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terça-feira, junho 20, 2017

Lemingues (parte II)

Parte I.
"Because the pricing lever is so easy to pull and generates quick results for investors, retailers are often tempted to make quick, gut decisions to generate foot traffic with low prices. But this addiction is unstainable and not an isolated incident. Major companies are buckling down for bigger investments on price in the absence of other avenues to compete.
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Play to win. But only after you know where, when and how much to compete. Most retailers can’t afford to blindly follow the lowest market pricing (and they shouldn’t). The good news is that you don’t have to meet or beat all prices on all products to win. The key is identifying which products are most critical to customer price perception and then understanding the results a price reduction will yield.
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Pull the price lever. But don’t use it as a crutch. The power of pricing to drive volume and profits is unparalleled. Used correctly, it can be highly accretive. Abused, it can lead to quick ruin. Today’s customer demands competitive prices, but also craves experience, brand connection and convenience (among other things). Price should be a key part of your competitive strategy; however, it shouldn’t be your entire competitive strategy. If parts of your overall growth strategy aren’t resonating with consumers, you’re always going to go back to price. And the more you do that, the harder it becomes to break that cycle or addiction.
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Price wars are becoming the next retail addiction and will cause a “death spiral” as retailers race to the bottom on price. In this scenario, only the financially fittest will survive. In the short term, consumers should benefit from lower prices on the shelf, but long term everybody loses if focus continues to coalesce around competing on price and away from areas like customer experience and innovation. Not only is this behavior inherently self-destructive, it begins closing off future avenues to growth. Once you’ve won a customer’s share of wallet based solely on the price of the good, what’s next? They are likely to stay only so long as you continue to be the lowest priced option."
Fundamental ter uma estratégia de diferenciação. Fundamental fugir da dependência do preço. Fundamental pensar por si próprio e não por ver as acções dos outros.

Trechos retirados de "Price War: Retail’s Latest Self-Destructive Addiction"

domingo, junho 18, 2017

Lemingues


Um almoço na sexta-feira passada deixou-me, por momentos, com os cabelos em pé. Até cheguei a citar:
"confusing testosterone with strategy is a bad idea"
Voltei a recordar o tema da conversa ao ler "How Lego clicked: the super brand that reinvented itself".

Quando a Lego começou a se afundar o que recomendaram os teóricos?
"Consultants hurried to Lego’s Danish HQ. They advised diversification. The brick had been around since the 1950s, they said, it was obsolete. Lego should look to Mattel, home to Fisher-Price, Barbie, Hot Wheels and Matchbox toys, a company whose portfolio was broad and varied. Lego took their advice: in doing so it almost went bust. It introduced jewellery for girls. There were Lego clothes. It opened theme parks that cost £125m to build and lost £25m in their first year. It built its own video games company from scratch, the largest installation of Silicon Graphics supercomputers in northern Europe, despite having no experience in the field."[Moi ici: Copiar independentemente disso ter alguma relação com o ADN]
Hoje a Lego é um sucesso financeiro e uma super-marca mas não por causa destas recomendações.
"Vig Knudstorp rescued Lego by methodically rebuilding it, brick by brick. He dumped things it had no expertise in – the Legoland parks are now owned by the British company Merlin Entertainments, for example. He slashed the inventory, halving the number of individual pieces Lego produces from 13,000 to 6,500. (Brick colours had somehow expanded from the original bright yellow, red and blue, sourced from Piet Mondrian, to more than 50.) He also encouraged interaction with Lego’s fans, something previously considered verboten. Far from killing off Lego, the internet has played a vital role in allowing fans to share their creations and promote events like Brickworld, adult Lego fan conventions. [Moi ici: De certa forma é o que as PME que dão a volta fazem. Não tendo dinheiro para se perderem em diversificações que raramente resultam, concentram-se no que sabem fazer bem, trabalham a marca para B2B e fogem do preço trabalhando a relação com o cliente]
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“What’s made them successful over the past 10 years is their ability to create new entities, movies, TV shows, by partnering with brilliant people. They’ve said: ‘We might not make as much money if we outsource it, but the product will be better.’ That mentality is very Danish. It comes from saying: ‘We’re engineers. We know what we’re good at. Let’s stick to our knitting.’ That’s a very brave thing to do and it’s where a lot of companies go wrong. They don’t understand that sometimes it’s better to let go than to hang on.”
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“The reality is that the last few years the growth has been supernatural,” Julia Goldin, Lego’s chief marketing officer, tells me. “When you look at the proportion of revenue that’s coming out of the mature markets it becomes more and more challenging with the level of penetration."
Não adianta copiar o que os outros fazem. O que se aplica a umas empresas não se aplica a outras. E quem nos garante que o que os outros fazem, mesmo para eles, é a melhor opção? A testosterona não é uma boa conselheira.

sexta-feira, março 04, 2016

Uma estratégia que merecia ser estudada pelas PME

Se há coisa que acho risível é ver tentativas de usar exemplos de corporações americanas para formar gestores de PME portuguesas.
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A Lego não é uma PME, a LEGO é uma empresa grande. No entanto, tem uma estratégia que merecia ser estudada pelas PME. Este resultado "Lucro vs quota de mercado" deve servir para estimular a pesquisa:

"Sobre a “fórmula Lego”, o Financial Times (FT) dá a receita: pega-se num quilo de plástico que custa menos que um dólar, transforma-se em conjuntos de peças baseadas na saga Star Wars ou Hobbit e apresenta-se depois o produto ao consumidor final, por aproximadamente 75 dólares por quilo."


O sucesso desta nova vida da Lego surge depois da empresa perder a protecção das patentes, depois dos genéricos invadirem o mercado.
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Como é que a sua PME pode aproveitar este caso para se iniciar na via da co-criação de valor, na via da subjectividade do valor, na via do pricing baseado no valor? 

quarta-feira, setembro 16, 2015

O paradoxo de Kaldor na prática

Todos os dias damos de caras com exemplos do Evangelho do Valor.
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Neste texto "Lego: De quase falida a líder da indústria de brinquedos" é contado o caso da Lego.
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A empresa tinha um modelo que deixou de funcionar. Teve de repensar-se. Teve de passar por uma experiência de "renewal"

"Depois da experiência de quase extinção, o novo presidente executivo decretou o “regresso ao tijolo”, como unidade básica e essencial para o modelo de negócio. Numa primeira fase, na tentativa de estancar as perdas, a cadeia de parques temáticos foi vendida e o número de peças produzidas pela companhia foi reduzido para sete mil."
Uma vez perdida a patente qualquer um podia pegar em plástico e fazer tijolos.
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Qual seria a proposta de um economista? Deslocalizar para reduzir custos, aumentar a eficiência.
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Qual seria a proposta de um promotor da concorrência imperfeita?
"Sobre a “fórmula Lego”, o Financial Times (FT) dá a receita: pega-se num quilo de plástico que custa menos que um dólar, transforma-se em conjuntos de peças baseadas na saga Star Wars ou Hobbit e apresenta-se depois o produto ao consumidor final, por aproximadamente 75 dólares por quilo.
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Mas a recuperação não ficou a dever-se apenas à reinvenção do plástico. Videojogos e cinema desempenham um papel importante na estratégia desenhada por Knudstorp e o sucesso financeiro do Filme Lego (com receita de bilheteira de mais de 400 milhões de euros em todo o mundo) mostra que o futuro da estratégia passa também pela aposta em Hollywood e na Ásia."
Posso traduzir para: apostar na magia, reforçar a mística da marca, aumentar a relação e interacção com os clientes, desenvolver a co-criação.
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O exemplo pode ser da Lego mas é o seguido por cada vez mais PME que põem em prática o paradoxo de Kaldor.

quarta-feira, janeiro 14, 2015

O impacte nos resultados

Em "How Lego Became the Apple of Toys" pode ler-se um resumo da história dos altos e baixos da Lego no mundo dos brinquedos.
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Para mim, valorizo especialmente este trecho:
"Eight years ago, a Chicago architect named Adam Reed Tucker, who had been building impressive Lego models of iconic buildings, reached out to Lego, suggesting that the company might be interested in making official kits similar to his homemade creations. "Doing anything that wasn’t for the target group, which was boys between, say, 5 and 11, used to be almost a complete no-go," says David Gram, Future Lab’s head of marketing and business development. But a free-thinking Norwegian Lego exec named Paal Smith-Meyer—Holm admiringly describes him as "a true rebel"—saw value in AFOLs (Adult Fans of Lego) and came up with a stealthy, shoestring plan to prove their worth to the company. It came in the form of a counteroffer—which would help usher in the current era of innovation at Lego.
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"We told him to do it," Gram says. "We provided him with the bricks and he sat in his kitchen in his two-bedroom flat, doing the first 200 boxes of the Sears Tower and the Hancock tower." In 2007, the homemade sets that would go on to become the wildly popular Lego Architecture line appeared in some local shops, and not only did they sell, they sold for way more money than a kids’ kit with the same number of pieces would have, because Lego could charge grown-up prices. "Seventy dollars instead of 30!" [Moi ici: E para quem conhece os números de Marn e Rosiello... percebe o impacte disto nos resultados] Gram adds. "That proved the case."

terça-feira, janeiro 08, 2013

O preço pode não ser tudo

Um artigo que ajuda a confirmar que o preço não é tudo "What effective pricing can do for your business":
"What you see are the annual revenue numbers for MegaBloks and Lego. Since Lego does not have (any more) exclusive rights to make the bricks, anyone can make them. And MegaBloks does. Its bricks are perfect replacement (as for as I know) for Lego bricks only cheaper.
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How cheaper? 50% cheaper. Yet Lego makes 9 times more than what MegaBloks does in a year. Not only in revenue numbers Lego also beats MegaBloks on its margins as well.
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A little bit of math will convince you Lego has no cost advantage. At 30% cost, even if it halved its price to match Mega’s prices, its margin will be 40%. In other words any (percentage) margin advantage Lego has comes purely from its pricing and not because of cost advantage.
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What is going on here? In the words of Jeff Bezos, isn’t MegaBloks working hard to charge customers less and Lego working hard to charge more? Why aren’t customers overwhelmingly picking MegaBloks based purely on price?"

Tornamos-nos naquilo em que acreditamos.