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terça-feira, maio 26, 2009

Acordar as moscas que estão a dormir (parte XXII)

No Jornal de Negócios "Custos de financiamento do Estado disparam".
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No Público "Acesso dos EUA a crédito externo ilimitado sob ameaça" onde se pode ler:
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"As taxas de juro das obrigações estão a subir e o dólar a cair. Um problema para um país que precisa de emitir 3000 mil milhões de dólares de dívida pública
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O acesso barato e quase ilimitado dos EUA aos capitais estrangeiros que financiam os seus défices está, pela primeira vez em várias décadas, sob ameaça. Durante os últimos dias, as taxas de juro dos títulos obrigacionistas norte-americanos acentuaram a tendência de subida dos últimos meses, o dólar caiu no mercado cambial e, ao mesmo tempo que o Presidente Barack Obama afirma que o país "está sem dinheiro", aumentam os receios de que o antes inviolável rating "AAA" dos EUA possa ser perdido. O problema está na enorme quantidade de dinheiro que os EUA estão a precisar para fazer face à crise."
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Quem diria, até Barack Obama já adoptou o discurso da tanga e começa a usar linguagem de carroceiro!!!

domingo, maio 24, 2009

Fake recoveries, os 3 amigos e a linguagem de carroceiro (parte III)

Na noite de sexta para sábado no canal RTP Memória vi um western, The Violent Men, com Glenn Ford, Edward G. Robinson e a voz poderosa de Barbara Stanwyck.
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O filme remeteu-me para a minha peça preferida de Shakespeare "O Rei Lear"

Pobre Cordelia falar a verdade... as irmãs cantaram ao pai a canção de embalo "My Little Buttercup".
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Cordelia falou-lhe na linguagem de "carroceiro"...
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O triste nesta peça é a sua amoralidade ou para moralidade, todos perdem, as embaladoras e a carroceira.

Fake recoveries, os 3 amigos e a linguagem de carroceiro (parte II)

Os políticos cantam-nos My little buttercups todos os dias, os da situação e os da oposição.
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terça-feira, maio 19, 2009

Será mau carácter?

Será mau carácter da minha parte?
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Não sei explicar, mas tenho um feeling que me diz que a história que a Elaine conta "Trade Deficits Kill Empires" faz muito mais sentido que a história que Ambrose conta "Asia will author its own destruction if it triggers a crisis over US bonds"
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Ou me engano muito ou estamos a assistir ao fim do Império Americano ponto! Kaput! Finito! The End! Fim! Koniec!
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É História com agá grande a acontecer em tempo real.
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E quem vai comprar os bens que os desgraçados dos cidadãos americanos compravam ao resto do mundo com todo o crédito a que tinham acesso e deixaram de ter?
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Aqueles conselhos que os antigos que viveram a sua infância na primeira metade do século XX nos davam não eram conversa salazarista... eram o fruto da experiência de quem já passou por isto e sabe que a onda volta sempre para cobrar o payback time.
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Outra fonte "Will The Dollar Standard Collapse?" onde se pode ler este resumo significativo:
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"The US gets goods; China gets dollars. China takes its excess dollars, and invests them back in the US, whether in the form of treasury bonds, Freddie Mac mortgage-backed securities, or US corporate bonds. The US takes those dollars and buys more Chinese goods. China gets more excess dollars and reinvests in the US. The US buys more Chinese goods. And on and on, until the US credit market debt as a % of GDP goes from 150% in 1970 to 350% in 2008. Just as reference, that number was 130% in 1950. During the gold standard, debt-to-GDP hardly grew. Under fiat money, it has soared. America isn’t awash in debt because we’re inherently greedy, profligate consumers. It’s because money is no longer backed by gold. China and Japan eagerly reinvest their dollars back in the United States so as to keep their currencies low relative to the US dollar. American consumers and companies happily borrow the money foreigners are throwing their way. The party lasted until 2007, when Americans finally began having trouble paying their enormous debts."

sábado, maio 16, 2009

Pintar os lábios ao porco

André Macedo no i "Pintar os lábios ao porco":
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"Guardar a carne podre no congelador não resolve problema nenhum: a podridão mantém-se, embora o cheiro desapareça. Durante oito meses, o ministro das Finanças evitou o confronto com a realidade."
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"Confirma-se que as empresas e as famílias devem desconfiar do que lhes é apresentado nas previsões anuais do governo (Moi ici: Corrijo, dos governos, e não deste em particular). As suas opções de investimento e poupança não podem ser calibradas tendo o orçamento como referência. Num período de especial insegurança, teria sido importante que os números se tivessem aproximado minimamente da realidade."

terça-feira, abril 28, 2009

A nossa crise

A isto é que se chama uma economia submergente.
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"Portugal deverá cair este ano para a 33ª e última posição no "ranking" de riqueza criada por habitante das economias avançadas, revelam as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre 2000 e 2008, Portugal recuou da 18ª para a 32ª posição. Este ano, arrastado pela crise, tocará no fundo, ultrapassado pela Eslováquia, destina o Fundo."
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No sítio do Jornal de Negócios.

terça-feira, abril 14, 2009

Qual a diferença entre Portugal e a Irlanda? (parte II)

Neste postal Qual a diferença entre Portugal e a Irlanda? fizemos a pergunta.
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Hoje, algumas notícias ajudam a compor a resposta. O que diz Constâncio? "Economia portuguesa vai recuar 3,5 por cento em 2009". (Apesar do que prometia o ministro Pinho. BTW, procurem as afirmações dos políticos por esta altura em 2008).
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O que vão fazer os húngaros? "Novo governo húngaro vai suspender o décimo terceiro mês aos funcionários públicos"
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Por que é que em Portugal os políticos da situação não querem Acordar as moscas que estão a dormir (parte XII) ?
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Qual é a diferença entre Portugal e a Irlanda?
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O governo irlandês está na primeira metade do mandato, o governo português está em final de mandato.
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Qual é a diferença entre Portugal e a Irlanda? Eleições em 2009!
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Que cavalos vão ser lançados após essas eleições?

terça-feira, abril 07, 2009

Honestidade e credibilidade

Acerca do comportamento dos gestores de topo durante este período de crise que atravessamos, Ram Charan escreve no seu livro "Leadership in the Era of Economic Uncertainty":
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You have to instill courage and optimism in others by putting reality on the table and addressing it decisively. You need to show a path forward that is credible and concrete and enroll other change agents who have the courage to make tough calls without sacrificing values. If you tell half-truths, sugarcoat bad news, or fail to understand the realities of the toxic environment, people won't trust you. Worse, they will miss the urgency."
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Pois ...
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"Nobody can be certain about the business environment and its direction. How can you tell people what you believe when you can't be confident that it is right? You can't fake it or bluff - anybody can test your ideas by googling. The only answer is intellectual honesty and humility. Your authority derives not from omniscience but from your ability to facilitate understanding and solutions. Level with people: tell them how you see the world, acknowledge the limits of your understanding, and ask them for their own views. Doing this may take courage, but together you can piece together better probabilities than any one person can."
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Pois ... o que é que os políticos da oposição e da situação nos vêm dizendo?
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O que se disse no ano passado quando se decidiu baixar o IVA? Quais as justificações que foram avançadas?

terça-feira, março 31, 2009

Deboche despesista

"As medidas de combate à crise introduzidas pelo Executivo de José Sócrates ameaçam colocar o rácio da dívida pública portuguesa em 85,9% do PIB em 2010, contra os 70,7% registados no ano passado, estima a OCDE no relatório interino divulgado hoje."
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Não se passa nada!!!
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"Dívida pública portuguesa pode atingir 85,9% do PIB em 2009"

quinta-feira, março 26, 2009

Já estou instalado e aguardo...

A propósito desta notícia "Qimonda apresentou pedido de insolvência e vai tentar viabilização" encontrei esta outra "Qimonda: Pinho quer recuperar apoios até ao último tostão" onde se pode ler:
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"O ministro da Economia já esperava o processo de insolvência com que a Qimonda avançou esta quinta-feira e garante que o Estado vai tentar recuperar os apoios financeiros dados à empresa"
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Já montei o meu estaminé, já estou numa posição confortável aguardando saber "até ao último tostão" quantos milhões de euros foram encaminhados para captar e manter no país o maior importador nacional.
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Estou mesmo cheio de curiosidade para saber até "ao último tostão" de quantos milhões estamos a falar.
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Aguardo pois ...

ADENDA: Penoso demais para aguentar ouver Pedro Adão e Silva na RTP-N discorrendo e discorrendo e discorrendo sobre a Qimonda. Aconselha-se Pedro Adão e Silva a documentar-se melhor, basta ler esta fonte anterior ao choque de Agosto de 2007 Qimonda Reports Third Quarter Results of Financial Year 2007... mas documentar-se para quê, o pivot também não se prepara e engole tudo o que lhe dizem...
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quinta-feira, março 05, 2009

Medo!!!!!!!!!!!!!!!!!!

É de ficar com medo ao ler estas afirmações deste personagem: "Portugal está disponível "para entrar com o que for necessário" na Qimonda" (aqui).
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Massaja o ego dos políticos e os saxões é que pagam!
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ADENDA (22h48): "Remember in Top Gun, when the bald carrier Captain is grilling Maverick and Goose? He says, "Son, your ego is writing checks your body can't cash." That about sums up my sense of a talk I'd like to have with Uncle Sam right about now." (aqui)

terça-feira, março 03, 2009

As capacidades premonitórias

Acabo de ler num rodapé na SIC-N:
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Economia: Ministro Pinho afirma que Portugal não precisa de ajuda da UE.
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Cuidado. Basta verificar a data do primeiro postal a que apliquei o marcador deste mesmo postal.
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Ou seja, as capacidade premonitórias do ministro não são o seu forte, decididamente.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O ministro Pinho precisa de ajuda

A propósito do ministro Pinho na SIC-N agora mesmo:
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O ministro Pinho ainda não percebeu que está em curso uma recalibração geral!!!!!!!!!!!
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O ministro ainda não percebeu que existe um excesso de capacidade instalada na indústria automóvel e que nada vai ficar como dantes!!!!!!!!!!
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Isto de financiar o status-quo, o de ajudar as empresas da fileira automóvel a suster temporariamente a respiração debaixo de água à espera da retoma... vai atrasar a reconversão necessária, vai torrar dinheiro e...

Não está tudo mal

"Portugal entrou em recessão pela primeira vez em cinco anos, depois do PIB se ter contraído 2% no quarto trimestre, revelou o INE."
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Este mês já visitei várias empresas das fileiras tradicionais em Portugal que só sabem que existe crise por que ouvem falar dela nas notícias.
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Por que é que os media não falam dessas empresas que não precisam do estado, que não precisam de apoios? Será por não serem sexy?

domingo, fevereiro 08, 2009

Não consigo resistir ...

... já o confessei váias vezes neste local.
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Tenho um fraco por soundbytes e poesia, pronunciar palavras e frases que deslizam bem no sistema fisiológico e em simultâneo adoçam o pensamento, por que o significado é potente e razoável. Por exemplo:
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"There is, however, a missing link. For if too much debt is at the heart of the crisis, what about the over-borrowers? What do they have to say?
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I'm not talking about unfortunate souls who have slipped behind as a result of redundancy or family crisis. I'm more interested in Smart Alecs who signed for a dozen credit cards and then spent over the limits. Or homebuyers who enjoyed a burst of creativity when it came to disclosing incomes on mortgage forms. Or heavily geared buy-to-let merchants who worked out that instead of paying for a house, they could get a house to pay for them.
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These and others have played a role in creating the credit crunch. But we rarely hear from them or about them. The reason, I fear, is that after 12 years of a government which has infantilised the electorate by telling it that the state will always provide, there has been a shocking diminution of personal responsibility. We are a society addicted to victimhood.
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As such, when things go wrong, we seek bogeymen rather than face up to our own shortcomings. We expect instant, painless solutions to self-inflicted problems. Britain's booze culture is blamed on the slick advertisements of drinks companies and the cut-price tactics of supermarkets. Our obesity epidemic is the fault of junk-food outlets and confectionery suppliers. And our personal indebtedness, the highest it has ever been, is the result of a pernicious campaign by greedy banks to enslave their customers. Oh yes, and the crash was caused by beastly Americans.
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It is a mindset that is fostered by cynical politicians who see few votes in telling people that which discomforts them, even if it's the truth. Much better to identify a "dark force" and then roll out an initiative to tackle it. This exculpates the guilty, while creating an impression of activity."
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Já agora especulo com outro motivo para o fenómeno (tendo em conta as teorias de Pedro Arroja sobre as distinções entre a sociedade prot e a sociedade cath) talvez a culpa não seja dos políticos, mas do progressivo aumento de católicos em Inglaterra. Just kidding.
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Trechos retirados de "We're in denial: afraid to face up to the real causes of recession"

sábado, janeiro 31, 2009

Aprendizes de feiticeiro (parte II)

No sítio da SIC no artigo "Fabricantes voltam a parar produção" pode ler-se:
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"O motivo para as paragens da produção dos principais fabricantes de automóveis deve-se à queda das encomendas em plena crise internacional e que já levou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, a apresentar um plano para o sector."
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Para que servirá o plano do ministro?
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Para promover a mudança ou para adiar o inevitável?
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O chefe da Ford na Alemanha (Bernhard Mattes) afirma que na Europa existe um excesso de capacidade produtiva instalada que ronda os 27 milhões de unidades/ano.
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27 milhões são 27 milhões.
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É impossível manter esta disparidade, este desequilibrio por muito mais tempo... cheira-me que o dinheiro dos impostos, como avança o senhor Bernhard Mattes:
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"Subventionen für ein Geschäftsmodell ohne Zukunft wären sinnlos,"
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Vai ser torrado a subsidiar um modelo de negócio que está esgotado e não tem futuro.
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Por que, ao contrário do que vemos nos jornais portugueses, há jornalistas que põem o dedo na ferida:
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"Verhindert der Staat durch sein Eingreifen eine ansonsten fällige Marktbereinigung?"
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Ou seja, será que a intervenção do estado não está a evitar uma necessária revolução no mercado?
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Usem corrector e acrescentem o primeiro nome que lhe vier à cabeça aqui.

Aprendizes de feiticeiro

Brincar, fazer experiências com dinheiro alheio é muito cool.
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"Manuel Pinho e Basílio Horta estão desalinhados na recuperação da Aerosoles e na participação da Aicep neste processo. Enquanto o ministro da Economia defende que se deve continuar a injectar dinheiro na empresa de calçado para garantir a sua viabilidade no curto prazo, o presidente da Aicep quer, primeiro, ver definido o modelo de reestruturação e os novos órgãos sociais."
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No Diário Económico "Pinho e Basílio Horta divididos na solução para a Aerosoles"

quinta-feira, janeiro 22, 2009

É só religião, misticismo e deboche para alguns

Num jogo, quando a determinada altura se muda de nível, mudam certas regras, mudam os cenários, aquilo que resultava no nível anterior deixa de resultar e vice-versa.
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Esta não é mais uma recessão como em 2003, esta é uma recalibração que torna tudo diferente.
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Assim, como A procura tem necessariamente de baixar gostava que alguém me explicasse, sem recurso a religião e misticismo, esta frase:
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"O Estado vai pagar os salários dos trabalhadores abrangidos por redução de horário ou suspensão do contrato ('lay-off') de empresas com viabilidade económica e perspectivas de recuperação da capacidade produtiva, à semelhança do que já anunciou para o sector automóvel." (retirado daqui: "Estado paga salário a quem for dispensado do emprego" de Manuel Esteves e Cristina Oliveira Silva no Diário Económico de hoje).
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Como é que alguém, é preciso ter muita arrogância intelectual, consegue distinguir as empresas viáveis das não-viáveis e sobretudo, consegue distinguir as que vão manter a capacidade produtiva das que a vão perder?
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Isto faz-me lembrar o programa de ontem à noite na SIC-N, Negócios da semana, a certa altura senti consequências físicas dentro de mim, uma náusea profunda, perante o que estava a ver, o saque ao dinheiro público por parte de empresários? dos mais variados sectores ... então, aquela cena de apoiar a publicidade nos media tradicional, quando há anos que ela tem-se vindo a transferir para a internet ... enfim.
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É por estas coisas que isto acontece.
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Entretanto, Peres Metelo na TSF continua a crer que quando se perder o medo dos créditos tóxicos tudo voltará ao normal ... Ok, é feliz com essa esperança, não creio é que os consumidores e bancos voltem a cair outra vez na ganância do crédito fácil.