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quinta-feira, setembro 16, 2010

Antes vs Depois e a treta da conversa dos advogados

ANTES
"Lusa
0:32 Quarta feira, 27 de Jan de 2010
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O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, garantiu que não haverá aumentos de impostos em 2010.
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"Não há aumento de impostos, concentraremos os nossos esforços na contenção e na redução da despesa, seguindo uma política financeira de rigor", disse Teixeira dos Santos em conferencia de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2010."
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DEPOIS
O que conta não são as palavras ou as intenções, a retórica e a oratória deste país de advogados não chega para enganar todos. O que conta são os resultados, o que conta são os factos!
O resto é treta.
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"Duvidar do corte da despesa pública em 2011 "é absurdo"" LOL, é a única resposta!!!

Oferece-se para ir trabalhar para longe deste país

"Governo culpa PSD pela desconfiança dos investidores"
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Excelente título.
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Excelente desculpa.
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É o grau zero da discussão política.
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Nada contra o Governo! Tudo pelo Governo! O Governo é o Estado! O Estado é o Governo!
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O poder é que sabe, a oposição deve ser embalada e colocada na cave por seis meses ... pelo menos.
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Como é que é possível o PSD, estando na oposição, conseguir reduzir as comparticipações dos medicamentos?
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Como é que é possível o PSD, estando na oposição, conseguir aumentar o défice?
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Este país não existe... "Governo culpa PSD pela desconfiança dos investidores"
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Consultor, auditor, formador, facilitador de projectos de mudança, professor universitário - oferece-se para ir trabalhar para longe deste país. Sugestões, aceitam-se!
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PS - "Esta tendência altista está a ser partilhada pela generalidade dos países da Zona Euro, (Moi ici: Como é que o PSD consegue este feito de provocar alta na generalidade da Zona Euro?) ainda que a subida dos juros cobrados a países como a França, a Alemanha e Espanha (Moi ici: Como é que a Espanha conseguiu acalmar os mercados?) seja bastante inferior à que se está a observar em Portugal." ("Juros da dívida portuguesa a 10 anos aproximam-se dos 6%")
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Peres Metelo continua no País das Maravilhas

"Governo obrigado a mais austeridade para cortar défice"
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"Governo perto de ultrapassar dívida prevista para 2010"
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"Portugal está a endividar-se cada vez mais e o nível das taxas de juro que está a pagar estão a disparar, como se vê pela emissão de Bilhetes do Tesouro realizada ontem, cujo custo foi o mais alto de sempre (ver caixa).
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Olhando para o volume de emissões de dívida realizadas este ano, verifica-se que a necessidade de pedir dinheiro emprestado ao mercado tem sido cada vez maior.
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Numa conta simples, feita pelo economista João Duque, Portugal está a agravar o seu endividamento a um ritmo de 2,5 milhões de euros por hora."
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Isto deve ser culpa de Medina Carreira, só pode ser da responsabilidade dessa Cassandra.
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Medina Carreira indignava-se, no ano passado, com o ritmo de endividamento de Portugal de 2 milhões de euros por hora, agora já subiu para 2,5 milhões de euros por hora. E ainda não chegamos a 2014, para as PPPs começarem a disparar.
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Sempre vamos ter o tal day of reckoning que obrigará ao nosso Grande Reset.

quarta-feira, setembro 15, 2010

De que é que estavam à espera?

"No entanto, infelizmente, a gestão da procura ao estilo keynesiano também não é o medicamento certo, nem pode o governo ser sempre o empregador de último recurso. Se os cortes de impostos elevam a produtividade a longo prazo, já a expansão do sector governamental dificilmente pode ser vista como uma receita para a vitalidade económica. Certamente que há muitas actividades numa economia de mercado em que pode ser útil o governo empreender, mas uma orgia frenética de estímulos no pacote de despesas não leva a uma discussão racional de quais devem ser essas actividades. E claro, isto traz novamente o assunto da cada vez maior dívida nacional."
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Estimular a produção de infraestruturas relevantes para a economia que está a expirar, a economia da massificação, nunca nos poderá levar longe.
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Trecho destacado de "Por que é que os EUA não estão a funcionar"

quinta-feira, setembro 09, 2010

A estabilidade podre em que vivemos e a que nos habituamos é uma ilusão

Se não vivêssemos numa sociedade anestesiada o dia de ontem devia ter sido o dia da revolta de quem não recebe o salário do Estado. Foi um carrocel de emoções:
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A estabilidade podre em que vivemos e a que nos habituamos é uma ilusão, por debaixo da superfície a corrosão vai-se desenvolvendo, invisível para a maioria.
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O Presidente da Republica preza mais a estabilidade ilusória, tal como o gerente de uma PME condenada a médio prazo, porque não arrisca a mudança. Assim, a situação em que vamos vivendo vai-se tornar cada vez mais irrespirável, para quem cria riqueza neste país, até que um dia a implosão do sistema vai ser uma inevitabilidade. Se calhar, já passamos esse ponto-limite e aproximamos-nos de uma singularidade, do caos.
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A implosão vai abater a maior parte da resistência ao necessário "reset" e permitir repensar um novo regime mais adequado à capacidade de riqueza gerada pelo país.
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Qual o risco?
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Num ponto de singularidade não é possível prever o que vai suceder a seguir. O risco é tudo isto descambar para uma situação de violência.
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Talvez tenhamos de aprender com os checos e eslovacos, ou com os polacos, ou com os húngaros, como é que se faz uma mudança de regime sem derramar sangue.
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Esta rota que seguimos, como já alguém disse, vai levar-nos seguramente em direcção a uma parede contra a qual chocaremos com estrondo. E basta ler Joaquim Aguiar para perceber que a Grande Recessão apenas acelerou o que já estava escrito nas estrelas.

terça-feira, setembro 07, 2010

Cassandra

Cassandra, Cassandra. Sei o que sentiste...
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Gostei foi de ouvir a justificação do director do jornal económico do regime à TSF:
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O risco da dívida portuguesa subiu por que em Nova Iorque se especulou que os bancos europeus esconderam as contas reais durante os testes de stress.
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Um dia, hei-de recolher dinheiro para eleger uma estátua a homenagear Avoila, Picanço, Sócrates e tantos outros que fizeram o trabalho sujo, mas necessário, de dinamitar o resto do regime. Bem hajam!

sábado, setembro 04, 2010

We are so doomed!

We are so doomed, so doomed... que até dói.
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"O monstro continua imparável"

Emissão após emissão (parte II)

Parte I.
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Sou um visual, preciso de um gráfico, de uma tabela, de uma figura, de um esquema, de um modelo, para compreender muita coisa.
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Há dias, na parte I, escrevia "Era interessante representar graficamente a evolução acumulada e quanto significa em termos reais face a anos anteriores."
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Pois bem, hoje, Edward Hugh fez-me o favor e deu-me a conhecer a evolução gráfica.
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Primeiro, agarrem-se às cadeiras!
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Figura retirada de "The Odd Couple"
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Com que então é uma demonstração de força? (ver comentários da parte I)
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E por que não, tendo em conta esta figura, extrapolar o que se escreve aqui (o gráfico deste postal é impressionante) sobre a Grécia... para o futuro de Portugal, aguardar um tempo para salvar os bancos que cometeram a imprudência de emprestar sem critério, para, depois, fechar a torneira.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Emissão após emissão

As taxas de juro, emissão após emissão, ao longo do ano, vão subindo ligeiramente... "Juros sobem ligeiramente em duas emissões de Bilhetes do Tesouro".
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Era interessante representar graficamente a evolução acumulada e quanto significa em termos reais face a anos anteriores.

Não, não é montagem daqui, é mesmo a capa do jornal i de hoje.

Apesar de não me iludir

Zapatero não me ilude, no entanto, tem ainda alguma lucidez para fazer afirmações deste calibre:
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"Espanha deverá aceitar sacrifícios para se preparar para o futuro."
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"Todos os países fazem hoje sacrifícios para conseguirem um amanhã melhor"
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Nesta última afirmação Zapatero falha rotundamente. Basta olhar para os seus vizinhos a oeste e perceber que se trata de um país governado por gente que resolveu o problema chutando os sacrifícios para as gerações futuras. Nesse país a afirmação é:
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"Para termos PIB e emprego hoje, decidimos transferir os sacrifícios para as gerações futuras"
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Trecho retirado daqui.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Retrato do nosso deboche

A receita fiscal nos primeiros 7 meses do ano aumentou quase mil milhões de euros.
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No entanto, "O valor provisório do défice do Estado ascendeu a 8 903 milhões de euros. Em comparação com o ano anterior regista-se um aumento de 347 milhões de euros."
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Nós por cá, como sempre, procrastinando

Na Alemanha "Alemães preocupados com dívida pública".
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Por cá:
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"Ninguém quer cortar na despesa" (Faz lembrar o jogo de palavras entre Ulisses e Polifemo)
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Em Espanha o mesmo filme "Spain restores €500m of spending" (BTW, acerca deste artigo, Edward Hugh no Facebook escreveu:
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"So when Mr Zapatero tells us he the country can manage another 500 million euros of deficit spending (small beer really, tokenism) because the interest rate has fallen, we now know who has been buying the bonds to make this possible. So let's have a big hand for the Spanish Social security System and the guys and gals over at the ECB.")
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Inércia, inércia, inércia.

quarta-feira, agosto 18, 2010

terça-feira, agosto 17, 2010

"Yes, You Can Change The Future, But Only By Changing The Present" (parte III)

"The more you can see of the present, the more you can see of the future"
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"Governo não corta despesa e gasta ainda mais que o previsto"
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Em contrapartida, sinto a estupefacção deste "apesar" "Merkel continua com cortes na despesa apesar do crescimento económico", não joga bem com o modelo mental do mainstream português...
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E questionar se a Alemanha está numa espiral virtuosa e nós numa viciosa?
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menos despesa -> menos saque impostado -> mais riqueza ao serviço da economia -> mais crescimento -> mais receita e mais emprego
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versus
mais despesa -> mais saque impostado -> menos riqueza ao serviço da economia -> menos crescimento -> menos receita e menos emprego ... here we go again

Houve um tempo em que isto encheria alguém de vergonha...

"Estradas de Portugal só é sustentável com mais portagens":
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"O investimento médio anual que a Estradas de Portugal tem mantido nos últimos anos ronda os mil milhões de euros. As receitas apuradas estão muito longe destes valores: a Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR), que veio substituir as transferências de verbas via PIDDAC, ronda os 600 milhões."
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Lucas 14, 28-32
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"Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:

‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’.

E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz."

segunda-feira, agosto 09, 2010

Afinal só muda a conversa e aumenta o saque impostado, para que tudo o resto continue na mesma

Ontem à tarde, ao ver pelo menos uma equipa de três homens a trabalhar, ao Domingo, na obra do teleférico no cais de Gaia, fiquei logo a pensar quanto é que aquele trabalho, em dia de folga, iria custar... daí migrei para a dívida da câmara de Gaia e das autarquias destes país.
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Por cá, pagava para ver isto a acontecer "Justiça ameaça penhorar bens pessoais de autarcas espanhóis"

domingo, agosto 08, 2010

Fazer escolhas

FYI "What collapsing empire looks like".
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Este trecho fez-me lembrar o BPP e o aumento de impostos:
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"Squeezing the oligarchs, though, is seldom the strategy of choice among emerging-market governments. Quite the contrary: at the outset of the crisis, the oligarchs are usually among the first to get extra help from the government, such as preferential access to foreign currency, or maybe a nice tax break, or -- here's a classic Kremlin bailout technique -- the assumption of private debt obligations by the government. Under duress, generosity toward old friends takes many innovative forms. Meanwhile, needing to squeeze someone, most emerging-market governments look first to ordinary working folk -- at least until the riots grow too large."