sábado, novembro 17, 2007
Depois o problema é falta de formação, falta de escolaridade, falta de educação...
Ler primeiro o postal imediatamente anterior a este.
Ainda há 1/2 semanas líamos e ouvíamos sobre o relatório suiço que não era muito simpático acerca da predisposição dos portugueses para singrarem na escola.
O emigrante português é mal visto na xénofoba Suiça? Não, porque é um bom trabalhador.
O emigrante português é mal visto no Luxemburgo?
Resposta no Público de hoje, "Portugueses 2,7 vezes mais produtivos no Luxemburgo", artigo assinado por Raquel Almeida Correia.
"Os níveis de produtividade dos trabalhadores no Luxemburgo estão 66 por cento acima da média europeia, o que lhe confere a quarta posição no ranking dos países mais produtivos da Europa. Portugal, que ocupa a 39ª posição, apresenta níveis 40 por cento abaixo. Se os imigrantes portugueses que trabalham no país regressassem, começariam o fim-de--semana às 17 horas de terça-feira e teriam direito a mais de sete meses de férias, porque produzem a um ritmo 2,7 vezes superior em território luxemburguês."
Este lead induz em erro quem o lê, porque parte do princípio que os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, fazem os mesmos produtos que os trabalhadores portugueses em Portugal. Não é verdade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, mesmo que trabalhem ao mesmo ritmo que os trabalhadores portugueses em Portugal, são muito mais produtivos porque produzem produtos de muito maior valor acrescentado.
Este lead é típico de uma mentalidade que acredita que Portugal é pouco produtivo porque os trabalhadores são preguiçosos. Façam as contas, se o trabalhador de uma têxtil do Ave, uma daqueles que se queixa aqui, trabalhasse de borla para a empresa mais duas horas por dia, em quanto é que isso iria aumentar a produtividade?
O segredo, o truque, é apostar em produtos de maior valor acrescentado.
Volto, pela terceira vez a repetir a frase:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
O que é que acontece a um trabalhador português que farto de ganhar uma miséria numa têxtil do Ave, emigra para o Luxemburgo?
Tout cour: "É como se a empresa onde trabalhava (de baixa produtividade) fechasse e ido para uma empresa de elevada produtividade. O português é o mesmo, a educação é a mesma, a escolaridade é a mesma.
Que queiram torrar dinheiro da UE na formação OK, mas não esperem milagres.
Ainda há 1/2 semanas líamos e ouvíamos sobre o relatório suiço que não era muito simpático acerca da predisposição dos portugueses para singrarem na escola.
O emigrante português é mal visto na xénofoba Suiça? Não, porque é um bom trabalhador.
O emigrante português é mal visto no Luxemburgo?
Resposta no Público de hoje, "Portugueses 2,7 vezes mais produtivos no Luxemburgo", artigo assinado por Raquel Almeida Correia.
"Os níveis de produtividade dos trabalhadores no Luxemburgo estão 66 por cento acima da média europeia, o que lhe confere a quarta posição no ranking dos países mais produtivos da Europa. Portugal, que ocupa a 39ª posição, apresenta níveis 40 por cento abaixo. Se os imigrantes portugueses que trabalham no país regressassem, começariam o fim-de--semana às 17 horas de terça-feira e teriam direito a mais de sete meses de férias, porque produzem a um ritmo 2,7 vezes superior em território luxemburguês."
Este lead induz em erro quem o lê, porque parte do princípio que os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, fazem os mesmos produtos que os trabalhadores portugueses em Portugal. Não é verdade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Os trabalhadores portugueses no Luxemburgo, mesmo que trabalhem ao mesmo ritmo que os trabalhadores portugueses em Portugal, são muito mais produtivos porque produzem produtos de muito maior valor acrescentado.
Este lead é típico de uma mentalidade que acredita que Portugal é pouco produtivo porque os trabalhadores são preguiçosos. Façam as contas, se o trabalhador de uma têxtil do Ave, uma daqueles que se queixa aqui, trabalhasse de borla para a empresa mais duas horas por dia, em quanto é que isso iria aumentar a produtividade?
O segredo, o truque, é apostar em produtos de maior valor acrescentado.
Volto, pela terceira vez a repetir a frase:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."Mas, e como isto é profundo:"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Por favor voltar a trás e reler esta última afirmação.
O que é que acontece a um trabalhador português que farto de ganhar uma miséria numa têxtil do Ave, emigra para o Luxemburgo?
Tout cour: "É como se a empresa onde trabalhava (de baixa produtividade) fechasse e ido para uma empresa de elevada produtividade. O português é o mesmo, a educação é a mesma, a escolaridade é a mesma.
Que queiram torrar dinheiro da UE na formação OK, mas não esperem milagres.
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3 comentários:
Queria deixar uma pergunta depois de ler este post, principalmente esta ultima frase. Qual é o trabalhador melhor preparado para criar produtos de maior valor acrescentado. O de pouca, ou o de muita formação?
Obrigado por ter aparecido e por ter deixado o seu comentário.
"Qual é o trabalhador melhor preparado para criar produtos de maior valor acrescentado, o de pouca, ou o de muita formação?"
Se atribuir à palavra "criar" o significado de pensar e realizar o primeiro protótipo, por pré-conceito, sou tentado a responder que estatisticamente é mais provável que tal seja feito por um trabalhador com mais formação.
Se atribuir à palavra "criar" o significado de produzir, aí não tenho dúvidas, é indiferente, como procuro ilustrar no outro postal do dia 17 de Novembro. O acto mecânico de produzir uma camisola interior branca é muito semelhante ao de confeccionar uma T-Shirt das marcas da moda, a costureira pode ser a mesma.
Se o problema fosse a formação, a França não teria este problema: http://balancedscorecard.blogspot.com/2007/04/french-exodus.html
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