sábado, agosto 11, 2007

Os carros cubanos

Reparem bem nesta notícia "Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo recorre a empresa privada para garantir cuidados médicos" aqui.

A notícia começa assim: "O Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo (Beja) vai recorrer a uma empresa privada para contratar médicos externos para assegurar os cuidados clínicos à população, a partir de segunda-feira e até final do mês.
O director de serviços da Sub-região de Saúde de Beja, Horácio Feiteiro, adiantou hoje à agência Lusa que a empresa privada vai "garantir a presença de um médico externo por dia para assegurar o funcionamento normal do Serviço de Atendimento Complementar (SAC)", responsável pelas urgências."

Para um "outsider" como eu, duas linhas de pensamento nascem na minha mente:

* Quando trabalhei numa empresa que laborava em continuo, durante todo o ano, nós os funcionários não podíamos marcar férias quando queríamos. Podíamos marcar férias em qualquer altura do ano, literalmente, tínhamos era de combinar com os nossos colegas, de forma a assegurar o normal funcionamento da fábrica. Estranho que isso não aconteça no Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo!!! É que o Centro de Saúde não existe para os funcionários, existe para os utentes/clientes(?). A direcção do Centro não conseguiu evitar a ocorrência? Porquê?

* E se o Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo elegesse como sua missão "Prevenir e melhorar a saúde da população de Ferreira do Alentejo", e o seu director começasse por transferir todos, todos os colaboradores para outros serviços de outros Centros de Saúde (já que não os pode despedir), e depois contratasse tudo a empresas privadas, desde médicas, enfermeiros, auxiliares, psicólogas, secretariado, tudo... apesar de todos os protestos dos sindicatos, de todas as manifestações dos Alegres e colegas, apesar de todas as questões legais, filosóficas e políticas, no bottom line, que é o que interessa, a população de Ferreira do Alentejo seria mais bem servida, por que ao mínimo problema, a direcção do Centro de Saúde, trocaria de empresa, ou de enfermeiro, ou de psicólogo. E estes estariam muito mais atentos às necessidades dos clientes (lembram-se do médico espanhol (Napoleon?) no Minho? Eu não me esqueço das imagens dos milhares de pessoas à porta do Centro de Saúde a protestar contra o seu despedimento por questões burocráticas!!!)


Assim, se na época de férias a direcção do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo toma esta decisão, pode-se colocar a questão... por que não durante todo o ano? Por que não para todos os serviços? Não é a saúde da população mais importante que tudo o resto?

sexta-feira, agosto 10, 2007

Sociedades que não evoluem, condenam os seus membros à pobreza

A leitura do livro “The origin of wealth” de Eric Beinhocker, ao chegar ao décimo quinto capítulo, intitulado “Strategy – Racing the Red Queen”, inicia a quarta parte “What it Means for Business and Society”.

Praticamente todas as páginas, deste capítulo, ficaram repletas de sublinhados e anotações. O autor convida-nos a encarar cada empresa com uma experiência no espaço dos Planos de Negócio; umas têm sucesso e são amplificadas e outras falham e desaparecem. As empresas têm uma desvantagem intrínseca, não podem ter a mesma diversidade de Planos de Negócio que as contidas no mercado como um todo. “Nor can they ever perfectly mirror the selection pressures of actual markets or have the nearly infinite resources of capital markets to invest in amplifying and scaling up Business Plans that succeed. From the unsentimental perspective of the evolutionary algorithm, businesses are just experimental grist for the evolutionary mill.”

Esta última frase é chave… já imagino o mesmo raciocínio aplicado aos regimes políticos que governam cada uma das sociedades.
Os políticos, enredados na Teoria Económica Tradicional aspiram a uma realidade económica em busca do equilíbrio, quando na vida real a realidade económica é um sistema. Composto por n organismos sujeitos a um ritmo evolutivo semelhante ao existente, na vida animal, entre predador e presa. Uma “guerra” que nunca acaba.!!!

E quando uma empresa, quando uma sociedade é bem sucedida, nunca o é por muito tempo, aquilo que hoje resulta amanhã está ultrapassado. Assim, quando as sociedades não reconhecem que já não respondem tão bem aos desafios da realidade, como o faziam no passado e por isso não evoluem (e não é linguagem metafórica) definham, produzem cada vez menos riqueza rumo à bancarrota.

Nos séculos dezassete e dezoito a British East Índia Company era um potentado. Ao seu lado a Microsoft de hoje não passaria de um brinquedo. Mandava num quinto da população do planeta, tinha exército e marinha própria. Estava empossada pela coroa inglesa para declarar guerra quando os interesses dos seus negócios estivessem ameaçados… em 1873 faliu, o mundo mudou e a British East Índia Company não conseguiu acompanhar a mudança.

É preocupante imaginar os nossos governos, sindicatos e grupos patronais, interessados em defender o status quo, em impedir a mudança, ou mudar um pouco, para que o essencial se mantenha constante… e o mundo a mudar, a mudar, a mudar, e nós a caminhar cada vez mais para a pobreza, ou seja, mais e mais entropia.

Palavras para quê...

dias copiei para o blog este trecho:

"If a tribe is generally surviving and the Big Man's graft, corruption, or incompetence isn't life threatening, then relatively few people may even be aware of the additional wealth their tribe is giving up."

Hoje senti na pele esta afirmação... no dia 10 de Agosto de 2007, numa bomba de gasolina da Cepsa entre Aranda do Duero e Valladolid, pagar por litro de gasolina 95 octanas... 1,035 euros, quando, na última vez que comprei gasolina em Portugal paguei 1,358 euros.

Todos os dias, todos os dias o estado suga-nos, suga-nos e suga-nos só para se auto-sustentar.

quarta-feira, agosto 08, 2007

The economy is ultimately a genetic replication strategy

Uma perspectiva interessante:

“Economic wealth and biological wealth are thermodynamically the same sort of phenomena, and not just metaphorically. Both are systems of locally low entropy, patterns of order that evolved over time under the constraint of fitness functions. Both are forms of fit order. And the fitness function of the economy – our tastes and preferences – is fundamentally linked to the fitness function of the biological world – the replication of genes. The economy is ultimately a genetic replication strategy. It is yet another evolutionary Good Trick, along with leopard camouflage, bat radar, and fruit-fly eyes. The economy is a massively complex Good Trick built on the complex Good Tricks of big brains, nimble toolmaking hands, cooperative instincts, language, and culture.”

Ainda do livro de Eric Beinhocker "The origin of wealth"

terça-feira, agosto 07, 2007

Normandos e saxões (parte II)

“We can reinterpret markets as an evolutionary search mechanism. Markets provide incentives for the deductive-thinkering process of differentiation. They then critically provide a fitness function and selection process that represents the broad needs of the population (and not just the needs of a few Big Men). Finally, they provide a means of shifting resources toward fit modules and away from unfit ones, thus amplifying the fit modules’ influence.”

“Evolution is cleverer than you are. Even a highly rational, intelligent, benevolent Big Man would not be able to beat an evolutionary algorithm in finding peaks in the economic landscape. Markets win over command an control, not because of their efficiency at resource allocation in equilibrium, but because of their effectiveness at innovation in disequilibrium”

“But the bottom line is that people vote with their feet, and the record of worldwide immigration flows, particularly in the modern era, has consistently been from Big Men economies to market-oriented economies.”

domingo, agosto 05, 2007

Normandos e saxões

Ontem o DN presenteáva-nos com a notícia (ou spin puro e duro) "Sócrates não fo avisado da saída de Dalila Rodrigues", hoje oferece-nos "Cavaco "surpreendido" com afastamento de Dalila".

E aqui estamos nós num país onde nada se faz sem que o Poder (Big Man) saiba, autorize, mande! Porque quando não sabe é notícia!!!

"As society and the economy grew more complicated, however, the feedback loop or selection became less direct, with intermedite, socially driven selection cropping up. The first collision between selection and society undoubtedly came when the first Big Man said, "Let's give this nice, fertile plot of land to my third wife's cousin (who is a lousy farmer) instead of to Mr. X (who is an excellent farmer)." We can safely assume that political meddling in economic affairs is as old as both politics and economics themselves. Such decisions favoring poor Business Plans (the cousin's) over good Business Plans (Mr. X's) do not last long in an environment where everyone was on the edge of survival - if the Big Man did this often enough, then either the Big Man's tribe would perish under his leadership or he'd be overthrown in a revolt. But once a society had crossed the survival threshold (particularly after the advent of settled agriculture), such social short-circuiting of the selection process became not just possible , but ever more likely as the group grew richer.
If a tribe is generally surviving and the Big Man's graft, corruption, or incompetence isn't life threatening, then relatively few people may even be aware of the additional wealth their tribe is giving up."
...
"Thus, the main impact of political interference in the process of Business Plan selection is too slow down evolution's clock-speed."
...
"In a Big Man system. the fitness function maximized is the wealth and power of the Big Man (and his cronies), rather than the overall economic wealth of the society. Thus, the creative, entrepreneurial, and deductive-tinkering energies of the population are directed toward pleasing the Big Man."

E agora, muito ao gosto deste país de regime neo-patrimonial:

"In a Big Man economy, a business live or dies by political favor. In a market-based economy, a business lives or dies by whether its customers like and are willing to pay for its products and services. In a Big Man economy resources are directed toward the ventures that best line the pockets of the Big Men. In a market economy, resources are directed to ventures that make the best economic use of them."

Trechos retirados da minha leitura de férias "The Origin of Wealth - Evolution, Complexity, and the Radical Remaking of Economics" de Eric Beinhocker .

Agora deixem de pensar no Big Man como uma pessoa, e vejam-no antes como uma classe governante à parte, plena de privilégios (absurdos como a estória de um deputado-um assessor pessoal) e completamente a leste do que é a criação de riqueza no dia-a-dia.

Talvez por isso, muitas vezes dou comigo a sentir o que terão sentido os saxões, depois da batalha de Hastings. Estou no meu país, na minha terra-mãe, onde me devia sentir bem e no entanto, sinto-me cada vez mais um saxão num país governado por normandos, normandos que exigem cada vez mais impostos, que metem o bedelho em cada vez mais coisas... por isso, cada vez mais oiço uma vozinha interior segredar-me "Emigra, vai para outra terra onde os Big Men não tenham tanto poder".

Será que só os saxões cobardes ficam por cá?
E os saxões que não são cobardes emigram? Têm mesmo de emigrar? Não há alternativa?

sábado, agosto 04, 2007

Ryuichi Sakamoto - Railroad Man

Sakamoto é uma grande companhia. Ainda do album BTTB

Pedagogia vs Andragogia

Na Escola aplica-se a pedagogia.
O professor está lá para ensinar, os alunos estão lá para aprender.
O professor tem experiência de vida, é independente!
Os alunos (crianças, adolescentes, jovens) vivem em casa dos pais, não têm experiência de vida.

Quando se dá formação a adultos a situação é bem diferente.
Um formador não pode, não deve, utilizar as mesmas técnicas que se usam na Escola, por que não vão resultar.
Um adulto tem experiência de vida, é independente, gere a sua vida. Tudo o que o formador tenta transmitir é sujeito a um filtro "O que o tipo está a transmitir, encaixa-se na minha experiência ou não? Reforça a minha visão do mundo ou não?"

Se reforça tudo bem, mas então para quê essa formação?
Se contradiz a experiência de um adulto ele vai ripostar, pelo menos mentalmente, e vai resistir à mensagem.
Um formador de adultos, antes de transmitir uma mensagem, tem de primeiro estilhaçar a resistência à novidade, por exemplo, levando os adultos a descobrir as contradições, as falhas, as lacunas da experiência actual. Assim, o formador conseguirá criar a preparação mental e a motivação no adulto, para aprender.

A minha referência, no que diz respeito à andragogia, é Malcolm Knowles . Do seu livro "The Adult Learner" retirei uns trechos que salientam as bases da andragogia:

"1.The need to know. Adults need to know why they need to learn something before undertaking to learn it. (...) the first task of the facilitator of learning is to help the learners become aware of the "need to know.""

"2.The learners' self-concept. Adults have a self-concept of being responsible for their own decisions, for their own lives. Once they have arrived at that self-concept they develop a deep psychological need to be seen by others and treated by others as being capable of self-direction. They resent and resist situations in which they feel others are imposing their wills on them. This presents a serious problem in adult education: the minute adults walk into an activity labeled "education," "training," or anything synonymous, they hark back to their conditioning in their previous school experience, put on their dunce hats of dependency, fold their arms, sit back, and say "teach me." This assumption of required dependency and the facilitator's susequent treatment of adults students as children creates a conflict within them between their intellectual model - learner equals dependent - and the deeper, perhaps subconcious, psychological need to be self-directing."

(E então, como acontece cada vez mais, quando num mestrado aparecem mestrandos dos dois tipos... adultos independentes, com experiência de vida e recém-licenciados...)

E agora, condensando ainda mais:

"3.The role of the learners' experiences. Adults come into an educational activity with different experiences than do youth. There are individual differences in background, learning style, motivation, needs, interests, and goals, creating a greater need for individualization of teaching and learning strategies. The richest resource for learning resides in adults themselves; therefore, tapping into their experiences through experiential techniques (discussions, simulations, problem-solving activities, or case methods) is beneficial."

"4.Readiness to learn. Adults become ready to learn things they need to know and do in order to cope effectively with real-life situations. Adults want to learn what they can apply in the present, making training focused on the future or that does not relate to their current situations, less effective."

"5.Orientation to learning. In contrast to children's and youths' subject-centered orientation to learning (at least in school), adults are life-centered (task-centered, problem-centered) in their orientation to learning. They want to learn what will help them perform tasks or deal with problems they confront in everyday situations and those presented in the context of application to real-life."

"6.Motivation. Adults are responsive to some external motivators (e.g., better job, higher salaries), but the most potent motivators are internal (e.g., desire for increased job satisfaction, self-esteem). Their motivation can be blocked by training and education that ignores adult learning principles"


Assim, a andragogia convida os formadores a basearem o programa de uma experiência formativa na experiência e interesses dos formandos.
Como cada grupo de formandos contém um configuração de personalidades e idiossincrasias, diferentes passados e experiências de vida, diferentes orientações e motivações, diferentes níveis de preparação para a aprendizagem, e diferentes estilos de aprendizagem... estão já a ver o filme, os formadores, como facilitadores da aprendizagem, deveriam evitar programas e abordagens padrão para facilitar a aprendizagem. Algo que choca com o mercado da formação, visto que se trata de um mercado de preço-baixo, que não está disposto a pagar o investimento na customização de uma experiência formativa. Resultado, muita da formação serve para efeitos estatísticos e aconchego de consciências e pouco mais.

OK caro aranha?

sexta-feira, agosto 03, 2007

CV e os sinais dos tempos + Diferenciação

Volta e meia pedem-me uma cópia do meu CV.

E lá entrego uma versão actualizada. Não gosto do design, mas ainda não encontrei um que me agradasse. Noto que quem me envia CV's opta cada vez mais por um tal de design europeu... bahhhh

Nós europeus estamos a dar cabo da nossa capacidade criativa, já não basta as maçãs e as pêras calibradas... enquanto isso, os nossos vizinhos americanos estimulam mais diferenciação, para se perceber o que é que um candidato tem de diferente "Business school wants Power-ful applications, University of Chicago requires prospective students to submit 4 PowerPoint slides." (aqui)

Ryuichi Sakamoto - Opus

Do album BTTB

The paradox of choice

A minha leitura de férias "The Origin of Wealth - Evolution, Complexity, and the Radical Remaking of Economics" de Eric Beinhocker tem sido um UAUUUU.

Uma das fontes bibliográficas citadas é o livro "The paradox of choice" the Barry Schwartz.

Encontrei esta apresentação que ilustra algumas das ideias do autor.

Bónus

Para quem aprecia ir às fontes e pesquisar artigos científicos, talvez este endereço seja útil.

Ontem recebi um e-mail com este endereço "FREE online access for two months to SAGE Business, Management and Organizational Studies journals (August – September 2007)", depois do registo da praxe, tem-se acesso, até ao final do mês de Setembro, aos artigos de vários jornais e revistas.

2 + 2 = 4

Se cada vez mais, nascem menos crianças em Portugal --> Há cada vez mais, menos estudantes.

Se cada vez mais, há menos estudantes --> Há cada vez mais, menos escolas abertas (menos escolas existentes).

Se cada vez mais, há menos estudantes --> Há cada vez mais, menos turmas nas escolas existentes.

Se cada vez mais, há menos turmas --> Há cada vez mais, menos necessidade de professores (em número), daí:

"Candidatos à contratação que não vão conseguir lugar nas escolas em Setembro poderão ascender aos 40 mil", artigo assinado por Isabel Leiria no Público de hoje.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Vincent (Starry Starry Night) - Don McLean

Esta tarde, num centro comercial, pude reconhecer esta música de fundo...
Não pertenço à geração que a ouviu em primeira mão, mas há muitos anos que a aprecio

E continuam a cavar, a cavar...

Mais uma pedra no estado socialista em que vivemos "Comissão interministerial vai regular as condições de acesso a profissões" aqui.

É como aquela cena do CAP para formadores... na última renovação do meu CAP passei-me quando nenhum dos formadores de formadores sabia o que era andragogia!!!

Grávida assistida no átrio após recusa de hospital

A propósito deste trecho da entrevista de António Arnaut à revista "Visão":

"Utente ou... cliente?
Pois aí é que está! Você sabe que fui a um congresso de administradores hospitalares e a maioria dos oradores falava em clientes?! Disse-lhes logo: «Não estou a perceber esta linguagem. São cidadãos, utentes!» Na Saúde, com o peso cada vez maior dos privados e a continuar assim, o SNS ficará para pobres e o resto para ricos."

A Saúde a continuar assim, não ficará nem para ricos nem para pobres, ficará para si próprio, para alimentar uma série de empregos, lugares, vaidades,... por que quando chega a hora da verdade (os momentos da verdade de Carlsson) we get this:

""A funcionária de Amarante mandou-me ler o Diário da República, porque pelos vistos agora são dois hospitais num."

É nestes momentos que a Administração de uma casa tem oportunidade de transmitir mensagens indeléveis para a equipa, mensagens que formam a cultura de uma organização. Numa organização privada o destino da funcionária seria RUA!!!. Num hospital... who knows, who cares!!!

A história completa pode ser lida aqui, no JN, no artigo "Grávida assistida no átrio após recusa de hospital" assinado por José Vinha.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Life of Brian - what have the Romans ever done for us?!

A propósito desta frase de Sarkozy:
"Competition as an ideology, as a dogma, what has it done for Europe?"

A Lei de Lovaglia

A propósito deste artigo "CIP propõe Alcochete para Portela+1" assinado por Francisco Almeida Leite, no DN de hoje, recordei-me das afirmações peremptórias e rocambolescas do ministro Mário Lino, ao longo da fotonovela "Ota" e da Lei de Lovaglia:


"Lovaglia’s Law: The more important the outcome of a decision, the more people will resist using evidence to make it."

Esconder o inevitável

Este artigo, "Genéricos abrem cisão na indústria farmacêutica", assinado por Rute Araújo no DN de hoje, fez-me lembrar esta entrevista de David Boowie ao "The New York Times":

"''I don't even know why I would want to be on a label in a few years, because I don't think it's going to work by labels and by distribution systems in the same way,'' he said. ''The absolute transformation of everything that we ever thought about music will take place within 10 years, and nothing is going to be able to stop it. I see absolutely no point in pretending that it's not going to happen. I'm fully confident that copyright, for instance, will no longer exist in 10 years, and authorship and intellectual property is in for such a bashing.''

''Music itself is going to become like running water or electricity,'' he added. ''So it's like, just take advantage of these last few years because none of this is ever going to happen again. You'd better be prepared for doing a lot of touring because that's really the only unique situation that's going to be left. It's terribly exciting. But on the other hand it doesn't matter if you think it's exciting or not; it's what's going to happen.''

Se a APIFARMA fizer 2/3 cenários sobre futuros possíveis, vai encontrar uma constante, uma poderosa pressão demográfica sobre os cofres da segurança social, o que vai tornar inevitável a generização. David Bowie é muito mais realista, não adianta entrar em rodriguinhos...

Fui alertado para esta entrevista através do blog "Grande Loja do Queijo Limiano"

terça-feira, julho 31, 2007

Planos de Relacionamento, em vez de Planos de Vendas

Depois deste postal sobre consultores de compras, em vez de vendedores, foi com um sorriso que hoje encontrei este postal recente de David Maister "Fat Smoker Principles: Build Relationship Plans Not Sales Plans", onde se pode ler:

"A relationship plan is what it says it is: a set of activitites designed to build and deepen an asset - the relationship. The theory is that, where there is a strong asset - a strong relationship bond - there WILL BE a (greater) stream of revenues in the future. But to get there, you must focus on activities which are not designed to generate sales, but to earn and deserve the relationship.
A relationship plan, to be effective, is all, about figuring out what you could do FOR this client (unpaid) to invest in the relationship, in order to predispose the client to use you more frequently (and for more interesting things) in the future."