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terça-feira, outubro 11, 2011
Pessoalmente não me sinto enganado
""há países e governos, a começar pelo nosso, que foram imprevidentes, complacentes e irresponsáveis". "Pode ser grande a origem externa das nossas dificuldades. Mas a verdade é que é isso mesmo o que se pede aos governantes: que prevejam dificuldades, que previnam problemas e que protejam os seus povos durante as tempestades""
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António Barreto andou distraído... recordar as frases:
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"Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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“Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos”
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Trecho inicial retirado de "Governantes enganaram a opinião pública, acusa António Barreto" pessoalmente não me sinto enganado... vi o que estava a acontecer e este blogue é a prova.
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António Barreto andou distraído... recordar as frases:
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"Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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“Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos”
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Trecho inicial retirado de "Governantes enganaram a opinião pública, acusa António Barreto" pessoalmente não me sinto enganado... vi o que estava a acontecer e este blogue é a prova.
quarta-feira, junho 30, 2010
“Numa empresa dele talvez”
Grande resposta de Belmiro de Azevedo, ao nível dos tempos áureos de Pinto da Costa:
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"O ministro da Economia, Vieira da Silva afirma que se as empresas estiverem em condições de absorver o impacto da subida do IVA em 1%, que amanhã entra em vigor, o devem fazer. Em resposta a esse apelo, o chairman da Sonae, Belmiro de Azevedo, não deixa margem para dúvidas. “Numa empresa dele talvez”, enfatizou.
Belmiro de Azevedo pensa que as empresas não devem suportar nova subida de impostos e justifica.”A Sonae paga rigorosamente, “on time”, os impostos devidos. Não deve pagar mais nem menos, deve pagar tudo. Não faz sentido o Estado andar a pedir esmola ou a fazer favores à custa dos empresários. Já há encargos fiscais enormes”, disse o chairman da Sonae, à margem da apresentação do novo edifico da empresa, o “Sonae Maia Business Center”, evento em que esteve também presente Vieira da Silva."
Belmiro de Azevedo pensa que as empresas não devem suportar nova subida de impostos e justifica.”A Sonae paga rigorosamente, “on time”, os impostos devidos. Não deve pagar mais nem menos, deve pagar tudo. Não faz sentido o Estado andar a pedir esmola ou a fazer favores à custa dos empresários. Já há encargos fiscais enormes”, disse o chairman da Sonae, à margem da apresentação do novo edifico da empresa, o “Sonae Maia Business Center”, evento em que esteve também presente Vieira da Silva."
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Trecho retirado daqui.
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Por favor, alguém que lhe tire a venda que continua às apalpadelas.
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quarta-feira, junho 24, 2009
Gestão das expectativas (parte IV)
O que tem de ser tem muita força e não há "conversa" que esconda a realidade quando ela já não pode ser escondida.
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"OCDE antecipa quebra de 4,5% na economia portuguesa"
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" OCDE reviu em forte baixa as perspectivas para a economia portuguesa, antecipando agora uma quebra do PIB de 4,5% este ano e de 0,5% em 2010. O desemprego vai chegar aos 11,2% no próximo ano e o défice orçamental tocar nos 6,5%"
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"OCDE antecipa quebra de 4,5% na economia portuguesa"
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" OCDE reviu em forte baixa as perspectivas para a economia portuguesa, antecipando agora uma quebra do PIB de 4,5% este ano e de 0,5% em 2010. O desemprego vai chegar aos 11,2% no próximo ano e o défice orçamental tocar nos 6,5%"
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terça-feira, junho 23, 2009
Gerir expectativas ... afinal!
"Quebra das receitas fiscais aumenta ameaça de derrapagem das contas públicas"
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Basta olhar para a coluna Tvha do período Convém recordar "Um Orçamento com um pé fora da realidade" e "Milagres e a teoria do oásis revisitada"
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Cada vez mais real e faz recordar aquela frase: "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
.
Por fim, não esquecer "É por isto que a Alemanha é a Alemanha"
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Peres Metelo, agora mesmo na TSF... enfim!
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Basta olhar para a coluna Tvha do período Convém recordar "Um Orçamento com um pé fora da realidade" e "Milagres e a teoria do oásis revisitada"
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Cada vez mais real e faz recordar aquela frase: "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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Por fim, não esquecer "É por isto que a Alemanha é a Alemanha"
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Peres Metelo, agora mesmo na TSF... enfim!
terça-feira, janeiro 20, 2009
Ainda acerca da gestão das expectativas (parte II)
Neste endereço arquivei uma série de postais sobre o tema da gestão das expectativas.
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As situações mais graves, na minha opinião, são: Gestão de expectativas (parte III) e Outra vez a gestão das expectativas.
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Tudo isto a propósito do artigo de Pedro Santos Guerreiro "Ainda bem que Sullenberger não é político" no Jornal de Negócios, onde se pode ler:
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"Naqueles minutos antes da amaragem de emergência no Hudson que, estatisticamente, teria resultado em catástrofe, Chelsey Sullenberger não teve consultores de imagem, gurus de comunicação ou estrategas de popularidade. O que fez o piloto perante a crise? Primeiro, decidiu não a ocultar, disse aos passageiros que iam cair. Depois, não foi nem pessimista nem optimista,...
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Depois, não foi nem pessimista nem optimista, comunicou factos e disse “preparem-se”. O piloto tornou-se um herói por ter evitado o desastre. E os passageiros elogiaram-no por ter sido frontal e ter transmitido confiança.
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Vale a pena comparar o exemplo de Sullenberger com o que os “pilotos”, “homens do leme” e “timoneiros” andam a fazer na governação dos países perante a crise económica: serem omissos, oportunistas, optimistas ou pessimistas em função da chamada “gestão de expectativas”. "
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Basta comparar com este famoso diálogo (a 9 de Novembro de 2008):
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"Mas com uma recessão global... (jornalista)
.
Se houver uma recessão global, veremos; neste momento existem perspectivas. Várias vezes o FMI fez estimativas... (ministro)
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Não é só o FMI, é a Comissão Europeia
...
Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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Nas empresas é a mesma coisa. Perante uma situação de crise:
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As situações mais graves, na minha opinião, são: Gestão de expectativas (parte III) e Outra vez a gestão das expectativas.
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Tudo isto a propósito do artigo de Pedro Santos Guerreiro "Ainda bem que Sullenberger não é político" no Jornal de Negócios, onde se pode ler:
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"Naqueles minutos antes da amaragem de emergência no Hudson que, estatisticamente, teria resultado em catástrofe, Chelsey Sullenberger não teve consultores de imagem, gurus de comunicação ou estrategas de popularidade. O que fez o piloto perante a crise? Primeiro, decidiu não a ocultar, disse aos passageiros que iam cair. Depois, não foi nem pessimista nem optimista,...
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Depois, não foi nem pessimista nem optimista, comunicou factos e disse “preparem-se”. O piloto tornou-se um herói por ter evitado o desastre. E os passageiros elogiaram-no por ter sido frontal e ter transmitido confiança.
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Vale a pena comparar o exemplo de Sullenberger com o que os “pilotos”, “homens do leme” e “timoneiros” andam a fazer na governação dos países perante a crise económica: serem omissos, oportunistas, optimistas ou pessimistas em função da chamada “gestão de expectativas”. "
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Basta comparar com este famoso diálogo (a 9 de Novembro de 2008):
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"Mas com uma recessão global... (jornalista)
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Se houver uma recessão global, veremos; neste momento existem perspectivas. Várias vezes o FMI fez estimativas... (ministro)
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Não é só o FMI, é a Comissão Europeia
...
Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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Nas empresas é a mesma coisa. Perante uma situação de crise:
- contar a verdade;
- ser frontal; e
- ter um plano que possa ser explicado, um plano com lógica, um plano que cative as pessoas para a mudança, um plano que mostre por que há sentido para a esperança num futuro melhor.
Há uma Terra Prometida, um local onde corre leite e mel, para onde queremos ir, para onde queremos estar no futuro.
Só que para lá chegar há que atravessar o deserto!
Os políticos de hoje querem prometer-nos uma Terra Prometida mas não querem dizer-nos que o caminho para lá é através do deserto e cheio de perigos.
Como é que Camões escreveu?
Qualquer coisa como, governantes fracos fazem fraca a forte gente.
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Acerca da gestão de expectativas
"While the IMF seem to be more aware of the scale of the problem than the Spanish government currently are, they do seem to be putting all of the emphasis for recovery on some much needed labour market reforms, but personally I don't think even these are playing in the right ball park, we need a big picture "breakout" escape plan, to cut loose from the pincers of cash drought, corporate bankruptcy, construction dependency, large scale contraction and price deflation. (Também acredito que quem confia nas reformas laborais só confia num mito e nunca fez as contas que interessam) It's a big mess, and will need an equally bold and ambitious plan to get to grips with it."
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Tenho referido muitas vezes esta história da gestão de expectativas: Outra vez a gestão das expectativas ; Gestão de expectativas (parte III) ; Gestão de expectativas (parte II); Gestão de expectativas.
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"One point which is obvious at this stage is that Spanish government forecasting - which has currently built a 1% expansion into the 2009 budget - is getting ever more out of line with the economic dynamic. Really this is the first thing which has to change. Spain urgently needs someone leading the country who is able to turn the page, put some realistic numbers on the table, and try to work to meet objectives, instead of simply failing to achieve them time after time. (Confesso que pensei nisto na véspera das eleições em Espanha, o PSOE devia ter, eu sei que era impossível, apresentado outro candidato a primeiro-ministro, não por causa das ideias de Zapatero, mas porque esta legislatura seria diferente da anterior, seiam precisas outras ideias, outras posturas, seria preciso romper com alianças e práticas antigas). (Spins doctors do governo português aprendam como se faz no que vem a seguir) What do I mean by this, well, if you seriously think that the contraction next year will be of 2% of GDP then it is better to say 3%, and beat your target, than say its going to be 1% growth and come in with a 2% contraction. Not only will your citizens be getting more and more fed up with all of this (and the impact on morale should not be treated lightly) but much more to the point, since Spain is heavily dependent on foreign finance to buy the debt that the government is going to need to issue (see more below) to finance the fiscal deficit, then each and every failure to achieve target is likely to be punished with a higher cost of financing debt (as the yield spread on the risk rises). So as well as the credibility cost, this kind of playing fast and loose with the forecast is now likely to carry a real financial cost."
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Prepare to be dazzled:
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"So Just How Much Will The Spanish Economy Contract In 2009?
.
Well, I think this is a very hard question to answer. I think a 1% contraction is a done deal, and my own previous best guess was in the 3% to 5% contraction range, which is, of course, very strong indeed. And there I was happy to leave it, until that is Deutsche Bank came out with their latest 2009 forecast for the German economy, where chief economist Norbert Walter has said that Germany's gross domestic product could contract by as much as 4 percent next year. This has to be "bottom of the range" estimate, but then, it might happen, I mean these are not just numbers spun out of thin air, they are backed by analysis, German manufacturing is contracting very rapidly at the moment (but not as rapidly as Spanish manufacturing). The German government itself is forecasting a 1% contraction, and the IFO institute came out today with 2% contraction for 2009 estimate (the median forecast?). At this point I won't go so far as to modify my original forecast for Spain, but what I will say is that if German GDP contracts by 4% in 2009, then Spain's will contract in the 5% to 7% range, since on every important reading Spain is contracting more rapidly than Germany at this point, and there really is no bottom in sight, just what appears to be a "black hole", sucking us down."
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Aqui estamos melhor que Espanha, ora vejamos:
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"At the risk of boring to tears all my regular readers I would first like to stress that what we have in Spain is not a simple garden-variety housing correction. Spain is a country which was allowed across the 2000-2007 period to develop massive macroeconomic imbalances, which to some extent were reflected in a huge housing boom. But the imbalances (current account deficit of 10% of GDP, massive migrant flows - 5 million people in 8 years, rapidly rising household and corporate debt - rising at 20% pa, and reaching around 90% and 120% of GDP in 2008 respectively) and not the housing are the key to the problem. Thus Spain's economy is not reeling under the weight of the unwinding of the property boom, but rather Spain's property boom is reeling under the impact of the unwinding of the macro imbalances, and this unwinding became more or less inevitable once the US sub prime crisis broke out in August 2007. I think it is no accident that the two countries who noticed most the shell shock from the sub prime turmoil were Spain and Kazakhstan, since these two countries were the most dependent on selling some type of paper or other in the wholsale money markets to finance their imbalances, and the doors to these markets effectively closed in September 2007."
.
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"Spain's big problem is the current account deficit, which reached 10% of GDP last year (o nosso é de 12%). At the present time this deficit is dropping slightly as imports collapse, but it is not falling as fast as it should be, and meantime, as I am saying, the Spanish government is raising its borrowing needs (também o nosso). Spain has movied in 2008 from having a 2% of GDP surplus in January to a 3% deficit in December (ie a shift of 5% of GDP), in 2009 we will move up to at least 5% (as the IMF suggest, and we could even move higher depending on what happens to GDP)."
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Trechos retirados de "So Just When Does Spain's Twin Deficit Problem Become Unsustainable?" de Eward Hugh.
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Tenho referido muitas vezes esta história da gestão de expectativas: Outra vez a gestão das expectativas ; Gestão de expectativas (parte III) ; Gestão de expectativas (parte II); Gestão de expectativas.
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"One point which is obvious at this stage is that Spanish government forecasting - which has currently built a 1% expansion into the 2009 budget - is getting ever more out of line with the economic dynamic. Really this is the first thing which has to change. Spain urgently needs someone leading the country who is able to turn the page, put some realistic numbers on the table, and try to work to meet objectives, instead of simply failing to achieve them time after time. (Confesso que pensei nisto na véspera das eleições em Espanha, o PSOE devia ter, eu sei que era impossível, apresentado outro candidato a primeiro-ministro, não por causa das ideias de Zapatero, mas porque esta legislatura seria diferente da anterior, seiam precisas outras ideias, outras posturas, seria preciso romper com alianças e práticas antigas). (Spins doctors do governo português aprendam como se faz no que vem a seguir) What do I mean by this, well, if you seriously think that the contraction next year will be of 2% of GDP then it is better to say 3%, and beat your target, than say its going to be 1% growth and come in with a 2% contraction. Not only will your citizens be getting more and more fed up with all of this (and the impact on morale should not be treated lightly) but much more to the point, since Spain is heavily dependent on foreign finance to buy the debt that the government is going to need to issue (see more below) to finance the fiscal deficit, then each and every failure to achieve target is likely to be punished with a higher cost of financing debt (as the yield spread on the risk rises). So as well as the credibility cost, this kind of playing fast and loose with the forecast is now likely to carry a real financial cost."
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Prepare to be dazzled:
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"So Just How Much Will The Spanish Economy Contract In 2009?
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Well, I think this is a very hard question to answer. I think a 1% contraction is a done deal, and my own previous best guess was in the 3% to 5% contraction range, which is, of course, very strong indeed. And there I was happy to leave it, until that is Deutsche Bank came out with their latest 2009 forecast for the German economy, where chief economist Norbert Walter has said that Germany's gross domestic product could contract by as much as 4 percent next year. This has to be "bottom of the range" estimate, but then, it might happen, I mean these are not just numbers spun out of thin air, they are backed by analysis, German manufacturing is contracting very rapidly at the moment (but not as rapidly as Spanish manufacturing). The German government itself is forecasting a 1% contraction, and the IFO institute came out today with 2% contraction for 2009 estimate (the median forecast?). At this point I won't go so far as to modify my original forecast for Spain, but what I will say is that if German GDP contracts by 4% in 2009, then Spain's will contract in the 5% to 7% range, since on every important reading Spain is contracting more rapidly than Germany at this point, and there really is no bottom in sight, just what appears to be a "black hole", sucking us down."
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Aqui estamos melhor que Espanha, ora vejamos:
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"At the risk of boring to tears all my regular readers I would first like to stress that what we have in Spain is not a simple garden-variety housing correction. Spain is a country which was allowed across the 2000-2007 period to develop massive macroeconomic imbalances, which to some extent were reflected in a huge housing boom. But the imbalances (current account deficit of 10% of GDP, massive migrant flows - 5 million people in 8 years, rapidly rising household and corporate debt - rising at 20% pa, and reaching around 90% and 120% of GDP in 2008 respectively) and not the housing are the key to the problem. Thus Spain's economy is not reeling under the weight of the unwinding of the property boom, but rather Spain's property boom is reeling under the impact of the unwinding of the macro imbalances, and this unwinding became more or less inevitable once the US sub prime crisis broke out in August 2007. I think it is no accident that the two countries who noticed most the shell shock from the sub prime turmoil were Spain and Kazakhstan, since these two countries were the most dependent on selling some type of paper or other in the wholsale money markets to finance their imbalances, and the doors to these markets effectively closed in September 2007."
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"Spain's big problem is the current account deficit, which reached 10% of GDP last year (o nosso é de 12%). At the present time this deficit is dropping slightly as imports collapse, but it is not falling as fast as it should be, and meantime, as I am saying, the Spanish government is raising its borrowing needs (também o nosso). Spain has movied in 2008 from having a 2% of GDP surplus in January to a 3% deficit in December (ie a shift of 5% of GDP), in 2009 we will move up to at least 5% (as the IMF suggest, and we could even move higher depending on what happens to GDP)."
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Trechos retirados de "So Just When Does Spain's Twin Deficit Problem Become Unsustainable?" de Eward Hugh.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Outra vez a gestão das expectativas
Se uma tempestade estivesse a aproximar-se de uma comunidade, será que aprovaríamos a actuação de uma Protecção Civil que decidisse assobiar para o lado e não informasse os cidadãos sobre o fenómeno about to happen e sobre como se deveriam preparar e como poderiam minimizar os danos e perdas de bens?
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"O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou hoje que as famílias portuguesas vão ter melhor rendimento disponível em 2009, devido às baixas conjugadas da taxa de juro, do preço dos combustíveis e da inflação."
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Para quem é este discurso? Para as famílias portuguesas que vivem de salários ou pensões pagas pelo estado?
.
Será que faz sentido este discurso para as outras famílias?
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Por que é que as taxas de juro estão a baixar?
Por que é que o preço dos combustíveis está a baixar?
Por que é que a inflação está a baixar?
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E de onde vem o dinheiro que o estado usa para pagar os salários e pensões? Será que faz sentido este discurso para todas as famílias?
.
Este é o tempo em que os governos rezam para que a inflação suba.
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Trecho retirado do artigo ""Famílias portuguesas podem esperar ter melhor rendimento disponível em 2009"" publicado o sítio do Jornal de Negócios.
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Este discurso na TSF não devia ser mais comedido? Menos triunfal? Isto vai acontecer pelas piores razões, e enquanto não se der a inversão não há recuperação económica.
.
Por que não usar um discurso formativo e explicativo?
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Isto que Sócrates disse vai acontecer, mas vai estar associado a mais desemprego, a mais dificuldades, a mais recessão, e poucos se vão alegrar... de que vale a descida da taxa de juro se se perde o emprego?
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Será que é assim que se gera confiança?
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"O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou hoje que as famílias portuguesas vão ter melhor rendimento disponível em 2009, devido às baixas conjugadas da taxa de juro, do preço dos combustíveis e da inflação."
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Para quem é este discurso? Para as famílias portuguesas que vivem de salários ou pensões pagas pelo estado?
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Será que faz sentido este discurso para as outras famílias?
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Por que é que as taxas de juro estão a baixar?
Por que é que o preço dos combustíveis está a baixar?
Por que é que a inflação está a baixar?
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E de onde vem o dinheiro que o estado usa para pagar os salários e pensões? Será que faz sentido este discurso para todas as famílias?
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Este é o tempo em que os governos rezam para que a inflação suba.
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Trecho retirado do artigo ""Famílias portuguesas podem esperar ter melhor rendimento disponível em 2009"" publicado o sítio do Jornal de Negócios.
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Este discurso na TSF não devia ser mais comedido? Menos triunfal? Isto vai acontecer pelas piores razões, e enquanto não se der a inversão não há recuperação económica.
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Por que não usar um discurso formativo e explicativo?
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Isto que Sócrates disse vai acontecer, mas vai estar associado a mais desemprego, a mais dificuldades, a mais recessão, e poucos se vão alegrar... de que vale a descida da taxa de juro se se perde o emprego?
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Será que é assim que se gera confiança?
sexta-feira, novembro 28, 2008
Ter memória
Uma das razões por que mantenho este blogue é a de alargar e manter a minha memória.
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Assim, isto de manter um blogue e de haver internet, com um Google para pesquisar, é um auxiliar de memória precioso.
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Hoje o Diário de Notícias publica um artigo assinado por Peres Metelo intitulado "Os limites das escolhas do país".
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A memória é terrível... quando em Outubro de 2007 0 ministro Pinho dizia que a crise financeira não ía afectar a economia eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando em Fevereiro de 2008 o mesmo Peres Metelo pregava isto "A verdade" eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando se começou a falar do orçamento para 2009 eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)... quando ouvi o ministro do trabalho dizer "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro" (aqui e aqui)... eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)
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As boas empresas não gerem as expectativas desta maneira.
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Uma gestão de topo que gere a comunicação e as expectativas desta maneira tenta esconder a realidade, ou pior (será pior?) não percebe a realidade que a rodeia, mas a costureira, o torneiro, o contabilista, o vendedor... percebem que há algo que não bate certo e perdem a confiança no futuro da empresa, começando a procurar uma alternativa de emprego pois aquela empresa não durará muito mais.
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Coincidência?
Não há coincidências todos os acasos são significativos!!! (Não há acasos)
No mesmo DN de hoje pode encontrar-se "Portugal lidera emigração da UE a 15", artigo assinado por Catarina Almeida Pereira.
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"Portugal tem a mais alta percentagem de trabalhadores que escolheram viver noutros países da União Europeia. As saídas dos últimos quatro anos estão ao nível registado nos países do Leste"
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Afinal há mais gente que desconfia...
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Assim, isto de manter um blogue e de haver internet, com um Google para pesquisar, é um auxiliar de memória precioso.
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Hoje o Diário de Notícias publica um artigo assinado por Peres Metelo intitulado "Os limites das escolhas do país".
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A memória é terrível... quando em Outubro de 2007 0 ministro Pinho dizia que a crise financeira não ía afectar a economia eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando em Fevereiro de 2008 o mesmo Peres Metelo pregava isto "A verdade" eu duvidei... (mas quem sou eu?)... quando se começou a falar do orçamento para 2009 eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)... quando ouvi o ministro do trabalho dizer "Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro" (aqui e aqui)... eu duvidei e desconfiei... (mas quem sou eu?)
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As boas empresas não gerem as expectativas desta maneira.
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Uma gestão de topo que gere a comunicação e as expectativas desta maneira tenta esconder a realidade, ou pior (será pior?) não percebe a realidade que a rodeia, mas a costureira, o torneiro, o contabilista, o vendedor... percebem que há algo que não bate certo e perdem a confiança no futuro da empresa, começando a procurar uma alternativa de emprego pois aquela empresa não durará muito mais.
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Coincidência?
Não há coincidências todos os acasos são significativos!!! (Não há acasos)
No mesmo DN de hoje pode encontrar-se "Portugal lidera emigração da UE a 15", artigo assinado por Catarina Almeida Pereira.
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"Portugal tem a mais alta percentagem de trabalhadores que escolheram viver noutros países da União Europeia. As saídas dos últimos quatro anos estão ao nível registado nos países do Leste"
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Afinal há mais gente que desconfia...
domingo, novembro 09, 2008
Gestão de expectativas (parte III)
Após ouvir na rádio a entrevista do ministro do Trabalho fui ao Público destacar um trecho que ficou a ecoar na minha mente:
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"Mas com uma recessão global... (jornalista).
Se houver uma recessão global, veremos; neste momento existem perspectivas. Várias vezes o FMI fez estimativas... (ministro)
Não é só o FMI, é a Comissão Europeia...
Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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Como é que os países, como é que os governos, como é que as empresas, como é que as famílias, como é que as pessoas, são apanhadas com as calças na mão?
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Quando não antecipam evoluções negativas... (faz-me lembrar isto: “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos” )
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Devemos antecipar potenciais cenários negativos para minimizar a probabilidade da sua ocorrência... parece que a táctica é: não antecipamos evoluções negativas para não acordar moscas que estão a dormir... só que as moscas estão-se a marimbar para os nossos pruridos, se há bosta, elas vão descobrir e vão aparecer.
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"Mas com uma recessão global... (jornalista).
Se houver uma recessão global, veremos; neste momento existem perspectivas. Várias vezes o FMI fez estimativas... (ministro)
Não é só o FMI, é a Comissão Europeia...
Acham que a função de um Governo é estar a antecipar uma evolução negativa para a qual não tem ainda nenhum dado que o confirme? Se o estivesse a fazer, seria um profundo erro."
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Como é que os países, como é que os governos, como é que as empresas, como é que as famílias, como é que as pessoas, são apanhadas com as calças na mão?
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Quando não antecipam evoluções negativas... (faz-me lembrar isto: “Nós não estudámos até ao fim todas as consequências das medidas que sugerimos” )
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Devemos antecipar potenciais cenários negativos para minimizar a probabilidade da sua ocorrência... parece que a táctica é: não antecipamos evoluções negativas para não acordar moscas que estão a dormir... só que as moscas estão-se a marimbar para os nossos pruridos, se há bosta, elas vão descobrir e vão aparecer.
Gestão de expectativas (parte II)
Nem de propósito, depois de escrever a primeira parte deste postal tive a oportunidade de ler este relatório "Making Change Work".
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Na página 18 pode ler-se:
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"Successful projects require a full, realistic understanding of the upcoming challenges and complexities, followed by specific actions to address them. Lack of early insight leads to a high risk that complexity will be underestimated or even overlooked. In particular, the complexity of behavioral and cultural changes is often underestimated in the early project planning and scoping stages."
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Mas é preciso agir:
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"But awareness of complexity alone is not enough – action is the vital next step. Only 18 percent of project leaders in our study reported that their organizations had sufficient awareness of the challenges associated with implementing and sustaining change. But of that small group, 85 percent said that their awareness led to the introduction of specific measures to support change."
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Expectativas inflacionadas, maquilhando os perigos e dificuldades, desincentivam a necessidade de acções específicas.
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Diogo Leite Campos diziam há dias na TV "Economia é psicologia!"
Querendo com isto defender os números do orçamento para 2009 como um combustível para a auto-estima no arranque para 2009.
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A minha abordagem para as expectativas elevadas é outra:
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Sim, apresentar expectativas elevadas.
Mas, apresentá-las como algo difícil, listando todas as dificuldades e contras que vamos ter de enfrentar.
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Atingir expectativas elevadas não é só psicologia, a psicologia assenta na capacidade dos actuantes venceram as dificuldades. Ora, se os actuantes não estiverem cientes de quais as dificuldades em toda a sua extensão, dificilmente poderão lançar as acções necessárias para criar o estado futuro desejado.
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O grito de Leónidas no filme "300" "Espartanos, esta noite jantamos no Inferno!" ou as bocas de Mourinho dirigidas aos seus jogadores no balneário após uma derrota, pertencem a uma outra liga que não a dos copinhos de leite.
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Na página 18 pode ler-se:
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"Successful projects require a full, realistic understanding of the upcoming challenges and complexities, followed by specific actions to address them. Lack of early insight leads to a high risk that complexity will be underestimated or even overlooked. In particular, the complexity of behavioral and cultural changes is often underestimated in the early project planning and scoping stages."
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Mas é preciso agir:
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"But awareness of complexity alone is not enough – action is the vital next step. Only 18 percent of project leaders in our study reported that their organizations had sufficient awareness of the challenges associated with implementing and sustaining change. But of that small group, 85 percent said that their awareness led to the introduction of specific measures to support change."
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Expectativas inflacionadas, maquilhando os perigos e dificuldades, desincentivam a necessidade de acções específicas.
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Diogo Leite Campos diziam há dias na TV "Economia é psicologia!"
Querendo com isto defender os números do orçamento para 2009 como um combustível para a auto-estima no arranque para 2009.
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A minha abordagem para as expectativas elevadas é outra:
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Sim, apresentar expectativas elevadas.
Mas, apresentá-las como algo difícil, listando todas as dificuldades e contras que vamos ter de enfrentar.
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Atingir expectativas elevadas não é só psicologia, a psicologia assenta na capacidade dos actuantes venceram as dificuldades. Ora, se os actuantes não estiverem cientes de quais as dificuldades em toda a sua extensão, dificilmente poderão lançar as acções necessárias para criar o estado futuro desejado.
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O grito de Leónidas no filme "300" "Espartanos, esta noite jantamos no Inferno!" ou as bocas de Mourinho dirigidas aos seus jogadores no balneário após uma derrota, pertencem a uma outra liga que não a dos copinhos de leite.
sábado, novembro 08, 2008
Gestão de expectativas
Acerca dos números irrealistas, incluídos no orçamento do estado para 2009, como forma de gerir as expectativas.
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Como é que as empresas de referência gerem as expectativas?
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As expectativas não são geridas à custa da fé pura e simples (como dizia alguém "Só acredito no meu marido!"), as boas expectativas apelam ao sonho, apelam ao salto, mas em simultâneo tem de ser mostrado o caminho, o racional que justifica a esperança.
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Contar uma história que aponta para um futuro positivo sem especificar quais os perigos... não é uma boa história, não atrai, não motiva, não cativa quem a ouve.
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“What’s wrong with painting a positive picture?It doesn’t ring true.” … “Positive, hypothetical pictures and boilerplate press releases actually work against you because they foment distrust among the people you’re trying to convince.”
...
"The energy to live comes from the dark side. It comes from everything that makes us suffer. As we struggle against these negative powers, we’re forced to live more deeply, more fully.”
...
“So, a story that embraces darkness produces a positive energy in listeners?
...
Absolutely. We follow people in whom we believe. The best leaders I’ve dealt with have come to terms with dark reality.”
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Como se lança um cenário futuro desejado positivo e se fazem figas e reúne-se energia mental positiva para que isso aconteça, sem actuar no terreno, por que se não se identificam os perigos, o 'dark side', não se atacam os perigos, é muito fácil que apareça rapidamente o veneno que mais facilmente corroi o interior de uma organização: o cinismo!
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Quem lança grandes expectativas deve ter em conta esta reflexão de Seth Godin "Setting expectations": "To raise someone's expectations then not fulfill them is worse than mediocrity"
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Como é que as empresas de referência gerem as expectativas?
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As expectativas não são geridas à custa da fé pura e simples (como dizia alguém "Só acredito no meu marido!"), as boas expectativas apelam ao sonho, apelam ao salto, mas em simultâneo tem de ser mostrado o caminho, o racional que justifica a esperança.
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Contar uma história que aponta para um futuro positivo sem especificar quais os perigos... não é uma boa história, não atrai, não motiva, não cativa quem a ouve.
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“What’s wrong with painting a positive picture?It doesn’t ring true.” … “Positive, hypothetical pictures and boilerplate press releases actually work against you because they foment distrust among the people you’re trying to convince.”
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"The energy to live comes from the dark side. It comes from everything that makes us suffer. As we struggle against these negative powers, we’re forced to live more deeply, more fully.”
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“So, a story that embraces darkness produces a positive energy in listeners?
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Absolutely. We follow people in whom we believe. The best leaders I’ve dealt with have come to terms with dark reality.”
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Como se lança um cenário futuro desejado positivo e se fazem figas e reúne-se energia mental positiva para que isso aconteça, sem actuar no terreno, por que se não se identificam os perigos, o 'dark side', não se atacam os perigos, é muito fácil que apareça rapidamente o veneno que mais facilmente corroi o interior de uma organização: o cinismo!
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Quem lança grandes expectativas deve ter em conta esta reflexão de Seth Godin "Setting expectations": "To raise someone's expectations then not fulfill them is worse than mediocrity"
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