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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

You can see where this is going.

Vai ser bonito ... depois do caseiro "Compro o que é nosso" temos a França, a Espanha, os Estados unidos, o Japão (Consommons français ! )
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Evans-Pritchard relata:
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"Spain's unemployment has jumped to 3.3m – or 14.4pc – and will hit 19pc next year, on Brussels data. The labour minister said yesterday that Spain's economy could not "tolerate" immigrants any longer after suffering "hurricane devastation". You can see where this is going. " (Bond market calls Fed's bluff as global economy falls apart )
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Se começarmos a fazer um exercício de identificação de relações de causa-efeito para especular sobre onde é que isto nos pode levar...

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Macro-economistas



Pedro Arroja propõe o corporativismo, ou seja o enfoque nas relações harmoniosas entre os concorrentes, remetendo o cliente para segundo plano (organização corporativa - como se ainda vivêssemos num mundo de escassez).


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Pedro Arroja propõe ainda o proteccionismo "Na realidade, a melhor maneira para segurar o nível de vida da população num período de crise económica é o proteccionismo - e tanto mais quanto menos mobilidade existir na sua força de trabalho", remetendo-nos para uma vida de Trabants e afins.


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Saldanha Sanches, Daniel Amaral e Olivier Blanchard propõem a redução dos salários como forma de aumentar a produtividade (Disputando migalhas).


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Contudo, olhamos para os alemães e vêmos:

2007 Unit Labour Cost Index (2000=100)
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Será que o seu salário baixou para aumentar a sua produtividade?
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Além de errada, baixar os salários teria de ser uma medida a usar necessariamente a cada x anos. Quem tem uma moeda forte não pode assentar a sua competitividade nisso, tem de aprender com os alemães.
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BTW, interessante esta tabela:
Em 2050, se for vivo, terei quase 90 anos ... grande clube: gregos, franceses e portugueses. Grande exemplo... depois vêm falar de sustentabilidade ambiental, mas não têm pejo em fazer da geração seguinte uns escravos da dívida.
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Daqui: Do BRICs (and Germans) Eat PIGS?

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Nós nersus os Outros

Recordando esta imagem daqui.
É tão fácil deixar-se levar pela facilidade da degenerescência entrópica, Nós versus os Outros.
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No Público de hoje "Barreiras comerciais aumentam com travagem global da economia", assinado por Anthony Faiola e Glenn Kessler.
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"Esquecendo o que prometeram na cimeira do G20, muitas nações estão a adoptar políticas restritivas, o que poderá agravar ainda mais a actual crise económica."
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"Para proteger os fabricantes nacionais das importações do estrangeiro, a Indonésia está a aplicar restrições a pelo menos 500 produtos exigindo licenças especiais e novos encargos sobre as importações. A Rússia está a aumentar as taxas aduaneiras dos carros importados e da carne de aves de criação e de porco. França lançou um fundo público para proteger as empresas francesas de takeovers por estrangeiros. Na Argentina e no Brasil, tenta-se aumentar as taxas aduaneiras sobre produtos que vão do vinho e têxteis aos artigos de couro e pêssegos, de acordo com a Organização Mundial do Comércio. A lista de países que estão a tornar mais difícil o acesso aos seus mercados inclui potencialmente os Estados Unidos, ..."

segunda-feira, dezembro 22, 2008

A tentação é grande

Basta olhar para o modelo acima, feito com base nas previsões de Roubini para perceber a tentação de quebrar estes ciclos atacando o rácio Procura sobre a Oferta.
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Se a Procura está em derrocada há uma caixa de Pandora que pode ser aberta ... trucidar (está na moda) parte da Oferta. Como? Apelando ao proteccionismo.
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Algumas reflexões sobre o tema "Protectionist dominoes are beginning to tumble across the world" por Ambrose Pritchard no Telegraph.
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O António Maria já há muito tempo que anteviu a cena ao falar de um novo Tratado de Tordesilhas para os tempos modernos.

quarta-feira, maio 21, 2008

Relações 4/5

Terceiro episódio (continuado daqui)
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(Os textos sublinhados da apresentação, são hiperligações para exemplos concretos)
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No mundo dos negócios, a menos que se esteja protegido pelo papá-estado, o sucesso é sempre transitório, é sempre passageiro, há que estar sempre a preparar a próxima rodada, porque vai sempre haver uma próxima rodada.
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Quem não se prepara, quem é apanhado com as calças na mão, grita por auxílio, pede que distorçam as regras do jogo em seu favor... tal é possível, sacrificando o nível de vida dos consumidores e dos contribuintes.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

E ainda há quem pense no proteccionismo


Para quem só vê o copo meio-vazio, para quem só vê escravos e dumping social na Ásia, convinha ter em atenção estes números:
"Foi possível a muitos países europeus terem enormes crescimentos das suas exportações para a China, em 2007. Portugal teve, aí, uma quebra significativa. De que dependeram esses países senão dos mesmos factores externos a que Portugal esteve exposto? Em 2007, a Noruega exportou para a China mais 33% que em 2006. A Dinamarca mais 35,5%. A Irlanda mais 44%. No ano que começou com a visita do primeiro-ministro Sócrates à China, Portugal exportou para aquele país menos 18% que em 2006. E, se se incluir Macau e Hong Kong, exportou menos 27%."

terça-feira, maio 01, 2007

Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti

"Numa carta endereçada a Manuel Pinho, a que a agência Lusa teve acesso, a FITVEP considera que não se pode "perder a oportunidade de limitar as exportações chinesas enquanto não se cumpram as mais elementares regras ambientais, sociais, cambiais e comerciais" naquele país."

- Ah, se o meu país tivesse feito o mesmo nos anos 70!!! Nunca as nossas fábricas texteis se teriam deslocalizado para Portugal... (suspiraria um operário alemão ao ler esta notícia).

"O documento, datado de 27 de Abril, foi motivado por um novo anúncio de aumento de tarifas de importação para travar produtos chineses, no caso, no Brasil . "O Governo brasileiro vai aumentar as tarifas de importação de 20% para 35% a partir de 1 de Junho", refere a Federação. A medida "será de aplicação exclusiva a produtos de calçado e confecções", esclarece o documento. "Esta é uma decisão repetida um pouco por todo o mundo - dos Estados Unidos da América à Rússia, do México à Turquia, do Perú à Argentina. Lamentavelmente, só a UE mantém um autismo absurdo", queixa-se a FITVEP."

Não creio que os Estados Unidos precisem de proteger a sua próspera indústria textil (próspera é próspera, não é ironia) pois estão a operar num patamar que não concorre com os chineses.
E desde quando é que o Brasil, o México, a Turquia, o Perú, a Argentina são um exemplo para economias que se querem competitivas?

A indústria textil e do calçado portuguesa sofreu um golpe com a concorrência chinesa porque não conseguiu demonstrar aos seus clientes que era diferentes deles. Quando não se consegue ser diferente quem ganha é quem faz o preço mais baixo.
Quem ganha?
Os consumidores!!! "Think consumer"

A indústria textil e do calçado portuguesa está a voltar a crescer e a gerar emprego porquê? Porque evoluiu para outros patamares de mercado, onde os chineses ainda não chegam.

Evoluir significa arriscar, significa pôr-se humildemente a escutar a voz do mercado, a voz dos consumidores, e procurar servi-los rapidamente, e procurar surpreende-los pela positiva.
Evoluir significa apostar numa marca, apostar no design, apostar na diferenciação.

Quem não evolui, pede ao papá estado que o proteja à custa dos consumidores.
Sem concorrência, as empresas brasileiras não terão tanta pressão para evoluir para outros patamares de valor acrescentado. Viverão numa ilusão de segurança até ao momento em que rebente o dique. No entretanto, como não têm concorrência chinesa podem cobrar um preço injusto ao consumidor brasileiro, e como não evoluem para produtos com maior valor acrescentado não poderão aumentar o nível de vida dos seus trabalhadores.

Quando não há risco, o único que ganha é o dono da empresa (já nem chamo empresário). IMHO as empresas não nascem com o direito a terem lucro, o lucro é um prémio pelo risco, se não há risco... não faz sentido haver lucro.

O artigo de Lewis sobre produtividade, de que escrevemos aqui, refere:

"Competion is the key" ...
"The main obstacles to economic growth in poor countries are the many policies that distort competition."
..."Countries follow bad policies, above all, because they benefit powerfull or well-connected people." ... (centros de decisão nacional)
"Think consumer"

Por fim:

"No caso concreto do aumento das taxas de importação no Brasil, a FITVEP refere ao ministro da Economia que uma taxa de 35% "significa o desvanecimento de qualquer réstia de oportunidade de negócio e o acarretar de sérios prejuízos" para os empresários que tem apostado naquele país. O aumento "deve obrigar os nossos governantes a repensarem se é justificável o apoio público a acções em mercados com as características do brasileiro", conclui."

Começa-se por eleger o Brasil como referencial, para a tomada de decisões... acaba-se por criticar o Brasil por essas mesmas decisões.

Por isto é que o Brasil é um mercado emergente, um dos BRIC... mercado emergente significa... muito risco, muito risco. Muitas vezes perde-se, poucas vezes ganha-se e muito, mas isso é a vida no mundo dos negócios.

A notícia encontra-se no DN aqui.

IMHO, barreiras alfandegárias prejudicam os consumidores, promovem a obsolescências das empresas existentes (porque se sentem protegidas) e são uma espécie de racismo. Em Portugal será: o que é português é bom, e o que é chinês é mau, ou o que é brasileiro é mau. No Brasil será ao contrário.

Prefiro um mundo em que eu, cada um de nós como consumidores, é que decide quem merece ser recompensado ou não, quando fazemos uma simples opção de compra.