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sexta-feira, março 11, 2022

Covid, empresas, estratégias e paisagens enrugadas

Há anos que uso e abuso da metáfora das paisagens enrugadas para falar de Mongo:

Quando falamos de paisagens enrugadas também faz sentido falar da entropia, e dos constrangimentos do passado sobre as possibilidades do futuro, o espaço de Minkowsky. Por exemplo, O paradoxo da estratégia (parte II: As posições anteriores limitam as posições futuras).


"Scientists have been able to make these discoveries by revisiting a concept proposed almost a century ago — fitness (or adaptive) landscapes — with modern technologies. They can use fitness landscapes to quantify the relationship between changes to the viral genome and its ability to replicate and infect a new host. The topographic maps representing that relationship can help to reconstruct the virus’s history, and they could also at least potentially predict its future.

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fitness landscapes are an invaluable way to connect genotype [Moi ici: O material "genético" das empresas] to phenotype [Moi ici: O meio ambiente]. 

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What results is a landscape with a unique topography, explains Adam Lauring, an evolutionary biologist at the University of Michigan Medical School. If the mapped variants don’t differ much in their impact on fitness, then the landscape looks fairly flat, much like Nebraska. Variants with large effects on fitness create a landscape that more closely resembles the towering hoodoos of Bryce Canyon in Utah. Natural selection favors the variants on peaks: The average genotype or phenotype of a species should evolve by moving from one peak to the next, ideally along a ridge between them rather than through the valleys. (Isolated subpopulations with different genotypes can also help a species find its way over a gap.)

“If you move a few feet, you’re going to fall off, and getting up again is getting very hard,” Lauring said. “There are fewer pathways to move around.”[Moi ici: O espaço de Minkowsky]

“The theory is very straightforward. You just need to know your genotype, and then you measure the fitness and you can basically predict anything that might happen,”

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“We’re the environment for the virus,” Lauring said. “If we change, the landscape changes.”"

Fazer o paralelismo com as empresas.

quinta-feira, fevereiro 10, 2022

Um país dois sistemas


Na terça-feira de manhã, numa conversa matinal em Bragança, comentava com o meu interlocutor:
- Houve momentos em 2020 e 2021 em que pensei, "Sente-se no ar o cheiro a notas a serem queimadas na fogueira". Tanta riqueza a ser destruída... como a vamos repor?

Na terça-feira ao final do dia percebi que o presidente da república terá dito nesse dia:
"Mas viver com Covid também foi estimulante: descobriu-se coisas, em nós e nos outros, que porventura não tínhamos descoberto”, acrescentou."





terça-feira, janeiro 11, 2022

"The Great Resignation"


"The Great Resignation that has seen more than 43 million Americans leave their jobs in the past year shows no sign of slowing. Job quitting hit a record in November.

Restaurants and hotels have had the highest resignation rate, and that’s hardly surprising. The pandemic has caused millions of workers to reassess their lives and walk away from low-paying jobs. Many are getting hired quickly elsewhere for more money and better hours. Health-care workers are also quitting at record rates, as doctors, nurses and aides face burnout after their harrowing experience these past two years.

But another part of the resignation story has received far less attention. Manufacturing has weathered the biggest surge in workers quitting — a nearly 60 percent jump compared with pre-pandemic. No other industry has seen an increase like that."

Trecho retirado de "Why manufacturing workers are voluntarily leaving jobs at rates never seen before



segunda-feira, janeiro 10, 2022

Era bom que se aproveitasse esta boleia ...

Recordo Emprego, preços e desglobalização

"A variante Ómicron pode tornar a China vítima do seu sucesso, à medida que a política de “zero covid” prolonga o isolamento do país, quando o resto do mundo vislumbra uma fase endémica para a doença, apontam analistas.

“Em 2022, a China vai enfrentar a altamente transmissível [variante] Ómicron, com vacinas aparentemente menos eficazes e muito menos pessoas protegidas por anticorpos criados por infeções anteriores”, observou a consultora de riscos políticos norte-americana Eurasia Group, num relatório.

As medidas de bloqueio para conter os surtos deverão ser ainda mais frequentes e duras, envolvendo dezenas de milhões de pessoas, lê-se no mesmo documento.

“Esta crise vai continuar até que a China possa lançar vacinas de RNA mensageiro desenvolvidas internamente e reforços para os seus 1,4 mil milhões de habitantes, o que ainda deve demorar pelo menos um ano”, acrescentou.

A política de zero casos implicou a suspensão das viagens de negócios e turismo ou intercâmbios académicos com o exterior.

Quem chega ao país tem que realizar uma quarentena cujo período varia entre duas e quatro semanas, dependendo da província de destino. As autoridades exigem ainda a apresentação do certificado negativo dos testes serológicos tipo IgG e IgM e o teste de ácido nucleico PCR antes do embarque."

Depois, queixem-se e chamem-me nomes por achar que anda muito optimismo mal justificado no ar. 

Era bom que se aproveitasse esta boleia para preparar a próxima etapa, antes que a maré mude outra vez.

Trecho retirado de "Ómicron deve deixar China mais isolada com insistência na política de zero casos"

sábado, fevereiro 22, 2020

Riscos e oportunidades: Covid-19

Interessante no Correio da Manhã de ontem:
"As empresas portuguesas do sector têxtil estão a preparar 'planos B' para lidar com o impacto do Covid -19 na China, admitindo recorrer a novos fornecedores na Índia e na Turquia. [Moi ici: Como se fosse tão fácil como sair da loja A e entrar na loja B num centro comercial] A falta de matéria-prima pode ditar o encerramento de fábricas já em março. O cenário é traçado ao CM por Mário Jorge Machado, presidente da Associaçâo Têxtil de Portugal (ATP). Se a epidemia não abrandar, a fileira do têxtil e vestuário admite que poderá ser forçada a parar a produção no próximo mês, perante a falta de matéria-prima. Fios, tecidos, botões, forros, fechos e etiquetas são alguns dos componentes cujo fornecimento está a ser afetado pelo vírus com a paragem da produção na China. [Moi ici: Estou a imaginar uma oportunidade para armazenistas com monos fazerem um negócio de oportunidade. Quando a Apple ou a Adidas avisam o mercado acerca do impacte do Covid-19, fazem-no porque a produção do produto acabado não está a ocorrer na China. Neste caso do têxtil, o que falha é a matéria-prima e componentes para a produção feita cá. O impacte é semelhante, em ambos os casos o produto não chega ao mercado. Embora, seja mais fácil arranjar alternativa de matéria-prima do quer alternativa de fabrico] E mesmo com os 'planos B' em marcha, as empresas terão de esperar semanas para que a matéria-prima indiana ou turca comece a chegar a Portugal. "Sendo uma situação preocupante, não é dramática" , assegura Mário Jorge Machado. O responsável admite que o vírus poderá trazer "oportunidades" a Portugal. "Temos uma série de compradores que vieram cá fazer compras. Perceberam que estar dependente da Ásia é uma ameaça." O interesse tem chegado sobretudo de França, Alemanha, Reino Unido e Suécia."
Fui em busca de artigos de jornal em Espanha sobre o impacte do Covid-19 na Inditex, "El sector textil español busca alternativas a las fábricas chinas por el coronavirus":
"Las colecciones que llegarán a las tiendas el próximo invierno se producen ahora –la mayor parte de la colección primavera-verano ya está entregada–, y puede afectar de forma notable a las firmas de fast fashion, que lanzan colecciones y modelos nuevos cada pocas semanas,
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“En el sector hay inquietud y se están buscando centros productivos alternativos en el norte de África, Egipto, Portugal o España”, aseguran.
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En el caso del gigante Inditex, que también renueva colecciones continuamente –vende 65.000 referencias al año–, la producción está más diversificada. El 95% de su fabricación se produce en doce países, aunque China es su principal proveedor, con más de 1.800 plantas que trabajan para llenar las tiendas de Zara, Bershka o Pull&Bear. Sin embargo, más del 50% de la producción se encuentra en países más cercanos, como España, Marruecos, Portugal o Turquía.
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China también es el principal proveedor de Mango, aunque en los últimos años ha seguido el modelo de Inditex y ha diversificado la fabricación de sus prendas. Las empresas grandes, con todo, podrán tener una mayor capacidad de reacción si el cierre de fábricas se mantiene. El mayor problema, explican fuentes del sector textil, está en las pequeñas firmas con fuerte dependencia de China y poca capacidad para llevar su producción a otros países.
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Voces del mundo de la moda empiezan a plantear que la cadena de distribución “debe replantearse”. Primero, porque depender en exceso de un solo país deja a las empresas demasiado expuestas a la coyuntura de terceros. Y segundo, porque los largos trayectos para transportar la mercancía están en cuestión por su impacto climático."
Alguns números daqui:
"Así, el 31% de la ropa de Mango se fabrica en China, el 50% de Desigual y el 41 % de la de Mark and Spencer. Por su parte, C&A dispone de 300 factorías en el país asiático, por 239 de GAP y 89 de Primark."