Mostrar mensagens com a etiqueta fragilista. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fragilista. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, outubro 24, 2016

A alquimia da estupidez (parte II)

Parte I.
.
Reagan era um guru. Previu isto "Proprietários consideram “absurdo” subsídios para senhorios pobres"

"Government's view of the economy could be summed up in a few short phrases: If it moves, tax it. If it keeps moving, regulate it. And if it stops moving, subsidize it." 
"The most terrifying words in the English language are: I'm from the government and I'm here to help." 
Estamos rodeados de jardineiros loucos.

sexta-feira, outubro 14, 2016

Sair da frente e não estorvar

Por um lado, lido ao final do dia de ontem:
"existem nos 28 países da União Europeia dois grupos distintos: a) os que optaram por pequenos ou nulos deficits orçamentais, por dívidas públicas inferiores a 60% do PIB, e por oferecerem às suas empresas condições favoráveis de competitividade, nomeadamente com uma legislação laboral flexível, com impostos baixos, e com apoios às despesas de investigação e inovação. Estes países alcançaram, por regra, taxas elevadas de crescimento.
...
b) os países que optaram por grandes deficits orçamentais e elevadas dívidas públicas, ignorando, em boa medida, os factores de competitividade das empresas. Registaram, por regra, taxas de crescimento reduzidas ou mesmo nulas."
Por outro lado, o que ouvi na caminhada matinal:
"Managers at every level in organizations also populate a range, from rank amateurs to reflective artisans. The former, when they go looking for the new insights that will take their companies’ plans or performance to the next level, tend to seize on shiny objects. They chase trends. They look at game-changing work by others — breakthroughs that in hindsight seem inevitable — and just as they look at great photographs, they assume they were the result of fast reflexes and the luck of being in the right place at the right time.
.
More deliberate leaders believe great opportunities must be made, and work at building the layers of creative insight from the back
...
spending most of his energy on setting the stage for his organization to recognize a good idea when it surfaces. Instead of declaring a particular innovation he wants to pursue, he constantly poses key, cornerstone questions. [Moi ici: Como não recordar o tweet recorrente do meu amigo @icyView "obsessão socialista: picking winners and losers"] Two of his favorites are: How can we delight consumers when they buy our products? How can they be more delighted when using them? Everything else builds forward from that.
...
they are framing the background conditions that will allow creative thinking to flourish and be heardin large part by tamping down their own impulses to be hard-charging, full of answers, and quick to intervene.[Moi ici: Como não recordar Nassim Taleb e os fragilistas ingénuos] Then they attend to the next layer, encouraging questions from themselves and others that will break down outdated assumptions and open up new realms of problem-solving. Having composed those steady-state layers deliberately, they can then wait — impatiently perhaps, but with the confidence that some fleeting, highly valuable insight will materialize. Most important, when that compelling element does cross their line of sight, they will see it for what it is: a flash of brilliance that deserves to be captured, and that will justify all the background work that gave it a proper setting."[Moi ici: Como não recordar a ganância com que os governos portugueses saltam para o saque impostal a tudo o que parece estar a ter sucesso, secando a possibilidade de capitalização tão necessária à subida na escala de valor]
Como não recordar Bloomberg e a mesa:
"You don't get to be in charge, really. You can help set the table, and then get out of the way and let the village/city function the best you can."


Primeiros trechos retirados de "É urgente uma política que promova o crescimento económico"
.
Segundos trechos retirados de "What Great Leaders Can Learn from Great Photographers"

sábado, setembro 17, 2016

Intellectual Ergo Idiot

Há muitos anos que aqui no blogue escrevo sobre os jogadores amadores de bilhar (ver marcador). Gente tão concentrada na próxima jogada, ou tão cega, que nem pensa, ou não consegue pensar nas jogadas seguintes, ou não consegue imaginar as consequências desta jogada próxima nas jogadas seguintes.
.
Um pouco como os políticos que ao mesmo tempo que querem reestruturar a dívida também querem continuar a depender dela. Ou os os empresários que cortam no desenvolvimento de novos produtos e, depois, protestam porque as margens estão a encolher. Ou os produtores de leite que estão sempre a pedir subsídios e, depois, não gostam de ser vistos como subsídio-dependentes.
.
Por isso, este trecho de Nassim Taleb merece especial sublinhado:
"Typically, the IYI [Moi ici: IYI quer dizer Intellectual Yet Idiot. Acho que preferia IEI Intellectual Ergo Idiot] get the first order logic right, but not second-order (or higher) effects making him totally incompetent in complex domains. In the comfort of his suburban home with 2-car garage, he advocated the “removal” of Gadhafi because he was “a dictator”, not realizing that removals have consequences (recall that he has no skin in the game and doesn’t pay for results)."
Como não recordar logo o incendiário Stiglitz que, completamente sem skin in the game, andou recentemente por cá a sugerir a saída do euro.

Trecho retirado de "The Intellectual Yet Idiot"

Recordar temas como: Via negativa, fragilistas, intervencionistas ingénuos, enfim, socialistas de todos os partidos.

segunda-feira, julho 18, 2016

E se acontecer uma quarta vinda do FMI ...

"In my view, the future is built out of three pieces. It’s what comes from the past—existing trends and established commitments. It’s what comes from the future—new business models, new technologies, or new value systems. And it’s the decisions we make today.
.
Whether it’s a country, a business, or an individual looking at family and career, foresight is a means to be adaptable and robust in the face of scenarios that might knock you off a path to success. [Moi ici: Fragilista é acreditar que os astros se vão alinhar para nos servir. Treta da grande!] And it’s a means to identify new models that might be opportunities to deliver new value.
...
It’s also very important that the process is neutral, in the sense that you need to be able to look at all possible scenarios, whether you like them or not. A neutral, independent platform, process, and research effort is extremely important for putting issues on the table that, sometimes, people have difficulties talking about because their implications might be scary or uncomfortable.
...
You need to open people up enough that they can be comfortable with the uncomfortable. They have to learn to make decisions under uncertainty."
E se acontecer uma quarta vinda do FMI, a sua empresa vai estar preparada?

Trechos retirados de "How Do You Plan for Uncertainty?"

sábado, junho 25, 2016

As exportações e os fragilistas (parte II)

Parte I.
.
Recordar a nossa opinião, expressa na parte I:
"A verdade é que Portugal mesmo agora não está a perder quota de mercado, está a ganhá-la em países muito exigentes em qualidade-preço-performance. Mesmo em Angola não é linear que esteja a perder quota de mercado."
Em sintonia perfeita com:
"Na verdade, neste mês de abril de 2016, as vendas para os países da UE cresceram 8,4% face ao mês homólogo do ano anterior.
...
Nesse âmbito, no que concerne especificamente às vendas para países da UE, face ao período homólogo do ano anterior, houve um crescimento de 5,1%, tendo passado de 3.667.353.322€ para 3.854.169.450€. Relativamente às exportações para fora da UE, tal como acima se avançou, houve uma queda de 29,4%, com um decréscimo de 1.352.177.524€ para 954.000.220€. Em termos globais, a queda foi de 4,2%, tendo decrescido de 5.019.530.856€ para 4.808.169.670€." 
Trechos retirados de "Exportações do setor metalúrgico e metalomecânico para os países da União Europeia mantêm trajetória ascendente"

sexta-feira, junho 24, 2016

O fragilismo


O fragilismo espera sempre o melhor do futuro, não prevê sobressaltos. Acredita que os astros se vão alinhar em nosso favor, não vê necessidade de precaução, just in case.

sexta-feira, junho 10, 2016

As exportações e os fragilistas

O actual governo tem cometido uma série de erros que estão a ter reflexos e continuarão a ter reflexos na economia nacional, sobretudo na que vive virada para o mercado interno. Em Outubro passado, ainda este governo não tinha tomado posse e já eu publicava esta "Curiosidade do dia" e criava este logo:

Esta semana foi a vez de ouvir César das Neves prever o mesmo.
.
A principal crítica que faço a este governo é a de agir como um fragilista, alguém que acredita que o futuro não vai ter stress, não vai ter problemas e, por isso, avança sem acautelar como reagir ao que pode correr mal. A verdade é que shit really happens.
.
Uma das linhas de defesa deste governo é a de que as exportações estão a correr mal e estão a correr mal porque as economias dos países para onde exportamos estão mal. Típico de um fragilista, culpar os outros:
"Os fragilistas partem do princípio que o pior não vai acontecer e, por isso, desenham planos que acabam por ser irrealistas ou pouco resilientes. Depois, quando as coisas acontecem, chega a hora de culpar os outros pelos problemas que não souberam prever, não quiseram prever, ou que ajudaram a criar."
O presidente ajuda à festa "Presidente da República diz que "não há milagres" nas exportações com mercados em crise":
""A situação internacional não está boa e quando não está boa nos países que são destino das exportações, não há como fazer aumentar as exportações. Se esses mercados estão em crise, e é o que todas as organizações internacionais dizem, vamos esperar que melhorem. São mercados importantes e tradicionais das nossas exportações, não há milagres aí", afirmou o Presidente da República."
Portugal em 2016, como nos outros anos, envia cerca de 80% das suas exportações para o interior da União Europeia. As exportações para a União Europeia estão a crescer quase 4% este ano.
.
Como está a evoluir a economia da União Europeia?
.
De onde vem a grande maioria dos turistas que nos visitam? Repitam todos comigo: Da União Europeia!
Será que viriam se os seus países estivessem mal?
Ou ainda, "Europa surpreende pela positiva" (por favor não mostrar ao presidente, para não lhe estragar o dia).
.
Os jornais e jornalistas ao serviço da geringonça fazem o seu papel, espalhando a ideia de que o problema é dos outros:


As exportações caíram 2,5%? Sim, é verdade. No entanto, quando olho para os números, há uma realidade muito mais interessante que não consigo deixar de classificar como positiva. O que contrasta com os defensores do governo:
"O maior pessimismo nas exportações deve-se em parte a uma deterioração das condições externas, mas principalmente à expectativa de uma maior perda de quota de mercado internacional do que aquilo que era previsto."
A verdade é que estranhei a referência do Banco de Portugal a perda de quotas de mercado. Por isso, pesquisei o documento original. A única referência a quotas de mercado aparece neste contexto:
"Em 2017 e 2018, a evolução das exportações deverá estar aproximadamente em linha com as hipóteses para a procura externa de bens e serviços dirigida às empresas portuguesas, não se antecipando ganhos de quota de mercado significativos no conjunto dos dois anos."
A verdade é que Portugal mesmo agora não está a perder quota de mercado, está a ganhá-la em países muito exigentes em qualidade-preço-performance. Mesmo em Angola não é linear que esteja a perder quota de mercado.
.
Se retirarmos da equação das exportações o petróleo, os automóveis e o ferro fundido/aço (recordar esta situação) as exportações portuguesas cresceram 558 milhões de euros nos primeiros 4 meses do ano.
.
Repararam como os apoiantes deste governo tentam passar a imagem de que as exportações estão muito más.

domingo, maio 22, 2016

Resiliência para o pós-isto

Os fragilistas acreditam que os astros se vão alinhar para que tudo corra bem:
"Os fragilistas partem do princípio que o pior não vai acontecer e, por isso, desenham planos que acabam por ser irrealistas ou pouco resilientes. Depois, quando as coisas acontecem, chega a hora de culpar os outros pelos problemas que não souberam prever, não quiseram prever, ou que ajudaram a criar."
anti-fragilismo acha que temos de estar preparados para o pior.
"Complacency, arrogance, and greed crowd out resilience. Humility and a noble purpose fuel it. Those with an authentic desire to serve, not just narcissism about wanting to be at the top, are willing to settle for less as an investment in better things later.
...
Potential troubles lurk around every corner, whether they stem from unexpected environmental jolts or individual flaws and mistakes. Whatever the source, what matters is how we deal with them. When surprises are the new normal, resilience is the new skill."
Isto é o que vamos precisar para o pós-isto, resiliência:
"Resilience draws from strength of character, from a core set of values that motivate efforts to overcome the setback and resume walking the path to success. It involves self-control and willingness to acknowledge one’s own role in defeat. Resilience also thrives on a sense of community — the desire to pick oneself up because of an obligation to others and because of support from others who want the same thing. Resilience is manifested in actions — a new contribution, a small win, a goal that takes attention off of the past and creates excitement about the future." 
Trechos retirados de "Surprises Are the New Normal; Resilience Is the New Skill"

sábado, abril 30, 2016

Balelas de fragilista

Fevereiro de 2016 foi um mês típico, Portugal exportou 3150 mil milhões de euros para os 28 países da União Europeia e 853 milhões para fora da União Europeia.
.
Sem combustíveis, continua o aumento das exportações:
Entretanto, o nosso principal parceiro económico, a zona euro, denota vitalidade,  "Eurozone grows by 0.6 per cent in first quarter - faster than US and UK".
.
Os nossos principais clientes, Espanha e França, tiveram este desempenho:
"Growth was comfortably ahead of expectations in what one analyst called a "major upward surprise" after strong data from France and Spain earlier this morning showed their economies surging back into life.
.
France's economy grew by 0.5 per cent between January and March - nearly twice as fast as the expectations of just 0.3 per cent."
Por tudo isto, este título "Marcelo teme efeitos económicos externos" só revela um ignorante fragilista sempre pronto a culpar os outros pelos nossos problemas:
"O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a situação económica internacional pode ter efeitos negativos em Portugal, mas disse não ver qualquer risco de instabilidade política que leve a eleições antecipadas."
Balelas!
.
BTW, enquanto o volume de negócios no retalho, sem combustíveis, caiu 5,4% em Março de 2016, a maior queda mensal em vários anos. As exportações continuam bem, reparar neste exemplo de ganho de quota de mercado:
"As exportações portuguesas de vestuário continuam em crescimento, com os números para os dois primeiros meses do ano a darem conta de uma subida equivalente a 35,4 milhões de euros, em comparação com o período homólogo de 2015.
.
Espanha continua a liderar a lista de principais mercados do vestuário “made in” Portugal, tendo registado um crescimento de 15,1%, para 218,5 milhões de euros, mas as empresas portuguesas registaram igualmente mais vendas para o Reino Unido (+4,7%, equivalente a mais 2,2 milhões de euros, para 48,5 milhões de euros), para os Países Baixos (+ 10% para 25,3 milhões de euros) e Itália (+ 11,9% para 19,6 milhões de euros).
.
Fora da UE, os EUA ganham peso. Nos meses de janeiro e fevereiro, a procura americana foi superior em 4,6% face ao mesmo período de 2015, num valor total de 12,2 milhões de euros. Destaque ainda para a Tunísia, Hong Kong, China e Arábia Saudita que aumentaram as suas compras."
Trechos retirados de "Exportações de vestuário crescem 7,2%"

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Para reflexão profunda

Costumo escrever acerca dos fragilistas.
.
Convido a reflectir sobre isto:
Fragilistas andam sempre na corda bamba e com o coração nas mãos, têm aversão à volatilidade


terça-feira, fevereiro 09, 2016

Sh*t happens


Costumo escrever sobre os fragilistas:
Foi deles que me lembrei logo que li "Toyota halts production due to steel shortage":
"Toyota is facing a whole week without production in its home country. The world's largest carmaker had to suspend its output due to a shortage of a special steel variety, following an explosion at a factory."
Recordo:
"The fragilista falls for the Soviet-Harvard delusion, the (unscientific) overestimation of the reach of scientific knowledge. Because of such delusion, he is what is called a naive rationalist, a rationalizer, or sometimes just a rationalist, [Moi ici: Eheheh Chamo-lhes eficientistas, membros da tríade] in the sense that he believes that the reasons behind things are automatically accessible to him."  
 A crença na eficiência, no "Grande Planeador", no "Grande Geometra", que tudo prevê, que tudo considera.
.
Recordo:
"Os fragilistas tomam as suas decisões com o pressuposto que os astros vão-se alinhar para que tudo corra bem." 
É claro que um único fornecedor dá poder negocial e menos desperdícios. No entanto, "shit happens" e sem redundâncias...

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Mais treta

A propósito da "A receita da treta", a propósito de "Como se começam a corrigir 30 anos de activismo político?" (parte I, parte II, parte III e parte IV), a propósito do leite, a propósito de ...
.
Imaginem uma empresa, imaginem um sector económico, imaginem um país. O mundo não é uma coisa estática. Por isso, quando ele muda é conveniente acompanhar a mudança. Como sabemos que é preciso mudar?
.
Stressors are information!
.
Os sinais de que algo vai mal são um convite a avaliarmos a necessidade de mudar algo. No entanto, mudar custa, mudar é uma tormenta, mudar é caminhar para o desconhecido, mudar é ir para o incerto, mudar é um fardo ponto!
.
Então, o que é que muitas empresas e pessoas fazem? Em vez de assumirem o fardo da mudança, atiram o fardo para as costas de outros...
.
.
.
Em inglês "Shifting the burden"
Existe um problema de fundo: talvez a nossa forma de trabalhar já não se ajuste à realidade que entretanto mudou.
.
Esse problema de fundo manifesta-se em sintomas: preços baixos; excesso de produção; ...
.
Perante um problema de fundo devíamos optar por uma solução de fundo. Contudo, é mais fácil, é mais rápido, é menos doloroso para nós, procurar um remendo que mascara a situação e diminui a dor provocada pelos sintomas. Só que o remendo gera efeitos secundários que se vão acumular e acumular até que a comporta vai rebentar e não mais será possível recorrer a um remendo... terá de se ir em busca de uma solução de fundo.
.
O tempo de acumulação dos efeitos secundários é o tempo em que o pau vai e vem e as costas folgam. Quando a comporta rebenta, os que ficam com a criança nos braços são os que são chamados de quererem ir "além da troika".
.
Quando os políticos se metem nestas cenas, temos o caldo entornado. Fragilistas encartados e com bolsos muito fundos, à custa dos contribuintes, têm uma capacidade de acumular efeitos secundários muito para além do seu consulado e de moldar todas as mentes a este arquétipo de reacção a problemas de fundo com base em remendos.
.
Ainda ontem tive conhecimento de mais um exemplo delicioso "Stranded at the airport":
"In 2010 the Department of Transportation said it would fine airlines $27,500 for every passenger stuck on a tarmac for more than three hours.
...
While the rule has been “highly effective in reducing the frequency of occurrence of long tarmac times,” the study found that it has also significantly increased flight cancellations. Passengers must then rebook, which can “often lead to extensive delay in reaching their final destinations.” For each passenger-minute of tarmac time saved, the study estimates that the rule costs three passenger-minutes in delays—usually for the same passengers the rule was intended to help.
.
None of this is shocking to those who understand that regulation invariably has unintended consequences. When the rule was proposed, airlines warned the result would be more travelling headaches."
.
Por isto, prefiro a via negativa:
"Recall that the interventionista focuses on positive action - doing. Just like positive definitions, we saw that acts of commission are respected and glorified by our primitive minds and lead to, say, naive government interventions that end in disaster, followed by generalized complaints about naive government interventions, as these, it is now accepted, end in disaster, followed by more naive government interventions. Acts of omission, not doing something, are not considered acts and do not appear to be part of one’s mission. ... I have used all my life a wonderfully simple heuristic: charlatans are recognizable in that they will give you positive advice, and only positive advice, exploiting our gullibility and sucker-proneness for recipes that hit you in a flash as just obvious, then evaporate later as you forget them."
E na sua empresa, julga que não se pratica este tipo de receita da treta?
.
Basta pensar nisto, quando um operário detecta um problema: tem de o resolver ou tem autoridade para parar a linha e chamar quem tem autoridade para mudar o sistema?


segunda-feira, outubro 26, 2015

Um aparte sobre França

A propósito de "Grupo português de colchões Aquinos compra congénere francês Cauval" uma reflexão-especulação:
"o grupo Aquinos possui fábricas de sofás e colchões em Tábua e Nelas e reporta um volume de negócios anual na ordem dos 125 milhões de euros
...
o grupo Cauval apresenta um volume anual de negócios de 380 milhões de euros
...
a Cauval tem vindo a enfrentar dificuldades financeiras desde 2008, [Moi ici: O endividamento é tramado. Qualquer constipação transforma-se numa pneumonia quando o mundo muda... é a posição do fragilista] na sequência da crise sentida no mercado do mobiliário e dos efeitos da concorrência chinesa"
A França é um dos países que mais me impressiona. O país que criou o luxo vai definhando ano após ano. As empresas portuguesas que exportam para França sabem que é o país com os clientes B2B que mais espremem os preços, que mais estão disponíveis para cortar na qualidade para embaratecer os artigos.
.
Não admira que as empresas portuguesas e espanholas lhes comam cada vez mais mercado.

sábado, outubro 03, 2015

Dedicado a tanta gente

"Fragilistas are naive rationalists.
.
They think that the reasons for things are, by default, accessible to them. They know the cause and effect of everything, or at least that’s what they think."
Juro que me lembrei logo de alguém que ontem à noite na TVpropôs pôr funcionários a dar aulas de empreendedorismo.

Trecho retirado de "The Fragilista"

quarta-feira, maio 06, 2015

"-THERE WILL BE TURBULENCE!" por isso, safe-fail

Na semana passada, através de um tweet de Esko Kilpi cheguei a este vídeo:
Safe-Fail, NOT Fail-Safe - Alicia Juarrero from William Evans on Vimeo.
Já o vi 3 vezes. Excepcional.
.
A certa altura dei comigo a pensar que se viajasse atrás no tempo, humildemente, recuaria a 9 de Agosto de 2007, para o dar ao então primeiro-ministro.
.
Quantas pessoas nas empresas, menos, é certo, e sobretudo na política, assumem que o futuro será estável? A mensagem de Alicia Juarrero é:
"-THERE WILL BE TURBULENCE!"
Como não recordar Vítor Bento em "O anónimo engenheiro da província pensava...", quando Alicia Juarrero retrata o pensamento dominante acerca da economia, como quando se adia o lançamento do space-shuttle em Cabo Canaveral, por causa do mau tempo, aguarda-se pelo retorno da normalidade.
"They both assume equilibrium, stability as a model, as a framework to work with."
Depois, Juarrero chama a atenção para a diferença entre a mecânica newtoniana e a economia... com as pessoas, o contexto é fundamental.
.
Como não pensar nos "cofres cheios por um lado" e no canto da sereia que convida ao retorno à orgia despesista por outro, ao ouvir coisas como:
"Haverá instabilidade, haverá perturbação, haverá turbulência, virão problemas. Por isso, o objectivo é sobreviver aos problemas que virão. Quem acredita na estabilidade, os fragilistas, anda na corda bamba, estica a corda, coloca-se numa posição de fragilidade. Quando chega a turbulência, e ela acaba sempre por chegar, não há capacidade de resistir, de aguentar..."
Mais citações:
"Complex adaptive systems and evolution select for resilience, not stability."
  ...
"Stability gets killed by next disease, next pest, next competitor, next predator, next crisis
...
Resilience is evolving towards greater evolvability, enabling creativity and emergence
...
Biology is the metaphor" [Moi ici: Uma frase que tão bem se encaixa da narrativa e no sistema de crenças deste blogue]


.




sexta-feira, maio 17, 2013

Semper fragilista

"A mensagem que vem de Bruxelas é muito clara (Moi ici; O que será que qualifica "Bruxelas" para qualificar a sua mensagem? Conhece o terreno? Sente os stressors e recolhe a informação?)
...
Portugal tem que apostar nesta rota (Moi ici; Como se Portugal fosse um agente... felizmente são centenas de milhares de agentes)
...
o objectivo das novas redes de inovação e competitividade implica uma mobilização das competências nacionais para uma nova agenda. (Moi ici; O Grande Planeador inventou uma tradução actual para o já ridicularizado "Plano Quinquenal")
...
A política pública tem de ser clara (Moi ici; Cada vez me convenço mais da vantagem da opção contrária - by-pass ao Estado)
...
Definição clara dos "Pólos de Competitividade" em que actuar (terão que ser poucos e com impacto claro na economia); (Moi ici; O Grande Planeador tem sempre informação mais do que suficiente para saber, melhor do que quem anda no terreno, do que quem tem as suas "manias", paixões e idiossincrasias, do que quem desenvolve relações com clientes e fornecedores, o que é melhor, o que vai ter futuro, o que... fragislista, semper fragilista) selecção, segundo critérios de racionalidade estratégica, (Moi ici; Eheheh, um Grande Planeador iludido com a racionalidade estratégica... qualquer dia até decidem quem é que procria com quem - a bem do futuro da espécie) das zonas territoriais onde se vai actuar e efectiva mobilização de "redes activas" de comercialização das competências existentes para captação de "IDE de Inovação"

Trechos retirados de "As novas redes"

Isto fez-me recordar esta entrevista ""Houve durante muito tempo excesso de dinheiro fácil" para as empresas":
"o país teria melhores empreendedores sem distribuição de fundos comunitários "por toda e qualquer start-up que lhes bata à porta".
...
o país está a tornar-se mais difícil para start-ups e pequenos empresários.
...
Portugal teria melhores empreendedores se tivéssemos a possibilidade de ter um sistema de capital de risco mais exigente, sem os fundos comunitários a distribuir dinheiro às migalhas por toda e qualquer start-up que lhes bata à porta.
...
Em Portugal, há sempre um programa que dá 50 mil euros a cada um. Depois aparece outro programa que dá mais 100 mil euros. Portugal tem sido o país da migalha. E a migalha tem permitido a proliferação de empresas sem qualquer espécie de viabilidade. Algumas até tinham alguma viabilidade no início, mas, como o dinheiro apareceu de forma fácil, não sentiram aquela pressão de uma capital de risco internacional em cima deles todo o tempo.
Contacto com muitos responsáveis por políticas públicas que sempre me disseram que o capital de risco é para perder dinheiro. Já tive responsáveis pelo QREN a dizerem-me que o capital de risco era para perder dinheiro. Isto choca-me! Se o capital de risco não ganhar dinheiro, a economia não progride. Se não é para ganhar dinheiro, é para deitar fundos comunitários à rua."