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terça-feira, janeiro 24, 2017

Tudo feito por gente com skin-in-the-game

Há dias, de manhã bem cedo, ao passar em frente à estação de S. Bento no Porto, não pude deixar de apreciar o impacte do turismo e do arrendamento local na cara da cidade. Reparem nestas fachadas:
Renovadas, limpas, bonitas.

Tudo feito por gente com skin-in-the-game.

Assim, no ano em que o Estado torrou menos dinheiro no so-called "investimento público", e que na maior parte das vezes não tem nada de investimento e, não passa de assar sardinhas com o lume dos fósforos, o desemprego no sector da Construção teve este desempenho:
Notável e muito mais saudável.


segunda-feira, março 04, 2024

Leite, tomate e ... turismo, negócios não sustentáveis

Leite, tomate e ... turismo.

No caso do leite e do tomate percebo o que acontece e percebo o efeito pernicioso da intervenção governamental.



Dois negócios que competem pelo preço mais baixo quando não têm vantagem competitiva, ou seja, violam a primeira lei das Teoria dos Jogos: "Do not play a strictly dominated strategy"

Entretanto, no último número do Caderno de Economia do semanário Expresso apanho este título, "Aumento de custos preocupa hotelaria". 

Weird! Aumentam a facturação como nunca, aumentam os preços e as margens como nunca (e ainda bem) mas não conseguem acompanhar os custos?! 

Para mim é um sinal de que o modelo de negócio não é sustentável. Por que não encaram o problema de frente? Por que pedem aos contribuintes que financiem os seus projectos deficientemente suportados pelos seus clientes?


quinta-feira, maio 03, 2012

Foi você que pediu mais crescimento à moda antiga?

Embora não concorde com tudo o que escreve acerca da Europa do Sul, talvez porque lhe falte a experiência de visitar mais e mais vezes cada país e, porque cada economia nacional infeliz é infeliz à sua maneira, estou de acordo com o essencial:
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"Rather than attempting to return to their artificially inflated gdp numbers from before the crisis, governments need to address the underlying flaws in their economies." (Moi ici: Há anos que o nosso país vivia deste truque, o de assar sardinhas com o lume dos fósforos, de estímulo em estímulo)
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"The status quo ante is not a good place to return to because bloated finance, residential construction, and government sectors need to shrink, and workers need to move to more productive work. The way out of the
crisis cannot be still more borrowing and spending, especially if the spending does not build lasting assets that will help future generations pay oª the debts that they will be saddled with. Instead, the best shortterm policy response is to focus on long-term sustainable growth." (Moi ici: Uma mensagem para os que pedem mais autopistas, mais empréstimos para consumo e mais emprego no Estado para relançar a economia e reduzir o desemprego. Até a receita do autor é pobre pois assenta na liberalização para soltar o antigo. OK, mas não é por aí, embora mal não faça)
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Duas explicações que corroboram o que penso e que estão ao arrepio do mainestream são:

  • o aumento das desigualdades salariais não é só entre o 1% do topo e o resto, não! É o aumento da dispersão da produtividade das empresas e de quem a alimenta (Dezembro de 2009 e Junho de 2010)  
"It is tempting to blame the ever-widening income gap on skewed corporate incentives and misguided tax policies, but neither explanation is sufficient. ... This is not to say that all top salaries are deserved—it is not hard to find the pliant board overpaying the underperforming ceo—but most are simply reflections of the value of skills in a competitive world.
In fact, since the 1980s, the income gap has widened not just between ceos and the rest of society but across the economy, too, as routine tasks have been automated or outsourced. With the aid of technology and capital, one skilled worker can displace many unskilled workers.
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Since the early 1980s, the difference between the incomes of the top ten percent of earners (who typically hold university degrees) and those of the middle (most of whom have only a high school diploma) has grown steadily. By contrast, the difference between median incomes and incomes of the bottom ten percent has barely budged.
The top is running away from the middle, and the middle is merging with the bottom."
  • esta, tenho andado a namorá-la mentalmente e nunca a verbalizei antes. Por que é que Portugal tem tanto abandono escolar? Como é que num mundo onde ter uma formação académica conta cada vez mais, tantos e tantos portugueses sempre abandonaram a escola antes do 10 ou do 12ª ano? Que formação escolar é preciso ter para trabalhar na construção civil ou obras públicas? A mim chocou-me perceber esta realidade: "20 a 30% do PIB do Minho dependia da construção". E cada vez mais me convenço que o namoro deste país com a construção e obras públicas tem sido o principal responsável pelas nossas elevadas taxas de abandono escolar. Se a procrastinação impera, se somos iludidos pelas promessas da satisfação imediata, se a família dá pouco valor à escola... era difícil resistir à possibilidade de começar a ganhar a vida já, em vez de esperar por um longínquo ano.
"artificially low interest rates acted as a tremendous subsidy to the parts of the economy that relied on debt, such as housing and finance. This led to an expansion in housing construction (and related services, such as real estate brokerage and mortgage lending), which created jobs, especially for the unskilled." (Moi ici: Se existe procura de trabalho "unskilled", estimula-se a oferta de mão-de-obra "unskilled". O que vai ser desta gente agora?)
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BTW, isto foi em todo o lado e não só em Portugal:
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"Well-paying, low-skilled jobs with good benefits were becoming harder and harder to find, except perhaps in the government." (Moi ici: A explosão do emprego na função pública)
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segunda-feira, maio 22, 2017

Curiosidade do dia

O amigo Cortes colocou num comentário uma hiperligação para um artigo do FT, "Moody’s turns optimistic on Portugal’s quiet recovery".

Amigo Cortes o governo está de parabéns!!!

Está de parabéns por ter aderido à bondade intrínseca de défices baixos:

E quando lemos coisas como esta, "Parque Escolar recebeu a maior fatia dos fundos da União Europeia", e recordamos gastos como os feitos em Bragança a renovar escolas que agora estão fechadas por falta de alunos, ou como os feitos em xxxxx a transformar escola em bunker ultra-consumidor de energia, ou as escolas com os candeeiros de Siza... ficamos confortados que ao menos o governo tenha optado por um plano B em 2016 e tenha cortado o so-called investimento público, mas que não passa em grande parte de assar sardinhas com lume de fósforos, para o nível mais baixo de sempre.

Claro que esta saudação sincera não invalida que este governa tenha feito e esteja a fazer opções fragilista que nos dão pouca margem de manobra se algo correr mal.

Contado ninguém acredita até:


sábado, março 08, 2014

Jogadores da mesma selecção socialista

Ao ler textos deste tipo "António Costa defende programa de crescimento para países sob assistência financeira", sejam eles com as opiniões de socialistas do PS, ou socialistas do PSD ou socialistas do CDS, uma curiosidade fica sempre na minha mente:
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- Por que é nunca dão exemplos concretos do tipo de actividades, de projectos, que deveriam, ou poderiam fazer parte de um "programa de crescimento"?
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Andamos mais de uma década a torrar dinheiro em "programas de crescimento" para suportar de forma insustentável crescimentos raquíticos do PIB e suster a subida do desemprego.
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Fico sempre com a ideia de que se trata de gente a pedir para assar sardinhas com o lume dos fósforos.
"António Costa defendeu que "depois do programa de ajustamento é preciso um programa sério de fisioterapia que desenvolva o músculo", ou seja, de recuperação e de apoio ao crescimento, que signifique um "choque vitamínico" para que estes países possam "recuperar a capacidade" de beneficiar do euro."
Como eu gostava de ver preto no branco, como se eu fosse muito burro, o significado de "desenvolver músculo"...
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Quer isto dizer que:
  • o sucesso do calçado;
  • o sucesso do têxtil;
  • o sucesso do mobiliário;
  • o sucesso da metalomecânica;
  • o sucesso do agro-alimentar;
  • o sucesso da cerâmica;
  • o sucesso da química;
  • o sucesso dos componentes;
  • o sucesso de ...
não é músculo?
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Estaremos a falar de mais barragens? Estaremos a falar de mais auto-estradas? Estaremos a falar de reabilitação urbana? Estaremos a falar de chouriços de formação? Estaremos a falar de quê? Estaremos a falar de TGVs para expedir mercadorias a preços exorbitantes que nenhum industrial pagará e que terá de ser financiado pelos contribuintes?
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Enfim, António Costa, Pires de Lima, Paulo Campos e Sérgio Monteiro, jogadores da mesma selecção socialista, apesar de, aparentemente, parecerem de clubes diferentes.
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Recordar Nassim Taleb:
"Stress is information"
Aliás, é precisamente o contrário, os "programas de crescimento" é que fazem os músculos definhar:
"Just as spending a month in bed leads to muscle atrophy, complex systems are weakened or even killed when deprived of stressors.
...
The economic class doesn't realize an economy lives by stressors rather than by top-down control."

sábado, junho 14, 2014

Vai ser uma leitura interessante

Actualmente, aproveito as minhas caminhadas para ler "Why Nations Fail - The Origins of Power, Prosperity and Poverty" de Daron Acemoglu e James Robinson.
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Um primeiro tópico é a colonização da América Latina:

  • Muito interessante a descrição do colonialismo espanhol e inglês na América do Norte sob uma perspectiva que nunca tinha visto, a dos modelos de negócio e, porque é que o que resultou numa não resultou na outra;
  • Fiquei a pensar no que poderá acontecer aos terrestres se alienígenas-espanhóis, ou portugueses, entrarem em contacto connosco...
  • Nunca me esqueço que o triunfo português, espanhol e de outros na colonização, é uma história alternativa do filme Avatar, aquela em que os humanos tomam efectivamente o controlo de Pandora como os seus donos.
Um segundo tópico, enquanto leio as notícias do BES, enquanto recordo os postais que aqui costumo escrever sobre assar sardinhas com o fogo dos fósforos, enquanto recordo os defensores dos "campeões nacionais", enquanto recordo Daniel Bessa a defender há oito dias que alguns sectores deviam ser protegidos (de quem e para quem? Ele que fale com as empresas que, sem apoios, tiveram de aguentar a concorrência da Aerosoles, apoiada em dinheiro impostado aos contribuintes emprestado ao Estado e que agora está a ser impostado aos contribuintes para o pagar com juros), é este trecho:

"When the elite invested, the economy would grow a little, but such economic growth was always going to be disappointing"
É uma descrição de toda a primeira década do século XXI em Portugal
Por elite entenda-se dinheiro emprestado ao Estado e "despejado" por este em projectos ruinosos para o país mas bom para as elites. E começo logo a pensar na motivação para regular o crowdfunding... como a protecção dos bancos...
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Vai ser uma leitura interessante...
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Entretanto, a meio da caminhada, a minha mente começou a processar a diferença entre a economia americana e mexicana do século XIX e, aquilo que ainda hoje se vê por cá e imagino um programa tipicamente português. Em vez de Shark Tank, o Tanque dos Robalos (nome proposto pelo Tiago Pascoal no Twitter). Em vez de lucros obtidos no mercado servindo clientes, no Tanque dos Robalos, os entrepreneurs seriam substituídos por rentistas que procurariam financiar projectos onde fosse possível sacar mais rendas ao Estado. Imagino banqueiros, políticos da oposição e da situação, jornalistas, economistas, académicos...

domingo, janeiro 15, 2017

"they’ll create more and better jobs by not focusing on creating jobs"

Posso ser um anónimo da província.

Posso nem ter formação académica em Economia.


Quanto mais passam os anos e mais aprendo a pensar por mim do que a seguir sebentas e a opinião da tríade, (gente em torres de marfim qual Sarumans que há muito perderam a ligação à economia real, se é que alguma vez a tiveram), vou formulando hipóteses de interpretação da realidade cada vez mais afastadas do mainstream preguiçoso.

Por exemplo, quantos políticos elegem o emprego como o objectivo do seu mandato? "António Costa: “Emprego, emprego, emprego” é o objetivo"

O que digo acerca do emprego ou do lucro como objectivo? Está errado. O emprego é um resultado, é uma consequência não um objectivo directo. Quando elegemos o emprego ou o lucro como o objectivo directo, imediato, temos as auto-estradas paralelas que se constroem para criar emprego provisório (assar sardinhas com a chama de fósforos) ou as Enrons.

Daí:

Agora encontro "Power Sheet":
"Business leaders and their p.r. advisers are holding a festival of spin on the subject of jobs,
...
There’s no harm in any of this, except in one way: Repetition of the theme could lead to a widely accepted view that the economy’s purpose is to create jobs. It isn’t. That sounds heartless, but jobs are a byproduct of economic growth, not the end product, and remembering that reality is, ironically, crucial to more people having better jobs.
...
Let’s hope that, in proclaiming their growing U.S. employment, they can avoid suggesting it’s the reason for their existence. The paradoxical reality is that they’ll create more and better jobs by not focusing on creating jobs."
Como não recordar Viktor Frankl: as pessoas mais felizes são as que não elegem a felicidade como um objectivo. A felicidade decorre naturalmente como consequência de um outro propósito.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Assar sardinhas só com a chama de fósforos (parte III)

Continuado da parte I e parte II.
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"No final de Junho, os seis maiores bancos que actuam em Portugal tinham em sua posse casas penhoradas num montante estimado em mais de 3.000 milhões de euros. Em primeiro lugar, destaca-se o BCP que detinha imóveis penhorados num montante avaliado em 1.180 milhões de euros, seguindo-se o BES com 751,9 milhões de euros, a CGD com 549,6 milhões de euros, o Montepio com 282,3 milhões de euros, Santander Totta com 152,6 milhões e BPI com 122,6 milhões de euros.
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Segundo a notícia do jornal “Diário Económico” desta segunda feira, estas casas que a banca possui provêm essencialmente de promotores imobiliários."
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E o que propõe o sindicato da construção?
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"O Sindicato da Construção de Portugal quer que o Governo disponibilize cinco mil milhões de euros em verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para apoiar a fileira."
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Por que tenho de contribuir para a manutenção de um sector sobredimensionado?

sexta-feira, setembro 27, 2013

Acerca das notícias

Ontem no Jornal de Negócios, no editorial de Helena Garrido, "Os "econs", as notícias e os humanos", pode ler-se:
"há neste momento uma enorme variedade de estudos que apontam para efeitos de sobrevalorização da informação com características negativas nos processos de decisão."
Recordei logo:
"Pessimistic prophecies are self-fulfilling." 
No final remata:
"Os cidadãos anónimos que apelam a menos más notícias, tal como o Presidente, dizem-nos o que devíamos de facto fazer, evitar as más notícias. Mas as boas notícias têm de ser alimentadas por todo um ambiente e uma realidade favorável para que os "humanos" acreditem nelas." 
Não sou adepto de se evitarem as más notícias, é preciso receber essa informação, se não a recebermos ficamos com uma imagem torcida da realidade. E nasce-me uma dúvida, o que é uma má notícia?
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Na década em que andamos a assar sardinhas com o lume dos fósforos (empréstimos), isso foi visto como uma má notícia?
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Durante a segunda vinda do FMI quantas "más notícias", na opinião dos média da altura, fazem hoje parte de uma narrativa positiva sobre a capacidade que o país teve de dar a volta?
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Não concordo que se escondam as más notícias, tenho é dúvidas sobre o que é uma má notícia. E, se calhar, por tabela, sobre o que é considerado uma boa notícia. O que é preciso não é esconder as más notícias mas dar tempo de antena igual ou superior às boas notícias.
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Por exemplo, o Jornal de Negócios podia, em vez de remeter para a última página de ontem, no canto inferior direito, esta notícia "Número de insolvências diminui e constituições de empresas aumentam", podia ter-lhe dado mais destaque e colocado numa outra página.
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Apesar do clima de pessimismo, há gente anónima que, por esperança, por desesperança, porque não sabe fazer mais nada, porque quer, arrisca constituir uma empresa neste contexto de sociedade socialista, com um Estado pedo-mafioso que tudo quer sugar. Uns verdadeiros heróis anónimos, uns verdadeiros "lamed waf"
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Boas notícias não são conversas de encantar, são exemplos factuais, são o exemplo dos pares, não PR dos ministérios ou dos bancos.

terça-feira, outubro 25, 2011

Nada mais falso!!!

""Não podemos reduzir défice e promover o crescimento ao mesmo tempo", diz Teixeira dos Santos"
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Há anos que o Estado se endivida com as suas manias sobre o apoio à economia.
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Qual o resultado? 
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SCUTS, Aerosoles, Qimondas, Magalhães e outras histórias... aquilo a que chamo aqui no blogue "assar sardinhas com o lume dos fósforos"
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Se o Estado não interferir na economia, se o Estado diminuir o seu peso, se o Estado deixar de sugar tanto a iniciativa privada, então, a economia que interessa,  a economia que não precisa do apoio do Estado há-de continuar a recuperação que se vê nas estatísticas e, sobretudo, no Norte do país.
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Deus nos livre das tentativas de promoção da economia que emanam do Estado. Será bom que o Estado fique manietado por muitos e longos anos e, por isso, impossibilitado ou, pelo menos, muito limitado nas suas tentativas de promoção da economia.

domingo, maio 01, 2022

Assim se perpetuam modelos de negócio ultrapassados

"a Nautiber anda há 30 anos a construir e restaurar embarcações à medida da vontade do cliente. Os Alfaiates dos barcos, como são conhecidos, sedeados em Vila Real de Santo António, são especialistas na construção de pequenos navios (entre os 9 e os 30m fora a fora, ou de comprimento, para os leigos) em fibra de vidro e praticamente não fabricam dois espécimes iguais a não ser encomendas em série para o mesmo cliente. Nos últimos anos, 90% dos que saem dos seus estaleiros para o mercado da atividade marítimo-turística têm sido construídos com o apoio de fundos europeus, como os subjacentes ao Programa Operacional CRESC ALGARVE 2020.
"Cerca de 90% das embarcações que construímos para o mercado nacional têm por trás produtos financeiros de subvenções nos diferentes quadros comunitários", revelou Rui Roque, engenheiro naval e CEO da Nautiber, em entrevista
...
"Para nós isso é fundamental", continuou Rui Roque, referindo-se a esse financiamento precioso. "Sem essa alavancagem seria muito dificil nós mantermo-nos no mercado e mantermos a nossa atividade ou, pelo menos, crescermos da maneira como crescemos.""

Demasiadas vezes sinto que os apoios europeus são usados para compensar custos ... como não recordar o trabalho de Spender nos anos 80 do século passado.

O negócio desta empresa não é o preço mais baixo, é a customização. Por isso, são conhecidos como os "Alfaiates dos barcos". Desconfio que a empresa não consegue passar um preço que traduza o valor criado para os clientes. Ou o valor criado para os clientes não é relevante (baixa originação de valor), ou é, mas a empresa não consegue capturar esse valor (captura de valor) - recordar a pirâmide de Larreche:

Os apoios neste caso, especulo, não deviam ir para as encomendas de produtos concretos, mas para o desenvolvimento da função comercial. A empresa devia transferir o seu mercado para clientes que realmente valorizam o valor da customização, e devia aprender a vender esse valor com outros argumentos para lá do preço.

Imagino que um apoio comunitário devia ser como as pinhas que usamos para começar um churrasco nas brasas, mas depois ganha vida própria e não são mais precisas. No entanto, o que acontece muitas vezes é a tal situação de assar sardinhas com fósforos:


Tão triste esta resignação:
"Sem essa alavancagem seria muito dificil nós mantermo-nos no mercado e mantermos a nossa atividade"





segunda-feira, outubro 03, 2011

É a vida

""Oeiras Valley" - uma "ilha" de crescimento"
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Tanto crescimento e afinal não é sustentado... afinal é à "madeirense".
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Ou seja, se se acabarem os fósforos não há brasas auto-suficientes para gerarem o calor necessário para assar as sardinhas...
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Como dizia ontem o João Miranda, cheira-me a estertor da economia que viveu baseada em endividamento fácil a taxas de juro baixas.
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É a vida!