segunda-feira, fevereiro 06, 2012
Da próxima vez...
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Da próxima vez que alguém falar nos cortes no Serviço Nacional de Saúde para justificar o aumento das listas de espera...
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Vou ter à mão este postal "Ele há coisas..."
domingo, abril 18, 2010
Small is better
Um dos livros que herdei do meu pai foi um intitulado "Small is beautiful".
Gosto de trabalhar com PMEs porque têm uma cara, têm um rosto, têm um nome.
Uma das consequências de trabalhar com PMEs, porque são pequenas, é que raramente a proposta de valor onde podem ser competitivas de forma sustentada assenta no preço. Assim, muitas vezes tenho de desenvolver uma guerra de guerrilha contra o modelo mental da gerência que instintivamente resvala para uma disciplina de valor que só faz sentido para a proposta de valor associada ao preço mais baixo.
Quando uma PME, em vez de se concentrar na produção sistemática da sua proposta de valor para os clientes-alvo, se perde a cortar recursos naquilo que suporta a sua capacidade para fazer a diferença... está tudo estragado.
Na área da saúde, assistimos ao encerramento das pequenas unidades para se proceder à concentração em unidades centrais. O argumento é de que não há dinheiro... bem, o argumento oficial é mais técnico, brandem-se umas estatísticas para justificar níveis de proficiência e risco.
Quem sou eu para defender o desperdício! E o que é o desperdício? É fácil, nas poucas vezes que entro em contacto com o mundo da Saúde, encontrar desperdícios... é fácil mas... reconheço-os quando os vejo, não me peçam para os definir.
Neste blogue ilustro, entre outras coisas, uma revolta contra os deboches despesistas assentes em endividamentos sucessivos só para melhorar as estatísticas de hoje, evitar ir à raiz dos problemas e… tramar as gerações seguintes, por isso não me interpretem mal no que se segue.
Se o SNS fosse uma empresa, qual deveria ser a sua proposta de valor?
O preço mais baixo? A inovação?
Julgo que, como aprendi com Covey, sempre que estão metidas pessoas a eficiência nunca é a resposta. A resposta tem de passar pela eficácia, tem de passar pela relação, tem de passar pela proximidade.
Os burocratas já decidiram: concentração significa eficiência significa redução de custos.
Não se admirem se dentro de uns anos, corte após corte, desfiguração após desfiguração, (todas perfeitamente justificadas e suportadas em estatísticas e pareceres) as pessoas olharem para o SNS e profiram a mesma frase assassina que o Director Geral de Saúde há anos: “Se desaparecer, ninguém vai notar a diferença”.
Não sei qual é a solução, este é mais uma das tais wicked messes em que mais importante que uma solução é a equação do problema e de todas as suas cambiantes.
Como conciliar poupança com proximidade e relação?
Estas linhas foram geradas pela leitura deste artigo “The Power of Compassion”
quinta-feira, agosto 02, 2007
Grávida assistida no átrio após recusa de hospital
"Utente ou... cliente?
Pois aí é que está! Você sabe que fui a um congresso de administradores hospitalares e a maioria dos oradores falava em clientes?! Disse-lhes logo: «Não estou a perceber esta linguagem. São cidadãos, utentes!» Na Saúde, com o peso cada vez maior dos privados e a continuar assim, o SNS ficará para pobres e o resto para ricos."
A Saúde a continuar assim, não ficará nem para ricos nem para pobres, ficará para si próprio, para alimentar uma série de empregos, lugares, vaidades,... por que quando chega a hora da verdade (os momentos da verdade de Carlsson) we get this:
""A funcionária de Amarante mandou-me ler o Diário da República, porque pelos vistos agora são dois hospitais num."
É nestes momentos que a Administração de uma casa tem oportunidade de transmitir mensagens indeléveis para a equipa, mensagens que formam a cultura de uma organização. Numa organização privada o destino da funcionária seria RUA!!!. Num hospital... who knows, who cares!!!
A história completa pode ser lida aqui, no JN, no artigo "Grávida assistida no átrio após recusa de hospital" assinado por José Vinha.