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segunda-feira, julho 30, 2012

Alcatrão e penas

Foi desta cena que me lembrei... cobrir alguém de alcatrão e penas.
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Foi desta cena que me lembrei na quarta-feira passada, ao ver o programa "Negócios da Semana" na SICN.
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No dia seguinte procurei a gravação mas não a encontrei. Hoje, o Público faz a propaganda da ideia que me fez lembrar a cena: "Ventura Leite: Sistema misto escudo-euro permitiria promover a economia e as poupanças".
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Se as pessoas percebessem o que querem fazer com as suas poupanças... se os emigrantes que enviam as suas remessas percebessem... seria um Bank Run a sério!!!
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Este pormenor, por exemplo:
"Mas se este investimento for para auxiliar a economia a crescer, não estamos a criar um endividamento como o que foi originado nas últimas duas décadas."
Eheheh!
O dinheiro torrado nos últimos 38 anos em tanta coisa, como as SCUTs por exemplo, quando foi decidido o gasto foi a pensar que seria um "investimento para auxiliar a economia". Até parece que os economistas têm uma varinha mágica que lhes permite adivinhar o que vai resultar no futuro...
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Ventura Leite, no programa da SICN, disse que o dinheiro podia ser aplicado, por exemplo no estímulo do sector da construção civil... pois... esta gente não aprende.
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BTW, e o pagamento de dívidas deste tipo: "Dívidas da Refer e da CP superam dez mil milhões de euros em 2011". Serão investimento para auxiliar a economia?

segunda-feira, julho 02, 2012

Assar sardinhas só com a chama dos fósforos (parte II)

Como anónimo engenheiro de província uso umas metáforas e analogias, por exemplo:

Outros, usam muitas equações e modelos.
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No entanto, chegam à mesma conclusão:
"the effect of government spending on output lasts only as long as the government spending"

quarta-feira, junho 27, 2012

Continuar a roubar o futuro das gerações seguintes

"Espanha não pode continuar “durante muito mais tempo a financiar-se a estes preços” e que desta forma a economia não poderá crescer."
O que significa a economia espanhola não deixar de crescer nos tempos mais próximos?
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Como a economia espanhola tem um perfil que não é sustentável, continuar a crescer nos tempos mais próximos significa continuar a torrar dinheiro dos contribuintes, para manter essa economia ligada à máquina. Significa continuar a roubar o futuro das gerações seguintes.
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Trecho retirado de "Rajoy diz que Espanha não pode continuar “a financiar-se a estes preços”

sexta-feira, abril 13, 2012

Os sortudos e as vacas prontas a serem ordenhadas

"Para o especialista, os países menos desenvolvidos «têm de defender a lógica da coesão internacional, isto é, a solidez da União. Portugal e outros países têm de defender os seus direitos e, em nome da União, compensar o egoísmo excessivo dos países mais afortunados»."
Este discurso perdoa-se a um comentador no Café Central de Lagoaça, ou a um anónimo engenheiro de província. No entanto, ver este discurso na boca das "elites" do país é triste e sintomático do buraco em que nos enterrámos.
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Quer dizer, Portugal, Irlanda e Grécia estão como estão porque tiveram azar... outros países, como a Alemanha ou a Holanda, são mais afortunados... a situação de cada país não depende das decisões de quem está no poder... depende da sorte ou do azar... é o cúmulo do locus de controlo no exterior!!!
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O que nos aconteceu não tem nada a ver com sorte ou azar, tem tudo a ver com gente que não pensa a longo prazo, não pensa para lá da próxima legislatura, tem tudo a ver com gente que não respeita os cidadãos que se levantam todos os dias para ir trabalhar e que são vistos como vacas prontas a ordenhar, para satisfazer as ideias mirabolantes desses iluminados...
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Nunca me esqueço do Wim Kok... mas é outro campeonato.
"António Barreto salientou ainda que a coesão depende do sentimento de pertença e muitas das dificuldades que a Europa atravessa hoje «resultam da inexistência de sentimento de pertença europeia tão forte quanto o sentimento de pertença a um Estado nacional»."
Esta argumentação, subliminarmente apela a um guerra, a um confronto estilo Guerra Civil americana?
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Trechos retirados de "António Barreto: «A coesão social está ameaçada»"

terça-feira, abril 10, 2012

Não têm emenda

10 de Abril de 2012, já vamos em mais de um ano que se fez o pedido de ajuda externa...
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Contudo, os cromos velhos e gastos continuam a sua obra.
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Por um lado, "Exportações crescem mas somam pouco valor à economia", a melhor coisa que está a acontecer em Portugal, hoje em dia, é apoucada pelos servos do gang do sector dos bens não transaccionáveis.
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Por outro lado, títulos destes "Setor dos serviços é chave para melhorar economia" assemelham-se ao canto das sereias, tentando Ulisses... reparem no tipo de mensagens que inclui:
"para a CCP, «o Estado deveria atribuir prioridade nos incentivos ao investimento nas parcerias público-privadas destinadas a assegurar a rápida instalação de redes de telecomunicações em banda larga»"
Ao escrever esta última citação, veio-me à memória a imagem de horror, surpresa, desesperança de John Taylor, interpretado por Charlton Heston:

Um ano depois e continuam a comportar-se e a solicitar a continuação da orgia de endividamento e despesismo que nos trouxe até aqui... daqui a umas semanas, o mesmo senhor, com uma valente cara de pau, há-de estar no programa de Medina & Judite a debitar ...

domingo, janeiro 29, 2012

Os clones de Paulo Campos

"É notório, nas conversas com as personalidades do cavaquismo, o crescendo de preocupação sobre o que vêem como a "desestruturação da economia", pela ausência de investimento."
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Esta frase é o retrato do paradigma que nos trouxe à beira do abismo, 30 anos de cainesianismo não resultaram na Madeira, não resultaram nos Açores e não resultaram por cá.
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30 anos a assar sardinhas com a chama de fósforos é o que estes encalhados entendem por economia estruturada.
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Estes cavaquistas pertencem, sem dúvida, ao mesmo clube de vultos como Paulo Campos, um grande estruturador de economias.
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sábado, dezembro 03, 2011

Como é que querem que o fantasma do crescimento futuro não nos atormente?

Leio este título "Directora-geral do FMI avisa que a Zona Euro "corre risco de perder uma década"" e sem ler o conteúdo da notícia penso:
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Se andamos uma década a viver à custa de endividamento, ou seja, à custa da capacidade de crescimento futuro. Se andamos uma década, à custa de endividamento, a roubar crescimento e consumo do futuro... como é que queremos evitar que, mais tarde ou mais cedo, o fantasma do crescimento futuro, que nunca teve hipótese de acontecer, apareça para nos atormentar?

domingo, outubro 30, 2011

Por uma vez, de acordo com Mira Amaral

Por uma vez, de acordo com Mira Amaral quando ele diz:
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"Respondendo a uma afirmação de Mário Soares de que os Estados é que têm de mandar nos mercados, Mira Amaral declarou que tal só se consegue quando se acabarem com os défices excessivos. “Acabamos com os défices e acaba-se o problema”, resumiu."
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Trecho retirado de ""O que me choca é assumir" a exigência de juros mais altos "como uma coisa tenebrosa""

quinta-feira, outubro 06, 2011

Onde estava durante o deboche da orgia despesista?

""Acabaram os tempos de ilusões. Temos um longo e árduo caminho a percorrer, para o qual quero alertar os portugueses de uma forma muito directa: a disciplina orçamental será dura e inevitável, mas se não existirem, a curto prazo, sinais de recuperação económica, poder-se-á perder a oportunidade criada pelo programa de assistência financeira que subscrevemos", afirmou Cavaco Silva nas comemorações do 101.º aniversário da implantação da República, nos Paços do Concelho, em Lisboa." (Moi ici: O que se entenderá por "sinais de recuperação económica"? Basta a mais pura e básica matemática para ver qual a composição da economia portuguesa. Sinais de recuperação económica significa que 30% da economia teria de compensar a quebra dos outros 70%? Será razoável?)
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"Portugal e os portugueses devem assim redescobrir a “austeridade digna”: poupar, conter “gastos desmesurados”, consumir produtos nacionais e fazer turismo no país." (Moi ici: Poupar? Mas ainda há dias o presidente apoiou incondicionalmente um QE pelo BCE, uma das melhores formas de destruir poupança!!! Onde está a coerência?)
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"A crise que atravessamos é uma oportunidade para que os portugueses abandonem hábitos instalados de despesa supérflua, para que redescubram o valor republicano da austeridade digna, para que cultivem estilos de vida baseados na poupança", referiu o chefe de Estado, acrescentando: (Moi ici: E quem é que define o que é despesa supérflua? Será de proíbir a produção nacional de artigos considerados supérfluos? Existe uma regra para definir o que é supérfluo? Por exemplo, quando uma fábrica de Arrifana fabrica sapatos que vão ser vendidos a 2000 euros o par na Ginza, está a fabricar um artigo supérfluo? E quem os compra deve ser punido?) "Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado." (Moi ici: Onde esteve estes anos todos enquanto o Estado esbanjava?)
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Trechos retirados de "Cavaco Silva: "Acabaram as ilusões e não bastam sacrifícios""

segunda-feira, outubro 03, 2011

É a vida

""Oeiras Valley" - uma "ilha" de crescimento"
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Tanto crescimento e afinal não é sustentado... afinal é à "madeirense".
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Ou seja, se se acabarem os fósforos não há brasas auto-suficientes para gerarem o calor necessário para assar as sardinhas...
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Como dizia ontem o João Miranda, cheira-me a estertor da economia que viveu baseada em endividamento fácil a taxas de juro baixas.
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É a vida!

sábado, outubro 01, 2011

E os Açores?

Aceito de barato a hipótese de que nos Açores nada se passou de anormal com as suas contas.
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O ponto não é esse!
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Qual é o montante da dívida dos Açores? Quanto é que isso representa relativamente ao PIB da região?

sexta-feira, setembro 30, 2011

Assar sardinhas só com a chama de fósforos (parte III)

Continuado da parte I e parte II.
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"No final de Junho, os seis maiores bancos que actuam em Portugal tinham em sua posse casas penhoradas num montante estimado em mais de 3.000 milhões de euros. Em primeiro lugar, destaca-se o BCP que detinha imóveis penhorados num montante avaliado em 1.180 milhões de euros, seguindo-se o BES com 751,9 milhões de euros, a CGD com 549,6 milhões de euros, o Montepio com 282,3 milhões de euros, Santander Totta com 152,6 milhões e BPI com 122,6 milhões de euros.
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Segundo a notícia do jornal “Diário Económico” desta segunda feira, estas casas que a banca possui provêm essencialmente de promotores imobiliários."
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E o que propõe o sindicato da construção?
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"O Sindicato da Construção de Portugal quer que o Governo disponibilize cinco mil milhões de euros em verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para apoiar a fileira."
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Por que tenho de contribuir para a manutenção de um sector sobredimensionado?

quarta-feira, setembro 14, 2011

Assar sardinhas só com a chama de fósforos (parte II)

Continuado daqui.
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"Fim da Parque Escolar ameaça duplicar falências das construtoras"
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Atirou-se dinheiro para o problema e ... apenas se adiou o inevitável.
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Quantas empresas aproveitaram o tempo extra para se reconverterem? Conheço uma, pelo menos, que se especializou em estruturas solares.
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Quantas empresas aproveitaram o tempo extra para abrir novos mercados?
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"Das três insolvências diárias nas empresas de construção pode passar-se para o dobro. Sector já é responsável por cerca de um terço dos desempregados"
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E por que é que os contribuintes, num mercado capitalista, têm de suportar empresas sem futuro em actividades sobredimensionadas num ambiente pós-bolha?

quinta-feira, julho 28, 2011

A orgia alavancou isto

"Construtoras nacionais sobem no ranking das maiores na Europa"
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3 empresas entre o top 50 europeu ... fará sentido?
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Agora o que me deixou água na boca foi este sublinhado:
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"Nas vinte maiores empresas europeias – nas quais se contam grupos franceses, alemães, espanholas, britânicos, suecos, um holandês, um austríaco e um finlandês – cerca de metade o total das vendas já é conseguido em contexto internacional.
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Há ainda entre este grupo das 20 maiores nove empresas em que metade do seu volume de negócios já é conseguido com base em actividade fora do sector da construção."
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Não sei porquê, sem ironia, lembrei-me logo the Al "Chainsaw" Dunlap...

domingo, julho 24, 2011

Treta!

Na passada sexta-feira, enquanto fazia este trajecto de bicicleta, ouvia na Antena 1 o programa "Consistório" (O conteúdo em mp3 está aqui)
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Oiço este programa com alguma regularidade para me divertir com a opinião de gente que vive num ecossistema bem longe das empresas reais e das pessoas reais de carne e osso. Nem sempre, como desta vez, consigo aturar até ao fim as barbaridades que oiço e mudo de canal.
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Enquanto ouvia, aí pelo km 6, só dizia para comigo "Esta gente daqui a umas semanas estará a desdizer-se!"
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Os representantes do status-quo estavam todos muito contentes, quase diria excitados, com os resultados do último Conselho Europeu (embora não chegassem ao limite do que ouvi na TSF, "A austeridade vai acabar" sic)
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O primeiro, aí pelo km 5, foi Luís atirem dinheiro para cima dos problemas Delgado: "As decisões do Conselho Europeu foram um sucesso..."
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Eu só me interrogava ao ouvi-los:
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Mas o que é que mudou? Vão poder pagar a uma taxa de juro menor ao longo de mais anos sim. E depois? Será que Portugal e Grécia vão ter superavit? Se não está previsto superavit, o endividamento vai continuar. Portanto... treta.
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Começm agora a surgir as primeiras rachas:

quinta-feira, julho 14, 2011

More than one member...

"Those who remain unconvinced that rising debt levels pose a risk to growth should ask themselves why, historically, levels of debt of more than 90 percent of GDP are relatively rare and those exceeding 120 percent are extremely rare (see attached chart 2 for U.S. public debt since 1790). Is it because generations of politicians failed to realize that they could have kept spending without risk? Or, more likely, is it because at some point, even advanced economies hit a ceiling where the pressure of rising borrowing costs forces policy makers to increase tax rates and cut government spending, sometimes precipitously, and sometimes in conjunction with inflation and financial repression (which is also a tax)?"
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Ler texto completo em "Reinhart and Rogoff: The Economy Can’t Grow With Debt".
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"Those who would point to low servicing costs should remember that market interest rates can change like the weather. Debt levels, by contrast, can’t be brought down quickly. Even though politicians everywhere like to argue that their country will expand its way out of debt, our historical research suggests that growth alone is rarely enough to achieve that with the debt levels we are experiencing today.
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While we expect to see more than one member of the Organization for Economic Cooperation and Development default or restructure their debt before the European crisis is resolved, that isn’t the greatest threat to most advanced economies. The biggest risk is that debt will accumulate until the overhang weighs on growth."

sábado, maio 14, 2011

O medo

"É esta a realidade que deixou o líder do PS sem programa, sem discurso e sem estratégia. A táctica resume-se ao efeito que a mudança cria numa sociedade agarrada ao conforto do Estado. É provável que um conservador seja um liberal que já foi assaltado. E, assim, constrói-se o medo."
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"Virou cobra sem veneno"
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Não concordo com Raul Vaz, o medo é um grande veneno. O medo faz maravilhas... até faz as pessoas voar, como aprendi no Asterix