que as moscas começaram a despertar?"
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Ontem à noite na SIC-N, A. Nogueira Leite e João Duque avançaram com a possibilidade do pagamento do 13º mês ou do mês de Dezembro aos funcionários públicos não poder ser feito. Quase ao mesmo tempo na RTPN Manuela Arcanjo dizia, sobre o mesmo tema "... vai ser brutal, eu gostaria de não estar cá"
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Hoje, os jornais já não conseguem esconder a realidade:
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"Loucos e falidos" quem desconfiar da sanidade deste título tem de ler o último parágrafo deste artigo "Teixeira dos Santos nega descontrolo do défice" a parte que está entre aspas... rir ou chorar?
Até o diário do governo já não consegue peres metelizar "Má gestão das expectativas"
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In the meantime o mundo lá fora prepara-se para um novo Tratado de Tordesilhas como há muito refere António Maria, Paul Krugman dixit.

domingo, novembro 15, 2009

Acordar as moscas que estão a dormir (parte 44)

... mas as moscas querem é dormir, querem é ser enganadas ou enganarem-se a si próprias.
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Imagem roubada ao João Miranda no Blasfémias, desse postal destaco este comentário do Anticomuna:
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"Esse é o estado do país inteiro.
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10 anos sem crescimento económico, desemprego sempre a crescer, corrupção a aumentar, luta por empregos no Estado em alta, grupos económicos sobrevivem sobretudo ao rent seeking, PMEs a desaparecer, valores éticos e morais em decadência.
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É como assistirmos ao desmoramento lento mas cada vez mais acelerado de Portugal."
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Este comentário pode ser secundado por dados da Comissão Europeia compilados por Pinho Cardão no blogue Quarta República:
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"Dívida Pública: de 64,7% do PIB em 2006, para 77,4% em 2009 e 91,1% em 2011.
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Défice público: de -3,9% do PIB em 2006, para -8% em 2009 e -8,7% em 2011.
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Défice da balança corrente: de -10,4% em 2006, para -10,2 em 2009, e -10,2% em 2011.
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PIB: de 1,4% em 2006, para -2,9% em 2009 e 1% em 2011
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Crescimento do emprego: de 0,5% em 2006, para -2,3% em 2009 e 0,1% em 2011
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Taxa de desemprego: de 7,8% em 2006, para 9% em 2009 e 8,9% em 2011
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Custo real de unidade de trabalho: de -1,5% em 2006, para 4,9% em 2009 e -0,6% em 2011
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Despesa Pública: de 46,3% do PIB em 2006, para 51,6% em 2009, e 52% em 2011"
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Como diz o outro: There Is Something Terribly Wrong With This Country, Isn’t There?
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"How did this happen? Who’s to blame? Well certainly there are those more responsible than others, and they will be held accountable, but again truth be told, if you’re looking for the guilty, you need only look into a mirror. I know why you did it. I know you were afraid. Who wouldn’t be? "
...
"But if you see what I see, if you feel as I feel, and if you would seek as I seek, then I ask you to stand beside me one year from tonight, outside the gates of Parliament, and together we shall give them a fifth of November that shall never, ever be forgot. People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people."
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sexta-feira, novembro 13, 2009

Está tudo doido ou Acordar as moscas que estão a dormir (parte 43)

Desta vez é um daqueles comentadores que defende que baixar salários é de esquerda.
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Daniel Amaral no DE publica o artigo "Está tudo doido", já há muito tempo meu caro, já há muitos anos.
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"Olho para estes números e fico arrepiado com a desfaçatez de algumas propostas que vão aparecendo por aí. Uns defendem a baixa de impostos. Outros querem aumentar os subsídios. E há ainda quem sugira que se dê mais um jeitinho às pensões. Não me surpreenderia se, daqui a uns meses, quando começarem as greves, todos se unissem aos sindicatos em nome de uma luta comum: o aumento dos salários."

quarta-feira, novembro 11, 2009

Suicídio de uma comunidade ou a parte 42 de Acordar as moscas que estão a dormir!


A propósito do pensamento sistémico, um dos arquétipos de Senge toma o nome de Tragédia dos Comuns, ou talvez em português fosse melhor traduzido por Tragédia dos Baldios:
A e B têm tudo a ganhar ao prosseguir as suas actividades, só que as suas actividades estão a consumir um recurso escasso, a situação não é sustentável. No entanto, ninguém dá o primeiro passo para parar.
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Tudo isto veio-me à memória ao ler os três primeiros parágrafos de Vítor Bento no DE de hoje "Serei só eu?!" mais um a tentar acordar as moscas... Cassandra tinha razão:
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"Começando pelas contas externas, Portugal apresentará este ano o segundo maior défice da balança de transacções correntes da zona euro (a seguir a Chipre) e o terceiro da União Europeia (também atrás da Bulgária). Comparando com 2007, a Espanha reduz o seu défice de 10% do PIB para 5.4%, a Grécia de 14.7% para 8.8%, a Bulgária de 22.5% para 13.7%, mas Portugal aumenta de 9.8% para 10.2%. Não se trata, pois, de uma consequência (geral) da crise internacional, mas sim de um problema estrutural, que nos é específico. Devendo já mais de um ano de rendimento e com metade do crédito anual destinado a pagar juros, alguém consegue provar a sustentabilidade deste rumo?!

Mas, surpreendentemente, os custos unitários do trabalho, em termos reais, registam o sexto maior aumento da UE (entre 27) e o quarto da zona euro (entre 16). Compreende-se que é uma consequência "natural" do ano eleitoral, de a economia estar (erradamente) orientada para o sector não transaccionável e de este estar cada vez mais imbricado com a política. Mas mais ninguém vê que isto é suicida para o emprego e o potencial de crescimento?

Passando às contas públicas, Portugal apresenta o quinto maior défice (8%) e a quarta maior dívida (77.4%) da zona euro e o oitavo défice e quinta dívida da União. Mas isto apenas se refere ao "perímetro oficial"."
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Cada cavadela minhoca...

terça-feira, novembro 10, 2009

Acordar as moscas que estão a dormir (parte 41)

Angela Merkel não conta estórias da Carochinha:
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"In her first major policy speech since her new center-right government took office, she told parliament that the brunt of the economic crisis will hit the country in 2010, particularly through rising unemployment.
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"The problems will become bigger before things get better," Ms. Merkel said. "That is the situation.""
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