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domingo, junho 30, 2019

Um futuro melhor será construído, com sofrimento

 

Ao longo dos anos, quando me lembro das previsões que fiz aqui em 2007, 2008 e 2009 acerca da economia portuguesa e europeia concluo que acertei em quase tudo. A grande excepção foi a intervenção do BCE com o QE.

Previ aqui a inversão do desemprego, enquanto os media ainda andavam a fazer capas afundados na variação homóloga. Previ aqui o sucesso do calçado e o regresso do têxtil quando tais previsões geravam sorrisos trocistas.

Acho um exercício saudável e instrutivo fazer previsões e, depois, confrontar o real com o previsto. Eventuais diferenças alertam-nos para o que descuramos. E, durante a viagem para o futuro, mantemos-nos alertas para novas informações que possam reforçar ou enfraquecer a nossa previsão.

 

O que conheço da economia brasileira é o que resulta das tentativas das PMEs exportarem para esse país e encontrarem barreiras alfandegárias tremendas como existiam em Portugal em 1986.

Ainda teremos de saber em termos práticos qual o nível de abertura. É difícil acreditar numa abertura agrícola francesa ou numa abertura industrial brasileira. No entanto, será interessante que as PMEs portuguesas avaliem o nível de abertura proporcionado e as oportunidades potenciais.

Admitindo uma abertura real, as PMEs brasileiras que se cuidem. Sabem o que aconteceu em Portugal? 

Com a adesão à então CEE primeiro perdemos muitas empresas que competiam pela nata do mercado interno, porque foram incapazes de fazer frente a marcas mais caras, mas com mais poder afectivo/emocional. Depois, com a China perdemos as PMEs do preço baixo.

Portanto, não serão assim tão duras as cabeças:
 

É claro que há vida depois do acordo.
Só que não acontecerá de um dia para o outro, nem acontecerá com a maioria das empresas que existem hoje. Como costumo repetir aqui (Maliranta e Nassim Taleb) a maioria das empresas está tão presa ao passado que não consegue ver as oportunidades. Por isso, morrem. Um futuro melhor será construído por empresas novas, por gente sem modelos mentais castradores que as prendem ao passado. No entretanto, muita gente vai sofrer durante a transição.

segunda-feira, junho 12, 2017

Cenários e estratégia (parte I)

Sábado de manhã tive de ir a Tikrit. Receando uma viagem debaixo de sol forte levantei-me cedo e antes de sair ainda tive tempo de fazer este esquema:
No esquema, começo (passado) com a indústria portuguesa em 1985, passo pela adesão à CEE, passo pela adesão dos países da Europa de Leste à UE e da China à OMC, continuo pelo reshoring motivado pela rapidez e flexibilidade, chego à actualidade (presente) com a subida dos custos na China e a industrialização massiva na Europa de Leste por estes dias e continuo com os desafios que podem advir (futuro) da evolução actual.

Uma pequena parte desse esquema ("filme", "fluxo"), foi usada para fazer parte desta apresentação:



Material com que termino esta apresentação sobre "Cenários e estratégia"

Continua.






terça-feira, julho 26, 2016

Pensar acerca do futuro

Agora que ando a escrever um documento para ajudar empresários a pensar acerca da elaboração de cenários hipotéticos para o futuro das suas empresas,  encontro isto:
"The conversation was only possible because it was framed as a discussion about the future. The future is where people can abandon their immediate turf interests and think about new possibilities, new constituencies, things that may be “unthinkable” today. The future is often a “safe place,” maybe the only safe place for highly charged discussions. It is also a place where people can glean a bit from each other’s thinking, unpack each other’s assumptions, and start to build shared understanding, if not compromise.
...
People must see themselves as actors in the future. To do that, the abstract future must be made proximate and tangible.
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Our present experiences and environments, including our physical surroundings, influence how we think. They are the filters on our imagination. And on a daily basis we are surrounded mostly by artifacts from the present or the past — buildings, streets, roads, infrastructure that was built decades, sometimes centuries ago. There is rarely anything in our physical environment and day-to-day interactions that gives us tangible and actionable signs of potential futures. For most people, the future is just not a part of their daily experience.
...
People need to have a sense of urgent optimism. The future can inspire wonder, awe, and hope.
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Awe, unlike happiness or contentment, is that rare feeling we get when we are in the presence of something vast or great."

Trechos retirados de "The Future as a Way of Life: Alvin Toffler’s Unfinished Business"

terça-feira, maio 31, 2016

Quando o futuro parece inevitável e fora de controlo ...

Há dias o @pauloperes chamou-me a atenção para "Douglas Rushkoff joins IFTF as Research Fellow" e para esta citação:
"The future is not a scenario we should prepare for, but a process we enact in the present. It’s not a fate we discern, but an extension of our actions in the moment - be they personal, cultural, or institutional. [Moi ici: Gosto particularmente do trecho que se segue] If anything, when the future seems inevitable or out of control, it’s simply because we have not yet unearthed the embedded assumptions informing our highly determinative actions."
Como não pensar no futuro inevitável do calçado previsto por Daniel Bessa em Março de 2005

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Há que estar atento ao futuro

O mundo dos ginásios é um cosmos interessante pela diversidade das mudanças em curso no seu seio. Recentemente escrevemos: "Um exemplo da polarização do mercado" e "Para reflexão".
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Em "How Fitness Studios Affect Gyms" uma lista de diferentes vectores em curso e a alterar a realidade do sector:
"This year saw an explosive rise in both boutique fitness and class-booking services such as ClassPass and FitReserve — a rise that many speculate is eating away at the bottom line of traditional big-box gyms.
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the number of studios opened in 2014 showed a 200-percent increase from the previous year. When comparing this to only a seven-percent increase in the number of new gyms that were opened, it suggests that the industry is shifting away from traditional big-box chains. In short: studio business is booming.[Moi ici: Apetece recordar "Muito mais do que valor financeiro" ao pensar em quanto as pessoas pagam por sessão na boutique versus quanto pagam de mensalidade num big box gym]
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and consumers are looking for more than what big-box gyms can offer — specifically, a more tailored fitness experience. "These studios are centered on a particular community of people with similar passions [Pilates, Zumba, boxing], and provide a high-touch, personalized environment."
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The experience, however, doesn't come cheap — class at many studios can easily cost $30 a pop. Yet, despite the high cost of participation, people are paying — now more than ever." [Moi ici: Recuei ao início dos anos 90 do século passado e a um colega de trabalho... o sr. Celestino. Lembro-me de me ter contado que tinha comprado uma bicicleta mais cara para se obrigar a usá-la com mais frequência...]
Em "The 5 Next Big Fitness Trends You Can Expect For This Year" material para aqueles que pensam no futuro do negócio para depois de amanhã. Quando praticava atletismo de competição tinha um problema anual, as lesões. Hoje, como corredor diário de estrada tenho um problema anual... as lesões. Como sou exigente comigo próprio não faço a melhor recuperação nem doseio o esforço como deve ser. Daí que tenha logo sentido o potencial de:
"Recovery Efforts.
As intense workouts are getting popular, the value of a recovery period is also getting recognized."
Basta pensar na explosão do número de pessoas que sem acompanhamento técnico usa as estradas para fazer corrida-exercício.
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Claro que para fazer face ao futuro há esta reacção "E uma providência cautelar?"

quinta-feira, dezembro 10, 2015

A sua empresa futuriza?

A propósito de "Sweden: where even unions love free trade":
"The Swedish Trade Union Confederation, agrees.
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“We think that close cooperation and fewer barriers to trade and investment from both sides is good for Swedish workers and for the Swedish economy,” she explains. “Sweden is a small export-dependent country, and we would suffer from more protectionism.”"
Recordo:

O que está a fazer para minimizar os riscos e aproveitar/criar/construir as oportunidades da sua empresa? Depois, vai culpar quem?
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Ainda hoje apanhei:
BTW, por cá, tantos defensores do modelo sueco do lado do proteccionismo.

quinta-feira, novembro 26, 2015

AS PME não vivem numa redoma

A propósito de "Um conto de duas cidades":
"Decorridos 10 dias após os devastadores ataques terroristas, Paris debate-se com a necessidade de regressar à normalidade, num momento em que os efeitos nefastos se fazem já sentir no sector de retalho da capital francesa. E em Bruxelas, sob alerta máximo, os retalhistas já vivem sob ameaça uma quadra natalícia que deveria destilar paz.
...
Apesar do conselho das entidades governamentais, que incentivou os parisienses a regressarem à sua rotina de compras no fim-de-semana, os centros comerciais, lojas e grandes armazéns da capital permaneceram a meio-gás, num período do ano habitualmente marcado por elevada afluência.
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Simultaneamente, nos centros das cidades francesas, as lojas de vestuário testemunharam uma diminuição da afluência em loja de 20% a 30% desde os ataques de 13 de novembro,"
França é um mercado grande para o calçado português, por exemplo.
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Imaginem que ocorre um ataque terrorista num centro comercial em França...
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Qual será o impacte nas vendas dos retalhistas?
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Qual será a consequência para as PME exportadoras?
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Como é que a sua empresa avalia este risco? Os clientes dos seus clientes compram nos grandes espaços comerciais ou no retalho tradicional? A acontecer qual será a reacção dos consumidores?
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Relaciona isto com as cláusulas 4.1 e 4.2 da ISO 9001:2015? Contexto, partes interessadas...
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Há aqui material suficiente para incorporar e modificar este modelo:
Não esquecer "A vantagem de quem desenha cenários"