quarta-feira, março 22, 2017

Curiosidade do dia

Criticam o Dijsselbloem, no entanto:
  • constroem aeroportos para moscas;
  • torram dinheiro em estudos para TGV, o tal que faria a ligação de Madrid às praias;
  • semeiam auto-estradas sem circulação como cogumelos;
  • polvilham o país de estádios de futebol sem assistências;
  • decretam que as empresas de transportes se devem marimbar para o EBITDA;
  • querem critérios de fantochada para gerir a CGD;
  • ...
e o burro sou eu.

13 comentários:

ematejoca disse...

O Dijsselbloem excedeu-se.

E a burra é a Alemanha.

Carlos Albuquerque disse...

E depois dizem que são as mulheres e o vinho e as políticas económicas. Nada mais claro que esta oferta que não podemos recusar:

http://expresso.sapo.pt/economia/2017-03-22-Grandes-investidores-internacionais-fazem-aviso-a-Portugal

CCz disse...

Sempre bom arranjar um inimigo externo.

A velha lição http://www.bbc.com/news/world-latin-america-20712033

Carlos Albuquerque disse...

Que acha então da ameaça dos grupos BlackRock e PIMCO?

Será que a geringonça consegue influenciar até estes grupos a assumirem uma ameaça tão simples e clara, só para haver um inimigo externo?

Ou andamos sempre à procura de justificações moralistas quando a realidade é fria e não se compadece com teorias económicas idealistas que sonham com mercados bonzinhos?

CCz disse...

Mercados bonzinhos?

Saia da universidade homem.

Mercados são uma continuação da biologia, cada um usa as armas que tem mais à mão.

Carlos Albuquerque disse...

Não sabe que muita da ideologia de suporte às políticas que por vezes defende se baseia nas virtudes dos mercados como o melhor dos mundos para resolver todos os problemas?

E nada diz da muito biológica, muito fria, muito clara e escrita ameaça da BlackRock e da PIMCO?

Ou acha que isto se resolve com uma vassalagem a Schauble e Dijsselbloem, à moda do PSD CDS?

CCz disse...

Os mercados são a hipótese menos má para resolver os problemas humanos. A alternativa é o socialismo que teima em escolher os vencedores e sobrecarrega as sociedades onde vigora até à sua desgraça.

A ameaças das BlackRocks deste mundo não é novidade e sempre as terá. Por isso, é que os governos devem fugir das políticas que defende que por definição são fragilistas.

Schauble e Dijsselbloem propõem políticas menos fragilistas o que não agrada aos grupos que capturaram o Estado.

BTW, recomendo-o a não emprenhar pelos ouvidos e a ler o que disse mesmo o sr Dijsselbloem.

Carlos Albuquerque disse...

Os mercados não são a hipótese menos má. Pensar que os mercados podem resolver problemas humanos é pensar que os mercados são bonzinhos e é profundamente fragilista. A hipótese menos má é usar os mercados dentro de certos limites e continuarem a ser os humanos a resolver os problemas humanos.

A ameaça das BlackRocks não se combate atirando com as culpas para outro lado e fingindo que não têm que ser enfrentadas. Porque este problema específico foi criado por um banco privado e a decisão foi de um regulador. E agora é a todo o país que atacam.

Schauble e Dijsselbloem defendem interesses nacionais e privados, pintados de bom senso e moralismo bacoco. Schauble só se lembra de Portugal quando tem problemas no Deutsche Bank.

Li o que disse Dijsselbloem. Se fosse dito por qualquer pessoa em privado não tinha nada de especial. Dito por quem tem as responsabilidades que ele tem, numa Europa onde a ignorância e os estereótipos são combustível para populismos racistas e xenófobos, mostra que não está à altura do cargo que desempenha.

CCz disse...

Os mercados são compostos por conjuntos de humanos cada um a pensar no seu lado, dessa interacção resulta algo muito superior ao que qualquer suposto Grande Planeador consiga fazer.

As Blackrock resolvem-se dependendo menos dos mercados do dinheiro e endividando-se menos em vez de continuar com a festa despesista.

Não me lembro de nenhuma indicação desses senhores contrárias aos meus interesses de contribuinte líquido neste país. Já para os clientes deste Estado que o capturaram ...

Carlos Albuquerque disse...

"Os mercados são a hipótese menos má para resolver os problemas humanos."

"Mercados são uma continuação da biologia, cada um usa as armas que tem mais à mão."

Ou seja, a lei da selva é a hipótese menos má para resolver problemas humanos.

É realmente uma concepção da vida e do mundo. Que naturalmente não pode censurar a ninguém seja o que for, pois "cada um usa as armas que tem mais à mão."

CCz disse...

Já cá faltava o soundbite da "lei da selva".

É como a lei da selva na Venezuela.

Cada um usa as armas que tem à mão. Trouxas são os fragilistas que se põem em situação de dependência.

Carlos Albuquerque disse...

Na selva impera a biologia. A biologia é precisamente a lei da selva.

Quer a biologia e fica incomodado com a selva?

CCz disse...

"Na selva impera a biologia."

E o que são as instituições extractivas que tanto defende?