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terça-feira, janeiro 23, 2024

"Isso das empresas estratégicas é uma treta"

"A carga fiscal afasta [as pessoas e os investimentos]. Olham para a taxa a pensam: 'espera aí, porque é que vou ter uma fábrica aqui? Porque é que eu vou trabalhar aqui?' Preferem ir para outro sítio. Mas se dermos tempo para que a base fiscal aumente, então aí as receitas fiscais aumentam. Esse trabalho nunca ninguém quis fazer. Também é um trabalho de médio prazo.
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Houve dois casos recentes em Portugal, a TAP e a Efacec, em que o Estado teve uma intervenção direta. Como olha para esses dossiês?
Foi uma má utilização de dinheiro. Mas o problema não é só quando o Estado mete dinheiro, mas quando intervém antes disso tudo acontecer. Depois quando põe o dinheiro é um problema complicado porque estamos todos a pagá-lo e vamos pagar caríssimo. Estou em desacordo total. Isso das empresas estratégicas é uma treta. Nem é um critério [para salvar empresas] nem é verdade. O que é que é estratégico?! Atrair investimento bom é que é estratégico. O que é que têm de estratégico empresas que durante anos tiveram uma operação negativa? Nada.
Absolutamente nada."

Acerca da carga fiscal em Portugal recordar:

Acerca da importância do investimento directo estrangeiro recordar:
Acerca das empresas estratégicas recordar:


Trechos iniciais retirados de "Isso das empresas estratégicas é uma treta. Vamos pagar caríssimo pela TAP e Efacec

domingo, outubro 30, 2011

Por uma vez, de acordo com Noronha do Nascimento

"Noronha Nascimento minimiza papel do Direito no combate à crise"
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"«O Direito não provocou por si crises económicas nem nunca as resolveu. Tudo depende das opções económicas, que são opções políticas», afirmou Noronha do Nascimento"
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Basta recordar este e este outro postal.

sexta-feira, abril 22, 2011

Treta e obrigado

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1º TRETA
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"Governo atribui liderança no desemprego de longa duração às baixas taxas de qualificação"
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O discurso dos académicos e dos políticos é um discurso da treta que não resiste a um confronto com a lógica da realidade:
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"“o esforço de qualificação dos desempregados é fundamental, porque há desempregados baixamente qualificados quando hoje a economia requer trabalhadores mais qualificados”.
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Valter Lemos sustentou que “Portugal foi mais afectado, porque é onde as taxas de qualificação são mais baixas”, considerando que “tem que ser feito um esforço para a qualificação das pessoas, porque não é possível retirá-las da situação de desemprego sem estarem adaptadas às necessidades do mercado, que exige maior qualificação”."
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Basta ripostar com os argumentos de Galbraith, tão claros para mim:
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"The problem is that poverty and unemployment are not much influenced by the qualities and qualifications of the workforce. They depend, rather, on the state of demand for labor. They depend on whether firms want to hire all the workers who may be available and at the pay rates that firms are willing, or required, to offer, especially to the lowest paid.
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Firms in the happy position of strongly expanding markets and bright profit prospects can almost always find the workers they need, either pulling directly from the pool of the unemployed or poaching qualified workers from other firms (or nations). For such firm, the costs of rudimentary job training for unskilled and semiskilled positions are secondary (como se prova facilmente com o exemplo dos portugueses que emigram para a Alemanha ou Suiça); if workers with appropriate training are not readilly available, they can be trained in-house. Conversely, firms facing stagnant demand and bleak prospects do not add workers simply because trained candidates happen to be available."
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E ainda, basta ripostar com o discurso contraditório e revelador de desconhecimento do presidente da câmara de Guimarães. o tal que na mesma frase diz que as pessoas não têm emprego porque a formação é baixa e não têm emprego porque a formação é alta...
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Os académicos e , ainda por cima lisboetas, laboram no mesmo erro:
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"A educação é um dos "sérios bloqueios em sectores muito importantes" em Portugal. "Partimos muito tarde, o que significa que temos que andar mais depressa que outros países para os apanhar", disse aos jornalistas, acrescentando que "se calhar a resposta [a este problema] está lá fora. É preciso atrair pessoas qualificadas." Mas há factores que afastam esse investimento no país, como é o caso da justiça, (Moi ici: Não consigo deixar de pensar que esta história da Justiça não passa de um mito criado pelo lobby respectivo) referiu." Então, Maria João Valente Rosa, directora do portal Pordata, julga que temos de importar gente qualificada para criar empresas... duplo erro:
  
     1. Então não sabe que isto acontece?
     2. Então não conhece estes números? Devem estar no Pordata!
Imagem daqui.
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Por fim:
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2º O MEU MUITO OBRIGADO
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"Patrões portugueses são menos qualificados que empregados"
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OBRIGADO aos patrões portugueses que aceitam o sacrifício e o risco de serem patrões nesta espécie de país. Os artigos e os comentários acerca destas notícias são sempre feitos num espírito de crítica aos patrões ignorantes... se calhar nem sabem quantos cantos têm os Lusíadas.
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A crítica devia ser feita era aos tais de qualificados que não têm coragem de avançar, que não arriscam... caso para dizer, quem está de fora racha lenha!

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Se um assessor económico fala assim... medo!!!

Assim como há o lobby da construção, assim como há o lobby dos agricultores, assim como há o lobby ... grupos dedicados a captar recursos públicos em prol dos seus associados, também há o lobby da justiça.
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""Justiça é o maior entrave à competitividade""

domingo, setembro 26, 2010

O tal país tecnológico de que fala Sócrates (parte II)

Continuado daqui.
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Depois de escrever a parte I desta série ocorreu-me a ideia de ir ao sítio do Ministério das Finanças na net em busca de ajuda. Na lista de contactos encontrei para aí uns 20 endereços de e-mail.
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Enviei um pedido de socorro para a Direcção Registo Contribuintes.
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Por volta das 19h30 do mesmo dia recebi um e-mail, assinado por um Chefe de Divisão, a pedir-me o número do processo do cartão de cidadão.
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Uma luz, uma esperança. Respondi de imediato.
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Sexta-feira, a meio da tarde recebo um e-mail do mesmo Chefe de Divisão, com o NIF atribuído.
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Respondi a agradecer o esforço e cuidado na resposta a este contribuinte anónimo.
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Fico a pensar nos três funcionários das Finanças de Estarreja e dois do Registo Civil de Estarreja que ao longo de 13 dias não foram capazes de levantar uma palha, não foram capazes de sair do cumprimento escrupuloso do que está procedimentado...
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"-Sabe, isto está parado em Lisboa, só eles é que podem fazer algo, temos de esperar, temos de aguardar. Volte cá na próxima segunda-feira."
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Ainda se fossem mal-educados, se nos atendessem a despachar e com duas pedras na mão... mas não, até foram simpáticos, até demonstraram compreensão... mas isso não resolve o problema.

quarta-feira, setembro 22, 2010

O tal país tecnológico de que fala Sócrates

Em finais de Agosto deste ano a minha filha mais velha dirigiu-se ao "Registo" em Estarreja para renovar o bilhete de identidade.
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À pergunta qual: o número de contribuinte?
Respondeu não tenho!
No Registo escreveram: Não sabe.
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Dada a urgência em obter o bilhete de identidade renovado (agora cartão do cidadão, ou cartão único, ou whatever) dirigi-me ao Registo para saber quando estaria pronto.
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Lá descobriram que se encontra empancado nas Finanças, para lhe atribuírem um número de contribuinte, desde 2 de Setembro.
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-Vá às Finanças (em Estarreja) para ver se lhe resolvem isso!
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Depois de três idas às Finanças e duas ao Registo, e já lá vão 9 dias, continuam a atirar a responsabilidade de um para o outro e nada se resolve.
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Será que devo fazer uma reclamação em cada um dos serviços?
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Será que devo matar alguém?
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Será que devo disfarçar-me de cigano romeno em França para me resolverem o problema?
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