quinta-feira, agosto 02, 2007
Grávida assistida no átrio após recusa de hospital
A propósito deste trecho da entrevista de António Arnaut à revista "Visão":
"Utente ou... cliente?
Pois aí é que está! Você sabe que fui a um congresso de administradores hospitalares e a maioria dos oradores falava em clientes?! Disse-lhes logo: «Não estou a perceber esta linguagem. São cidadãos, utentes!» Na Saúde, com o peso cada vez maior dos privados e a continuar assim, o SNS ficará para pobres e o resto para ricos."
A Saúde a continuar assim, não ficará nem para ricos nem para pobres, ficará para si próprio, para alimentar uma série de empregos, lugares, vaidades,... por que quando chega a hora da verdade (os momentos da verdade de Carlsson) we get this:
""A funcionária de Amarante mandou-me ler o Diário da República, porque pelos vistos agora são dois hospitais num."
É nestes momentos que a Administração de uma casa tem oportunidade de transmitir mensagens indeléveis para a equipa, mensagens que formam a cultura de uma organização. Numa organização privada o destino da funcionária seria RUA!!!. Num hospital... who knows, who cares!!!
A história completa pode ser lida aqui, no JN, no artigo "Grávida assistida no átrio após recusa de hospital" assinado por José Vinha.
"Utente ou... cliente?
Pois aí é que está! Você sabe que fui a um congresso de administradores hospitalares e a maioria dos oradores falava em clientes?! Disse-lhes logo: «Não estou a perceber esta linguagem. São cidadãos, utentes!» Na Saúde, com o peso cada vez maior dos privados e a continuar assim, o SNS ficará para pobres e o resto para ricos."
A Saúde a continuar assim, não ficará nem para ricos nem para pobres, ficará para si próprio, para alimentar uma série de empregos, lugares, vaidades,... por que quando chega a hora da verdade (os momentos da verdade de Carlsson) we get this:
""A funcionária de Amarante mandou-me ler o Diário da República, porque pelos vistos agora são dois hospitais num."
É nestes momentos que a Administração de uma casa tem oportunidade de transmitir mensagens indeléveis para a equipa, mensagens que formam a cultura de uma organização. Numa organização privada o destino da funcionária seria RUA!!!. Num hospital... who knows, who cares!!!
A história completa pode ser lida aqui, no JN, no artigo "Grávida assistida no átrio após recusa de hospital" assinado por José Vinha.
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1 comentário:
1- (a propósito da impunidade da funcionária)
Cada vez mais associo os momentos críticos, aqueles que parecem maus, a bençãos divinas que os líderes recebem e que são oportunidades para "mudarem a paisagem". Mas não, há uma fraqueza incontornável, as pessoas passam a vida a perseguir posições de liderança e quando lá chegam, não lideram, não dão o exemplo, não planeiam nem dirigem, não... mandam!... não marcam a posição!
(então na adm. pública.....)
2- (a propósito da ideia de clientes vs utentes)
Não sei se já reparou nisto, mas começa a institucionalizar-se no ambiente profissional um cliché que me deixa capaz de subir as paredes de cada vez que o ouço. Estou a falar duma forma de resistência à mudança que é definida nesta ideia: "ah, pois, isso é muito interessante, isto está tudo a precisar de ser mudado, e bla, bla, bla, mas..... NO MEU SERVIÇO NÃO, QUE ELE É MUITO ESPECÍFICO!!!!"
Cumprimentos Aracnideos
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