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segunda-feira, março 11, 2024

Essa gente não existe!!!

 Por um lado, "Montenegro acredita que país é capaz de voltar a crescer a "3, 4 ou 5%"":

""Nós conseguimos crescer a 3, 4, 5 por cento, conseguimos. Já conseguimos noutros períodos da nossa história, porque é que a minha geração, a vossa geração hão de estar renitentes quanto à sua capacidade?", questionou, dizendo que o país até tem mais instrumentos tecnológicos, mais financiamento externo e mais qualificações. Por essas razões, Montenegro disse acreditar muito na capacidade dos empresários e de Portugal."

por outro lado, "Peter Zeihan, March 5, 2024" diz-nos:

  • vamos ter um choque demográfico mais forte do que o que aconteceu com a Peste Negra.
Quem vai comprar a produção que suporta um crescimento de 3, 4 ou 5%? Essa gente não existe!!!

Aos 7' 21'':
"in the next few years, the Koreans will lead us into whatever's next as that bulge that's currently capital and skills rich and paying taxes ages into Mass retirement, and it all goes away, and so a few years from now, the Koreans will have to figure out a new economic and political and social model that is not based on consumption or on production or on investment what will that look at what will that look like I have no idea because no country in human history has ever crossed that Rubicon and the Koreans definitely will not be alone all right let's start bottom left with the Germans are in the same situation as Korea for very similar reasons this is their last decade as an industrial power if you want a beamer get it now you should probably get 10 years apart because you're going to need those I'd love for that to be a joke."

BTW aos 10' 59'':

"and then there's the Chinese who is already one of the five fastest collapsing workforces in human history and this data from June of last year is wrong they updated the data in July check out the bottom of it they are now reporting officially a larger drop in the birth rate in the last five years in China than what happened to the Jews of Europe during the Holocaust that's an official data unofficially the Chinese Academy of Sciences which is kind of their wise men group that interprets government statistics says that this is wrong that they've overcounted their population by more than a 100 million people"

sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Sempre a rever o contexto (parte II)

Parte I.

Retirado da newsletter de ontem de Peter Zeihan:
"No matter how much bubble wrap and caution tape we slap onto global maritime shipping, the industry has found itself in quite a predicament.

Despite the Ukraine War, a drought impacting the Panama Canal, Houthi attacks in Yemen, widespread piracy, and mounting geopolitical tensions in the South China Sea (yes, that is a lot of disruptions), the maritime shipping system has not cracked yet. However, it is very, very, very fragile.

The main thing propping up shipping in these more problematic regions is the emergence of 'ghost fleets' with alternative insurance policies. This insurance system is untested and unreliable, and as soon as one of the dominos falls, the entirety of the shipping system will follow.

The looming threat of a shipping collapse should terrify you. In case you need a supply chain refresher, manufacturing and global shipping is more interconnected than ever...so if the global shipping system fails, we're in for a world of hurt."

Imaginem o banhista gordo (produção da Ásia) sair da banheira de um momento para o outro.


 


terça-feira, janeiro 30, 2024

Sempre a rever o contexto

Ontem no JdN:

"Cerca de 12% do comércio global (mais de um bilião de dólares) passa pelo mar Vermelho todos os anos."

Há dias aqui no blogue em Análise do contexto, again:

"Merchants have worked through the excess inventory that piled up on store shelves and in warehouses over the past 18 months, and are now focusing on replenishing items rather than stocking up on goods to have on hand in case of supply-chain disruptions. The shift marks a return to the "just-in-time" inventory management strategy many companies had employed before pandemic-driven product shortages and volatile shifts in consumer demand prompted a switch to a "just-in-case" stockpiling approach." 

Em Julho de 2022 começava em Já lhe falaram? (parte II) o meu relato da leitura de "The End of the World is Just the Beginning" de Peter Zeihan:

"Perhaps the oddest thing of our soon-to-be present is that while the Americans revel in their petty, internal squabbles, they will barely notice that elsewhere the world is ending!!! Lights will flicker and go dark. Famine’s leathery claws will dig deep and hold tight. Access to the inputs—financial and material and labor—that define the modern world will cease existing in sufficient quantity to make modernity possible. The story will be different everywhere, but the overarching theme will be unmistakable: the last seventy-five years long will be remembered as a golden age, and one that didn’t last nearly long enough at that."

Gostei do livro, embora tivesse ficado de pé atrás com o excessivo americanismo do autor. Por exemplo, no livro e nos seus vídeos Peter não se cansa de dizer que a globalização vai acabar porque a marinha americana vai deixar de patrulhar as águas internacionais para proteger o comércio mundial. Não se cansa de defender que hoje em dia só a marinha americana consegue defender os navios com pavilhão americano em qualquer parte do mundo. 

Pois bem, na semana passada os Houthis demonstraram que nem a marinha americana consegue defender navios de comércio. 

Just-in-time e desglobalização até funcionam bem, mas julgo que não era a intenção dos entrevistados no primeiro texto citado lá em cima.


quarta-feira, novembro 29, 2023

Desenhar futuros alternativos

Estava no meio de uma reunião via Teams quando um e-mail chegou com o video abaixo:

Vi-o ainda nessa manhã.

Achei esta análise muito interessante. Subir na escala de abstracção e olhar para os fluxos de factores que podem criar futuros alternativos. Como não recordar as três setas de Subsídios para um primeiro-ministro.

O que Zeihan faz é olhar para as três setas e numa primeira rodada lançar um cenário possível, para depois pensar nas alternativas de resposta, ou de antecipação de alguém com locus de controlo no interior.


sexta-feira, outubro 13, 2023

O futuro do protectorado, ou análise do contexto (parte IV)

Parte II e parte III.

No FT de ontem, "Germany calls for more immigrants to fix its shrinking economy":

"Companies are desperately looking for workers, craft businesses have to reject orders, and shops and restaurants have to limit their opening hours,” he said on Wednesday. “And it’s not just about skilled workers — we notice in every possible corner that we simply lack workers.

...

Germany's economy has contracted or stagnated for the past nine months and the IMF this week predicted it would be the worst-performing major economy this year, with output contracting 0.5 per cent before returning to tepid growth of 0.9 per cent in 2024."

Entretanto, Peter Zeihan na sua newsletter do passado dia 11, escreve "The End of Germany as a Modern Economy".

Qual o impacte desta evolução no contexto externo que afecta o protectorado de Portugal? Os "agarrados" que querem um PRR constante.



sexta-feira, julho 21, 2023

Há que fuçar e reinventar-se ponto

Lê-se o FT e percebe-se a decadência do Reino Unido pós-Brexit.

Lê-se "Rust belt on the Rhine - the deindustrialization of Germany" e percebe-se o momento crucial por que passa a economia alemã. E fico a pensar no potencial de repercussão em toda a UE que depende da "caridade" alemã.

E recordo um vídeo recente de Peter Zeihan sobre a Califórnia onde ele refere:

"But now, all of the factors that have propped up California are flipping. Immigration is stalling. The capital situation is upside down. The cost of living is through the roof, so the labor force is moving to places like Texas. Rising tensions with Asia are causing reshoring and nearshoring. The only thing California can do now is reinvent itself."

Gosto do locus de controlo no interior. O mundo muda... não adianta chorar pelo queijo desaparecido, há que fuçar e reinventar-se ponto. 

Esta postura implica enfrentar o mundo de frente e ir ao fundo das questões, não passa por tapar o sol com uma peneira. Nunca mais vou esquecer a cena do regicídio.

BTW, o que passou com o Expresso e a médica Diana Pereira no Algarve é outra ilustração da cultura que leva ao evitar ir ao fundo das questões.

segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Mex-ina

"It was January 2022, and Mr. Chan's company, Man Wah Furniture Manufacturing, was confronting grave challenges in moving sofas from its factories in China to customers in the United States. Shipping prices were skyrocketing. Washington and Beijing were locked in a fierce trade war.

Man Wah, one of China's largest furniture companies, was eager to make its products on the North American side of the Pacific.

"Our main market is the United States," said Mr. Chan, chief executive of Man Wah's Mexico subsidiary. "We don't want to lose that market."

That same objective explains why scores of major Chinese companies are investing aggressively in Mexico, taking advantage of an expansive North American trade deal. [Moi ici: Os pró-Biden demonizam a trumpeconomics, os pró-Trump demonizam tudo o que Biden faz, mas na economia Biden segue e amplia o que Trump fez. Como diz Zeihan México, Estados Unidos e Canadá formam um bloco doméstico] Tracing a path forged by Japanese and South Korean companies, Chinese firms are establishing factories that allow them to label their goods "Made in Mexico," then trucking their products into the United States duty-free.

The interest of Chinese manufacturers in Mexico is part of a broader trend known as nearshoring. International companies are moving production closer to customers to limit their vulnerability to shipping problems and geopolitical tensions." [Moi ici: O movimento é muito mais motivado pela economia do que pela política, em minha opinião. Num mundo mais incerto é cada vez mais racional ter a produção perto do consumo. Claro que a erosão da diferença de custos também ajuda.]



Trecho retirado de "Why Chinese Companies Are Investing Billions in Mexico

quinta-feira, janeiro 19, 2023

O futuro da globalização

Há dias ao ouvir Joe Rogan e Peter Zeihan fixei este trecho:

"The Chinese are going to lose a greater percentage of their population in the next 20 years from aging than Europe did in the Black Plague, according to Peter Zeihan"

É deixar isto afundar lentamente nas profundezas da consciência. Isto é impressionante!

Esta semana começaram a aparecer notícias sobre o suposto primeiro ano em que a população chinesa começou a diminuir, segundo Zeihan isso já acontece há algum tempo, segundo ele os números chineses são adulterados há muito tempo.

No WSJ de ontem pode ler-se:

"As life in China has been restored to normal following the government's lifting of pandemic restrictions, Mr. Liu said Beijing will focus on boosting domestic demand this year, which he said will lead to more imports from the country's trading partners."

Lembro-me de escrever sobre esta possibilidade em Agosto de 2008 em Especulação. O que Zeihan diz é que isto não funcionará, porque a China já não tem a estrutura demográfica capaz de suportar a economia com a sua actual dimensão.

"“In the long run, we are going to see a China the world has never seen,” said Wang Feng, a professor of sociology at the University of California at Irvine who specializes in China’s demographics. “It will no longer be the young, vibrant, growing population. We will start to appreciate China, in terms of its population, as an old and shrinking population.”" (fonte)

Voltando à afirmação inicial, "The Chinese are going to lose a greater percentage of their population in the next 20 years from aging than Europe did in the Black Plague, according to Peter Zeihan", é pensar no impacte, nas consequências disto para o fim da "fábrica do mundo", tendo em conta o efeito do banhista gordo, As banheiras pequenas enchem depressa. Veremos o acelerar do fim da globalização como a conhecemos, veremos a reindustrialização na Europa. STOP! Veremos? Mas a Europa não tem demografia! Veremos a industrialização de África?

terça-feira, janeiro 10, 2023

A grande mudança


Ando a ouvir o podcast #1921-Peter Zeihan - The Joe Rogan Experience. É impressionante a opinião de Zeihan acerca da China e da sua situação demográfica. Por exemplo, segundo ele a China nas próximas décadas vai perder mais população (em%) do que a Europa durante a Peste Negra.

Entretanto, ontem de manhã iniciei o dia com este tweet:
Depois, apanhei este artigo no Jdn, "O lamento de um otimista sobre a China" que termina deste modo:
"Com uma população em idade trabalhadora cada vez menor, a China, até há pouco tempo a maior história mundial de crescimento, precisa de acelerar o crescimento da produção para recuperar essa posição. No entanto, o maior ênfase de Xi na segurança, poder e controlo vem minar a produtividade, na altura em que a China mais precisa dela. O milagre do crescimento apenas pode sofrer como consequência.
A China chegou muito perto da terra prometida. A sua economia moderna estava numa trajetória extraordinária. A agenda de reequilibrio prometeu mais. Mas Xi quebrou essa promessa. A economia política da autocracia atirou água fria à cara daqueles, como nós, que costumavam ser convictos otimistas em relação à China."

Que associei a este artigo recebido recentemente, "Be Ready for the Manufacturing Renaissance" e a vários trechos encontrados aqui e acolá. Por exemplo, no artigo "Brasileiros à conquista de fábricas portuguesas de calçado" no Dinheiro Vivo com:

""a surpresa do ano" está no comportamento dos Estados Unidos, país que ultrapassou a Colômbia e ocupa agora a quarta posição nos maiores destinos das exportações do setor [Moi ici: Calçado e componentes de calçado produzidos no Brasil], com quase nove milhões de dólares (8,5 milhões de euros), um acréscimo de 56% face a 2021."