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domingo, setembro 22, 2019

“whether you can observe a thing or not depends on the theory which you use” (Parte III)

Parte I e parte II.


"Better theories explain and predict more with less. For the same reason that one-to-one maps of reality are useless, valuable theories must be parsimonious and simple.
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From the perspective of cognition and perception, we know that humans similarly miss all manner of “obvious” things in their environments—including sources of value— in our immediate visual scenes, unless they are asking the right questions, or are armed with the right problem, or are operating with the right theories.
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[Moi ici: O trecho que se segue fez-me logo lembrar o truque que aprendi com Roger Martin, o de negar uma estratégia e ver se o inverso é estúpido. Este trecho também faz pensar em Porter quando este afirma que é tão importante o que uma estratégia implica não fazer como o que implica fazer. Por fim, faz lembrar também as estratégias híbridas e as puras] As Popper notes: “Every ‘good’ theory is a prohibition: it forbids certain things to happen. The more a theory forbids, the better it is.” Of course, scientists are interested in verifying and falsifying theories for the sake of advancing knowledge, but economic theorists are interested in creating value by pursuing strategic actions consistent with their theories, while avoiding those that don’t. The virtue of a falsifiable economic theory is that it provides clear prescriptions about what strategic experiments or actions are consistent with the theory and thus worth taking up and which are not."

terça-feira, junho 26, 2018

"people organize their brains with conversation"

Com quem conversa sobre a estratégia da sua empresa?
"The fact is important enough to bear repeating: people organize their brains with conversation. If they don’t have anyone to tell their story to, they lose their minds. Like hoarders, they cannot unclutter themselves. The input of the community is required for the integrity of the individual psyche. To put it another way: It takes a village to organize a mind. Much of what we consider healthy mental function is the result of our ability to use the reactions of others to keep our complex selves functional. We outsource the problem of our sanity."
Ler isto e recordar de imediato Popper e Espinosa:
"Popper tinha razão ao criticar Espinosa, de que vale a liberdade de pensamento se não há com quem conversar, discutir e aprender"

Peterson, Jordan B.. 12 Rules for Life: An Antidote to Chaos

quinta-feira, janeiro 26, 2017

Em busca de um mundo melhor

Foi com um evento organizado pelo então recém-eleito presidente da república Mário Soares que comecei a descobrir o universo da mensagem de Karl Popper. E este livro "Em busca de um mundo melhor" é um livro que gosto de oferecer:
"All things living are in search of a better world. [Moi ici: As empresas também são seres vivos] Men, animals, plants, even unicellular organisms are constantly active. They are trying to improve their situation, or at least to avoid its deterioration… Every organism is constantly preoccupied with the task of solving problems. These problems arise from its own assessments of its condition and of its environment; conditions which the organism seeks to improve… We can see that life — even at the level of the unicellular organism — brings something completely new into the world, something that did not previously exist: problems and active attempts to solve them; assessments, values; trial and error.
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It is not the search for certainty. To err is human. All human knowledge is fallible and therefore uncertain. It follows that we must distinguish sharply between truth and certainty. That to err is human means not only that we must constantly struggle against error, but also that, even when we have taken the greatest care, we cannot be completely certain that we have not made a mistake… To combat the mistake, the error, means therefore to search for objective truth and to do everything possible to discover and eliminate falsehoods. This is the task of scientific activity. Hence we can say: our aim as scientists is objective truth; more truth, more interesting truth, more intelligible truth. We cannot reasonably aim at certainty.
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Since we can never know anything for sure, it is simply not worth searching for certainty; but it is well worth searching for truth; and we do this chiefly by searching for mistakes, so that we can correct them."
Depois, com Pedro Arroja descobri um outro pensador que complementa bem Popper e é muito mais simpático para um libertário, Paul Feyerabend.

Trechos retirados de "In Search of a Better World: Karl Popper on Truth vs. Certainty and the Dangers of Relativism"

sábado, abril 27, 2013

Reduzir a taxa de insucesso das startups (parte III)

Parte II e parte I.
"The challenge for Lean Startup is that there's no foolproof way to launch and build a successful company. The method only helps the chances. It lets an entrepreneur test and learn quickly, with the help of customers, and pivot fast if the initial idea doesn't work out. It doesn't account for the quality of a business idea, or the wherewithal of a founder."
E agora, um trecho que me levou a recordar Popper e Nassim Taleb:
"Create mechanisms to enable experiments. One of Blank's most important points is that there are no answers inside the building — entrepreneurs need to learn in the marketplace.
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Be prepared for lean's consequences. My colleague Mark Johnson notes how a company's business model eventually leads to a set of implicit rules, norms, and metrics that govern its operation. Following the lean start-up methodology can require making rapid decisions about funding a particular venture; quickly killing ideas that hit too many roadblocks; or launching an idea before it has gone through the typical quality control process."
Esta série começou por causa dos números da mortandade das startups portuguesas, apresentados nesta "Curiosidade do dia" e seguido por este postal "Quantas empresas que arrancam terão uma estratégia? (parte I)"
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Recentemente citei Nassim Taleb:
"Organisms Are Populations and Populations Are Organisms"
É tudo uma questão de perspectiva e de grau de abstracção.
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Uma empresa, uma startup, é um organismo, é um ser vivo.
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Popper dizia que todo o ser vivo procura um mundo melhor, que todo o ser vivo está permanentemente ocupado na resolução de problemas, problemas que decorrem da apreciação da sua situação e do seu enquadramento, que procura melhorar. Viver é resolver problemas e, cada espécie representa uma tentativa de resposta situacional face às condições que encontra e que estão em constante evolução (ás vezes com alguns "black swans", acrescentaria Nassim Taleb). As respostas nunca são definitivas, porque o meio abiótico muda, e o que era verdade passa a ser mentira. Assim, uma espécie é uma hipótese de resolução de um conjunto de problemas em contínuo. Quando a hipótese deixa de resultar os indivíduos morrem e a espécie extingue-se ou evolui para outra hipótese.
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Popper dizia que o pensamento crítico dos humanos permitiu dar um salto grandioso na resposta à evolução do meio abiótico. Com o pensamento crítico deixamos de ser nós, os humanos, a hipótese e passaram a ser as nossas ideias a serem testadas e a morrer por nós quando falham o ajuste à realidade.
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Agora voltando às startups portuguesas e à generalidade das empresas portuguesas.
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Olhando para os números da mortalidade... será que podemos usar a explicação que poucas têm o pensamento crítico consciente, uma estratégia formal, para abordar o meio?
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Com pensamento crítico, com uma estratégia pensada, a gestão sabe que a empresa não está condenada a uma abordagem ao mercado. A empresa pode ver-se, pode pensar-se como um lançador de estratégias em busca de respostas positivas. E se uma estratégia não resulta, não é a empresa que fica de imediato condenada, há que reflectir e lançar uma nova hipótese.
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Será uma explicação razoável, para a elevada mortalidade, a ausência generalizada de estratégia nas startups?

Trecho inicial retirado de "Steve Blank clears the air on Lean Startup"
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Trecho seguinte retirado de "Looking to Join the Lean Start-up Movement?"

sexta-feira, agosto 31, 2007

Teorias e estratégias

"... se uma teoria é um instrumento, então não pode ser verdadeira (mas apenas conveniente, simples, económica, poderosa, etc). Designam até, frequentemente, as teorias por "hipóteses"..."

Karl Popper in "Conjecturas e Refutações"

O mesmo se pode dizer da estratégia de uma organização, nunca é verdadeira, até porque aquilo que resulta hoje, falhará necessariamente no futuro. Assim, uma estratégia será sempre instrumental, situacional, transiente.

À posteriori uma estratégia pode ser avaliada como útil ou inútil.
À priori:

"... speculative judgments like these are the essence of strategic thinking, and they can be the starting points for taking a position. Can you predict clearly which positions will pay off? Not easily. If we could actually calculate the financial implications of such choices, we wouldn't have to think strategically; we would just run spreadsheets. Strategic thinking is essentially a substitute for having clear connections between the positions we take and their economic outcomes.

"Strategic thinking helps us take positions in a world that is confusing and uncertain. You can't get rid of ambiguity and uncertainty—they are the flip side of opportunity. If you want certainty and clarity, wait for others to take a position and see how they do. Then you'll know what works, but it will be too late to profit from the knowledge."

Richard Rumelt aqui.