Mostrar mensagens com a etiqueta nós não prevemos até ao fim as consequências das nossas decisões. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta nós não prevemos até ao fim as consequências das nossas decisões. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, setembro 19, 2011

Dominó farmacêutico?

E se isto "Remédios em risco nas unidades públicas" for o primeiro passo para isto "China and India Making Inroads in Biotech Drugs":
.
"Chinese and Indian drug makers have taken over much of the global trade in medicines and now manufacture more than 80 percent of the active ingredients in drugs sold worldwide. But they had never been able to copy the complex and expensive biotech medicines increasingly used to treat cancer, diabetes and other diseases in rich nations like the United States — until now.
.
"These generic drug companies say they are on the verge of selling cheaper copies of such huge sellers as Herceptin for breast cancer, Avastin for colon cancer, Rituxan for non-Hodgkin’s lymphoma and Enbrel for rheumatoid arthritis. Their entry into the market in the next year — made possible by hundreds of millions of dollars invested in biotechnology plants — could not only transform the care of patients in much of the world but also ignite a counterattack by major pharmaceutical companies and diplomats from richer countries."
Aposto que o governo grego apoiará os esforços chineses e indianos...

domingo, dezembro 26, 2010

Outra previsão acertada

Ontem, no rodapé de um noticiário televisivo vi passar a notícia de que a Delphi da Guarda tinha fechado.
.
Aconselho a leitura deste postal de Setembro de 2009 "Ingenuidade"
.
I rest my case.
.
Somos um país de jogadores de bilhar amador...
.
Na senda do exemplo que vem de cima.
.

quarta-feira, junho 30, 2010

“Numa empresa dele talvez”

Grande resposta de Belmiro de Azevedo, ao nível dos tempos áureos de Pinto da Costa:
.
"O ministro da Economia, Vieira da Silva afirma que se as empresas estiverem em condições de absorver o impacto da subida do IVA em 1%, que amanhã entra em vigor, o devem fazer. Em resposta a esse apelo, o chairman da Sonae, Belmiro de Azevedo, não deixa margem para dúvidas. “Numa empresa dele talvez”, enfatizou.

Belmiro de Azevedo pensa que as empresas não devem suportar nova subida de impostos e justifica.”A Sonae paga rigorosamente, “on time”, os impostos devidos. Não deve pagar mais nem menos, deve pagar tudo. Não faz sentido o Estado andar a pedir esmola ou a fazer favores à custa dos empresários. Já há encargos fiscais enormes”, disse o chairman da Sonae, à margem da apresentação do novo edifico da empresa, o “Sonae Maia Business Center”, evento em que esteve também presente Vieira da Silva."
.
Trecho retirado daqui.
.
Por favor, alguém que lhe tire a venda que continua às apalpadelas.
.

segunda-feira, março 16, 2009

Nós não prevemos até ao fim as consequências das nossas decisões (parte III)

No Público de hoje a propósito das reformas da Segurança Social pode ler-se:
.
"Vieira da Silva destacou, em 2006, o facto da reforma dar a cada cidadão "uma maior margem de opção" a Portugal apresentará em 2046 o maior corte médio de pensões de reforma da União Europeia, segundo um relatório da Comissão Europeia sobre a inclusão social. Já a previsão do Governo é menos pessimista. De qualquer forma, trata-se de estimativas para quem entre agora no mercado de trabalho. E o que acontece aos que já trabalham?
.
Os números parecem assustadores. Na realidade, nenhuma instituição nem o Governo têm números para o que vai acontecer às pensões dos trabalhadores actuais, porque apurá-los nunca foi preocupação. Uma coisa é certa: as pensões desses portugueses vão diminuir em cada ano face à lei vigente até 2006, fruto da reforma da Segurança Social desse ano. E os relatórios internacionais vão já dando conta dessas alterações."
.
O que é assustador é pensar que este modo de actuação é generalizado.
.
Quando um governo (seja este seja outro da oposição actual) legisla sobre o tema A ou o tema B não se equacionam as consequências, não se simulam os resultados ...
.
"Na realidade, nenhuma instituição nem o Governo têm números para o que vai acontecer às AA dos portugueses, porque apurá-los nunca foi preocupação"
.
"Na realidade, nenhuma instituição nem o Governo têm números para o que vai acontecer às BB dos portugueses, porque apurá-los nunca foi preocupação"
.
After all nós não prevemos até ao fim as consequências das nossas decisões...

sexta-feira, novembro 28, 2008

Ter memória

Uma das razões por que mantenho este blogue é a de alargar e manter a minha memória.
.
Assim, isto de manter um blogue e de haver internet, com um Google para pesquisar, é um auxiliar de memória precioso.
.
Hoje o Diário de Notícias publica um artigo assinado por Peres Metelo intitulado "Os limites das escolhas do país".
.
A memória é terrível... quando em Outubro de 2007 0 ministro Pinho dizia que a crise financeira não ía afectar a economia eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando em Fevereiro de 2008 o mesmo Peres Metelo pregava isto "A verdade" eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando se começou a falar do orçamento para 2009 eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)... quando ouvi o ministro do trabalho dizer "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro" (aqui e aqui)... eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)
.
As boas empresas não gerem as expectativas desta maneira.
.
Uma gestão de topo que gere a comunicação e as expectativas desta maneira tenta esconder a realidade, ou pior (será pior?) não percebe a realidade que a rodeia, mas a costureira, o torneiro, o contabilista, o vendedor... percebem que há algo que não bate certo e perdem a confiança no futuro da empresa, começando a procurar uma alternativa de emprego pois aquela empresa não durará muito mais.
.
Coincidência?



Não há coincidências todos os acasos são significativos!!! (Não há acasos)





No mesmo DN de hoje pode encontrar-se "Portugal lidera emigração da UE a 15", artigo assinado por Catarina Almeida Pereira.
.
"Portugal tem a mais alta percentagem de trabalhadores que escolheram viver noutros países da União Europeia. As saídas dos últimos quatro anos estão ao nível registado nos países do Leste"
.
Afinal há mais gente que desconfia...

domingo, novembro 09, 2008

Gestão de expectativas (parte III)

Após ouvir na rádio a entrevista do ministro do Trabalho fui ao Público destacar um trecho que ficou a ecoar na minha mente:
.
"Mas com uma recessão global... (jornalista).
Se houver uma recessão global, veremos; neste momento existem perspectivas. Várias vezes o FMI fez estimativas... (ministro)
Não é só o FMI, é a Comissão Europeia...
Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
.
Como é que os países, como é que os governos, como é que as empresas, como é que as famílias, como é que as pessoas, são apanhadas com as calças na mão?
.
Quando não antecipam evoluções negativas... (faz-me lembrar isto: “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos” )
.
Devemos antecipar potenciais cenários negativos para minimizar a probabilidade da sua ocorrência... parece que a táctica é: não antecipamos evoluções negativas para não acordar moscas que estão a dormir... só que as moscas estão-se a marimbar para os nossos pruridos, se há bosta, elas vão descobrir e vão aparecer.

sexta-feira, maio 09, 2008

Um argumento muito interessante

Perante uma decisão estúpida de um qualquer político, talvez seja de assobiar para o lado e deixar a decisão passar, não vá ele lembrar-se de uma muito pior.
.
"This sounds cynical, but I’m just being honest. Politicians are constrained by public opinion. When the public rejects the mundane explanations for high gas prices — big boring facts like rapid Asian growth — politicians aren’t going to correct them. The best we can expect is for Washington to try to channel the public’s misconceptions in relatively harmless directions. We could do a lot worse than the gas tax holiday; in fact, we usually do."

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

“Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos” (II)

Em Julho reflectimos sobre o título deste postal.

Na segunda-feira passada, escrevemos sobre as vantagens de desenhar mapas causais, porque a realidade é demasiado complexa:


"The world is often a muddled, complicated, dynamic place in which it seems as if everything is connected to everything else - and that is the problem! The connections can be a problem because while we know things are connected, sometimes we do not know how, or else there are so many connections we cannot comprehend them all. Alternatively, we may not realize how connected things are and our actions may lead to unforessen and unhappy consequences."


Ontem no jornal Público, encontrámos um exemplo que ilustra esta teia de interrelações entre causas e efeitos, e sobretudo permite salientar os efeitos não previstos, as famosas "unintended consequences".

Do artigo "Crescer em dez anos", assinado por Alexandra Campos, isolamos os seguintes trechos:
"Um dos objectivos da rede nacional de cuidados continuados integrados era retirar das camas dos hospitais os doentes que já não precisam de tratamento agudo. Ou seja, aliviar as unidades de saúde mais diferenciadas, enquanto se proporciona aos convalescentes cuidados continuados de qualidade."

"em vários hospitais está a suceder precisamente o contrário: tem sido mais difícil dar alta e transferir doentes e os dias de internamento prolongam-se"

"os familiares dos doentes se escusam a levá-los para casa na hora da alta hospitalar, porque sabem que agora existem alternativas ao internamento hospitalar"

"Foi uma caixa de Pandora que se abriu."

"O drama é que a expectativa é muito grande e acabamos por não ter resposta. É uma perversidade que o novo sistema, por absurdo, pode criar"

"A agravar, o processo de alta é agora "mais burocrático", acrescenta. Mesmo que haja camas disponíveis, é necessário preparar muita documentação"

"reconhece que a situação está "caótica" em muitos hospitais, mas responde: isso apenas está a acontecer porque as unidades de saúde não se prepararam para o fenómeno do envelhecimento, das doenças crónicas e do aumento do nível de dependência."

"sempre houve falta de camas, só que antes mandavam os doentes para casa sem nenhuma referenciação", recorda." Os serviços sociais tapavam uma lacuna que não devida ser tapada por eles. Agora, os doentes "têm que ser referenciados adequadamente", diz. "

Nem de propósito, encontrei este trecho no livro "Visible Thinking - Unlocking causal mapping for practical business results", de John Bryson, Fran Ackermann, Colin Eden e Charles Finn:

"A negative goal is a natural and logical consequence of doing what you want to do, and is at the same level of abstraction as a goal, but involves a negative outcome, not a positive one."

O desenho de mapas causais permite identificar de antemão os ramais negativos, o conjunto de consequências negativas que as nossas boas intenções vão criar!

É interessante que os autores aconselhem: "we generally advise mappers not to start with goals or objectives, but instead to begin what they can imagine themselves doing - that is, to start with strategies - before exploring what the goals might be that those strategies help achieve."

Porque é que esta ferramenta não está mais divulgada?