quinta-feira, novembro 22, 2007
A resistência à mudança
Acabei de ler o livro “Scorecard de Capital Humano” de José Bancaleiro.
Apreciei sobretudo o último capítulo, onde o autor faz a ligação entre o “People Plan”, ou plano estratégico de Capital Humano, e a estratégia para o negócio de uma organização.
“Para o People Plan apenas vão o reduzido número de objectivos que são importantes para reforçar ou alcançar determinados objectivos do plano estratégico da empresa.”
Apreciei sobremaneira, para um visual como eu, a figura “Triângulo da resistência à mudança”:
Apreciei sobretudo o último capítulo, onde o autor faz a ligação entre o “People Plan”, ou plano estratégico de Capital Humano, e a estratégia para o negócio de uma organização.
“Para o People Plan apenas vão o reduzido número de objectivos que são importantes para reforçar ou alcançar determinados objectivos do plano estratégico da empresa.”
Apreciei sobremaneira, para um visual como eu, a figura “Triângulo da resistência à mudança”:
Produtividade e pobreza nacional
Está tudo relacionado...
"o PIB per capita nacional passou de 72%, em 2002, para 69% da média da OCDE, em 2005. Apesar de haver menos dinheiro disponível por habitante, o nível de consumo registado baixou apenas um ponto percentual, de 74 para 73% da média.
...
Contas feitas, o desequilíbrio entre a disponibilidade de dinheiro e o padrão de consumo é visível. Enquanto o PIB português é inferior à média da OCDE em 31 pontos percentuais, o nível de consumo fixa-se 27 pontos percentuais abaixo da média dos 30 países analisados."
...
No JN de hoje "Portugal é o sexto país mais pobre da OCDE" e também "Produtividade na UE superior à dos EUA":
...
"A produtividade do conjunto da economia europeia cresceu, em 2006, a um ritmo superior ao da norte-americana, uma tendência que Portugal não acompanhou, tendo o país o segundo pior resultado dos 27. " e "Portugal regista segundo pior valor da produtividade da economia da União Europeia"
Quando não se é produtivo e não se poupa, não há milagres "Portugal ultrapassado pela República Checa no ranking do rendimento da OCDE" no Público de hoje.
"o PIB per capita nacional passou de 72%, em 2002, para 69% da média da OCDE, em 2005. Apesar de haver menos dinheiro disponível por habitante, o nível de consumo registado baixou apenas um ponto percentual, de 74 para 73% da média.
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Contas feitas, o desequilíbrio entre a disponibilidade de dinheiro e o padrão de consumo é visível. Enquanto o PIB português é inferior à média da OCDE em 31 pontos percentuais, o nível de consumo fixa-se 27 pontos percentuais abaixo da média dos 30 países analisados."
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No JN de hoje "Portugal é o sexto país mais pobre da OCDE" e também "Produtividade na UE superior à dos EUA":
...
"A produtividade do conjunto da economia europeia cresceu, em 2006, a um ritmo superior ao da norte-americana, uma tendência que Portugal não acompanhou, tendo o país o segundo pior resultado dos 27. " e "Portugal regista segundo pior valor da produtividade da economia da União Europeia"
Quando não se é produtivo e não se poupa, não há milagres "Portugal ultrapassado pela República Checa no ranking do rendimento da OCDE" no Público de hoje.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Apetece mesmo especular.
Dúvidas
E se houver um crash nos Estados Unidos?
As peças de dominó seguintes serão a India e a China!
Com estes três KO, para onde vai a Europa exportar?
E como fica este país?
E se acabar a fé que mantém o sistema? Como explica Pedro Arroja.
As peças de dominó seguintes serão a India e a China!
Com estes três KO, para onde vai a Europa exportar?
E como fica este país?
E se acabar a fé que mantém o sistema? Como explica Pedro Arroja.
Ainda a produtividade
Este documento "Manual de Formação PME - Produtividade e Inovação", concentra as empresas na melhoria do denominador da equação da produtividade.
Para quando o despertar para o mundo novo da melhoria do numerador?
Para quando o despertar para o mundo novo da melhoria do numerador?
terça-feira, novembro 20, 2007
Agora vou especular
Os gestores profissionais só vêem rácios financeiros e oportunidades para reduzir custos. Quantos têm um caso de amor com os produtos das fábricas que gerem?
Quando se tem amor reconhece-se o valor. Quando se reconhece o valor, conhecem-se outras alavancas, além dos custos.
Nos Estados Unidos em 10 anos, o número de cervejas diferentes produzidas pela Budweiser quase duplicou. Em Portugal está a acontecer o mesmo. Um, dois, três tipos de cervejas diferentes vendem muito, podem ter fábricas dedicadas à sua produção. É o reino da normalização e das grandes séries.Depois, existe um número elevado de de tipos de cerveja que vendem pouca quantidade... tentar produzi-las na mesma fábrica que as outras... vai dar barraca.
Isto de aumentar a taxa de ocupação das máquinas não é necessariamente positivo se implicar mudanças constantes. Como compatibilizar grandes séries e pequenas séries na mesma linha? Como lidar com essa esquizofrenia?
Assim, se tivesse dinheiro tinha adquirido a fábrica de Loulé à UNICER, com os trabalhadores incluídos, e entrava no mercado da produção de pequenas séries de cerveja, por conta das grandes marcas, estilo 'façonnage', como dizem na indústria farmacêutica. Transformava a fábrica numa 'boutique' de pequenas séries, de autênticas 'delicatessen'... delicadezas que as grandes linhas não podem fornecer.
Quando se tem amor reconhece-se o valor. Quando se reconhece o valor, conhecem-se outras alavancas, além dos custos.
Nos Estados Unidos em 10 anos, o número de cervejas diferentes produzidas pela Budweiser quase duplicou. Em Portugal está a acontecer o mesmo. Um, dois, três tipos de cervejas diferentes vendem muito, podem ter fábricas dedicadas à sua produção. É o reino da normalização e das grandes séries.Depois, existe um número elevado de de tipos de cerveja que vendem pouca quantidade... tentar produzi-las na mesma fábrica que as outras... vai dar barraca.
Isto de aumentar a taxa de ocupação das máquinas não é necessariamente positivo se implicar mudanças constantes. Como compatibilizar grandes séries e pequenas séries na mesma linha? Como lidar com essa esquizofrenia?
Assim, se tivesse dinheiro tinha adquirido a fábrica de Loulé à UNICER, com os trabalhadores incluídos, e entrava no mercado da produção de pequenas séries de cerveja, por conta das grandes marcas, estilo 'façonnage', como dizem na indústria farmacêutica. Transformava a fábrica numa 'boutique' de pequenas séries, de autênticas 'delicatessen'... delicadezas que as grandes linhas não podem fornecer.
Porque é preciso mudar?
" 'what to change' question suggests systematically identifying, and then removing, internal and external constraints, regardless of the functional location o these constraints.
For many firms, there must be a 'felt need' to change, followed by the power, authority and willingness to inaugurate the desired changes."
...
"The need to change must first be perceived as a positive condition by the individual before resistance to change can be overcome. In essence, ownership of the idea that change is needed must be realized by the corporate power structure or the CEO directly. The importance of recognizing the need to change is most likely true for divisions or entire companies as much as it is for individuals."
...
"... the felt need to change had to be acknowledged before effective changes were realized by the companies depicted. For many of these companies, symptoms such as loss of market share, costs getting out of control and products that were no longer competitive, became the realization that change must become the norm." (Manufacturing Stratey and the Theory of Constraints", de FC 'Ted' Weston).
O mesmo que se aplica às empresas, aplica-se aos individuos. De que serve uma acção de formação, para adultos, se esses adultos não reconhecerem previamente a necessidade de mudar comportamentos ou técnicas?
Sou bombardeado, nas minhas caixas de correio, com convites para acções de formação em que se inclui o termo pedagogia. Se soubessem, se imaginassem o quanto isso me aborrece!
Pedagogia é para crianças, é para jovens, é para dependentes sem experiência de vida.
Até parece que os adultos estão disponíveis, para de ânimo leve, trocarem as suas certezas e experiências quotidianas, pela 'catequese' de alguém, numa acção de formação.
Primeira regra, que tento seguir, identificar os pontos fracos, os sintomas, as manifestações de que a prática actual não serve, é incompleta ou está errada. Ou seja, primeiro apontar ao coração, ao sentimento... sem isso feito, nunca haverá campo aberto, dúvida, curiosidade, para dar uma oportunidade à nova técnica.
Kindle: Também estava escrito nas estrelas.
Amazon has essentially create the “iTunes of documents”, aqui
segunda-feira, novembro 19, 2007
E não há ninguém, in high places, que suba acima da palmeira?
O livro "Strategy Safari: A Guided Tour Through The Wilds of Strategic Management", às tantas, transmite esta imagem: imaginem uma coluna de exploradores a circular ao longo de uma selva tropical luxuriante. Às tantas, alguém sobe acima de uma palmeira bem alta, olha em redor, e grita para baixo "Estamos na selva errada!"
Este artigo, do Diário Económico de hoje "Portugal perdeu 167 mil empregos qualificados", com o subtítulo "O desemprego continua a crescer entre os licenciados. Segundo o INE, as profissões com menor valor acrescentado continuam a ganhar peso nos números nacionais.", devia ser mais uma gota, a ajudar a transbordar o copo, e a levar uma massa crítica de pessoas, a questionar o paradigma em que assenta a formação profissional e a educação académica.
Como é que desenhamos um mapa da estratégia?
Primeiro resultados (financeiros e de clientes), depois a resposta à pergunta "E onde temos de trabalhar, ser bons, ser excelentes, para atingir os resultados?". Só respondendo a esta pergunta, e tendo em consideração os dois tipos de resultados pretendidos, é possível responder a uma outra pergunta "E onde temos de investir?"
De pouco adianta investir na formação profissional, ou na educação académica, se não existir onde a aplicar. A formação, para o mercado, é instrumental, não um fim em si mesmo. E enquanto isto não for percebido...
Trata-se do mesmo tipo de racional que está por detrás da Estratégia de Lisboa e que não funciona.
"o mercado de trabalho não está à procura de qualificações muito elevadas" e "Em compensação, os grupos profissionais menos qualificados ganharam peso, mostram os dados do INE. Neste contingente estão os trabalhadores dos serviços às empresas (empregadas de limpeza e seguranças, por exemplo), vendedores, pessoal administrativo, agricultores, operários, manobradores de máquinas e trabalhadores não qualificados. Em 2005 este tipo de emprego valia 73%, hoje está em quase 76% do total. Volvidos dois anos e meio de Governo, o pessoal dos serviços e vendedores aumentou quase 20%, os não qualificados 8%, os operários 12%, os agricultores/pescadores 4%."
Enquanto continuar o apoio, o subsídio, o soro, a ligação à máquina do papá estado, às empresas ineficientes, às empresas de baixa produtividade da velha economia... não haverá recursos suficientes para deixar rebentar a nova economia.
Depois o problema é falta de formação, falta de escolaridade, falta de educação...
Este artigo, do Diário Económico de hoje "Portugal perdeu 167 mil empregos qualificados", com o subtítulo "O desemprego continua a crescer entre os licenciados. Segundo o INE, as profissões com menor valor acrescentado continuam a ganhar peso nos números nacionais.", devia ser mais uma gota, a ajudar a transbordar o copo, e a levar uma massa crítica de pessoas, a questionar o paradigma em que assenta a formação profissional e a educação académica.
Como é que desenhamos um mapa da estratégia?
Primeiro resultados (financeiros e de clientes), depois a resposta à pergunta "E onde temos de trabalhar, ser bons, ser excelentes, para atingir os resultados?". Só respondendo a esta pergunta, e tendo em consideração os dois tipos de resultados pretendidos, é possível responder a uma outra pergunta "E onde temos de investir?"
De pouco adianta investir na formação profissional, ou na educação académica, se não existir onde a aplicar. A formação, para o mercado, é instrumental, não um fim em si mesmo. E enquanto isto não for percebido...
Trata-se do mesmo tipo de racional que está por detrás da Estratégia de Lisboa e que não funciona.
"o mercado de trabalho não está à procura de qualificações muito elevadas" e "Em compensação, os grupos profissionais menos qualificados ganharam peso, mostram os dados do INE. Neste contingente estão os trabalhadores dos serviços às empresas (empregadas de limpeza e seguranças, por exemplo), vendedores, pessoal administrativo, agricultores, operários, manobradores de máquinas e trabalhadores não qualificados. Em 2005 este tipo de emprego valia 73%, hoje está em quase 76% do total. Volvidos dois anos e meio de Governo, o pessoal dos serviços e vendedores aumentou quase 20%, os não qualificados 8%, os operários 12%, os agricultores/pescadores 4%."
Enquanto continuar o apoio, o subsídio, o soro, a ligação à máquina do papá estado, às empresas ineficientes, às empresas de baixa produtividade da velha economia... não haverá recursos suficientes para deixar rebentar a nova economia.
Depois o problema é falta de formação, falta de escolaridade, falta de educação...
A Dream Society
Já aqui falei, por uma ou duas vezes, no livro de Pankaj Ghemawat “Redefing Global Strategy – Crossing Borders in a World Where Differences Still Matter”
O capítulo 4 – “Adaptation” é muito, muito interessante. Ghemawat acredita que “seems to be a common bias towards under-adaptation in cross-border strategies. Part of the solution, as suggested earlier, is to analyze the differences that still divide countries instead of ignoring them because of a belief that they are or will become insignificant.”
Assim, propõe quatro alavancas, cada uma com quatro sub-alavancas, para lidar, para gerir as diferenças, a variedade: nos produtos; nas políticas; no reposicionamento; nos indicadores.
As alavancas passam por:
Enfoque - Reduzir a necessidade da variedade;
Externalizar – Reduzir o “peso” da variedade;
Design – Reduzir o custo da variedade;
Inovação – melhorar a eficácia da variedade.
Um aviso:
“Nor are the sublevers, and even the levers, mutually exclusive. That said, given their distinct requirements and ramifications, trying to achieve superior leverage along all the different levers or sublevers is probably a foolish pursuit. For one thing, excellence at any form or adaptation typically requires an aligned organization.”
Algumas conclusões:
“Very few businesses can operate on either a totally localized or a totally standardized basis across borders.”
“It is possible to adapt too much or too little – although the latter may be more common.”
O capítulo 4 – “Adaptation” é muito, muito interessante. Ghemawat acredita que “seems to be a common bias towards under-adaptation in cross-border strategies. Part of the solution, as suggested earlier, is to analyze the differences that still divide countries instead of ignoring them because of a belief that they are or will become insignificant.”
Assim, propõe quatro alavancas, cada uma com quatro sub-alavancas, para lidar, para gerir as diferenças, a variedade: nos produtos; nas políticas; no reposicionamento; nos indicadores.
As alavancas passam por:
Enfoque - Reduzir a necessidade da variedade;
Externalizar – Reduzir o “peso” da variedade;
Design – Reduzir o custo da variedade;
Inovação – melhorar a eficácia da variedade.
Um aviso:
“Nor are the sublevers, and even the levers, mutually exclusive. That said, given their distinct requirements and ramifications, trying to achieve superior leverage along all the different levers or sublevers is probably a foolish pursuit. For one thing, excellence at any form or adaptation typically requires an aligned organization.”
Algumas conclusões:
“Very few businesses can operate on either a totally localized or a totally standardized basis across borders.”
“It is possible to adapt too much or too little – although the latter may be more common.”
Atenção variedade, não é o mesmo que variabilidade.
Variabilidade é a flutuação aleatória ou sistemática, que impede, por exemplo, que o volume de cerveja nas sucessivas garrafas que saiem de um enchedora seja sempre o mesmo.
Variedade é o que dá sabor à vida, diferenças deliberadas e planeadas que geram diferentes produtos e serviços: cor, som, brilho, sabor, cheiro, tudo o que apele aos sentidos, para cativar clientes.
E os jornalistas do Expresso ainda perguntam a Jagdish Bhagwati “Como podem os pequenos países como Portugal lidar com a globalização?”
A minha resposta recorre a uma pergunta:
Como é que o Hezbollah enfrentou o poderoso exército israelita?
Em sintonia com Chris ‘Long Tail’ Anderson, em sintonia com Tom Peters:
“Future products will have to appeal to our hearts, not to our heads.”
Nesse mundo, nessa Dream Society, o que conta é a diferença, a originalidade, a variedade, não a uniformidade, o cinzentismo, o contentor. Há outro acetato de Tom Peters que recordo, um com este texto:
““It suddenly occurred to me that in the space of two or three hours he never talked about cars.” —Les Wexner”
Na Dream Society o que as empresas vão precisar, como de pão para a boca, é de líderes sonhadores, líderes visionários, líderes que fomentem, promovam, acarinhem a novidade e a experiência.
Por isso, estranho como as grandes empresas ainda estão na onda dos gestores, que sabem tudo sobre a gestão financeira, e os seus rácios… mas que não conhecem, não provam, não sonham, não “dormem” com os seus produtos.
Sabem tudo sobre como reduzir custos, mas nem sabem o que é criar valor. Como não sabem seduzir clientes, só conhecem a linguagem do preço… e dos custos.
domingo, novembro 18, 2007
Aula # 6
Disciplina: Tecnologia e Inovação Ambiental I
4º ano de Engenharia do Ambiente, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa
Módulo: Sistemas de Gestão Ambiental
Acetatos aqui:
A propósito do uso da cartografia de processos (process mapping) durante o levantamento ambiental. Porque vai ajudar a trabalhar:
4º ano de Engenharia do Ambiente, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa
Módulo: Sistemas de Gestão Ambiental
Acetatos aqui:
A propósito do uso da cartografia de processos (process mapping) durante o levantamento ambiental. Porque vai ajudar a trabalhar:
- as responsabilidades, autoridades e atribuições (4.4.1);
- a formação, a sensibilização e as competências (4.4.2);
o controlo operacional (4.4.6);
a prevenção e a respostas a situações de emergência (4.4.7);
a monitorização do que é relevante (4.5.1).
- Environmental Management Systems Process Mapping Approach—DRAFT;
- The Nothing to Waste Program: Incorporating Pollution Prevention into Small Businesses (o primeiro capítulo);
- Process Mapping and Mass Balances - aqui; e
- P2 Tools - aqui.Mais relacionado com as competências dos recursos humanos e a abordagem por processos, convido à leitura deste postal.
Merece um encore
"Nella Fantasia"
Chloe Agnew
A voz, o timbre, por um lado e o solo de oboé por outro ... é estupidez querer traduzir isto em palavras, sente-se e ponto!
Pós-Graduação: Gestão de Organizações e Desenvolvimento Sustentável
Pós-Graduação: Gestão de Organizações e Desenvolvimento Sustentável
Sessão 6: Acetatos aqui.
A propósito do uso da Ferramenta FMEA na área do ambiente, aqui vai uma sugestão interessante "How to Use FMEA to Reduce the Size of Your Quality Toolbox".
A propósito do uso da cartografia de processos (process mapping) durante o levantamento ambiental. Porque vai ajudar a trabalhar:
Sessão 6: Acetatos aqui.
A propósito do uso da Ferramenta FMEA na área do ambiente, aqui vai uma sugestão interessante "How to Use FMEA to Reduce the Size of Your Quality Toolbox".
A propósito do uso da cartografia de processos (process mapping) durante o levantamento ambiental. Porque vai ajudar a trabalhar:
- as responsabilidades, autoridades e atribuições;
- a formação, a sensibilização e as competências;
- o controlo operacional;
- a prevenção e a respostas a situações de emergência;
- a monitorização do que é relevante.
- Environmental Management Systems Process Mapping Approach—DRAFT;
- The Nothing to Waste Program: Incorporating Pollution Prevention into Small Businesses (o primeiro capítulo);
- Process Mapping and Mass Balances - aqui; e
- P2 Tools - aqui.
We're in control
Nós estamos ao volante!
Nós controlamos!
Nós gerimos a nossa vida e fazemos o nosso destino!
Espreitem este artigo do jornal "Faro de Vigo" de ontem "La automoción gallega reducirá en un 30% sus costes para hacer frente a la competencia del Este".
"El sector de la automoción de Galicia se prepara hacer frente a la competencia que representan los países emergentes, fundamentalmente por sus bajos salarios. Un centenar de directivos pertenecientes a la planta de viguesa del Grupo PSA Peugeot Citroën y a las 75 empresas que constituyen el entramado de la industria de componentes del Cluster de Empresas de Automoción de Galicia (CEAGA) pondrá en marcha un plan basado en el sistema de producción "Lean", que permitirá a las empresas rebajar sus costes hasta un 30% en dos años.
Durante este fin de semana los directivos del sector de componentes del automóvil se reúnen en el Balneario de Mondariz para "reflexionar sobre la situación actual y garantizar y mejorar la competitividad", aseguró Antonio Vega, presidente de CEAGA."
Trata-se de um negócio em que as empresas em causa, a começar pela fábrica do Grupo PSA, têm de produzir os modelos desenhados. Aqui, o aumento da produtividade só pode ocorrer por redução de custos.
Situação actual.
"Vega reconoció que el mundo de la automoción "está muy complicado porque hay un exceso de competitividad y de producción".Señaló que el mercado europeo se mantendrá establee este año "con una reducción del 0,7%,", Guterres diria "É a vida!"
Nem boa, nem má, nem moral, nem imoral, um autêntico "Rei Lear" amoral.
"Para Vega los problemas del sector en el mundo tienen repercusión en las empresas gallegas de automoción. "El mayor problema que podemos tener es creer que no tenemos ningún problema. Las dificultades nos van a llegar en algún momento de manera más fuerte o menos fuerte, pero nos van a llegar"." Homem prevenido vale por dois.
"Ante estas amenazas, explica que las empresas del sector y sus casi 25.000 trabajadores tienen que estar preparados para hacerles frente. "Este es un mundo de ganadores y perdedores, cada empresa es responsable de su estrategia, debe buscar su hueco, su camino para salir adelante. Las empresas de CEAGA somo optimistas, confiamos en nuestras posibilidades, entre otras cosas porque contamos con un capital humano extraordinario muy difícil de conseguir en otras regiones"." Repararam no que acabaram de ler..., leiam outra vez!
Alguma referência ao apoio do papá estado?
Só existencialismo puro e duro "cada empresa es responsable de su estrategia, debe buscar su hueco, su camino para salir adelante".
Constâncio e os outros dizem que os trabalhadores portugueses em Portugal são umas bestas ignorantes (apesar de no estrangeiro serem apreciados).
O que diz Vega? "contamos con un capital humano extraordinario muy difícil de conseguir en otras regiones" Que sorte que eles têm, em terem super-homens e super mulheres!!! É injusto eles pertencerem a uma raça superior... se ao menos a Galiza e Portugal fossem vizinhos... talvez partilhássemos uma herança genética comum...
"El vicepresidente de CEAGA, el director técnico de la planta del Grupo PSA Peugeot Citroën en Vigo, Pedro Piñeiro, afirmó que el proceso tiene como fin el "quedarse con lo que tiene valor y eliminar lo que no lo tiene tanto para el cliente, para las empresas y para la sociedad". "La competencia nos obliga", afirmó. "Los países de bajo coste están hay. No podemos competir por salarios ni por materias primas, competimos con otras clases de eficiencias. En este caso reduciendo costes", avisó.
Piñeiro explicó que los costes de producción eran antes la suma de las materias primas, elaboración, ensamblaje, distribución, además de los gastos y los beneficios. Ahora ya no es así. El precio del producto lo pone el cliente y éste tiene muchos mercados donde elegir tanto en calidad como en precios. Así que lo que pretendemos es actuar sobre los costes de producción para que sean los más bajos posibles"."
Nem uma referência ao papá estado em todo o artigo...
Nem uma acusação aos países de Leste ou à China. Esta é a vida, nem boa nem má, é a vida! Encarando-a de frente, agarrando o touro pelos cornos, como podemos tirar o melhor partido da situação?
Nós controlamos!
Nós gerimos a nossa vida e fazemos o nosso destino!
Espreitem este artigo do jornal "Faro de Vigo" de ontem "La automoción gallega reducirá en un 30% sus costes para hacer frente a la competencia del Este".
"El sector de la automoción de Galicia se prepara hacer frente a la competencia que representan los países emergentes, fundamentalmente por sus bajos salarios. Un centenar de directivos pertenecientes a la planta de viguesa del Grupo PSA Peugeot Citroën y a las 75 empresas que constituyen el entramado de la industria de componentes del Cluster de Empresas de Automoción de Galicia (CEAGA) pondrá en marcha un plan basado en el sistema de producción "Lean", que permitirá a las empresas rebajar sus costes hasta un 30% en dos años.
Durante este fin de semana los directivos del sector de componentes del automóvil se reúnen en el Balneario de Mondariz para "reflexionar sobre la situación actual y garantizar y mejorar la competitividad", aseguró Antonio Vega, presidente de CEAGA."
Trata-se de um negócio em que as empresas em causa, a começar pela fábrica do Grupo PSA, têm de produzir os modelos desenhados. Aqui, o aumento da produtividade só pode ocorrer por redução de custos.
Situação actual.
"Vega reconoció que el mundo de la automoción "está muy complicado porque hay un exceso de competitividad y de producción".Señaló que el mercado europeo se mantendrá establee este año "con una reducción del 0,7%,", Guterres diria "É a vida!"
Nem boa, nem má, nem moral, nem imoral, um autêntico "Rei Lear" amoral.
"Para Vega los problemas del sector en el mundo tienen repercusión en las empresas gallegas de automoción. "El mayor problema que podemos tener es creer que no tenemos ningún problema. Las dificultades nos van a llegar en algún momento de manera más fuerte o menos fuerte, pero nos van a llegar"." Homem prevenido vale por dois.
"Ante estas amenazas, explica que las empresas del sector y sus casi 25.000 trabajadores tienen que estar preparados para hacerles frente. "Este es un mundo de ganadores y perdedores, cada empresa es responsable de su estrategia, debe buscar su hueco, su camino para salir adelante. Las empresas de CEAGA somo optimistas, confiamos en nuestras posibilidades, entre otras cosas porque contamos con un capital humano extraordinario muy difícil de conseguir en otras regiones"." Repararam no que acabaram de ler..., leiam outra vez!
Alguma referência ao apoio do papá estado?
Só existencialismo puro e duro "cada empresa es responsable de su estrategia, debe buscar su hueco, su camino para salir adelante".
Constâncio e os outros dizem que os trabalhadores portugueses em Portugal são umas bestas ignorantes (apesar de no estrangeiro serem apreciados).
O que diz Vega? "contamos con un capital humano extraordinario muy difícil de conseguir en otras regiones" Que sorte que eles têm, em terem super-homens e super mulheres!!! É injusto eles pertencerem a uma raça superior... se ao menos a Galiza e Portugal fossem vizinhos... talvez partilhássemos uma herança genética comum...
"El vicepresidente de CEAGA, el director técnico de la planta del Grupo PSA Peugeot Citroën en Vigo, Pedro Piñeiro, afirmó que el proceso tiene como fin el "quedarse con lo que tiene valor y eliminar lo que no lo tiene tanto para el cliente, para las empresas y para la sociedad". "La competencia nos obliga", afirmó. "Los países de bajo coste están hay. No podemos competir por salarios ni por materias primas, competimos con otras clases de eficiencias. En este caso reduciendo costes", avisó.
Piñeiro explicó que los costes de producción eran antes la suma de las materias primas, elaboración, ensamblaje, distribución, además de los gastos y los beneficios. Ahora ya no es así. El precio del producto lo pone el cliente y éste tiene muchos mercados donde elegir tanto en calidad como en precios. Así que lo que pretendemos es actuar sobre los costes de producción para que sean los más bajos posibles"."
Nem uma referência ao papá estado em todo o artigo...
Nem uma acusação aos países de Leste ou à China. Esta é a vida, nem boa nem má, é a vida! Encarando-a de frente, agarrando o touro pelos cornos, como podemos tirar o melhor partido da situação?
Et voilá, estava escrito nas estrelas...
Neste postal intitulado "Vai uma aposta?" previa-se um cenário futuro de concorrência entre os sistemas nacionais de saúde dos diferentes países da União.
Pois bem, o Diário Económica da passada sexta feira brinda-nos com o artigo "Hospitais vão ter ranking europeu de qualidade", assinado por Mário Baptista, onde se pode ler:
"Concorrência pela escolha dos doentes, oferecendo melhores tratamentos, mais conforto no internamento e outras soluções terapêuticas viradas para o doente, que passa a ter mais liberdade para escolher o hospital onde é tratado. É isto que os hospitais portugueses vão ter de fazer quando a nova directiva sobre a mobilidade dos doentes no espaço europeu entrar em vigor, sob pena de os doentes preferirem ser tratados no estrangeiro."
n
"A nova directiva, que será apresentada em Dezembro, prevê a mobilidade sem limites em toda a União Europeia e responsabiliza financeiramente os Estados pelas deslocações para outros países em busca de melhores tratamentos."
Estava-se mesmo a ver o que ía acontecer... estava escrito nas estrelas!
Pois bem, o Diário Económica da passada sexta feira brinda-nos com o artigo "Hospitais vão ter ranking europeu de qualidade", assinado por Mário Baptista, onde se pode ler:
"Concorrência pela escolha dos doentes, oferecendo melhores tratamentos, mais conforto no internamento e outras soluções terapêuticas viradas para o doente, que passa a ter mais liberdade para escolher o hospital onde é tratado. É isto que os hospitais portugueses vão ter de fazer quando a nova directiva sobre a mobilidade dos doentes no espaço europeu entrar em vigor, sob pena de os doentes preferirem ser tratados no estrangeiro."
n
"A nova directiva, que será apresentada em Dezembro, prevê a mobilidade sem limites em toda a União Europeia e responsabiliza financeiramente os Estados pelas deslocações para outros países em busca de melhores tratamentos."
Estava-se mesmo a ver o que ía acontecer... estava escrito nas estrelas!
sábado, novembro 17, 2007
Depois o problema é falta de formação, falta de escolaridade, falta de educação...
Ler primeiro o postal imediatamente anterior a este.
Ainda há 1/2 semanas líamos e ouvíamos sobre o relatório suiço que não era muito simpático acerca da predisposição dos portugueses para singrarem na escola.
O emigrante português é mal visto na xénofoba Suiça? Não, porque é um bom trabalhador.
O emigrante português é mal visto no Luxemburgo?
Resposta no Público de hoje, "Portugueses 2,7 vezes mais produtivos no Luxemburgo", artigo assinado por Raquel Almeida Correia.
"Os níveis de produtividade dos trabalhadores no Luxemburgo estão 66 por cento acima da média europeia, o que lhe confere a quarta posição no ranking dos países mais produtivos da Europa. Portugal, que ocupa a 39ª posição, apresenta níveis 40 por cento abaixo. Se os imigrantes portugueses que trabalham no país regressassem, começariam o fim-de--semana às 17 horas de terça-feira e teriam direito a mais de sete meses de férias, porque produzem a um ritmo 2,7 vezes superior em território luxemburguês."
Este lead induz em erro quem o lê, porque parte do princípio que os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, fazem os mesmos produtos que os trabalhadores portugueses em Portugal. Não é verdade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, mesmo que trabalhem ao mesmo ritmo que os trabalhadores portugueses em Portugal, são muito mais produtivos porque produzem produtos de muito maior valor acrescentado.
Este lead é típico de uma mentalidade que acredita que Portugal é pouco produtivo porque os trabalhadores são preguiçosos. Façam as contas, se o trabalhador de uma têxtil do Ave, uma daqueles que se queixa aqui, trabalhasse de borla para a empresa mais duas horas por dia, em quanto é que isso iria aumentar a produtividade?
O segredo, o truque, é apostar em produtos de maior valor acrescentado.
Volto, pela terceira vez a repetir a frase:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
O que é que acontece a um trabalhador português que farto de ganhar uma miséria numa têxtil do Ave, emigra para o Luxemburgo?
Tout cour: "É como se a empresa onde trabalhava (de baixa produtividade) fechasse e ido para uma empresa de elevada produtividade. O português é o mesmo, a educação é a mesma, a escolaridade é a mesma.
Que queiram torrar dinheiro da UE na formação OK, mas não esperem milagres.
Ainda há 1/2 semanas líamos e ouvíamos sobre o relatório suiço que não era muito simpático acerca da predisposição dos portugueses para singrarem na escola.
O emigrante português é mal visto na xénofoba Suiça? Não, porque é um bom trabalhador.
O emigrante português é mal visto no Luxemburgo?
Resposta no Público de hoje, "Portugueses 2,7 vezes mais produtivos no Luxemburgo", artigo assinado por Raquel Almeida Correia.
"Os níveis de produtividade dos trabalhadores no Luxemburgo estão 66 por cento acima da média europeia, o que lhe confere a quarta posição no ranking dos países mais produtivos da Europa. Portugal, que ocupa a 39ª posição, apresenta níveis 40 por cento abaixo. Se os imigrantes portugueses que trabalham no país regressassem, começariam o fim-de--semana às 17 horas de terça-feira e teriam direito a mais de sete meses de férias, porque produzem a um ritmo 2,7 vezes superior em território luxemburguês."
Este lead induz em erro quem o lê, porque parte do princípio que os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, fazem os mesmos produtos que os trabalhadores portugueses em Portugal. Não é verdade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, mesmo que trabalhem ao mesmo ritmo que os trabalhadores portugueses em Portugal, são muito mais produtivos porque produzem produtos de muito maior valor acrescentado.
Este lead é típico de uma mentalidade que acredita que Portugal é pouco produtivo porque os trabalhadores são preguiçosos. Façam as contas, se o trabalhador de uma têxtil do Ave, uma daqueles que se queixa aqui, trabalhasse de borla para a empresa mais duas horas por dia, em quanto é que isso iria aumentar a produtividade?
O segredo, o truque, é apostar em produtos de maior valor acrescentado.
Volto, pela terceira vez a repetir a frase:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
O que é que acontece a um trabalhador português que farto de ganhar uma miséria numa têxtil do Ave, emigra para o Luxemburgo?
Tout cour: "É como se a empresa onde trabalhava (de baixa produtividade) fechasse e ido para uma empresa de elevada produtividade. O português é o mesmo, a educação é a mesma, a escolaridade é a mesma.
Que queiram torrar dinheiro da UE na formação OK, mas não esperem milagres.
Mitos, mitos e frases feitas. Alguém já fez um roteiro para uma empresa em particular?
Bastava tentar fazer um roteiro concreto, para uma empresa em particular, para perceber que os saltos de produtividade necessários, não são conseguidos à custa da formação dos operários. Nunca serão suficientes!
Só à custa do aumento do valor acrescentado dos produtos, através da subida na escala de valor.
No Diário Económico de quinta feira passada, pudemos ler no Editorial assinado por Bruno Proença:
"Como é que a economia portuguesa chegou a esta situação? Todos sabem. Os diagnósticos estão feitos. Resultou de um conjunto de erros de política económica por parte dos vários Governos e da enorme incapacidade dos empresários, trabalhadores e sindicatos. O grande problema esteve sempre na produtividade. Ou na falta dela. Resultado: custos de produção elevados hipotecaram a competitividade externa da economia. "
"Portanto, o importante é olhar o futuro e pensar na forma de resolver o problema. E não há milagres. è preciso trabalhar mais e melhor. Só assim se resolve o problema da produtividade."
Ainda no Diário Económico de quinta, foi possível ler no artigo "Constâncio mais preocupado com o desemprego", assinado por Luís Reis Ribeiro e, com o subtítulo "Há demasiados trabalhadores pouco qualificados, uma "forte debilidade" que atrapalha o crescimento":
"No entender da instituição governada por Vítor Constâncio, a economia poderia crescer mais se não tivesse demasiadas pessoas com “fortes debilidades estruturais” ao nível da formação, sobretudo num contexto de mudança da economia que privilegia sobretudo quem tem maiores qualificações."
"António Gaspar, professor do ISEG, observa que o desemprego vai continuar alto pois “há muitas pessoas pouco qualificadas, na casa dos 40 ou mais anos, que muito dificilmente vão conseguir regressar ao mercado de trabalho”. E aponta o exemplo das trabalhadoras das fábricas de têxteis e vestuário que ficaram sem trabalho ao longo dos últimos anos"
IMHO, a trabalhadora da indústria têxtil e do vestuário que trabalha numa unidade fabril, independentemente das suas qualificações académicas, tanto produz camisolas interiores brancas, como fatos inteligentes anti-fogo para bombeiros. O cortar, coser e confeccionar camisolas interiores brancas é basicamente o mesmo que cortar, coser e confeccionar um fato anti-fogo para bombeiros.
Se a qualificação dos operários fosse assim tão importante para a produtividade, como justificar que emigrantes portugueses nos anos 60 tenham atingido os mesmos níveis de produtividade que os operários alemães e franceses com quem trabalhavam lado a lado, nesses países?
Ainda há dias encontramos esta citação:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."
Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
Até parece que quem faz estas afirmações nunca visitou o chão de uma fábrica, com olhos diferentes de quem olha para uma montra. Um operário, qualquer operário, mais tarde, ou mais cedo acaba a fazer tarefas repetitivas. Desde que haja formação interna tudo se faz!
Queremos passar de onde estamos hoje, para onde queremos estar no futuro, muita gente, fala desta transição a um nível tão abstracto, que parece que nunca tiveram de fazer um mapa de como fazer a viagem a sério, basta-lhes falar. Nunca concretizam com pessoas, com empresas concretas.
Assim, vive-se muito de mitos:
Ah! Não conseguimos chegar ao futuro desejado, por causa da falta de formação académica dos nossos trabalhadores.
Curiosamente, no semanário Vida Económica de sexta (16 de Novembro), no artigo de opinião de António Vilar, intitulado “Formar e Educar, para quê?”, li:
“Num pequeno grande recente livro, “L’Avenir du Travail”, Fayard, 2007, escrito sob a direcção de Jacques Attali, estas e outras questões são enunciadas com rigor e inteligência e não as podemos ignorar. Segundo dados nesse livro incluídos, na Europa, nos próximos dez anos, cerca de 40% dos empregos que serão criados não requererão estudos particulares; 25%, ao contrário, vão exigir um nível superior à licenciatura; 35%, por fim, bastar-se-ão com um nível de estudos intermediário.”
Se se colocar uma licenciada, numa linha de confecção, a substituir uma costureira com a antiga quarta classe, em que é que isso melhora a produtividade? A universitária vai trabalhar mais depressa?
A figura que segue apresenta a equação que permite calcular a produtividade, e mostra como é que o seu aumento pode ser conseguido:
Muitas empresas, muita gente, só consegue(m) olhar para o denominador, para aumentar a produtividade:
Como a figura seguinte ilustra:
Quem aposta na redução de custos, para aumentar a produtividade, tem um ganho marginal… e não consegue competir com os asiáticos, ou os europeus de Leste.
Quem aposta na redução de custos mergulha no mercado das grandes quantidades, na standardização, Como não consegue ser competitivo, a sua posição não é sustentável, e começa a recorrer a expedientes, atrás de expedientes, na tentativa de adiar o inevitável. Daí que no Jornal de Notícias de sexta-feira (16 de Novembro), encontre este artigo: "Risco de falências em 2008 é "grande":
"Numa tentativa de travar o desaparecimento da indústria têxtil e vestuário em Portugal, mais de uma centena de empresários reuniram-se para exigir ao Governo medidas para assegurar a manutenção do sector."
No jornal económico OJE (de 16 de Novembro), li o seguinte artigo intitulado “Ridículos”:
“A ANIVEC/APIV promoveu “uma reunião de emergência” para exigir medidas excepcionais que travem as falências no sector têxtil e vestuário.
Os empresários querem perdões dos juros e das coimas das dívidas ao Fisco e à Segurança Social.
Reclamam a suspensão dos processos aos administradores acusados criminalmente por não terem entregue ao Estado os impostos e as contribuições devidas.”
Só há uma solução, subir na escala de valor. Aumentar a produtividade à custa de produzir artigos de maior valor acrescentado:
Só à custa do aumento do valor acrescentado dos produtos, através da subida na escala de valor.
No Diário Económico de quinta feira passada, pudemos ler no Editorial assinado por Bruno Proença:
"Como é que a economia portuguesa chegou a esta situação? Todos sabem. Os diagnósticos estão feitos. Resultou de um conjunto de erros de política económica por parte dos vários Governos e da enorme incapacidade dos empresários, trabalhadores e sindicatos. O grande problema esteve sempre na produtividade. Ou na falta dela. Resultado: custos de produção elevados hipotecaram a competitividade externa da economia. "
"Portanto, o importante é olhar o futuro e pensar na forma de resolver o problema. E não há milagres. è preciso trabalhar mais e melhor. Só assim se resolve o problema da produtividade."
Ainda no Diário Económico de quinta, foi possível ler no artigo "Constâncio mais preocupado com o desemprego", assinado por Luís Reis Ribeiro e, com o subtítulo "Há demasiados trabalhadores pouco qualificados, uma "forte debilidade" que atrapalha o crescimento":
"No entender da instituição governada por Vítor Constâncio, a economia poderia crescer mais se não tivesse demasiadas pessoas com “fortes debilidades estruturais” ao nível da formação, sobretudo num contexto de mudança da economia que privilegia sobretudo quem tem maiores qualificações."
"António Gaspar, professor do ISEG, observa que o desemprego vai continuar alto pois “há muitas pessoas pouco qualificadas, na casa dos 40 ou mais anos, que muito dificilmente vão conseguir regressar ao mercado de trabalho”. E aponta o exemplo das trabalhadoras das fábricas de têxteis e vestuário que ficaram sem trabalho ao longo dos últimos anos"
IMHO, a trabalhadora da indústria têxtil e do vestuário que trabalha numa unidade fabril, independentemente das suas qualificações académicas, tanto produz camisolas interiores brancas, como fatos inteligentes anti-fogo para bombeiros. O cortar, coser e confeccionar camisolas interiores brancas é basicamente o mesmo que cortar, coser e confeccionar um fato anti-fogo para bombeiros.
Se a qualificação dos operários fosse assim tão importante para a produtividade, como justificar que emigrantes portugueses nos anos 60 tenham atingido os mesmos níveis de produtividade que os operários alemães e franceses com quem trabalhavam lado a lado, nesses países?
Ainda há dias encontramos esta citação:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."
Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
Até parece que quem faz estas afirmações nunca visitou o chão de uma fábrica, com olhos diferentes de quem olha para uma montra. Um operário, qualquer operário, mais tarde, ou mais cedo acaba a fazer tarefas repetitivas. Desde que haja formação interna tudo se faz!
Queremos passar de onde estamos hoje, para onde queremos estar no futuro, muita gente, fala desta transição a um nível tão abstracto, que parece que nunca tiveram de fazer um mapa de como fazer a viagem a sério, basta-lhes falar. Nunca concretizam com pessoas, com empresas concretas.
Assim, vive-se muito de mitos:
Ah! Não conseguimos chegar ao futuro desejado, por causa da falta de formação académica dos nossos trabalhadores.
Curiosamente, no semanário Vida Económica de sexta (16 de Novembro), no artigo de opinião de António Vilar, intitulado “Formar e Educar, para quê?”, li:
“Num pequeno grande recente livro, “L’Avenir du Travail”, Fayard, 2007, escrito sob a direcção de Jacques Attali, estas e outras questões são enunciadas com rigor e inteligência e não as podemos ignorar. Segundo dados nesse livro incluídos, na Europa, nos próximos dez anos, cerca de 40% dos empregos que serão criados não requererão estudos particulares; 25%, ao contrário, vão exigir um nível superior à licenciatura; 35%, por fim, bastar-se-ão com um nível de estudos intermediário.”
Se se colocar uma licenciada, numa linha de confecção, a substituir uma costureira com a antiga quarta classe, em que é que isso melhora a produtividade? A universitária vai trabalhar mais depressa?
A figura que segue apresenta a equação que permite calcular a produtividade, e mostra como é que o seu aumento pode ser conseguido:
Muitas empresas, muita gente, só consegue(m) olhar para o denominador, para aumentar a produtividade:
Como a figura seguinte ilustra:
Quem aposta na redução de custos, para aumentar a produtividade, tem um ganho marginal… e não consegue competir com os asiáticos, ou os europeus de Leste.
Quem aposta na redução de custos mergulha no mercado das grandes quantidades, na standardização, Como não consegue ser competitivo, a sua posição não é sustentável, e começa a recorrer a expedientes, atrás de expedientes, na tentativa de adiar o inevitável. Daí que no Jornal de Notícias de sexta-feira (16 de Novembro), encontre este artigo: "Risco de falências em 2008 é "grande":
"Numa tentativa de travar o desaparecimento da indústria têxtil e vestuário em Portugal, mais de uma centena de empresários reuniram-se para exigir ao Governo medidas para assegurar a manutenção do sector."
No jornal económico OJE (de 16 de Novembro), li o seguinte artigo intitulado “Ridículos”:
“A ANIVEC/APIV promoveu “uma reunião de emergência” para exigir medidas excepcionais que travem as falências no sector têxtil e vestuário.
Os empresários querem perdões dos juros e das coimas das dívidas ao Fisco e à Segurança Social.
Reclamam a suspensão dos processos aos administradores acusados criminalmente por não terem entregue ao Estado os impostos e as contribuições devidas.”
O apoio a cada uma destas empresas, será mais um obstáculo ao desvio dos recursos aplicados em empresas que geram menos riqueza, para outras capazes de gerar mais riqueza.
Esta gente ainda está presa a um modelo de negócio obsoleto e parece que não sabe sair dele.
Esta gente ainda está presa a um modelo de negócio obsoleto e parece que não sabe sair dele.
Só há uma solução, subir na escala de valor. Aumentar a produtividade à custa de produzir artigos de maior valor acrescentado:
Apostar na formação, não devia ser um objectivo em si mesmo. Vamos formar as pessoas, para continuarem a fabricar os mesmos produtos, e para ganharem cada vez menos.
A formação só devia ter lugar como um instrumento para chegar a algum lado.
A formação só devia ter lugar como um instrumento para chegar a algum lado.
sexta-feira, novembro 16, 2007
A cauda longa e o planeta Mongo
Quando tinha 12, 13, 14 anos delirava com as histórias de banda desenhada de revistas como o "Mundo de Aventuras" ou o "Falcão", um dos heróis dessas histórias era Flash Gordon.
Recordo muito bem uma história que me deixou um gosto, um sabor de incredulidade na altura. Ás tantas, no meio do enredo aparecia uma prancha com um mapa detalhado do planeta Mongo, que incluía não só a geografia dos continentes, ilhas, rios, mares e oceanos, como também os diferentes povos que habitavam o planeta.
O que me deixou incrédulo foi a perspectiva de existirem, num memo planeta, na mesma época, povos com culturas e sobretudo, com níveis tecnológicos tão distintos, não por dificuldade ou pobreza, mas por opção. Aos meus olhos de juvenil imberbe, tal era impossível, todos caminhávamos para a uniformização ocidental, e quem ainda lá não estava era por dificuldade, não por opção.
Anos depois, esta imagem do planeta Mongo veio-me à mente quando vi as imagens de uma conferência de imprensa improvisada, na selva filipina, por um grupo de guerrilheiros de uma facção separatista islâmica(?). Tinham catanas e velhas espingardas... para combater o exército filipino!!!
Ontem, voltei a recordar esta imagem do planeta Mongo, ao assistir à apresentação de Chris Anderson, o homem da cauda longa.
A internet vai ajudar, já está a promover, o estilhaçar de uma sociedade em que todos vestem as mesmas roupas, lêem os mesmos jornais, vêem os mesmos noticiários, acompanham as mesmas séries, comem as mesmas comidas... Mongo is coming to your door, não por necessidade, não por incapacidade, mas por opção, aliás, por milhares de opções.
Se Chris Anderson tiver razão, e espero bem que sim, trata-se de uma esperança, para as sociedades dos países pequenos. Quanto mais aumentar o poder da cauda longa, mais oportunidades de negócio existirão, para as pequenas empresas, rápidas e flexíveis que apostarem na diferenciação, na diversidade, na variedade. A cabeça pode ficar para os asiáticos, mas a nata das margens, essa ficará para quem, como dizia Jesus Cristo, tiver olhos para ver, e ouvidos para ouvir, a corrente, a tendência de fundo.
Recordo muito bem uma história que me deixou um gosto, um sabor de incredulidade na altura. Ás tantas, no meio do enredo aparecia uma prancha com um mapa detalhado do planeta Mongo, que incluía não só a geografia dos continentes, ilhas, rios, mares e oceanos, como também os diferentes povos que habitavam o planeta.
O que me deixou incrédulo foi a perspectiva de existirem, num memo planeta, na mesma época, povos com culturas e sobretudo, com níveis tecnológicos tão distintos, não por dificuldade ou pobreza, mas por opção. Aos meus olhos de juvenil imberbe, tal era impossível, todos caminhávamos para a uniformização ocidental, e quem ainda lá não estava era por dificuldade, não por opção.
Anos depois, esta imagem do planeta Mongo veio-me à mente quando vi as imagens de uma conferência de imprensa improvisada, na selva filipina, por um grupo de guerrilheiros de uma facção separatista islâmica(?). Tinham catanas e velhas espingardas... para combater o exército filipino!!!
Ontem, voltei a recordar esta imagem do planeta Mongo, ao assistir à apresentação de Chris Anderson, o homem da cauda longa.
A internet vai ajudar, já está a promover, o estilhaçar de uma sociedade em que todos vestem as mesmas roupas, lêem os mesmos jornais, vêem os mesmos noticiários, acompanham as mesmas séries, comem as mesmas comidas... Mongo is coming to your door, não por necessidade, não por incapacidade, mas por opção, aliás, por milhares de opções.
Se Chris Anderson tiver razão, e espero bem que sim, trata-se de uma esperança, para as sociedades dos países pequenos. Quanto mais aumentar o poder da cauda longa, mais oportunidades de negócio existirão, para as pequenas empresas, rápidas e flexíveis que apostarem na diferenciação, na diversidade, na variedade. A cabeça pode ficar para os asiáticos, mas a nata das margens, essa ficará para quem, como dizia Jesus Cristo, tiver olhos para ver, e ouvidos para ouvir, a corrente, a tendência de fundo.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Prego atrás de prego...
... aqui vamos nós a caminho do último lugar!
Capa do Diário Económico de hoje...
"Há três vezes mais empresas dispostas a sair de PortugalEstudo da Ernst & Young revela que 20% dos empresários têm a intenção de deslocalizar a produção. Dados de Bruxelas mostram que Portugal já é mais pobre do que a Estónia."
Mas chegamos aos 3%!!!!!!!!!!!!!!!!
O cavalo do inglês também estava a aprender a viver sem comer e... foi-se.
Capa do Diário Económico de hoje...
"Há três vezes mais empresas dispostas a sair de PortugalEstudo da Ernst & Young revela que 20% dos empresários têm a intenção de deslocalizar a produção. Dados de Bruxelas mostram que Portugal já é mais pobre do que a Estónia."
Mas chegamos aos 3%!!!!!!!!!!!!!!!!
O cavalo do inglês também estava a aprender a viver sem comer e... foi-se.
Tem algo de mistério...
Seth Godin apresenta um ponto interessante, para quem lida directamente com os consumidores.
Imaginem chegar a uma banca de venda de peixe e, ao lado das raias expostas, está uma história, quem as apanhou, onde as apanhou, de que se alimentam, que artes de pesca foram utilizadas. Ou saber de que concelho são as amêndoas expostas, quem as apanhou, ...
Criar uma relação, uma atracção com o consumidor aqui
Imaginem chegar a uma banca de venda de peixe e, ao lado das raias expostas, está uma história, quem as apanhou, onde as apanhou, de que se alimentam, que artes de pesca foram utilizadas. Ou saber de que concelho são as amêndoas expostas, quem as apanhou, ...
Criar uma relação, uma atracção com o consumidor aqui
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